quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

PONTO DE CULTURA NO RJ: INSCRIÇÕES ABERTAS ATÉ 29 DE FEVEREIRO

Retirado do site do SATED
19/02/2008

Estão abertas, até 29 de fevereiro, na sede do SATED, as inscrições para as Oficinas de Câmera, Interpretação para TV, Produção e Edição, que compõem o Ponto de Cultura, parte integrante do Programa Cultura Viva do Ministério da Cultura(MinC) . A instalação do Ponto de Cultura no SATED foi viabilizada pelo convênio entre o Ministério da Cultura, a Fundação Cultural Palmares e o Centro Cultural Dercy Gonçalves. Os professores que ministrarão as aulas são profissionais conceituados nas suas áreas de atuação, como Dib Lufit (Câmera), Inácio Coqueiro (Interpretação para TV), Eliede Costa (Produção) e Fernando Vidor (Edição).

Como se inscrever

As oficinas têm 80 vagas para atender jovens afro-descendentes de ambos os sexos, entre 18 a 25 anos, com renda familiar até 3 salários mínimos. Os cursos são gratuitos e terão duração de 3 meses, com 20 vagas cada e acontecerão pela manhã e tarde. A aula inaugural está marcada para o dia 11 de março.
Para se inscrever, o candidato terá que apresentar:
- uma foto(3x4);- xerox da identidade e CPF;
- comprovante de residência;
- prova de escolaridade (deve estar cursando ou ter concluído o 2° grau)
- participar de uma entrevista.

Os interessados poderão conseguir mais informações pelo telefone (21)2220-7209.
O SATED fica na rua Alcindo Guanabara, 17, salas 501/505, Cinelândia, Centro do Rio.
FONTE: www.satedrj.org.br

GOOGLE REVOLUCIONÁRIO E MELHORANDO A VIDA DE TODO MUNDO (OU SÓ MAIS UMA EMPRESA CAPITALISTA?)

Será possível? A previsão do vídeo Epic15 é muito otimista, hum... mais razoável é o conto, postado semanas atrás, Scroogled - E se o Google agora resolvesse controlar a sua vida?. Vale as interrogações também do blog Economia e política sobre os objetivos das tentativas de fusões recentes. Não é pra ser pessimista, mas as os desejos de monopólio e controle também existem nas empresas capitalistas que tem um discurso politicamente correto.

De qualquer forma saiam um pouco, pois o dia está muito bonito...








Yahoo!, Google e o mesmo capitalismo…aff
A Yahoo rejeitou mais uma vez a proposta de compra pela Microsoft de Bill Gates. Desta vez foram US$44,6 bilhões. E mais uma vez se repete a velha história do capitalismo, qual seja, a predominância das grandes empresas concetradoras de mercado, um oligopólio onde dá pra contar em uma mão os players. Apesar da agonia toda de que Google, software livre, Linux, etc é uma renovação não necessariamente capitalista as coisa parecem difíceis de mudar de verdade. É a máxima schumpeteriana, destruição criativa. O novo ultrapassa o velho com o melhor e damos um salto de qualidade! Mas qualidade pra quem, cara pálida? Para as pessoas ou para os consumidores? A sociedade é feita de seres humanos e não de ofertantes e demandantes, vendedores e compradores…

Xª SEMANA DA ÁFRICA 2008 EM SÃO PAULO

EXPOSIÇÃO DE PAINÉIS CIENTÍFICOS
TEMA: ÁFRICA: HISTÓRIA E AÇÕES PRO-ATIVAS DIANTE DA GLOBALIZAÇÃO DAS NAÇÕES RICAS E OS ACORDOS BILATERAIS DOS MERCADOS EMERGENTES


Prêmio Kabengele Munanga

Esta atividade estará estreitamente ligada ao Prêmio Kabengele Munanga. Ela será organizada em parceria com companhias aéreas, as embaixadas, consulados e com as Secretarias de Educação. A idéia é envolver o professorado e premiar, por exemplo, aquele que se destaque no desenvolvimento de um trabalho junto aos alunos tendo como temática a África. O Intercâmbio Cultural visa proporcionar a esse professor um contato mais próximo com a cultura de um país africano.
O Prêmio Kabengele Munanga foi criado para incentivar o intercâmbio Brasil x África e divulgar trabalhos que reunirá pesquisadores, personalidades brasileiras e africanas, autoridades, para apresentação e discussão de estudos, concluídos ou em andamento, integrados ao tema “África: história e ações pro-ativas diante da globalização das nações ricas e os acordos bilaterais dos mercados emergentes” e que deverão ser apresentados em forma de pôster. O ganhador do prêmio também será agraciado com uma viagem e a publicação de seu trabalho em uma revista acadêmica (respeitando- se as exigências da publicação)

Local: Câmara Municipal da Cidade de São Paulo

1. Disposições Gerais
A Comissão de Organização de trabalhos científicos da Semana da África, promovida pelo Fórum África, a ser realizada do dia 22 ao dia 27 de maio de 2008, definiu os critérios de apresentação e seleção dos trabalhos científicos em formato de pôster no evento. Os temas das propostas devem levar em consideração o tema geral da X Semana da África “Cultura, religião e relação interpessoal na África”.

Os trabalhos apresentados estarão concorrendo ao Prêmio Kabengele Munanga
2. Prazo de Inscrição
· A data limite de postagem das inscrições dos trabalhos será 20 de abril de 2008.
· Ë necessária a inscrição de no mínimo um dos autores do trabalho, preferencialmente o autor principal.
· As inscrições serão feitas pela Internet e via correio.
· Taxa de inscrição R$ 20,00.

Mais informações pelo site
www.forumafrica.com.br ou pelos e-mails vanderlisala@gmail.com ou boniyavo@hotmail. com

O QUE É O SVCHOST.EXE?

Mais uma interessante explicação do Blog OsSemBandaLarga. Interessante saber destes detalhes para não ficarmos com cara de trocha quando olhamos para estes gerenciadores do windows.

A maioria dos usuários do Windows, não sabe o que são os processos SVCHOST.EXE, nem a razão pela qual existem.
Há algum tempo atrás, a Microsoft decidiu, mover todos as funcionalidades internas do Windows, para ficheiros do tipo .DLL, argumentaram eles, que era uma forma de reutilizarem mais facilmente este tipo de processos, o que não era possível se continuassem em formato .exe.
Ora, como não conseguimos executar ficheiros .dll diretamente do Windows, então o Windows tem de utilizar um executável, que o faça… eis, o porquê da existência do SVCHOST.EXE! Está explicada a principal razão, da existência de tantos processos ativos, quando consultamos o gerenciador de tarefas.

