sexta-feira, 29 de maio de 2009

OPORTUNIDADE PARA DAR AULA EM CURSO ON LINE DE "RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS"

Retirado do jornal O Globo.

Universidade Aberta em Rio das Ostras tem 60 vagas para curso totalmente gratuito

Plantão | Publicada em 27/05/2009

RIO - O Pólo da Universidade Aberta do Brasil em Rio das Ostras está com inscrições abertas para o curso de "Relações Étnico-Raciais". São 60 vagas destinadas a professores da rede pública (municipal, estadual ou federal) em exercício. As inscrições se encerram no dia 18 de junho. Os interessados podem se cadastrar pelo site www.riodasostras.rj.gov.br/sect ou, pessoalmente, na Secretaria de Ciência e Tecnologia, na Praça Prefeito Cláudio Ribeiro, s/nº, Extensão do Bosque, das 8h às 17h. As inscrições são gratuitas e a seleção será feita mediante análise de currículo e dissertação.

O curso tem 180 horas de duração, metodologia semi-presencial e certificado expedido pela Universidade Federal Fluminense (UFF). O objetivo é formar professores nas questões relacionadas às diversidades raciais, possibilitando o cumprimento da Lei Federal 10.639, de 2003, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira". Entre as disciplinas do curso estão História da África, O Negro na História do Brasil, O Negro no Ensino da Língua e da Literatura, Educação e Religiões de Matriz Africana, Teoria Social e Relações Raciais.

Professores e tutores

O Pólo da Universidade Aberta de Rio das Ostras também está selecionando professores tutores presenciais para dois cursos de extensão. Para dar aulas nas disciplinas de "Empreendedorismo e Inovação", é preciso ser graduado em Administração de Empresas, ter domínio de informática e residir na cidade do pólo ou em município vizinho. A carga horária é de 12 horas semanais (sendo 8h virtuais e 4h presenciais).

Os interessados em participar da seleção para tutor presencial de Relações Étnico-Raciais também devem ter disponibilidade de 12 horas semanais (8h virtuais e 4h presenciais), domínio de informática e residir em Rio das Ostras ou em cidade vizinha. Além disso, o candidato à vaga deve ter feito o curso de Licenciatura e Formação Continuada em Educação para Relações Étnico-Raciais e ser professor da rede pública.

As inscrições para professor tutor de Relações Étnicos Raciais vão até o dia 8 de junho e para Empreendedorismo e Inovação terminam no dia 15 de junho. Ambos os cadastros devem ser feito pelo site www.riodasostras.rj.gov.br/sect. Os professores selecionados vão receber uma bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 500.

SUSPENSÃO DE LEI DE COTAS PODE MUDAR VESTIBULARES ESTADUAIS

Retirado do site do jornal O Globo.

Publicada em 29/05/2009

Isabela Bastos


RIO - O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, disse na manhã desta sexta-feira que o estado não descarta a suspensão do vestibular deste ano nas universidades estaduais, caso a Justiça não acolha o recurso feito pelo governo para reconsiderar a suspensão da lei das cotas.

Segundo Cardoso, o estado recorrerá ao Supremo Tribunal Federal se perder na segunda-feira o recurso feito ao órgão especial do Tribunal de Justiça do Rio. Caso o governo volte a perder o recurso no STF, o estado poderá lançar novo edital para o vestibular deste ano, fazendo com que o processo deixe de ter duas fases. As provas, assim, seriam realizadas em uma única fase, no fim do ano.

- A situação atual gera uma insegurança jurídica muito grande sobre o processo, abrindo precedente para recursos de toda sorte - disse Cardoso, antes da inauguração do Centro Vocacional Tecnológico dos Correios, em Manguinhos.

Cabral diz que recorrerá ao STF se lei de cotas não for mantida
28/05/2009
Ediane Merola

RIO - O governador Sérgio Cabral disse que recorrerá ao Supremo Tribunal Federal (STF) caso o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio não suspenda a liminar que impede a aplicação da lei de cotas nas universidades estaduais do Rio.
Liminar impede reprovação de 15 vestibulandos do Espírito Santo

Na próxima segunda-feira, o órgão vai julgar o recurso da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que pede a manutenção da lei pelo menos no vestibular deste ano , até que o mérito da questão seja julgado.

Cabral disse que a universidade não pode ser apenas de uma minoria de estudantes das escolas particulares. Segundo ele, a lei de cotas não é racista.

- Racista é quem acaba com a lei de cotas. A entrada dos cotistas não é automática. Eles fazem vestibular e têm acesso aos cursos de direito, medicina. Confio na decisão dos desembargadores mas, se preciso, vou ao STF - disse o governador.

A primeira prova do concurso está marcada para o dia 21 de junho e, segundo o reitor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Ricardo Vieiralves, a instituição pode ter um prejuízo de até R$ 750 mil, caso tenha que suspender a prova. O secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, não descarta a possibilidade de cancelar o concurso deste ano , caso o sistema de cotas seja proibido.

- O vestibular é um processo que começou em março. Se não houver cota, as regras mudam e ele corre o risco de ser anulado - disse Cardoso.

Representantes de entidades estudantis e do DCE da Uerj farão um ato em defesa da lei de cotas na próxima segunda-feira, às 14h, em frente ao TJ, no Centro do Rio.

LIMINAR CONTRA COTAS TRAZ DÚVIDAS A VESTIBULAR DO RIO

Retirado do site do jornal Estado de SP.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - A decisão liminar do Órgão Especial do Tribunal de Justiça, que suspendeu o sistema de reserva de vagas para negros e estudantes da rede pública nas universidades estaduais do Rio, deixou na incerteza 71 mil estudantes. Esse é o número de inscritos no vestibular unificado, que seleciona alunos para a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), Universidade do Estado do Norte Fluminense (Uenf) e Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo).
A primeira prova está marcada para o próximo dia 21 e os cartões de confirmação começaram a ser distribuídos ontem. Essa é uma situação absurda, inconveniente, disse o reitor da Uerj, Ricardo Vieiralves. O sistema de cotas existe desde 2002 no Rio e uma decisão liminar, que não avaliou o mérito da causa, não pode mudar tudo no meio do processo. Ele critica a falta de leis sobre o tema. Um projeto de lei regulamentando a matéria tramita há 10 anos no Congresso.
Por outro lado, o Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não julgou uma ação direta de inconstitucionalidade, que desde 2004 questiona a validade da lei de cotas. A Uerj enfrenta anualmente cerca de 400 ações impetradas por alunos que tiveram desempenho no vestibular superior ao dos cotistas, mas não conseguiram vaga. O STF não pode ficar protelando grandes decisões, que definem políticas de Estado, criticou Vieiralves.
A Procuradoria-Geral do Rio encaminhou ontem ao Órgão Especial do TJ uma petição, na qual solicita que a decisão sobre as cotas não tenha efeito no vestibular em curso. Os procuradores irão recorrer da decisão em outro momento. O importante é que a regra não vai ser mudada depois de começado o jogo, garantiu o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso. A liminar foi provocada por ação apresentada pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP). Ele alegou que a cota acirra a discriminação. É preciso estabelecer a ordem e a Constituição, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ALGUNS ESTUDOS E OUTROS DOCs SOBRE AS COTAS NA UERJ

Esta postagem foi feita no começo do aldeiagriot quando estavamos cheio de gás e sem nenhuam experiência. Nesse momento turbulento nas cotas do Rio de Janeiro vale repeti-lá, pois pode ajudar todos que querem defender a causa anti-racista.

