domingo, 27 de janeiro de 2008

66% DAS CRIANÇAS POBRE NO BRASIL SÃO NEGRAS

Para ir para o site da UNICEF e baixar os relatórios citados na reportagem clique na imagem abaixo, ou clique neste link alternativo.


Trecho de um dos relatórios:

Dentro dessa ótica, o UNICEF escolheu como tema central do seu relatório Situação Mundial da Infância 2008 a primeira infância. Este anexo ao relatório global tem por objetivo focar a questão da primeira infância no Brasil, evidenciar os avanços, e mostrar as disparidades que cercam as crianças dessa faixa etária.


O Brasil possui a maior população infantil de até 6 anos das Américas. Crianças na primeira infância representam 11% de toda a população brasileira. No entanto, a realidade é dura para essa parcela da popu-lação. Os dados socioeconômicos apontam que a grande maioria das crianças na primeira infância no Brasil se encontra em situação de pobreza.

Aproximadamente 11,5 milhões de crianças ou 56% das crianças brasileiras de até 6 anos de idade vivem em famílias cuja renda mensal está abaixo de ½ salário mínimo per capita por mês. (IBGE/Pnad 2006 – Tabulação Especial de Eqüidade).

As crianças são especialmente vulneráveis às violações de direitos, à pobreza e à iniqüidade no País. As crianças negras, por exemplo, têm quase 70% mais chance de viver na pobreza do que as brancas; o mesmo pode ser observado para as crianças que vivem em áreas rurais.

O Brasil tem grandes chances de alcançar o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM) 4, que trata da redução da mortalidade na infância. O País apresentou grandes avanços com relação à taxa de mor-talidade infantil (crianças com menos de 1 ano) que caiu de 46,9/1000, em 1990, para 24,9/1000, em 2006. Contudo, as disparidades continuam: as crianças pobres têm mais do que o dobro de chance de morrer, em comparação às ricas. A mortalidade infantil entre crianças ilhas de mães negras é cerca de 40% maior do que entre as ilhas de mães brancas. Do total de crianças e adolescentes indígenas, 63% são crianças de até 6 anos de idade que vivem em situação de pobreza.


66% das crianças pobres são negras
by Correio Braziliense
23/01/2008 At 10:19
Apesar do avanço na redução da mortalidade de forma geral, o Brasil precisa diminuir a discrepância entre os negros.

66% das crianças pobres são negras Relatório salienta importância do Bolsa Família para melhoria dos indicadores sociais, mas cobra maior combate à pobreza em faixas específicas. Unicef também exige mais acesso à educação infantil Paloma Oliveto Da equipe do Correio Kleber Lima/CB A casa de Tiago, 5 anos, fica no alto de um barranco em Lago Azul (GO), no Entorno do Distrito Federal. Não tem reboco, portas internas, cimento no chão. São poucos os brinquedos do menino, que toma banho com água de poço e não tem acesso a esgotamento nem fossa sanitária. ? Tem dia que falta o que comer?, conta a mãe, Francisca Maria Braga dos Santos, 37 anos, desempregada. Tiago é uma das 29,6 milhões de crianças e adolescentes em situação de pobreza. De acordo com o relatório Situação Mundial da Infância 2008, divulgado ontem pelo Unicef, o número de meninos e meninas de até 6 anos que vivem em famílias com menos de meio salário mínimo per capita é de 11,5 milhões.

Do total de crianças consideradas pobres, 66% são negras. O Nordeste concentra a maior parte das famílias brasileiras nessa situação: das 7 milhões em situação de pobreza, 5 milhões são nordestinas. Em termos percentuais, 45,4% das famílias brasileiras com crianças de até 6 anos estão vulneráveis economicamente. A representante do Unicef no Brasil, Marie-Pierre Poirier, destaca a relevância do Bolsa Família, principal programa do Fome Zero, na luta pela redistribuição da riqueza no país.

Os R$ 112 mensais recebidos por manter os dois filhos mais velhos na escola são a única renda de Francisca. O marido sofreu um acidente e, embora não possa trabalhar, tentou, sem sucesso, receber aposentadoria por invalidez. Além de Tiago, ela é mãe de um menino de 9 anos e de uma garota de 14. ?É só com esse dinheiro que eu vivo?, conta a mulher. A ajuda, porém, não é suficiente. Ontem, o almoço da família era arroz puro. Francisca está preocupada porque, no mês que vem, recomeçam as aulas na rede pública. ?Vou usar o dinheiro da bolsa para comprar o material das crianças. Não sei como vou fazer para pagar as contas?, diz.

Para ler o restante da matéria clique aqui.

Brasil
5 milhões das 7 milhões de famílias brasileiras consideradas pobres estão no Nordeste

São Paulo
0,856 é o Índice de Desenvolvimento Infantil (que vai até 1) do estado. É o melhor do Brasil

Distrito Federal
0,794 é o Índice de Desenvolvimento Infantil (que vai até 1) do DF. É o quarto do Brasil

Acre
0,562 é o Índice de Desenvolvimento Infantil (que vai até 1) do estado. É o pior do Brasil

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.