ALGUNS ATALHOS DO WORD

Dicas aparentemente simples, mas essenciais principalmente quando o mouse fica ruim e estamos escrevendo um texto no word. Com o tempo ao decorrar estas dicas até esquecemos do mouse. Retirado do Blog OsSemBandaLarga.

Alt + Ctrl + F (Insere nota de rodapé, aquela com o número 1 sobrescrito no texto e a referência no pé da página.)
Alt + Ctrl + I, O, P ou N (Muda estilo de visualização da página)
Alt + Ctrl + Y (Vai para início da página seguinte)
Alt + Ctrl + M (Insere comentário)
Ctrl + [ ou ] (Diminui ou aumenta tamanho da fonte em um ponto)
Ctrl + = (Aplica subscrito)
Ctrl + Shift + = (Aplica sobrescrito)
Ctrl + 1, 2 ou 5 (Define espaçamento entre linhas simples, duplo ou de 1,5 linha)
Ctrl + D (Abre caixa de formatação de fonte)
Ctrl + E (Centralizar parágrafo)
Ctrl + End (Vai para fim do documento)
Ctrl + G (Alinhar à direita)
Ctrl + I, N ou S (Aplica efeito itálico, negrito ou sublinhado em termos selecionados)
Ctrl + J (Justificar parágrafo)
Ctrl + T (Seleciona todo o texto)
Ctrl + U (Localiza e substitui palavras ou expressões)
Ctrl + Del ou backspace (Apaga palavra seguinte ou anterior)
Ctrl + Shift + F8 (Ativa seleção de bloco quadrilátero de texto)
Ctrl + Shift + C ou V (Copia ou cola formatação de fontes)
Ctrl + M (Recuo)
Ctrl + Shift + A (Todas maiúsculas)
Ctrl + Shift + K (Caixa alta)
Ctrl + Shift + M Desfazer recuo)
Ctrl + Alt + V (Visualizar o documento)
F4 (Repete a última ação)
F7 (Verifica ortografia e gramática)
F12 (Salvar como)
Shift + F3 (Aplica letras maiúsculas em todo o texto selecionado)
Shift + F7 (Abre o dicionário de sinônimos)
Shift + Alt + D (Inserir a data atual)
Shift + Alt + H (Inserir a hora atual)

MICROSOFT ABRE PARTE DE SEU CODÍGO

Parece que o Bill Gates tá querendo se aproximar deste papo de software aberto e internet 2.0. Depois que o yahoo recusou a proposta milionária qual deve ser a estratégia atual para entrar na net.
Depois da notícia do jornal O Globo segue um vídeo hilário divulgado pelo blog Sedentário Hiperativo . Para amplair clique na imagem. Para baixar para o computador clique no botão direito e selecione "Salvar imagem como..."


A VIDA NA MICROSOFT


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

SITE SOBRE ÁFRICA VAI TER TRADUÇÃO PARA PORTUGUÊS

Recebido por email. O site Pambazuka está "pedindo ajuda" para acelerar o processo de tradução para o português. É que os seus organizadores precisam de uma demanda por internautas de língua portuguesa. Não custa nada. Vamos dar uma força aí pessoal, pois parece que eles tem um material muito bom e vasto e só temos a ganhar com a tradução do site.

26 de fevereiro de 2008.
Site Pambazuka News em Português

Pelo terceiro ano consecutivo, eleitores ao redor do mundo votaram no site Pambazuka News como um dos dez que estão mudando o mundo da internet e da política.
Temos o prazer de informar que em breve lançaremos uma edição em língua Portuguesa do site Pambazuka News, visando ampliar o espectro de atuação do mesmo.
Esperamos que este evento facilite a participação daqueles que moram em Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe e além – incluindo o Brasil – nos debates, discussões e análises sobre justiça social em África.
Se você estiver interessado (a) em receber a edição em língua portuguesa do Pambazuka News, por favor faça sua assinatura pelo site
http://www.pambazuka.org/en/about.php ou mande uma mensagem para o e-mail editor-pt@pambazuka.org, com o assunto: ASSINATURA/SUBSCRIBE
Esperamos lançar a primeira edição em Março de 2008.
Precisamos de 300 assinantes iniciais para colocarmos o site efetivamente no ar. Por favor divulguem!

EDUCAÇÃO SUPERIOR AINDA É UM PRIVILÉGIO NA AMÉRICA LATINA, DIZ UNESCO

Retirado da pagína da Reuters

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008 19:53 BRT
BOGOTÁ (Reuters) - A educação superior continua sendo um privilégio para poucos na América Latina e no Caribe, onde, apesar dos avanços dos últimos anos, apenas 32 por cento das pessoas chegam...";


BOGOTÁ (Reuters) - A educação superior continua sendo um privilégio para poucos na América Latina e no Caribe, onde, apesar dos avanços dos últimos anos, apenas 32 por cento das pessoas chegam à universidade, segundo dados divulgados na quarta-feira pela Unesco (órgão da ONU para educação e cultura).
Ana Lúcia Gazzola, diretora do Instituto Internacional da Unesco para a Educação Superior na América Latina e Caribe, disse que o acesso a cursos universitários na região está bem abaixo da média de 55 por cento dos países industrializados.
Estima-se que mais de 559 milhões de pessoas vivam na América Latina e Caribe, o que significa que quase 179 milhões têm acesso à educação superior.
"Se a média da região neste momento está em 32 por cento de cobertura, isso quer dizer que temos 68 por cento de exclusão. Não quer dizer que todos os que não estão têm de estar, mas quer dizer que não temos como lhes oferecer caso queiram", disse Gazzola.
"Vê-se que os benefícios advindos da educação superior em nossa região são ainda hoje, lamentavelmente, um privilégio de um percentual muito baixo de jovens", disse ela em entrevista coletiva.
A diretora acrescentou que o atual nível do ensino superior na região é insuficiente para gerar um alto nível de desenvolvimento, e que ainda restam 37 milhões de analfabetos na América Latina e Caribe.
Gazzola disse que paradoxalmente países como México e Brasil, que têm o maior nível de acesso ao ensino superior, são também os que registram maiores taxas de analfabetismo.
"O desafio é enorme, há muita falta de oportunidade, setores grandes estão marginalizados do processo de educação superior e dos benefícios à vida individual que [a universidade] pode oferecer."
A representante da Unesco disse que pedagogia, administração de empresas e algumas ciências sociais aplicadas são as carreiras profissionais para as quais há maior demanda.