Segunda-feira, 12 de Março de 2007

ESPECIAL DE DOCUMENTOS SOBRE LEI DE COTAS NA UERJ

Bom pessoal estou postando alguns estudos sobre as cotas na UERJ, pois aparentemente até o agora é o caso que tem mais arquivos disponíveis na net. Essa seleção de documentos, além de interessantes são importantes no debate atual, contudo antes de começarem a baixar leiam a lei de cotas (§1415) do Estado do Rio de Janeiro . Bom proveito:

(01) Desigualdades raciais e ensino superior: Um estudo sobre a introdução da "leis de reserva de vagas para egressos de escolas públicas e cotas para negros, pardos e carentes" na UERJ (2000-2004)
Tese defendida por Elielma Ayres Machado no programa de pós-graduação de sociologia da UFRJ em 2004.
Pesquisa muito boa, pois acompanhou todo o processo no "olho do furacão", já que a autora já estava pesquisado a temática dentro da UERJ quando as leis começaram a ser votadas e aprovadas. O site da UFRJ para baixar teses é uma porcaria, portanto montei um link alternatio. Clique na imagem.

(02) Acesso a universidade por meio de ações afirmativas: Estudo da situação dos estudantes com matrícula em 2003 e 2004. Mimeo, UERJ, Junho de 2004.
Este documento foi feito por uma comissão oficial da UERJ com a responsabilidade de produzir relatórios sobre a situação da UERJ pós-cotas. A criação da mesma consta no artigo 3 da lei 4151 que estabeleceu cotas na UERJ e deveria emitir um relatório por ano. Contudo, este foi o segundo (e último) relatório emitido pela UERJ. Desde 2004 não há pareceres oficiais de como está sendo executado a lei estadual.
(03) REVISTA ADVIR Nº19 Publicação da Associação de Docentes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Publicação que tem pelo menos 121 paginas com o tema cotas na UERJ. Sugiro uma leitura detalhada na entrevista coletiva, feita em mesa redonda, que totalmente transcrita na revista.
OBS. Esta revista foi dada de graça a todos os participantes do seminário de lançamento deste número da ADVIR... vc não foi? Sem problemas clique na imagem e baixa o arquivo em formato PDF.


(04) Este é um atalho para vários artigos sobre a questão racial. Sugiro ler primeiro o artigo: "Quatro anos de política de cotas: a opinião dos docentes."





PARA OS ADVOGADOS

(05) Defesa da Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro sobre a ADIN (Ação de Inconstitucionalidade) que a COFENEN (Confederação Nacional de Entidade de Ensino).


Defesa que os procuradores fizeram para o STF (Supremo Tribunal Federal) que irão julgar se a lei de cotas da UERJ é legal ou ilegal... se os ministros da justiça falarem que é inconstitucional BABAU... a decisão pode criar um efeito em cascata, onde as leis estaduais de cotas (em 06 Estados atualmente) deverão acabar...



(06) Estes doios documentos servem como Jurisprudência para fabricar defesas contra as leis de cotas.... bom é só clicar que o arquivo desce junto, pois está zipado (precisa do programa winzip)





Para quem quer se manter atualizado sobre a UERJ é só clicar no link do CLIPPING sobre cotas na UERJ. A própria universidade atualiza as notícias.

Vale a pena também dar uma olhada na legislação especial que a UERJ disponibiliza para tirar dúvidas.

THE BOONDOCKS - UM DESENHO AFROCENTRADO

Retirado do blog Actionse comics.

Sem muita explicação. É só dar uma olhada na postagem abaixo e começar a baixar.
Muito bom o desenho. A proxíma vai ser o Afro-Samurai.

The Boondocks (Dublado) - 1ª Temporada Completa


The Boondocks

Gênero: Comédia, Humor-Negro, Ação
Emissora: Sony
Status: Em andamento

Quando Robert "Granddad" Freeman se torna o guardião legal de seus netos, ele decide deixar Chicago e leva sua família para a calma e segura "Boondocks", um bairro do subúrbio de Woodcrest, na esperança de poder ignorar a presença das crianças e aproveitar o restante de sua vida em paz. Mas nem Huey , um garoto de 10 anos revolucionário esquerdista, ou Riley , seu desajeitado irmão de 8 anos, estão animados com o novo ambiente. Embora os garotos torturem um ao outro e provoquem a vizinhança, eles não são páreo para o seu avô, que é excêntrico demais até para um "velho homem negro". Entre as vozes conhecidas que participam da 1ª temporada estão Samuel L. Jackson, John C. McGinley e Miguel Sandoval.
O revolucionário Huey, de 10 anos, é vegetariano, defensor dos direitos negros e idealista do afrocentrismo contemporâneo. Já o jovem Riley, de oito anos, tem fortes referências do movimento hip hop. Em Boondocks, eles terão de se adequar à pacata cidade do interior e viver com o avô, que se tornou seu guardião legal e que luta para ensiná-los valores perdidos nas grandes metrópoles.

Curiosidades e influências de animes

Os Boondocks fazem referências constantes aos eventos passados em episódios precedentes. Mostram também a continuidade da tira em quadrinhos que serve como sua base.
Expandindo em cima da influência do anime/mangá atual na história em quadrinhos, a animação tem também um estilo do anime. Aaron McGruder (produtor da série e criador da tira em quadrinhos) diz ser um grande fã da animação japonesa, filmes de artes marciais e épicos de samurais. Dois animes em que McGruder teve por inspiração para Os Boondocks são Samurai Champloo (produzido por Manglobe e dirigido pelo Shinichiro Watanabe de Cowboy Bepop) e FLCL (produzido pela I.G e co-produzido pela Gainax), a abertura é similar ao estilo da abertura de Samurai Champloo, e no episódio " Gess Hoe´s Coming to Dinner" aparece um personagem idêntico ao Jin. Também, a citação do Rummy do Gin, “a ausência da evidência não é a evidência da ausência” é muito similar aquela no episodeo 22 de Samurai Champloo: “a ausência da prova não é a prova da ausência”. Huey mostrou também a Granddad um filme de Zatoichi para ilustrar a lenda do espadachim cego, no mesmo episodio, a luta entre Huey e o homem cego é uma aparente imitação de uma cena no filme de Samurai X.

1ª Temporada (Dublado):

1x01 - The Garden Party
1x02 - The Trial of R. Kelly
1x03 - Guess Hoe's Coming to Dinner
1x04 - Granddad's Fight
1x05 - A Date With a Health Inspector
1x06 - The Story of Gangstalicious
1x07 - A Huey Freeman Christmas
1x08 - The Real
1x09 - Return of the King
1x10 - The Itis
1x11 - Let's Nab Oprah
1x12 - Riley Wuz Here
1x13 - Wingmen
1x14 - The Block is Hot
1x15 - The Passion of Ruckus

ANDAMENTO DO PROCESSO DE INCONSTITUCIONALIDADE DAS COTAS DO RIO ESTA EM BLOG

Retirado do blog do advogado Adami.

Vale a pena fazer uma visita no blog do Adami e entender os tramites legais do ataque as cotas do Rio de Janeiro. Devido a um problema de configuração a petição (será mesmo esse o nome...rs) ficou desconfigurada no aldeiagriot, portanto mais um motivo para visitar o blog.

Além disso é bom lembramos que podemos fazer perguntas na parte de comentários do blog do Adami para tirar duvídas.

