domingo, 11 de janeiro de 2009

SELEÇÃO PARA TRABALHO NO PROJETO "ESCRAVO, NEM PENSAR"

Recebido por email pela mensagem 571 da lista do yahoogrupos Afroempregos.

A ONG Repórter Brasil, fará seleção para a etapa de 2009 do projeto "Escravo, nem pensar"!Segue descrição do projeto, orientações e critérios para as vagas.
Envio de curriculo até dia 15/01/2009
Reporter Brasil: 011 2506-6570
Saudações!
Reila Márcia
Jornal Brasil de Fato

"O sonho pelo qual brigo exige que eu invente em mim a coragem de lutar ao lado da coragem de amar" - Paulo Freire

Os requisitos para a vaga são os seguintes:
• Ser profissional formado em pedagogia, jornalismo, ciências sociais, história ou geografia ou estudante que esteja cursando os últimos dois anos desses cursos;
• Ter disponibilidade para viagens longas pelo interior de Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
• Apresentar um bom domínio da língua portuguesa, ter um bom texto, ser bem articulado;
• Residir na região metropolitana de São Paulo;
• Experiência com projetos de educação popular e/ou com projetos de comunicação comunitária;
• Interesse em dar aulas e trabalhar com movimentos sociais;
• Disponibilidade para início imediato na vaga.
É desejável, porém não fundamental, que o candidato tenha:
• Conhecimento sobre os seguintes temas: trabalho escravo e degradante, questão ambiental, questão agrária, economia solidária, leis trabalhistas, exploração sexual de crianças e adolescentes;
Remuneração: R$ 1.500,00 (bruto), com dedicação média de seis horas por dia, de segunda a sexta-feira.
Por favor, enviar currículo, com telefone para possível entrevista, para o endereço: escravonempensar@ reporterbrasil. org.br, aos cuidados de Fernanda Sucupira, até dia 15 de janeiro de 2009.
Programa “Escravo, nem pensar!”
O programa “Escravo, nem pensar!”, coordenado pela ONG Repórter Brasil, tem como objetivo diminuir, por meio da educação e da criação de redes de prevenção, o número de trabalhadores das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste aliciados para o trabalho escravo na fronteira agrícola, e conscientizar a população de locais onde há incidência desse crime. Nos municípios com alto índice de aliciamento ou de ocorrência de trabalho escravo, são realizadas formações de lideranças populares, professores e educadores sobre trabalho escravo contemporâneo e temas relacionados, para que possam multiplicar, na sala de aula e nas comunidades, as informações sobre esse tipo de violação dos direitos humanos..
A idéia é que estudantes e comunidades atingidas possam se munir de informações para não caírem na rede do trabalho escravo. Desse modo, mesmo que migrem para a região da fronteira agrícola em função da pobreza e da falta de acesso à terra e a emprego nos seus municípios de origem, eles terão consciência das armadilhas do aliciamento e do endividamento fraudulento. Com isso, será mais difícil a ação de gatos, fazendeiros e donos de pensões que contam com a falta de conhecimento do trabalhador.
Desde 2004, quando o programa foi criado, já participaram das formações mais de duas mil pessoas, em 33 municípios, no Maranhão (Açailândia, Bom Jesus da Selvas, Balsas, Riachão, Santa Luzia, Paraibano e Dom Pedro), no Piauí (Barras, União, São Raimundo Nonato, Uruçuí, Corrente, Nossa Senhora dos Remédios e São Lourenço), no Pará (Breu Branco, Xinguara e Marabá), no Tocantins (Axixá, Araguaína, Ananás, Xambioá, Wanderlândia e Campos Lindos), na Bahia (Rui Barbosa, Itaberaba, Andaraí, Casa Nova, Pindobaçu, Ibotirama e Barreiras) e no Mato Grosso (Cuiabá, Colíder e Alta Floresta).
Em cada um dos municípios abrangidos, a meta é formar 50 professores e educadores. Gestores das secretarias de educação também participam das formações para que possam articular as escolas envolvidas em atividades conjuntas e para que seja possível inserir o tema de forma estrutural nos conteúdos programáticos dos municípios.
O programa não se restringe à formação dos participantes. Ela é apenas o ponto de partida para todo um trabalho que é desenvolvido no município. A equipe da Repórter Brasil faz pesquisa e levantamento de dados do Estado sobre os temas abordados na formação, permanece em intenso contato com as pessoas que fazem parte do programa, produz novos materiais didáticos, financia projetos elaborados pelos participantes, planeja e organiza encontros e outras atividades que potencializem a atuação deles, entre outras atividades.
Oferecemos aos beneficiários apóio técnico por tempo indeterminado, mas são eles que espalham esse conhecimento, apropriando- se dele e adaptando-o de acordo com as necessidades da comunidade.
Após a formação, a Repórter Brasil faz visitas de acompanhamento a cada município, reunindo os educadores de seis em seis meses, durante um ano e meio. Acreditamos que o acompanhamento é fundamental para a implantação e capilarização do projeto. Nesses encontros, os participantes têm contato com novos materiais e notícias sobre o assunto, discutem o que tem sido feito para prevenir o trabalho escravo, conversam sobre como superar as dificuldades e planejam ações futuras.