(Reportagem de Luis Jaime Acosta)

ESCOLA OLODUM PRORROGA INSCRIÇÃO ATÉ 7 DE MARÇO

Até 7 de março, a ESCOLA OLODUM está inscrevendo gratuitamente para os cursos de Percussão, Instrumentos de harmonia, Dança Afro, Coral Afro, Informática Cultural – Nível Básico, Produção Cultural e Técnica em Espetáculos para Contra-regras (Rodies).

Maiores informações:
ESCOLA OLODUM
Rua das Laranjeiras, 30 – Pelourinho 40026-230 Salvador – Bahia
Telefone/Fax: 3322 8069 E-mail:
escolaolodum@ uol.com.br
www.olodum.com. br/escolaolodum

TERREIRO DERRUBADO NA BAHIA

Retirado do jornal A Tarde

27/02/2008 (12:22)
Sucom derruba terreiro de Candomblé
A TARDE On Line


O Terreiro Oyá Onipo Neto, localizado na Avenida Jorge Amado - Imbuí, foi parcialmente destruído na manhã desta quarta-feira, dia 27, por agentes da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom). A ação foi feita sem que o órgão apresentasse documento de autorização para a derrubada da casa religiosa. A mãe de santo Rosalice do Amor Divino, Mãe Rosa, 50 anos, já havia denunciado
intolerância religiosa por parte de um vizinho dela, engenheiro do órgão municipal que teria manifestado o desejo de derrubar seu imóvel.
A ação de demolição teve início por volta das 8h30, quando moradores e filhos de santo do terreiro ainda estavam dentro do prédio. Segundo vizinhos que assistiram a ação do órgão, os agentes da Sucom mal chegaram começaram a demolição. Também não permitiram que os moradores retirassem seus pertences ou os objetos de culto de dentro da casa.
Para tentar resolver o impasse foram chamados representantes de entidades de direitos humanos e de defesa do culto afro-brasileiro. Quando parte do terreiro já havia sido derrubada, um representante da Secretaria de Governo do prefeito João Henrique Carneiro chegou ao local, no meio da manhã, com uma ordem direta do prefeito para suspender a demolição. Segundo esse representante da secretaria, "houve falha na Sucom que ainda será apurada". O representante disse também que o único documento apresentado pelos agentes é um comunicado assinado por um engenheiro do órgão. Esse documento porém, não validaria a demolição da casa religiosa.
Os representantes do Terreiro, da Sucom e da prefeitura vão se reunir para apurar o ocorrido e tomar as providências cabíveis.
*Com informações de Danile Rebouças, do A TARDE


22/02/2008 (23:19)
Sucom acusada de crime contra a fé
Haroldo Abrantes / Agência A Tarde
Mãe de Santo diz que moticação do órgão seria religiosa
Amélia Vieira e Zezão Castro, do A TARDE


Intolerância religiosa e especulação imobiliária. Estes são os motivos alegados pela sacerdotisa de candomblé, Rosalice do Amor Divino, a Mãe Rosa, 50 anos, depois que ela viu cerca de 35 homens da prefeitura e da Polícia Militar partindo para tentar demolir o seu terreiro, na manhã desta sexta-feira, 22.
Erguido na Avenida Jorge Amado, trecho do Imbuí, há 28 anos, o templo da nação angola chama-se Oyá Onipó Neto e está situado em uma área ao lado de um shopping e de novos empreendimentos imobiliários. É o único dedicado, no bairro ao culto dos inquices, (nome das divindades nos candomblés angolanos). “Inclusive vem muita gente do Imbuí trabalhar sua espiritualidade”, alfineta Mãe Rosa.
Segundo ela, a ação começou no início da manhã, sem nenhuma notificação prévia. “Sem avisar, cerca de 35 homens da Superintendência Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) e da Polícia Militar queriam derrubar minha casa, com um bocado de papel numa pasta mas não me mostraram nenhuma ordem judicial para isso”. Os caminhões, carretas e viaturas ficaram cerca de meia hora parados até que, de repente, retrocederam do intuito. “Liguei pra meu marido, que foi na Sucom e aí eles pararam e foram embora”, contou.
Apesar de haver um processo administrativo tramitando há 11 anos na Prefeitura para regularizar a situação do imóvel, Mãe Rosa crê que o problema foi mesmo de intolerância religiosa. Ela conta que comprou o terreno há 28 anos e tem o documento de posse da terra.
Desde a aquisição, entretanto, um vizinho, segundo ela um engenheiro da Sucom de nome Sílvio Roberto Ferreira Bastos, demonstra atitudes de desrespeito religioso e preconceito. “Uma vez ele me chamou de lixo, já cuspiu e procurava brigas, mas só discutimos uma vez”, relatou Mãe Rosa, no início da tarde, ainda nervosa com o susto.
Sem resposta - A Sucom foi procurada pela reportagem para repercutir as acusações do seu engenheiro e para que revelasse se havia ou não algum mandado judicial para respaldar seus atos. Na portaria do órgão, a reportagem foi informada que a superintendente Kátia Carmelo estava viajando. O celular da assessora estava na caixa. Nem a secretaria de comunicação da prefeitura conseguiu localizar a direção do órgão.
COMENTÁRIOS
23/02/2008 (10:33) Excelente denúncia desse absudo da Intolerância Religiosa praticada contra as religiôes de Matrizes Africanas. Sou Coordenadora de Comunicação da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde e gostaria, se possível, do tel da Yalorixá, Mãe Rosa , para auxiliar através do Núceo de Intolerância Religiosa da Rede.
Vilma Piedade
23/02/2008 (10:20) Uma das piores tragédias urbanas desta metrópole é ter a infelicidade de residirmos próximo a algum funcionário da prefeitura: um protege os interesses do outro. Aqui, na foz do rio, moro próximo ao bar recordista brasileiro de reclamações de poluição sonora, são mais de 100 ao longo de muitos anos, feitas por diversos moradores, mas a SUCOM nunca fez nada, absolutamente nada de consequente contra tal buteco. Diversos moradores já venderam suas residências e se mudaram, mas o buteco continua...
Erivaldo