COTAS PARA NEGROS NA UERJ - andamento completo da representação por inconstitucionalidade & AMICUS CURIAE

JÁ está disponível o andamento completo da Representação por Inconstitucionalidade do Deputado Flávio Bolsonaro, contra o sistema de cotas para negros nas universidades estaduais do Rio de Janeiro. A Procuradora Geral do Estado requereu a inclusão de seu nome no processo em 04.05.2009. A publicação para o julgamento de ontem ocorreu em 20.05. 2009. O Deputado sustentou perante o órgão especial, do Tribunal de Justiça obtendo o deferimento da liminar. Deve-se indagar se os demais beneficiários das cotas virão a juízo integrar a lide para defesa do sistema. Não há registro de outros comparecimentos a tribuna do Órgão Especial do TJ. Neste momento, o que resolve é RECURSO. Somente após o acesso à decisão, poderá se verificar qual o remédio a ser adotado. O Instituto de Advocacia Racial e Ambiental - IARA, está requerendo, nesta data ,cópia integral do processo, e as disponibilizará em
http://www.iara.org.br/ para as entidades interessadas em formar AMICUS CURIAE OU ASSISTENTE PROCESSUAL DA ALERJ. HUMBERTO ADAMI www.adami.adv.br
http://www.tj.rj.gov.br/
Consulta Processual - Número - 2ª Instância

AÇÃO NO STF CONTRAS AS COTAS NÃO ACABOU
APESAR DE TER SIDO ALARDEADO QUE A AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE CONTRA AS COTAS DA UERJ/UENF, AJUIZADA POR CONFENEN HAVIA SITO EXTINTA, VERIFICA-SE QUE ISTO NÃO É VERDADE, UMA VEZ QUE O MINISTRO MENEZES DIREITO, NÃO DECIDIU NESTE SENTIDO, ATÉ O PRESENTE MOMENTO. HÁ ,APENAS, O PEDIDO PARA QUE TAL DECISÃO OCORRA, PELA PROCURADORIA DO ESTADO, EM FACE DE MODIFICAÇÃO DA LEI. FALEI ONTEM COM O MINISTRO EDSON SANTOS, QUE AFIRMOU QUE ENTRARIA EM CONTATO COM O GOVERNADOR SERGIO CABRAL, A RESPEITO DA LIMINAR DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE PROPOSTA PELO DEPUTADO FLAVIO BOLSONARO JUNTO AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO. VEJA NO BLOG DE HUMBERTO ADAMI EM
http://humbertoadami.blogspot.com/2009/05/acao-no-stf-contras-as-cotas-nao-acabou.html

HUMBERTO ADAMI www.adami.adv.br www.iara.org.br
AÇÃO NO STF CONTRAS AS COTAS NÃO ACABOUhttp://humbertoadami.blogspot.com/2009/05/acao-no-stf-contras-as-cotas-nao-acabou.html VEJA NO SITE DO SUPREMO TRIBUNAL http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=3197&classe=ADI&origem=JUR&recurso=0&tipoJulgamento=#

Acompanhamento Processual Imprimir
ADI/3197 - AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

[Ver peças eletrônicas]

terça-feira, 26 de maio de 2009

NOTÍCIAS DA TV GLOBO SOBRE FIM DAS COTAS NO RIO DE JANEIRO

Notícias dos jornais da Globo sobr o ataque as cotas das universidades estaduais do Rio de Janeiro. Reparem como só teve depoimentos de novens contra as cotas... patético a edição.

Jornal Nacional
Terça-feira, 26/05/2009
Quase metade das vagas em universidades estaduais estava reservada para as cotas. As regras que vão reger o processo seletivo destas instituições só será definido na próxima semana.



RJTV 1ª Edição
Justiça suspende sistema de cotas em três universidades estaduais
A Justiça do Rio suspendeu ontem, o sistema de cotas no vestibular de três universidades estaduais, entre elas a Uerj, a primeira do Brasil a adotar a reserva de vagas para negros.



Em cima da hora
Terça-feira, 26/05/2009
O Tribunal de Justiça decidiu acabar com o sistema de cotas nas universidades estaduais. Mais de 70 mil alunos podem ser atingidos pela mudança.



RJ TV 2ª Edição
Terça-feira, 26/05/2009
A mudança no vestibular para universidades estaduais aconteceu depois que o TJ determinou o fim das cotas. Mas o governo acredita que a alteração pode prejudicar o processo seletivo deste ano.

JUSTIÇA SUSPENDE SISTEMA DE COTAS EM UNIVERSIDADES DO RIO

Retirado do site Última Instância.

Da Redação - 25/05/2009

Liminar do Órgão Especial do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) suspendeu nesta segunda-feira (25/5) o sistema de cotas para ingresso de estudantes nas universidades estaduais. Com a decisão, a reserva de vagas a negros, indígenas, alunos da rede pública e portadores de deficiências está cancelada. O mérito da ação ainda será julgado pelo tribunal.
A Lei estadual 5.346, de 2008, prevê o sistema de cotas para que estudantes consigam ingressar nas universidades estaduais. Filhos de policiais civis e militares, bombeiros militares e inspetores de segurança e administração penitenciária, mortos ou incapacitados em razão do serviço também têm direito ao benefício.
De acordo com a lei, de autoria da Assembleia Legislativa do Rio, a finalidade é assegurar a seleção e classificação final nos exames vestibulares aos estudantes carentes. Devem ser reservadas 20% das vagas para negros e indígenas e outros 20 % paara estudantes vindos da rede pública. Os demais têm 5% das vagas como cota.
A decisão que suspendeu a lei estadual atendeu a uma Adin (ação direta de inconstitucionalidade) proposta pelo deputado estadual Flávio Nantes Bolsonaro. Para o parlamentar, há, hoje em dia, discriminação entre cotistas e não-cotistas nas universidades que adotam o sistema.
“A lei é demagógica, discriminatória e não atinge seus objetivos. O preconceito existe, não tem como negar, mas a lei provoca um acirramento da discriminação na sociedade. Até quando o critério cor da pele vai continuar prevalecendo? A ditadura do politicamente correto impede que o Legislativo discuta a questão”, ressaltou em sustentação no plenário do Órgão Especial.
Em sentido contrário, o relator do processo, desembargador Sérgio Cavalieri Filho, votou pelo indeferimento da liminar. Segundo ele, tal política de ação afirmativa tem por finalidade a igualdade formal e material. "A sociedade brasileira tem uma dívida com os negros e indígenas", ressaltou, segundo informa a assessoria do TJ do Rio.
No entanto, o Órgão Especial decidiu, por maioria dos votos, deferir a liminar, suspendendo os efeitos da lei.

MOVIMENTO NEGRO TEME QUE AÇÕES JUDICIAIS PREJUDIQUEM O SISTEMA DE COTAS

Retirado do site do jornal A Tarde.