Ainda que as atividades desenvolvidas pelos professores e líderes populares a partir do “Escravo, nem pensar!” seja de baixíssimo custo, restringindo- se muitas vezes a material de consumo e podendo ser financiado facilmente por uma escola ou um sindicato, a Repórter Brasil também articula apoio financeiro àqueles que queiram desenvolver seus projetos.
Apesar de ser coordenado pela Repórter Brasil, o “Escravo, nem pensar!” conta com a participação de organizações e movimentos locais, também responsáveis por sua implantação, monitoramento e avaliação. Entidades como o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia, no Maranhão, a Comissão Pastoral da Terra, em todos os estados onde o projeto foi implantado, secretarias municipais de educação, sindicatos de trabalhadores rurais, paróquias e associações de assentamentos rurais participam das discussões de concepção dessas ações e já inseriram o “Escravo, nem pensar!” como uma de suas prioridades.
Esses parceiros locais têm papel fundamental para que o programa seja implantado nos municípios. São eles que organizam a divulgação do curso e a inscrição dos participantes, assim como a estrutura necessária para a sua realização, como local do encontro, equipamentos de áudio e vídeo, alimentação dos participantes, hospedagem e alimentação dos educadores da Repórter Brasil.
Além dos parceiros locais, o programa também conta com a parceria de instituições dos três setores e também de organismos internacionais, articulados sob a coordenação da Repórter Brasil. São nossos parceiros: a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH), o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), as Delegacias Regionais do Trabalho (DRTs), a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a Secretaria do Trabalho, Renda e Esporte do Governo da Bahia, a Comissão Pastoral da Terra (CPT), o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia (CDVDH), o Projeto “Trilhas de Liberdade”/CRS, a Fundação Doen, a Ação Educativa, o Instituto Carvão Cidadão (ICC), o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a TAM Linhas Aéreas, a Universidade de São Paulo (USP), o Sindicato dos Bancários de São Paulo, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Comissão Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Escravo do Piauí (Cepete), os Sindicatos de Trabalhadores Rurais (STRs) e Sindicatos Municipais de Professores.

ASSISTA AO VÍDEO:


Escravo, nem Pensar!Gênero: vídeo institucionalProdução: Caio Cavechini e Ivan Paganotti

Formato: digital
Duração: 6´45
País: Brasil 2006

Sinopse
A experiência do projeto "Escravo, nem Pensar!", que tem como objetivo transformar professores e lideranças populares em atores do combate ao trabalho escravo na Amazônia e no Nordeste.
Prêmio
Melhor Vídeo Institucional do 3º Festival Guaçuano de Vídeo
Para saber mais sobre o projeto Escravo, nem Pensar!, clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.