domingo, 28 de dezembro de 2008

IDH DO BRASIL CRECE; PAÍS É 70º NO RANKING

Retirado do site do PNUD.

Brasília, 18/12/2008

Educação foi principal razão da melhora no Índice de Desenvolvimento Humano; Brasil está entre nações de alto padrão de desenvolvimento-->

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O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil aumentou entre 2005 e 2006 e o país ficou na 70ª posição em um ranking de 179 nações e territórios — maior número já considerado, dois a mais que no ano passado —, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo PNUD. O fator mais relevante para a melhoria do país foi o avanço no índice relativo à taxa de alfabetização; PIB per capita e longevidade, outros dois indicadores que compõem o índice, também cresceram.
Os números (recalculados com nova metodologia, inclusive para anos anteriores) mostram que o Brasil atingiu IDH de 0,802 em 2005 e de 0,807 em 2006. O índice varia de 0 a 1. O resultado mantém o país entre as nações de alto desenvolvimento humano (IDH maior ou igual a 0,800), grupo em que havia entrado já no Relatório de Desenvolvimento Humano do ano passado. No ranking atual, o Brasil aparece abaixo da Albânia (69º) e acima de Cazaquistão (ambos com 0,807, com pequena desvantagem ou vantagem no cálculo com cinco casas decimais). O país também supera Equador (72º), Rússia (73º), Ilhas Maurício (74º) e Bósnia-Herzegóniva (75º).
Educação ajuda no desempenho
O IDH é composto de três subíndices: longevidade, renda e educação. Em todos eles o Brasil avançou. Para monitorar o desempenho em educação, são usados dois indicadores: taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade e taxa bruta de matrícula nos três níveis de ensino. Os novos números mostram que taxa de alfabetização brasileira aumentou de 88,6% para 89,6% (10,4% de analfabetismo), correspondendo ao principal motivo da melhoria do IDH do Brasil. Já a taxa bruta de matrícula não sofreu alteração. No ranking do índice referente à educação, o país é o 65º do mundo.


A expectativa de vida também ajudou na melhoria. Passou de 71,7 anos, nos dados de 2005, para 72 anos em 2006. No entanto, o país é apenas o 80º do mundo no aspecto longevidade. O componente de renda, embora tenha crescido em relação ao ano anterior, ainda é um indicador que puxa o IDH do Brasil para baixo: o país tem o 77º IDH renda. Por outro lado, a diferença de sete posições no ranking do IDH e no PIB per capita pode ser vista como um dado positivo: o Brasil consegue fazer, melhor do que alguns outros países, com que a renda se transforme em melhor desenvolvimento humano para a população.
A decomposição do IDH mostra que o Brasil tem um subíndice de renda inferior ao da América Latina e à média mundial. Em esperança de vida, supera a média global, mas não a latino-americana. Educação é a dimensão em que o Brasil mais se aproxima dos países ricos, superando a média mundial e a da América Latina.
Na região, 12 países da América Latina têm desempenho superior ao IDH brasileiro, entre eles Chile (40º no ranking, IDH de 0,874) , Argentina (46º, IDH de 0,860), Uruguai (47º, IDH de 0,859), México (51º, IDH de 0,842) e Venezuela (61º, IDH de 0,826). Outras 16 nações da região ficam abaixo do Brasil no ranking, como Colômbia (80º, IDH de 787), Paraguai (98º, IDH de 0,752), Bolívia (111º, IDH de 0,723) e Haiti (148º, IDH de 0,521).
Metodologia
Os indicadores e a metodologia usados neste ano foram revisados e aperfeiçoados em relação aos do ano passado. A maior alteração se deu por conta de uma grande atualização do Banco Mundial e da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) nos dados que compõem o Produto Interno Bruto per capita, ajustado pela paridade do poder de compra (dólar PPC, método que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Até o ano passado, para efeito de comparação de PIBs entre países, eram usados preços de 1993. A revisão atualizou os preços para 2005. O novo cálculo fez com que o PIB de 70 países fossem revisados para baixo e os de 60 outras nações, para cima – o que explica grandes diferenças em relação ao ranking divulgado em 2007, como o Equador, que subiu 17 posições, a Venezuela, que subiu 13 (nos dados recalculados, ela não chegou a ser ultrapassada pelo Brasil, conforme mostrava o RDH do ano passado) ou a China, que caiu 13.
Por conta dessas diferenças metodológicas, o IDH não pode ser comparado aos divulgados em anos anteriores. Porém, para permitir a identificação de tendências, o PNUD usou os novos métodos para recalcular o IDH de 2005 e de outros 7 anos de referência: 1980, 1985, 1990, 1995 2000, 2003 e 2004.
Em uma comparação feita com esses dados em relação a alguns países da região, o Brasil tinha, em 1980, um índice superior ao do Paraguai, mas bastante inferior ao do Chile, Argentina, México e Venezuela. O IDH brasileiro melhorou desde então e teve, junto com o Chile, um dos maiores crescimentos.
O Brasil demonstrou expansão desde o início da década de 80, mas foi a partir de 1995 que começou a se aproximar mais dos outros países. Isso ocorreu até 2000, quando o crescimento perdeu força, mas a partir de 2003 voltou a acelerar.
A Islândia continua no topo da lista do IDH, com 0,968, seguida de perto por Noruega (com 0,968, mas com número inferior no cálculo de cinco casas decimais) e por Canadá (0,967). Na ponta de baixo, o pior IDH permanece sendo o de Serra Leoa (0,329); a penúltima colocação fica com a República Centro-Africana (0,352) e a antepenúltima, com a República Democrática do Congo (0,361).
Em relação ao ranking anterior, foram acrescentados três países (Montenegro, Sérvia e Libéria) e foi retirado um, o Zimbábue, sobre os quais houve dúvidas nos números de PIB per capita.

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.