26/05/2009
Eder Luis Santana A Tarde On Line


O Movimento Negro Unificado (MNU) teme que as ações judiciais comecem a prejudicar o sistema de cotas para estudantes negros, índios e de escolas públicas no Brasil. Isso porque na última segunda-feira, 25, o Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro concedeu liminar suspensiva para anular os efeitos da lei estadual que estabelece cotas em
universidades estaduais do Rio.
Na Bahia, ações desse mesmo modelo já foram julgadas, mas sempre beneficiaram a manutenção do percentual de
vagas por cotas. Para o coordenador nacional do MNU, Marcos Alessandro Mauwsí, apesar da decisão afetar somente o Rio, pode servir de referência para decisões judiciais em outros estados. "É um atraso. Hoje deveríamos discutir meios de ajustar a política de cotas e não tentar barrar seu avanço", comenta.
Mauwsí lamenta que alguns alunos cotistas tenham enfrentado dificuldades na hora de assumir os custo de permanência no ensino superior. A solução para isso seria ampliação da verba destinada a apoiar esse público. "Se o Brasil deixar de aplicar suas políticas afirmativas, a tendência é aumentar os lamentáveis índices sócio-raciais de exclusão", complea. No caso do Rio de Janeiro, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) contrária às cotas foi movida pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP). Sua alegação é de que a separação de vagas acirra a discriminação na
sociedade.
JUSTIÇA – O diretor da Organização Não-governamental Steve Biko, Sílvio Cunha, comenta que as instituições favoráveis às cotas precisam estar com o setor jurídico preparado para essas situações. No caso da liminar carioca, a principal atingida é a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que deverá caçar os efeitos da liminar nos tribunais.
Há 17 anos a Steve Biko promove a inclusão nos estudos de jovens afrodescendentes e de baixa renda. "Houve aumento no número de negros nas universidades e esse tipo de liminar mostra a reação conservadora diante da mudança social. O objetivo das cotas é promover a igualdade que nunca tivemos no país", afirma.
O pró-reitor de graduação da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Maerbal Marinho, lembra que ações judiciais tentaram provar a inconstitucionalidade das cotas na Ufba, mas sempre foram derrotadas na Justiça. Adepta desde 2005, a instituição acumulava pouco mais de sete mil cotistas até o final do ano passado. "A preparação do aluno no colégio particular é diferente do que vem de escola pública. Então temos de igualar as condições dos candidatos que competiam de modo desigual", comenta Marinho.
Outro nome favorável à prática é o pró-reitor de pesquisa e ensino de pós-graduação da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Wilson Mattos. "As cotas não acirram a desigualdade. Pelo contrário, pesquisas sempre mostram que os negros têm menos oportunidades. Essa desigualdade precisa ser corrigida", completa.
Hoje com oito mil cotistas, a Uneb foi a primeira universidade a encarar esse modelo de seleção na Bahia. Mattos assinala que mais de 50 universidades públicas no Brasil aderiram ao sistema e comemora que até nas particulares as políticas afirmativas chegaram, graças a incentivos como o Programa Universidade Para Todos (Prouni), do governo federal.

CURSO DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE

Recebido por email.

Faça sua inscrição em www.direitomemoria.org.br
Gratuito 3 mil vagas

O curso Direito à Memória e à Verdade será aplicado à distância via Internet, buscando oferecer aos professores da rede pública de ensino médio, uma formação inovadora, com reflexão crítica e numa perspectiva dos direitos humanos, da história do Brasil (1964 – 1988) da ditadura militar até a promulgação da Constituição de 1988.
Certificado de extensãoA duração do curso será de 4 meses com carga horária de 60 horas. Para concluir o curso e receber o certificado de extensão universitária cada participante deverá ter estudado o conteúdo, organizado em web aulas, e realizado as atividades propostas, sempre com o auxilio da tutoria.
ConteúdoO conteúdo, elaborado para o curso, conta com os temas: Ética, cidadania, direitos humanos e memória, o contexto pré–autoritário, os movimentos sociais, a arte e a censura política, os movimentos de resistência, a tortura, literatura e política no contexto autoritário, a transição política, anistia, reflexões sobre a ditadura militar, memória do período da ditadura no Brasil, memória e esquecimento.
PúblicoSerão 3.000 vagas para professores da rede púbica de ensino, preferencialmente para professores de história, sociologia e filosofia, mas sem desconsiderar a participação de professores de outras áreas do conhecimento como língua portuguesa e literatura. O curso será gratuito para os participantes, pois conta com o apoio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.
RealizaçãoÁgere Cooperação em AdvocacySecretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República-SEDH

domingo, 24 de maio de 2009

SEMINÁRIO SOBRE POLÍTICA DA SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA NO RIO GRANDE DO SUL

Seminário de Apresentação da Política Integral de Saúde da População Negra e o Plano Operativo no Estado do Rio Grande do Sul
04 e 05/06/2009
Local: Auditório Dante Barone – Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul – Praça da Matriz - Centro – Porto Alegre
IMPORTANTE: As inscrições deverão ser encaminhadas para os e-mais:
maria.silva@saude.gov.br ou nesi-esp@saude.rs.gov.br
ou pelo fax: (51)39011509


Clique na imagem para ampliar.
Informações pelos fones: (51) 32132184 ou (51)39011482/1490

BAIXE DE GRAÇA O FILME E O LIVRO "COR PÚRPURA"

O começo deste ano foi ruim para postagens por causa de problemas como mudanças de moradia, internet ruim e desestímulo causado por dois cancelamentos de conta. O primeiro foi o cancelamento definitivo do canal do youtube e o outro foi do blogspot, porém (ainda bem) temporário.
Com a volta das postagens mesmo timídas retomamos as buscas pela web para sugerir notícias e blogs. Por isso que ontem deu muita alegria ao encontrar o blog FILMES BLACK que grande potencial de fortalecer nossa blogosfera afro. Eles tem um trabalho formidável que já conta com um acervo de 60 filmes para baixar de graça.
O Aldeiagriot é mais humilde na quantidade de filmes disponíveis, mas vale a pena tentar fazer uma parceria para trocar e aumentar os links de forma colaborativa.

Tendo isso em vista tomamos a liberdade de sugerir um longa-metragem postado no FILMES BLACK. Se chama Cor Púrpura e estava nos nossos planos de postagens do ano passado. Metade dele já estava no youtube.

Esse fime é um primor de qualidade e beleza com um elenco formidável contando uma história marcada por uma crueza e sofrimento do período pós-fim da escravidão dos EUA. O filme foi uma adaptação do romance da escritora Alice Walker. Nos anos 80 muita gente deve ter ficado nas madrugadas do corujão esperando começar a Cor Púrpura.
Baixe no computador, junte uma turma para assistir e deleitar-se graças a militância virtual que tem disposição para ajudar aumentar a consciência e luta antiracista.
Inspirado para fazer esta postagem demos uma vasculhada na internet e acharmos o livro scaneado da Alice Walker no site do PDL (Programa Democratização da Leitura) .
Para baixar o livro clique em esnips ou 4shared.
A Cor Púrpura
Sinopse
Georgia, 1909. Em uma pequena cidade Celie (Whoopi Goldberg), uma jovem com apenas 14 anos que foi violentada pelo pai, se torna mãe de duas crianças. Além de perder a capacidade de procriar, Celie imediatamente é separada dos filhos e da única pessoa no mundo que a ama, sua irmã, e é doada a "Mister" (Danny Glover), que a trata simultaneamente como escrava e companheira. Grande parte da brutalidade de Mister provêm por alimentar uma forte paixão por Shug Avery (Margaret Avery), uma sensual cantora de blues. Celie fica muito solitária e compartilha sua tristeza em cartas (a única forma de manter a sanidade em um mundo onde poucos a ouvem), primeiramente com Deus e depois com a irmã Nettie (Akosua Busia), missionária na África. Mas quando Shug, aliada à forte Sofia (Oprah Winfrey), esposa de Harpo (Willard E. Pugh), filho de Mister, entram na sua vida, Celie revela seu espírito brilhante, ganhando consciência do seu valor e das possibilidades que o mundo lhe oferece.

Título Original: The Color Purple

Gênero: Drama
Tempo de Duração: 156 min
Ano de Lançamento: 1985
Qualidade: DVDRip
Formato: Rmvb
Áudio: Inglês
Legenda: Português
Tamanho: 640 mb
BAIXAR

Segue abaixo algumas informações e curiosidades e um breve comentário do filme retirados do site Adoro Cinema.