CE DISCUTE COTAS PARA INDÍGENAS EM CONCURSOS PÚBLICOS

Retirado do site da Agência Senado

COMISSÕES / Educação26/02/2008 - 11h15
A Comissão de Educação, Cultura e Esporte
(CE) discute nesta quarta-feira (27), às 10h, em audiência pública, a reserva de vagas nos concursos públicos para trabalhadores indígenas, proposta em projeto de lei (PLS 155/00) do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) que altera o Estatuto do Índio (Lei 6.001/73)
Foram convidados a participar da reunião a coordenadora da Coordenação Escolar Indígena do Ministério da Educação, Susana Grillo; a sub-procuradora da 6ª Câmara do Ministério Público Federal, Déborah Macedo Duprat de Britto; o procurador-chefe da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Marcos Guerreiro Salmeirão; e a representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) em Brasília, Valéria Paye Pereira.
O projeto de Mozarildo é relatado pelo senador Augusto Botelho (PT-RR), que é favorável à proposição.
A audiência pública será na sala 15 da Ala Senador Alexandre Costa.

TRF SUSPENDE DUAS LIMINARES CONTRA COTAS NA UFRGS

Retirado do site Expressão de notícias

A desembargadora Maria Lúcia Luz Leiria, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), suspendeu no dia 26 duas liminares que impediam a matrícula de três candidatos aos cursos de Odontologia, Administração e Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). As decisões tinham sido tomadas pela Justiça Federal de Porto Alegre, atendendo a solicitação dos vestibulandos.
A universidade recorreu ao TRF4 contra as liminares, argumentando que os critérios de inclusão social adotados são legais e constitucionais. Também alegou ser impossível aplicar, como determinado em uma das decisões, os critérios exigidos pelo Programa Universidade Para Todos (Prouni), que é direcionado a instituições privadas.
Ao suspender as liminares, Maria Lúcia salientou que a adoção do sistema de cotas é possível em decorrência da autonomia universitária, prevista na Constituição Federal. O próprio edital do vestibular da Ufrgs, destaca a magistrada, estabelece um percentual de 30% para egressos do sistema público, destinando, deste total, 50% para autodeclarados negros.
Para a desembargadora, é equivocada a alegação de falta de previsão legislativa para a adoção da política de cotas. Desde 1996, com o Primeiro Plano Nacional de Direitos Humanos, lembrou, a questão das políticas afirmativas já estava incluída. Citando as leis que criaram o Programa Diversidade na Universidade (Lei 10.558/2002) e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Lei 10.678/2003), a magistrada destacou não ser possível alegar falta de base legal para a aplicação de qualquer política afirmativa, pois o Executivo está autorizado a “implementar” as políticas, com anuência do Legislativo.
O acesso aos níveis superiores de educação segundo a capacidade de cada um, como previsto na Constituição, “nem constitucionalizou o vestibular nem estabeleceu um padrão ‘meritório’ como critério único de acesso à universidade”, considerou Maria Lúcia. “Permitiu, como em todo concurso público, a adoção de mais de um critério, de forma a avaliar, dentre as metas e finalidades a que a universidade se destina, aquele corpo discente”, ressaltou.
Segundo a desembargadora, a utilização de critérios do Prouni cria um entrave burocrático ilegal. O Prouni e o programa Diversidade na Universidade, ressaltou, “são nitidamente políticas públicas distintas em sua concepção e em suas finalidades, com pressupostos legais diferenciados e para atingir metas distintas”.
Maria Lúcia ressaltou ainda que o deferimento da liminar resultaria no cancelamento da matrícula de outro candidato, tendo em vista a impossibilidade de criação de vagas, exceto por meio de legislação específica. A desembargadora lembrou também que a política de cotas da UFRGS prevê duração e verificação periódica dos resultados. “Não estabeleceu-se, pois, uma regra a vigorar indefinidamente, sem qualquer análise de sua eficácia”, concluiu.


Clique aqui para ler a matéria e a decisão na integra.

EVENTO NA FGV - SP

Simpósio Internacional Janelas para o Mundo:
REDES INCLUSIVAS X CENTROS EXCLUSIVOS
INTERNET; DEMOCRACIA E CULTURA
Evento gratuito - Fevereiro de 2008

O Instituto Vygotskij em parceria com INEDD – Internacional Education Doctorade da Faculdade de Edução da Universidade Siegen (Alemanha) realizam o Simpósio Internacional REDES INCLUSIVAS X CENTROS EXCLUSIVOS - INTERNET; DEMOCRACIA E CULTURA


  • Durante os dois dias do Simpósio pretende-se discutir diversos temas, com foco principal nas seguintes questões:
  • A papel das novas tecnologias, especialmente a internet, e a sua importância na formação de redes inclusivas,
  • a necessidade premente da apropriação do conhecimento tecnológico para o exercício pleno da cidadania,
  • a necessidade da inclusão digital das periferias para a formação de grupos que tenham possibilidades de acesso a produção de informações como forma de deslocar o eixo de poder vigente no sistema de informação e cultura de massa.

Serviços:
O que é: Simpósio Internacional
Quando é: 28 e 29 de fevereiro de 2008
Horário: das 09:00 às 18:00
Local: Fundação Getúlio Vargas
Auditório da FGV – Salão Nobre – 4o. AndarAv. 9 de Julho, 2029 - Bela Vista - 01313-902 - São Paulo -SP
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES:
INSTITUTO VYGOTSKIJ Alameda Northmann1029 – SP – Campos Elíseos
TEL.(0++11) 3668-5284
E-mail:
flavio@institutovyg otskij.org. br

COMPUTADORES AJUDAM OS ALUNOS NA ESCOLA?

Claro que o computador ajuda aos alunos, principalmente depois que eles descobrem o comando Ctrl + C e o Ctrl + V. Uma maravilha para a educação, uma verdadeira rvolução... Segundo a reportagem abaixo o desempenho de alunos com compuradores não foi melhor do quaqueles que não tem. Na verdade, foi dito que os primeiro se tornaram mais preguiçosos que os segundos. Vale a pena dar uma lida.
Para ampliar clique na imagem. para salvar no computador clique com o botão direito do mouse e selecione "Salvar imagem como..."


