quarta-feira, 24 de setembro de 2008

MESMO COM COTAS, PRETOS E PARDOS INGRESSAM MENOS NA UNIVERSIDADE

Retirado do site 24Horasnews.

24/09/2008
Redação 24HorasNews

Em uma década na qual 60 universidades adotaram a política de cotas raciais, aumentou no Brasil a disparidade entre a população branca e a preta e parda com ensino superior. Enquanto a presença dos brancos com 21 anos de idade nas universidades cresceu 12,1 pontos percentuais entre 1997 e 2007, na população preta e parda, o crescimento foi de 6,2 pontos percentuais, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgada nesta quarta-feira.
Em 2007, havia 3,8 milhões de estudantes entre 18 e 24 anos de cor branca, número pouco maior dos 3,4 milhões do mesmo grupo de cor preta e parda. Mas, enquanto mais da metade dos brancos (57,9%) freqüentava o ensino superior, apenas um quarto dos estudantes pretos e pardos cursavam universidades.
Essa disparidade se acentuou ao longo de uma década. Em 1997, a taxa de freqüência no nível superior era de 12,2% para os jovens brancos de 21 anos e 2,6% para os de cor preta e parda. Ambos aumentaram os contingentes em 2007, mas o da população branca saltou para 24,2% do total, contra 12,2% dos pretos e pardos.
A diferença, para o IBGE, mostra que ainda há "um obstáculo para a ascensão social" da população de cor preta e parda no Brasil. A hipótese para explicar esse hiato crescente entre brancos e pretos e pardos, para os pesquisadores, está na falta de políticas públicas no Brasil, com exceção de "iniciativas isoladas" como o emprego de cotas para pretos e pardos adotadas por universidades públicas.

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