Trailers- Clique aqui para ver o trailer.

Premiações
- Recebeu 11 indicações ao Oscar, nas seguintes categorias: Melhor Filme, Melhor Atriz (Whoopi Goldberg), Melhor Atriz Coadjuvante (Oprah Winfrey e Margaret Avery), Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem, Melhor Trilha Sonora, Melhor Canção Original ("Miss Celie's Blues") e Melhor Roteiro Adaptado.
- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Atriz - Drama (Whoopi Goldberg), além de ser indicado em outras 4 categorias: Melhor Filme - Drama, Melhor Diretor, Melhor Atriz Coadjuvante (Oprah Winfrey) e Melhor Trilha Sonora.
- Recebeu uma indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Roteiro Adaptado.Curiosidades
- A cantora Tina Turner chegou a ser convidada para interpretar a personagem Shug Avery, mas recusou o papel.


Henrique Miura (e-mail), errado Leitor do Adoro Cinema - Nota 9:"

"A Cor Púrpura" é um filme de extrema sensibilidade e de muita sinceridade. Steven Spielberg conta a história de maneira agradável e, por vezes, chocante! Impressiona a maneira com que nos envolvemos nesta bonita história de amor, afeto, carinho e compaixão. Pessoas fazendo coisas por outras, sem querer receber algo em troca, apenas a felicidade. O final é de redimir qualquer erro durante o filme.
Mais uma vez, Steven Spielberg contou com uma caprichosa produção. A fotografia de Allen Daviau é clara e ao mesmo tempo pesada; enquanto isso, a direção de arte marca forte presença. A trilha sonora de Quincy Jones flui normalmente com a sensibilidade do filme e, perto do final da história, começa a ganhar mais força e a empatia do público. O figurino também tem uma forte marca, já que o filme é passado em diversos anos da vida da Celie.
Em filme do Spielberg as produções sempre são caprichadas, mas o elenco nunca deixa de brilhar. Whoopi Goldberg é o centro das atenções, sua personagem é o coração do filme. Danny Glover está simplesmente fantástico, me surpreendi demais, pois nunca havia visto-o em um personagem tão forte, que ao mesmo tempo em que é grosseiro consegue uma certa identificação com o público.
Celie (Goldberg) é uma jovem que já começa a vida de maneira muito difícil. Foi violentada pelo pai, engravidou, mas não pôde assumir a criança, que foi mandada para onde ninguém sabe. Ela é "arranjada" para Albert (Danny Glover), uma cara que não demonstra nenhum carinho ou amor por ela. Durante um tempo, Celie ainda pode viver com a irmã Nettie (Akosua Busia), mas ela acabou sendo mandada embora da casa, por ter fugido de Albert. A partir daí, Celie vive uma vida totalmente amargurada, sem companhia, sem carinho e só apanhando do marido.
"A Cor Púrpura" abocanhou diversas indicações ao Oscar, incluindo de Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado (da obra de Alice Walker), Melhor Atriz (para Whoopi Goldberg) e de canção para a música "Miss Celie's Blues", uma música emocionante mesmo. Para fãs de Spielberg e de um bom drama de época, esse filme é imperdível, mesmo tendo uma duração além do necessário, algo por volta de 2 horas e meia, o filme consegue mexer com os sentimentos do público."










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CONFERÊNCIAS DE PROMOÇÃO DA IGUALDADE RACIAL AGENDADAS EM 25 ESTADOS

Retirado do Blog do Racismo Virtual.

Brasília - Pelo menos 25 Estados já agendaram a realização de Conferências Municipais e Estaduais preparatórias da II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, marcada para ocorrer entre os dias 25 e 28 de junho, no Centro de Convenções, em Brasília.
As Conferências Estaduais elegerão delegados à Conferência Nacional. A expectativa é de que participem mais de mil e quinhentos delegados. Exemplares do Regimento Interno da II CONAPIR e do Caderno de Subsídios, produzido pela SEPPIR, estão sendo distribuídos nos estados.
Os órgãos interessados nestes materiais podem entrar em contato com a Coordenação de Comunicação da SEPPIR através do telefone (61)3411-3670.


Veja em que Estados já estão agendadas Conferências Estaduais:
Acre – 14 e 15 de maio
Alagoas – 21 de maio
Amazonas – 07 a 09 de maio
Amapá – 27 a 30 de abril
Bahia – 24 a 26 de maio
Ceará – 19 e 20 de maio
Distrito Federal – 21 e 22 de maio
Espírito Santo – 15 a 17 de maio
Goiás – 15 de maio
Maranhão – 12 a 14 de maio
Minas Gerais – 23 e 24 de maio
Mato Grosso do Sul – 29 e 30 de abril
Pará – 30 de abril a 02 de maio
Paraíba – 23 e 24 de maio
Pernambuco – 23 e 24 de maio
Piauí – 21 e 22 de maio
Rio de Janeiro – 22 e 23 de maio
Rio Grande do Norte – 28 a 30 de abril
Rondônia – 20 a 22 de maio
Roraima – 12 a 14 de maio
Rio Grande do Sul – 22 e 23 de maio
Santa Cataria – 06 e 07 de maio
Sergipe – 15 e 16 de maio
Tocantins – 06 a 08 de maio


O primeiro Estado a realizar a Conferência preparatória foi o Mato Grosso, em dezembro passado. Os estados do Paraná e de São Paulo são os únicos que ainda não definiram datas. Conferência Nacional
A II CONAPIR será uma oportunidade para ampliar o diálogo e a cooperação entre órgãos e entidades governamentais e não-governamentais de promoção da igualdade racial, na qual serão apontados possíveis ajustes nas políticas de igualdade ora em curso, e fortalecidas as relações destas com as políticas sociais e econômicas em vigor.

STEVEN SPIELBERG VAI PRODUZIR FILME SOBRE MARTIN LUTHER KING

Retirado do site do jornal Folha de São Paulo.

19/05/2009
da Efe, em Los Angeles
O estúdio DreamWorks, de Steven Spielberg, adquiriu os direitos para levar aos cinemas a vida de Martin Luther King, ícone da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, informou a edição digital da revista americana especializada em entretenimento "Variety".
O projeto é um sonho antigo de Spielberg e seu sócio Stacey Snider, que tentaram durante anos obter as permissões legais para realizar o filme.
AP
Cineasta Steven Spielberg (à esq.) vai produzir filme sobre a vida de Martin Luther King Jr.
"Estamos honrados de ter a oportunidade de contar este momento histórico. Temos esperança de que o poder criativo do cinema e o impacto da vida do doutor King possam ser combinados para apresentar uma história de poder inegável da qual possamos estar orgulhosos", comentou Spielberg.
Martin Luther King foi assassinado em 1968, em Memphis, quando tinha 39 anos, e foi a pessoa mais jovem a receber o prêmio Nobel da Paz por seu trabalho para acabar com a segregação racial e a discriminação nos Estados Unidos.
Este líder civil registrou durante sua vida os direitos autorais de seus discursos e outras obras, uma propriedade que passou a ser administrada por seus herdeiros.
O filme da DreamWorks será o primeiro a contar com a autorização para usar integralmente o trabalho de King, incluindo o famoso discurso "I Have a Dream", que aconteceu em 1963, em Washington, a fim de reproduzir um retrato fiel de sua vida.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

SEMINÁRIO AFROBRASILIDADE E CULTURA POPULAR NO RJ

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SEMINÁRIO INTERNACIONAL. DIREITOS HUMANOS, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES RACIAIS - BRASIL & EUA

O Brasil é signatário da Convenção Internacional sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial (através do decreto nº 65.810 de 8 de dezembro de 1969). Mas somente após a Conferência Internacional Contra a Discriminação realizada em Durban, África do Sul em 2001, o País começou, paulatinamente, a adotar medidas para efetividade a estes compromissos afetos ao Direito Internacional dos Direitos Humanos.