VÍDEOS DA GLOBO CONTRA A LUTA QUILOMBOLA

Nas postagens anteriores apresentamos movimentações de alguns setores contra a luta quilombola. Portanto fomos no site do globo video e extraimos alguns vídeos que criticam o processo de regularização de terras de remanescente de quilombos. Veja dois vídeos abaixo ou visite a lista de reprodução QUILOMBO do canal de vídeos do Aldeiagriot. Nesta lista você poderá ver também vídeos de outros canais de televisão.

Jornal Nacional 15.05.07 - Indícios de fraude em suposto quilombo




Jornal Nacional 11.10.07 supostos quilombolas conseguem vitória Justiça




Jornal Nacional 11.10.07 Fundação Palmares nega irregularidades


terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

ARTIGO DA ONG JUSTIÇA GLOBAL SOBRE IMPRENSA E LUTA DOS REMANESCENTES QUILOMBOLAS

Artigo alertando sobre a manipulação da mídia, encabeçada desde maio de 2007 pela rede Globo, contra a regulamentação quilombola atual. Para ir para o site clique no titúlo abaixo.

A mídia como ela é - grande imprensa assume o discurso de setores contrários à causa quilombola
Por Helena Costa*

A comunidade de remanescentes de quilombo que habita a ilha da Marambaia há mais de cem anos já resistiu a muitas ameaças. Até aqui enfrentou, não sem perdas, até mesmo a Marinha do Brasil - que com o tempo mudou seu perfil e passou de aparente benfeitora a algoz dissimulada.

Entretanto, uma nova ameaça às necessidades da comunidade toma vulto a chamada grande imprensa, em especial o jornal O Globo. O primeiro ataque forte aconteceu em fevereiro de 2005, quando o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, assinou artigo questionando a identidade dos quilombolas da Ilha. Obteve alguma repercussão, tanto pelo autor quanto pela infâmia defendida. Apesar disso, foi um texto singular, isolado, sem notícias seqüências que mantivessem a discussão, ou melhor a opinião do prefeito em destaque.

O que assistimos agora, de maio de 2007 pra cá configura uma estratégia articulada de ataque – não apenas à comunidade da Marambaia, mas aos quilombolas em geral. O Globo iniciou a artilharia pesada contra a Marambaia quando estampou uma foto deslumbrante da Ilha em sua edição dominical (a de maior vendagem) sob o título “risco de favelização”. Só isso seria suficiente para predispor qualquer leitor desatento contra os quilombolas, mas há outras sugestões indiretas de ilegitimidade, como referir-se aos habitantes da Ilha como “supostos” quilombolas e afirmar que eles reivindicam uma área equivalente a 70 Maracanãs – unidade de medida bastante imprecisa, mas eloqüente. Utilizava também um argumento precioso nestes tempos globalmente aquecidos a preservação daquele ecossistema, subitamente ameaçado por aqueles que dele cuidam há séculos.

Esta matéria d’ O Globo foi a primeira de uma série publicada ao longo daquela semana, e também abriu caminho para outras matérias e artigos contrários à comunidade (tendo como articulista agora um filósofo, reconhecidamente opositor dos movimentos sociais). O Jornal Nacional, da Rede Globo, acrescentou som e imagem ao discurso anti-quilombola e expandiu o alvo dos ataques fez matérias parcialíssimas atacando a comunidade de São Francisco do Paraguaçu, na Bahia. Semanas depois a Comunidade de Sacopã, da cidade do Rio, foi igualmente acusada de vilã ecológica, desta vez em nota numa "coluna cultural" do Segundo Caderno de O Globo, demonstrando que o assunto já alcança outras searas do jornal, tratado de maneira leviana, mas sempre reforçando uma imagem negativa dos quilombolas.

É certo que não é só a Marambaia que apanha, como também não é só a Globo que bate (numa rápida olhada no Observatório Quilombola observa-se o aumento de matérias nos últimos meses). Mas está claro que se trata aqui de um caso emblemático, para ambas as partes. Os quilombolas da ilha da Marambaia ousam resistir às imposições da Marinha apenas, nem mesmo à instituição (esquece-se também que não se reivindica, nem nunca se reivindicou a retirada do Cadim da Marambaia). Assim, tornam evidente o poderio militar que já se acreditava reduzido a lugar ordinário na conformação de engrenagens governamentais.

As organizações Globo, por sua vez, também demonstram que permanecem ao lado de poderosos -- ainda que permitam, para alegação futura de lisura, estarem abertos a várias versões de um mesmo caso. Resta saber se a Marambaia conseguirá, depois de resistir a senhores, feitores e comandantes, sobreviver tendo a mídia como opositora, e a Globo na linha de frente.

Helena Costa é jornalista e assistente de comunicação de KOINONIA.

ENTREVISTA COM MORADORES DO QUILOMBO DA LAGOA

Taxi em Movimento, Comunidade Quilombola - Quilombo Sacopã

MATÉRIA SOBRE A REGULAMENTAÇÃO NO QUILOMBO DA LAGOA

Abaixo um artigo publicado no site viva favela sobre regulamentação do primeiro quilombo urbano reconhecido no Brasil. Artigo bem escrito e não comprometido com a imprensa elitista. Para ir para o site clique no titúlo abaixo.