Por conta disso, a temática afeta às políticas publicas de promoção da igualdade Racial ganha cada vez mais destaque nas agendas dos governos e se constitui como um dos principais temas contemporâneos. No Congresso Nacional tramita o projeto de lei que pretende instituir o sistema de cotas nas universidades federais e o Supremo Tribunal Federal está julgando uma ação contra o Programa Universidade para Todos - PROUNI.

Já nos EUA, após mais 40 anos, as recentes decisões da Suprema Corte apontam que as políticas afirmativas começam a entrar em declínio naquele país.

Tanto no Brasil como nos Estado Unidos, a demanda acerca da das políticas públicas de ação afirmativa apresenta-se como um dos principais debates sócio-jurídicos deste início de século, ensejando, inclusive, maior análise comparada sobre a matéria.

Com a convicção de que o aperfeiçoamento e a atualização dos diversos profissionais se constitui como medida importante para a defesa do Estado Democrático de Direito e com o objetivo de ampliar a reflexão e o aprofundamento crítico e acerca de temas relevantes e atuais na ordem sócio-jurídica, o Programa de Pós Graduação em Políticas Públicas e Formação Humana (PPFH/UERJ), o Laboratório de Políticas Públicas da UERJ (LPP/UERJ), o Observatório Latino Americano de Políticas Educacionais (Olped), a “Seattle University School of Law” e a “University of Tennessee College of Law” estão promovendo o “I SEMINÁRIO INTERNACIONAL: DIREITOS HUMANOS, POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES RACIAIS - BRASIL & EUA”.

O evento será no dia 26.o5, terça feira, às 17:30h no auditório 113 -11º andar UERJ.

Inscrições no local do evento!

ESTRÉIA DOCUMENTÁRIO "ÔRI" QUE DISCUTE CULTURA NEGRA NO BRASIL

Retirado do site da revista Veja.

21/05/2009

SÃO PAULO (Reuters) - O documentário "Ôrí", lançado nos cinemas em 1989, volta às telas de São Paulo e Rio de Janeiro nesta sexta-feira com poucos traços de envelhecimento.

Fruto de um trabalho colaborativo da cineasta e socióloga Raquel Gerber e da historiadora Beatriz Nascimento, morta em 1995, o filme é um decalque das discussões sobre a cultura negra durante as décadas de 1970 e 1980, que ainda parecem surpreendentemente atuais no país.

Resultado de 10 anos de pesquisa, o documentário está longe de ser usual. Raquel Gerber realizou um trabalho impressionista, que mescla conteúdo espiritual, posicionamento político e devaneios acadêmicos. O trabalho é um mosaico narrativo bem construído, que foge de mensagens panfletárias no final da projeção.

Para montar esse quebra-cabeça, a diretora mostra depoimentos de pessoas-chave do movimento negro, em filmagens realizadas em vários Estados brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo, Alagoas e Minas Gerais) e na África Ocidental (Costa do Marfim e Senegal). Em especial, os acalorados debates realizados durante a Quinzena do Negro, promovida pela Universidade de São Paulo (USP), em 1977.

Apesar de não defender um ponto de vista, "Ôrí" não deixa de ser poeticamente provocador. Com textos escritos e narrados por Beatriz Nascimento, a obra concatena a ideologia dos Quilombos (desde a África Centro-Ocidental até sua recriação no Brasil) aos discursos defendidos pelos mais diferentes grupos sociais. No fim, Beatriz chega a dizer: "O movimento não é negro, mas da história."

Ôrí, um termo de origem yorubá, povo da África Ocidental, significa "cabeça", a consciência negra na sua relação com o tempo, a história e a memória.

(Por Rodrigo Zavala, do Cineweb)* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

TJ NEGA AÇÃO DE CANDIDATA CONTRA COTA EM UNIVERSIDADE

Retirado do site Campo Grande News

21 de Maio de 2009

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou o pedido de liminar feito por uma candidata ao curso de Direito da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) na unidade de Paranaíba, município distante 413 quilômetros de Campo Grande contra o sistema de cotas raciais.
No pedido, ela alegou que foi aprovada dentro do número de 40 vagas disponíveis pelo curso, mas não ingressou na universidade devido às vagas reservadas para os cotistas.
Em primeiro grau, a Justiça já havia negado o direito de contestação do sistema de cotas feita pela aluna. Ela então ingressou com uma apelação alegando que o procedimento é inconstitucional, por desrespeitar o princípio de isonomia garantido pela Constituição Federal.
Para o relator do processo, desembargador Paschoal Carmello Leandro, a igualdade à qual se refere a Constituição por diversas vezes necessita de tratamento formal diferenciado entre as pessoas, para que seja alcançada.
No entender do desembargador, entre os objetivos fundamentais das leis do País está a redução de desigualdades sociais e regionais.
“Não há inconstitucionalidade nas normas legais que prevêem o sistema de cotas raciais, porque a reserva de vagas para negros e índios em universidades públicas se constitui em uma ação afirmativa”, explicou o magistrado.
Diante desse entendimento, o pedido da candidata foi negado por unanimidade.
O sistema de cotas implantado na UEMS tem como base as Leis Estaduais nº 2.589/02 e nº 2.605/03, que tem como objetivo facilitar o acesso dos menos favorecidos ao ensino superior.

DESFILE DE MODAS DE SP VAI TER COTA PARA NEGROS

Retirado do site da revista Veja.

SPFW terá cota para negros

20 de maio de 2009

A organização dos desfiles do São Paulo Fashion Week vai sugerir às grifes que contratem uma cota mínima de 10% de modelos negras ou indígenas para desfilar no evento. A ação faz parte de um acordo entre o SPFW e o Ministério Público de São Paulo com o objetivo de ajustar a semana paulistana de moda às políticas de inclusão sociocultural do governo federal.
Em um comunicado enviado nesta quarta-feira, a organização do evento informou que a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) terá validade pelos próximos dois anos. Por enquanto, o SPFW não vai interferir diretamente na escolha das profissionais pelas marcas e estilistas, mas não está descartada a possibilidade de que, no futuro, a inclusão de cotas seja obrigatória.
O SPFW informou que o MP investigou o evento, mas não constatou a prática de discriminação racial. Ainda assim, a organização dos desfiles se compromete a encaminhar, no prazo de 30 dias após cada edição, durante dois anos, a comprovação de cumprimento da cláusula, bem como relação de todos os modelos que desfilaram, por desfile e por grife, apontando os que se inserem no critério das cotas.
"O SPFW sempre atuou e continuará atuando sem interferir na criação das coleções e desfiles, incluindo neste processo a escolha dos castings de modelos, feitos unicamente pelas marcas e estilistas participantes", explica o comunicado.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ESTATUTO PODE CRIAR COTAS PARA NEGROS NA SOCIEDADE

Retirado do site do jornal nacional da rede globo.
Mais uma reportagem que trata a questão racial e as cotas de forma maniqueísta.




19/05/09
O estatuto quer estimular a criação de cotas no mercado de trabalho, na educação, na cultura, em licitações e no serviço público.