Antes tarde do que nunca
Fabiana Oliveira*
07/12/2004

No dia 4 de outubro de 2004, o Quilombo da Lagoa recebeu de representantes do ministério da Cultura os títulos de Comunidade Remanescente de Quilombo e um outro inédito: o de primeiro quilombo urbano do Brasil.
Localizado na Ladeira do Sacopã, na Lagoa, numa área de 18.000 metros quadrados, com 5 casas que abrigam aproximadamente 30 pessoas, os remanescentes passaram por muitas dificuldades até conseguirem o reconhecimento.
A luta na Justiça contra a especulação imobiliária vem desde a década de 80, com os quilombolas sendo difamados na região. Além disso, diversas vezes, a especulação imobiliária, respaldada pela lei, trancou as casas com correntes impedindo os moradores de terem acesso a elas.
Seguindo a tradição familiar de servir comida caseira aos trabalhadores, teve época em que as mulheres candaces do quilombo tinham que cozinhar escondidas na mata, para não serem vistas, e assim, ajudarem a garantir o sustento da comunidade.
A alegria e a receptividade do povo negro e a aptidão musical de Tia Nenén, atual primeira soprano da Igreja de Nossa Senhora Margarida e nascida no quilombo da Lagoa, ajudaram bastante nessa luta, atraindo vários aliados à causa, tais como Beth Carvalho, Hans Donner e sua esposa Valéria Valença, entre outros conhecidos sambistas.
Atualmente, a preocupação de Tia Nenén é preservar a história do quilombo. Pouco se sabe, pois, segundo ela, seus pais embora não sendo escravos, não gostavam muito de falar sobre o passado da comunidade; preferiram não passar aos filhos os sofrimentos dos dias de escravidão.
Desse pouco, restou uma vaga história de que o quilombo teria originado de uma gruta, existente até hoje, onde os negros fugidos das fazendas de café da Lagoa escondiam-se. Outra versão é que ali teria sido a sede da própria fazenda e por falta de descendentes, pois a última mulher que se intitulava dona das terras morreu há muitos anos, a propriedade acabou por ficar em mãos dos ex-cativos.
Independentemente de não saber a origem do quilombo, o que Tia Nenén lembra, e muito bem, é que quando criança, passeando pela mata da propriedade, viu um tronco com uma corrente. Questionando ao pai sobre o que era, foi repreendida e orientada a não mais se aproximar do local. No outro dia o pai havia cortado o tronco.
Outros fatos bem guardados na lembrança foram a abertura da Ladeira do Sacopã com pólvora, quando ela tinha somente seis anos; a nascente que irrigava a comunidade, extinta com a construção de uma chácara pelo Senador Dantas, que acabou por represar a água fresquinha da montanha, obrigando os moradores a consumirem água encanada; e o conhecimento, há 5 anos, da Fundação Cultural Palmares, que mostrou que ali era uma comunidade remanescente de quilombo e que seus moradores tinham direito a receber o título.
Embora o modo de vida não seja mais como o de seus antepassados, considerando que ali é um quilombo urbano, é inegável que o local realmente é uma comunidade remanescente, não só pelos vestígios, mas também pela magia que inunda aquele lugar, fazendo com que revivamos anos de luta, de existência e resistência do povo negro!

BLOG CONTINUA ATACAR A LUTA QUILOMBOLA

O Blog paz no campo continua fazendo campanha contra a luta pelo reconhecimento de reparação de quilombolas e acesso a reforma agrária para quem quer produzir. Precisamos ficar atentos a este tipo de investida. Para postagem anterior sobre este blog clique aqui.

Sem Medo da Verdade
Boletim Eletrônico de Atualidades - N° 53 - 19/02/2008

www.paznocampo.org.br
Caso não esteja visualizando o texto deste boletim, acesse através do endereço:
http://www.paznocampo.org.br/boletim53
Rio de Janeiro:

Terras Quilombolas em área nobre? Moradores da Lagoa são notificados pelo INCRA! Direito de propriedade, escrituras e alvarás não representam nenhum óbice para o governo federal confiscar imensas áreas rurais e urbanas a fim de entregá-las a pretensos quilombolas. Nesse sentido, veja a matéria que o jornal “O Globo” publicou no dia 14/02/2008, acompanhada de comentários de Nelson Ramos Barretto, autor do livro-bomba “A Revolução Quilombola – Guerra Racial – Conflito agrário e urbano – Coletivismo”, cuja primeira edição esgotou-se em menos de três meses.

Fonte da Saudade - O confisco quilombola atinge um dos lugares maisbonitos e valorizados da cidade do Rio de Janeiro.
O Globo
Descendentes de escravo Quilombo da Sacopã é regularizado pelo INCRA
RIO – O primeiro quilombo urbano do Rio de Janeiro, localizado num dos lugares mais caros, bonitos e valorizados da cidade, fica de frente para o mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas e pertinho de Copacabana.
O Quilombo Sacopã, que ocupa uma área de cerca 23 mil metros quadrados, teve sua regularização
fundiária aprovada pelo INCRA. As sete famílias descendentes de escravos ainda não têm a posse do terreno. O processo está ainda em fase de demarcação do espaço.

Comentário: A notícia esconde uma grave violação perpetrada pelo INCRA contra o direito de propriedade em plena área urbana do Rio de Janeiro. Na realidade nunca houve quilombo e nem descendentes de escravos na Lagoa Rodrigo de Freitas. Trata-se da família Pinto, tipicamente brasileira: “Meus avós já eram mestiços de africano com português”, afirmou Luis Pinto para a revista Raça.
Seus membros eram empregados da empresa proprietária do terreno. Tendo a área sido doada para a constituição de um parque municipal de proteção ambiental, eles saíram mediante acordo e indenização. Pelos idos de 1967 voltaram e se apossaram dela. Em 1975, entraram com ação de usucapião. Mas com esse histórico, a família Pinto perdeu o processo por 3 x 0, julgado em 2ª Instância, em maio de 2005.

Diante desses fatos, a Dra. Ana Simas, presidente da AMOFONTE – Associação dos Moradores da Fonte da Saudade –, entrou com uma representação (outubro/2005) junto ao Ministério Público de Meio Ambiente, transformada no I.C.P. nº. 1174, na qual pedia a proteção do Parque José Guilherme Merchior e a remoção dos invasores. A partir daí, a família Pinto procurou a Fundação Palmares, dizendo-se quilombola. Continua a notícia do jornal O Globo: Segundo o músico Luiz Sacopã Pinto, um dos quilombolas, existem dois processos. Um é a questão do reconhecimento como área de comunidade quilombola, que permite que as famílias ocupem a terra por usufruto, sem permissão para vendê-la. Em outra frente, uma ação de usucapião corre na Justiça. Em 2005, o músico perdeu a ação e recorreu. Diferentemente da área delimitada pelo INCRA, neste caso inclui total ou parcialmente pelo menos três condomínios residenciais, cujos representantes são réus na ação.
Comentário: O “quilombo” seria constituído tão-somente pela família Pinto, descendente do casal Manoel e Eva Pinto. O sobrenome Sacopã foi agregado na notícia ao nome do interessado para dar maior verossimilhança ao “Quilombo Sacopã”. O que a família Pinto não conseguiu na Justiça pela ação de usucapião, obteve graciosamente do INCRA ao cancelar, através de portaria administrativa, o direito de dezenas de proprietários e de uma Área de Proteção Ambiental da Mata Atlântica.
Já no início dos anos 60, o Prof. Plínio Corrêa de Oliveira chamava a atenção de seus leitores que o comunismo tentaria implantar-se no Brasil através da Reforma Agrária, logo seguida pela Reforma Urbana, e pela reforma Empresarial, por meio de confiscos e coletivização da propriedade, com controle do Estado, transformando o País numa imensa favela rural. É para onde caminhamos a passos largos, se essas loucuras desapropriatórias e expropriatórias não tiverem um basta!