Está prevista para quarta-feira, em uma comissão especial da Câmara, a votação de um projeto que institui, entre outros itens, a criação de cotas para negros em vários setores da sociedade.
O projeto traz orientações para o governo de como tratar uma parte dos cidadãos e obriga que estudantes e até pacientes do SUS sejam classificados de acordo com a cor da pele.
Eles são irmãos na fé de uma religião que veio da África e que, no Brasil, acolhe todo tipo de gente. Em um terreiro de candomblé, são todos filhos de orixás.
“Aqui, não tem distinção de cores. Todo mundo é igual, preto e branco. Branco e preto”, afirma o pai de santo Raimundo Ribeiro dos Santos.
“Sempre fui bem recebido porque, dentro da nossa religião, não temos distinção de cor”, acrescenta mais um religioso.
O samba também tem raiz afro, mas vai dizer para alguém aqui que hoje este não é um ritmo tipicamente brasileiro.
“Loira de sangue negro. Mistura total na veia, então o sangue africano está em todo mundo”, revela uma mulher.
“Não tem mais esse negócio de negro de um lado, branco, é tudo misturado. Assim, é do Brasil já essa mistura, é todo mundo curtindo, sem preconceito. Já faz parte do Brasil”, explica a universitária Milene de Araújo.
Por toda a história, as culturas se misturaram. O povo então, nem se fala. Hoje, negros e pardos somam a metade dos brasileiros, segundo o IBGE. Mas um projeto que está na Câmara dos Deputados quer criar um estatuto para dar tratamento diferenciado a essa população, em todas as áreas.
Na educação, com cotas nas universidades. Na cultura, com vagas obrigatórias para atores e figurantes negros. Em licitações, dando prioridade a empresas com ações de igualdade racial.
No serviço público, onde governos teriam de criar regras para aumentar o número de negros.
O estatuto também quer estimular a criação de cotas no mercado de trabalho. Uma empresa como essa com muito mais do que 20 funcionários pagaria menos impostos se contratasse mais negros. Resultado: o candidato que se autodeclarasse negro no momento da entrevista teria vantagens sobre os outros na hora da contratação.
“Na nossa organização, não vai fazer diferença. Até porque , quando nós realizamos o processo seletivo a gente tem toda uma preocupação de analisar a competência do candidato”, afirma Marly Vidal, superintendente de Recursos Humanos.
Para Rubens Pereira dos Santos, funcionário da empresa, o tiro pode sair pela culatra. “Eu acho até que seria uma discriminação por achar que os negros são menos capacitados que os brancos”, ele opina.
Mas líderes do movimento negro defendem o estatuto.
“Vai fazer com que negros possam acessar hoje lugares, situações e vantagens que ainda não estão tendo. Eu acredito que isso vai mudar a coloração de lugares hoje tidos como espaço de pessoas não negras”, declara Lucimar Martins, líder do movimento Cernegro.
Para o antropólogo Jorge Zarur, a criação do estatuto representa um perigo para o país.
“O Brasil corre o risco de criar uma divisão historicamente irreversível. Uma divisão que vai destruir uma ideia de povo brasileiro e a identidade brasileira. É injusto e indigno, é absurdo criar mais uma divisão”, avalia o antropólogo.

DOIS ARTIGOS CONTRA O ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL

Tentando voltar com as postagens com recortes de jornais e revistas oferecemos a vocês os argumentos destes heróicos apaixonados pela miscigenação que, segundo o próprio Magnoli se faz "na cama e na cultura".
A dupla Kamel e Magnoli atacam de novo com seus artigos no jornal O Globo atacando a igualdade racial em forma de lei. é importante lermos para aprimorar os argumentos que possam derrotar suas falácias.
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Quinta-Feira, 14 de Maio de 2009
Monstros tristonhos
Demétrio Magnoli


Tatiana de Oliveira teve sua matrícula cancelada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) menos de um mês após o início do curso de Pedagogia, no qual ingressou pelo sistema de cota racial. A instituição inscreve candidatos cotistas com base na autodeclaração de cor/raça negra, mas depois, com base numa entrevista, pode rejeitar a matrícula. O pai da estudante se define como "pardo" e o avô paterno, como "preto", mas uma comissão da UFSM que funciona como tribunal racial pespegou-lhe o rótulo de "branca".
Juan Felipe Gomez, cotista ingressante na Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), conheceu sorte similar. A instituição impugnou sua declaração racial, recusando uma declaração cartorial na qual a mãe do jovem se identificou como "parda" e "afrodescendente", uma certidão de nascimento que identifica a avó materna de Juan como "negra" e um prontuário civil em que a mãe é classificada como "parda". Ele não está só: na UFSCAR, um quarto dos candidatos aprovados pelo sistema de cotas raciais neste ano teve sua matrícula cancelada em razão de impugnações do tribunal racial.
Segundo a lenda divulgada pelos arautos da doutrina racialista, a "raça negra" é constituída pela soma dos que se declaram censitariamente "pretos" com os que se declaram "pardos". Em tese, o sistema de cotas raciais está destinado a esses dois grupos. Então, por que os tribunais raciais instalados nas universidades impugnam mestiços como Tatiana, Juan e tantos outros?
A resposta encontra-se na introdução de um livro de Eneida dos Reis devotado a investigar o lugar social do mulato. O autor da introdução é o antropólogo Kabengele Munanga, professor titular na USP e um dos ícones do projeto de racialização oficial do Brasil. Eis o que ele escreveu: "Os chamados mulatos têm seu patrimônio genético formado pela combinação dos cromossomos de ?branco? e de ?negro?, o que faz deles seres naturalmente ambivalentes, ou seja, a simbiose (...) do ?branco? e do ?negro?. (...) os mestiços são parcialmente negros, mas não o são totalmente por causa do sangue ou das gotas de sangue do branco que carregam. Os mestiços são também brancos, mas o são apenas parcialmente por causa do sangue do negro que carregam."
O charlatanismo acadêmico está à solta. Cromossomos raciais? Sangue do branco? Sangue do negro? Seres naturalmente ambivalentes? Munanga quer dizer seres monstruosos? Do ponto mais alto da carreira universitária, o antropólogo professa a crença do "racismo científico", velha de mais de um século, na existência biológica de raças humanas, vestindo-a curiosamente numa linguagem decalcada da ciência genética. Mas ele vai adiante, saltando dos domínios da biologia para os da engenharia social: "Se no plano biológico, a ambiguidade dos mulatos é uma fatalidade da qual não podem escapar, no plano social e político-ideológico eles não podem permanecer (...) ?branco? e ?negro?; não podem se colocar numa posição de indiferença ou de neutralidade quanto a conflitos latentes ou reais que existem entre os dois grupos, aos quais pertencem, biológica e/ou etnicamente."
É o horror - científico, acadêmico e moral. Mas, desgraçadamente, nessas frases abomináveis, que representam um cancelamento do conceito de cidadania, está delineada uma visão de mundo e exposto um plano de ação. De acordo com elas, a mola propulsora da história é o conflito racial e, no Brasil, para que a história avance é preciso suprimir a mestiçagem, propiciando um embate direto entre as duas raças polares em conflito. O imperativo da supressão da mestiçagem exige que os mestiços - esses monstros tristonhos condenados pela sua natureza à ambivalência - façam uma escolha política, decidindo se querem ser "brancos" ou "negros" no novo mundo organizado pelo mito da raça.
No veredicto do Grande Inquisidor que ocupa o cargo de reitor da UFSM, Tatiana foi declarada "branca" porque, em audiência diante de um tribunal racial, ela não testemunhou ser vítima de discriminação racial. A estudante, tanto quanto Juan Felipe e os demais rejeitados pelo Brasil afora, teve cassado o direito à autodeclaração de cor/raça por um punhado de inquisidores, que são professores racialistas e militantes de ONGs do movimento negro. Mas, antes disso, essa turma tomou de assalto as chaves de acesso ao ensino superior e, desafiando as normas constitucionais, cassou o direito de centenas de milhares de jovens da cor "errada" de ingressar na universidade pelo mérito demonstrado em exames objetivos. A massa dos sem-direito é formada por estudantes de alta, média ou baixa renda, com diferentes tons de pele, que compartilham o azar de não funcionarem como símbolos úteis a uma ideologia.
Esquece-se com frequência que a pedra fundamental dos Estados baseados no princípio da raça é a proibição legal da miscigenação. A Lei Antimiscigenação da Virginia, de 1924, que sintetizava o sentido geral da legislação segregacionista nos EUA, definiu como "negros" todos os que tinham uma gota de "sangue negro". A Lei para a Proteção do Sangue Germânico, de 1935, na Alemanha nazista, criminalizava casamentos e relações sexuais entre judeus e arianos. A Lei de Proibição de Casamentos Mistos, de 1949, na África do Sul do apartheid, proibiu uniões e relações sexuais entre brancos e não-brancos. Raça é um empreendimento de higiene social: a busca da pureza.
Mestiçagem se faz na cama e na cultura. É troca entre corpos e intercâmbio de ideias. Os arautos brasileiros do mito da raça talvez gostassem de ter uma lei antimiscigenação, mas concentram-se na missão mais realista de higienizar as mentes, expurgando de nossa consciência a imagem de uma nação misturada. Cada um dos jovens mestiços pré-universitários terá de optar entre as alternativas inapeláveis de ser "branco" ou ser "negro". Para isso, e nada mais, servem as cotas raciais.
Demétrio Magnoli é sociólogo e doutor em Geografia Humana pela USP.