ESTÁGIO NO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL NO RS

E S T Á G I O
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
SELEÇÃO NA PR/RS
A PROCURADORIA DA REPÚBLICA NO RS está selecionando, para estágio remunerado, alunos do curso de Ciências Sociais


INSCRIÇÃO:
Local: Pça.Rui Barbosa nº 57 -14° Andar–Centro/P.Alegre - Fone 32847290
e.mail:
estagio@prrs.mpf.gov.br

Período de Inscrição: De 20/02 a 07/03/2008
Horário: Das 14 às 18h.
Documentos Necessários: Curriculum Vitae, Xerox da CI e CIC, Histórico Escolar e Comprovante de matrícula 2008/1.

EXIGÊNCIAS:
· Comprovar experiência em trabalho de campo junto aos grupos quilombolas e/ou indígenas do RS;
· Já ter cursado as disciplinas obrigatórias de Antropologia (Introdução, Antropologia II, Antropologia III) e estar cursando Antropologia IV.
· Ter conhecimentos de informática
· Ter disponibilidade de 20 h semanais.

Observação: Após a análise dos documentos apresentados, o MPF poderá convocar os selecionados para realização de entrevista.
Valor da Bolsa de Estágio: R$ 630,00

ARTIGOS SOBRE CONFLITOS NO QUÊNIA

Retirado do site do IBASE.


Maurício Santoro
A crise política no Quênia despertou a atenção mundial por se tratar de um dos países mais desenvolvidos economicamente da África, fundamental para a estabilidade de toda a costa oriental do continente. Contudo, a classificação de “conflito étnico” para descrever a situação atual é um tanto apressada, pois os embates no Quênia misturam disputas de classe, demandas com relação ao Estado, protestos contra a corrupção e rivalidades entre as etnias que formam o país.

O Quênia tem cerca de 40 etnias, sendo que a principal são os kikuyu, que constituem cerca de 22% da população. Quando o país era colônia britânica, esse povo foi sistematicamente expulso de suas férteis terras para dar lugar a ocupantes europeus. A reação veio na forma da revolta dos Mau Mau, na década de 1950, um dos marcos mais importantes das lutas de libertação colonial na África. A geração de líderes que conquistou a liberdade dos britânicos, em 1963, incluía representantes de diversas etnias: kikuyos, luos, kalenjin. O primeiro presidente foi Jomo Kenyatta, kikuyu, mas o kalenjin Daniel arap Moi foi o político que mais tempo passou à frente do país. Ele governou de 1978 a 2002, num regime marcado por autoritarismo e corrupção.

A ditadura de Moi foi substituída por um sistema multipartidário, liderado pelo presidente Mwai Kibaki, um kikuyu. Inicialmente, ele buscou alianças com os luos, representados por Raila Odinga. Mas as disputas por poder fizeram com que os dois se tornassem inimigos. No governo Kibaki a economia cresceu, impulsionada pelas exportações do agronegócio e pelo turismo – o Quênia é famoso por suas reservas ecológicas, praias e sítios arqueológicos. No entanto, a prosperidade não atingiu a camada mais pobre da população, que se ressente das precárias condições de vida, da corrupção e dos altos índices de desemprego.

Em dezembro de 2007, Odinga disputou a presidência com Kibaki, que tentava a reeleição. As pesquisas indicavam que seria uma corrida acirrada e havia preocupação de que o lado derrotado não aceitasse os resultados. Foi exatamente o que ocorreu, com Odinga acusando Kibaki de ter fraudado as eleições. Os partidários da oposição, revoltados, foram às ruas e os protestos se tornaram violentos, com o ódio canalizado contra a etnia dominante dos kikuyu e concentrado geograficamente nas favelas de Nairobi e no Vale Rift - região onde as disputas fundiárias são mais intensas.

Os acontecimentos mais brutais do confronto, no qual morreram mais de 600 pessoas, lembraram os do genocídio em Ruanda, com grupos armados assassinando pessoas da etnia rival, como na queima de uma igreja na cidade de Eldoret onde se abrigavam pessoas refugiadas. Porém, é preciso atentar para o fato de que a política queniana é marcada por alianças e coalizões entre diversos grupos étnicos, até porque nenhum deles é capaz de impor sozinho seu domínio. Os principais líderes do país trabalharam juntos, em governos que atravessaram as barreiras étnicas. Kibaki e Odinga, por exemplo, foram ministros do ex-presidente Moi. O ódio racial é principalmente uma válvula de escape para tensões econômicas e sociais, como o desemprego, as disputas por terra e a revolta contra a corrupção dos líderes.

Estados Unidos e a União Européia investiram muito dinheiro no Quênia e apostaram em Kibaki para a construção da democracia após 25 anos de ditadura de Moi. Embora essa opção tenha se mostrado errada, os países ricos se mostraram relutantes em abandoná-lo e aceitaram sua declaração de vitória eleitoral, pressionando-o apenas para que inclua em seu governo os líderes da oposição, de modo a acalmar o descontentamento e tentar chegar a algum tipo de pacto de governabilidade.

As preocupações internacionais se devem à importância econômica do Quênia para a África oriental. Seus portos e estradas garantem o abastecimento de Uganda, Ruanda, Burundi e partes significativas da República Democrática do Congo. São países marcados por conflitos muito graves, nos quais a escassez de combustíveis ou de produtos industriais pode resultar em novas ondas de violência numa região já bastante conflagrada.

Publicado em 18/1/2008.

Classes e parentescos nos campos da morte do Quênia
Oduor Ong’wen (Jornalista, membro do Fórum Social Africano)
Tradução: Patrick Wuillaume

É fácil – e até mesmo tentador – rotular a violência que tomou conta do Quênia durante os últimos meses como um ressurgimento lamentável, mas não totalmente inesperado, das disposições atávicas ontológicas africanas. Muitos analistas, particularmente no Ocidente, alegaram que embora a ruptura do estado de paz e convivência mútua tenha sido desencadeada pelas fraudes do atual presidente nas últimas eleições, o que se seguiu nada tinha a ver com isso em particular nem com a política em geral. Teria a ver com uma oportunidade para que vizinhos – fundados sobre um nacionalismo estreito e que haviam vivido até então em harmonia artificial, embora guardando um desprezo patológico mútuo pudessem acertar contas uns com os outros. Isso pode ser verdade, mas apenas em parte. A crua realidade é que a crise do Quênia pôs à mostra as tensões de classe que vinham aflorando de modo esparso há mais de cem anos.