O Globo, Opinião, 19/05/2009
Estatuto da Diferença Racial
ALI KAMEL

A Câmara está para votar uma lei cujos efeitos são os opostos do que anuncia seu nome: “Estatuto da Igualdade Racial”. O que seus autores estabelecem no projeto é um “Estatuto da Diferença Racial”, pois dividem, autocraticamente, os brasileiros em duas “raças” estanques: negros e brancos. O estatuto, na sua essência, é muito similar às leis segregacionistas em vigor nos Estados Unidos antes da vitória da luta pelos direitos civis e às leis sul-africanas ao tempo do Apartheid. Não importa que o objetivo explícito aqui seja “promover” a “raça” negra; importa que, para fazê-lo, o estatuto olha os brasileiros, vê dois grupos estanques, impõe-lhes a afiliação a uma de duas “raças”, separa-os, conta-os e concede privilégios a um e não ao outro. Não há igualdade nisso, apenas discriminação.
Os Estados Unidos sempre estiveram sob o comando da Constituição, e esta sempre declarou que todos os homens são iguais. Como explicar, então, que, por tantos anos, tenham estado em vigor leis segregacionistas? Porque, lá, construíram-se leis como as que querem construir aqui: cidadãos iguais, sim, mas separados, cada um do seu lado “para o seu próprio bem”. A mistura era vista com horror, como algo que enfraqueceria tanto os negros quanto os brancos, daí a segregação. No Apartheid da África do Sul, o discurso era o mesmo. O mestiço era considerado um pária, algo que já começam a repetir no Brasil, segundo denúncia de Demétrio Magnoli aqui mesmo nesta página. Esse estatuto, em que pesem as intenções em direção oposta, tem exatamente a mesma essência. O resultado será sempre o pior possível.
Vou dar apenas dois, de muitos exemplos. O projeto determina que todas as informações do SUS sejam desagregadas por “raça, cor, etnia e gênero” (vejam a obsessão, “raça, cor e etnia”), para que as doenças da população negra sejam mais bem entendidas e combatidas. Ocorre que a ciência já provou que não existem doenças vinculadas à cor da pele da pessoa: não existe doença de branco, de negro, de moreno. Existem doenças que, geneticamente, estão mais presentes em grupamentos humanos, especialmente entre aqueles que não se misturam. É só pensar na África: ali, a imensa maioria é negra, mas a incidência de certas doenças varia de região para região. Algumas tribos, que não se casam com gente de fora, perpetuam certa doença que não ocorre em outras tribos, igualmente negras. Da mesma forma e pelos mesmos motivos, num país onde a segregação foi muito severa, talvez seja possível encontrar incidência maior de uma doença entre negros. Mas, em países abençoadamente miscigenados, como o nosso, isso simplesmente não existe.
Como todos sabem, o SUS é procurado mais que preponderantemente por pessoas pobres, brancas ou negras ou morenas, ou amarelas. Qualquer estatística produzida pelo SUS, hoje, mostrará quais as doenças que afetam mais os pobres, e essa incidência será relacionada corretamente à pobreza. Se o estatuto for aprovado, haverá uma distorção enorme: como os negros são a maioria entre os pobres, as doenças que acometem mais os pobres em geral, pelas péssimas condições em que vivem, serão vistas como doenças dos negros, de qualquer renda. A crença dos que defendem o estatuto é que, com esse dado na mão, os negros poderão se beneficiar de políticas de prevenção. Não tardarão a aparecer, contudo, racistas em algumas empresas evitando, disfarçadamente, a contratação de negros porque, supostamente, eles são mais vulneráveis a tais e tais doenças. Será o efeito oposto do que prevê o estatuto.
Outro exemplo: o projeto também impõe que toda criança declare a sua cor e a sua “raça” em todos os instrumentos de coleta do Censo Escolar (válido para escolas públicas e privadas). A ciência já mais do que provou que todos os seres humanos, independentemente da cor da pele, têm o mesmo potencial de aprendizado, ou, dito de uma maneira mais clara, são igualmente inteligentes. Com essa medida, o que os proponentes do estatuto desejam é, ao final de um período, mostrar o desempenho de alunos negros e brancos. Como, novamente, os negros são a maioria entre os pobres e como os pobres estudam nas piores escolas, é provável que os negros apresentem um desempenho pior, o que será exibido, não como resultado da penúria por que passam os pobres em geral (negros ou brancos), mas do racismo. A crença dos proponentes é que os dados tornarão possível uma ajuda maior aos negros, mas o efeito prático é que os negros, de todas as faixas de renda, ganharão mais um rótulo, a ser explorado pelos racistas abjetos que existem em toda parte.
Estão criando um monstro.
Aos deputados que vão votar o projeto, especialmente àqueles que ainda não se decidiram, eu lembro: a ciência já provou que raças não existem, nós seres humanos somos incrivelmente iguais, apesar da diferença de nossos tons de pele; reforçar a noção de “raça” só aumenta o racismo; todas as políticas devem ser voltadas à promoção dos pobres em geral, negros, brancos, pardos, amarelos, qualquer um; nossa maior contribuição ao mundo, até aqui, foi a exaltação da nossa miscigenação, algo realmente inédito na história dos povos.
Mudar isso é mudar a essência de nossa nação. Para pior, muito pior.
No século XXI, nossa visão de mundo tem de ser pós-racial: lutar com todas as forças contra o racismo, não para enaltecer as “raças”, que não existem. Mas para que todos possam ser vistos apenas pelo que são: homens e mulheres. Alguém não deve ser ajudado porque é dessa ou daquela cor ou “raça”, mas simplesmente porque precisa.
ALI KAMEL é jornalista.