Em maio de 2000, a revista The Economist surpreendeu o mundo com uma edição em que aparecia a foto de um jovem portando um foguete lançador de granada, comumente chamado pelas guerrilhas de RPG. Essa imagem se sobrepunha a um mapa da África e era acompanhada do título de capa: A Incurável África. Com esta única frase de impacto, todos nós africanos, desde os diligentes fazendeiros do delta do Nilo até os criadores de gado de Botsuana, dos ativos pescadores em torno das planícies Kano do Lago Vitória aos comerciantes do mercado Kano da Nigéria, fomos, de forma sumária, relegados da ordem da humanidade civilizada para uma única realidade ignominiosa: a autodestruição.

A mesma publicação admitira, numa de suas edições de janeiro de 2008, que o Quênia representava uma esperança para a África. Qual esperança? Infelizmente, seria a existência de uma atuante bolsa de valores, de lojas do tipo fast-food em cada esquina de Nairóbi, de prósperos cassinos, de campos de golfe bem tratados e de uma indústria em crescimento. Silenciava-se, entretanto, sobre o fato de que dois terços dos habitantes de Nairóbi ocupam apenas 8% da área da cidade, vivendo em favelas; que mais de 63% da população urbana não têm acesso à água potável; que dois em cada três quenianos sobrevivem com menos de US$1 por dia e que grandes extensões de terra pertencem a alguns poucos enquanto o número dos sem-teto e dos sem-terra aumenta cada vez mais.

Virtualmente afastada dos benefícios da prosperidade e da modernidade de que desfruta o Norte, a África sobrevive e existe na periferia da economia global. Não surpreende que, enquanto os observadores da União Européia, do Commonwealth, e a equipe de observadores locais reconheciam o fato de que as eleições presidenciais tinham sido fraudadas, o Ocidente insistia que, por se tratar da África, a subversão deveria ser ignorada "para o bem da unidade e da estabilidade do país". Esse eufemismo pode ser traduzido, na verdade, pela frase "nossos interesses estratégicos, nossos investimentos, nossas férias e safáris são mais importantes do que seus direitos democráticos; portanto, calem-se, acreditem e obedeçam".

Outrora consideradas sem contestação como o repositório da cultura, as culturas dos povos africanos estão sendo rapidamente postas à margem à medida que a cultura McDonald, orgulhosamente promovida pelo cinema e pela televisão, assume seu lugar. Essa erosão da cultura africana está sendo vista como algo positivo – a integração da África à nossa sociedade global – e deve ser incentivada.

Para ler o artigo na íntegra clique aqui.

A (RE)INVENÇÃO DO MULATO

Retirado do blog Atabaqueblog


No começo, a partir do XVI, foi a escravidão e com ela vieram os mestiços denominados mulatos e mulatas, nascidos como filhos bastardos dos colonizadores portugueses que estrupavam as 'negrinhas'. Tempos depois, intelectuais do reino e artistas chegados com a fuga de Portugal de D. João IV no início do XIX resolveram dar graça romântica ao seu erotismo e a sua necessidade de mantê-los disponíveis tanto para sua inspiração como para o trabalho barato. Negras e negros foram transformados em idílicos mestiços, mulatas e mulatos romantizados nas descrições, literatura, desenhos e pinturas e mais tarde nas ciências sociais. Ao mesmo tempo, esta idéia coexiste com um cotidiano de exclusão social que vai travestindo o racismo explícito num racismo ambíguo e envergonhado (*) associado ou justificado pelo preconceito contra a pobreza como se este fosse mais aceitável que o outro.

A invenção do tipo mulato
(*) atendia a uma heirerarquia de tipos raciais e de cor de pele criada por intelectuais europeus que idealizavam na miscigenação uma "qualidade" superior ao negro mas, inferior ao branco. A esta qualidade se atribuiu força, vigor físico e beleza exótica, bom para o trabalho e para fornicar.Diferente da identidade negra que está referenciada nas culturas africanas, não existe uma 'identidade mulata' que seja reinvidicada por algum grupo social. A invenção do mulato atende ao pressuposto da exploração do corpo e do trabalho do negro como mais um artifício dissimulador através do exotismo e da exaltação da beleza negra por um forma envergonhada. A música popular e o próprio samba (*) se tornam veículos desta idéia exaltando o mulatismo como uma qualidade para atender a estes objetivos.Nas primeiras décadas do XX com o samba conquistando o gosto popular durante a nascente sociedade de massa, o desfile das escolas de samba oferecia ao negro e à sua imagem como mulato uma expressão de visibilidade e integração social, já que ao menos durante este período de festa a polícia não perseguia tanto, políticos e bandidos se misturavam e a classe média aplaudia, é o carnaval!


Clique aqui para ler a postagem na integra.

GRANDE PORTO ALEGRE TERÁ ATLAS SOCIAL DIGITAL

Retirado do site do PNUD.

Porto Alegre, 14/02/2008
Região metropolitana da capital gaúcha, que engloba 31 municípios, lançará banco de dados gratuito com 200 indicadores socioeconômicos-->
SARAH FERNANDES

da PrimaPagina

A prefeitura de Porto Alegre e o PNUD lançam, nesta sexta-feira, um banco de dados digital e gratuito que agrupa cerca de 200 dados socioeconômicos da região metropolitana da capital gaúcha, formada por 31 municípios. O software reúne indicadores de áreas como renda, trabalho e educação e cria mapas e gráficos de microregiões dos municípios.
A ferramenta, chamada Atlas de Desenvolvimento Humano de Porto Alegre, é inspirada no
Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil, criado em 2003. Ela traz informações dos Censos de 1991 e 2000 sobre itens como habitação, vulnerabilidade e demografia, além do IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, uma adaptação do IDH aos indicadores dos municípios, feita pelo PNUD e órgãos públicos). O software também disponibiliza gráficos, imagens de satélites e mapas do sistema viário dos municípios.
Para o desenvolvimento do programa, a região metropolitana de Porto Alegre foi dividida em 330 UDHs (Unidades de Desenvolvimento Humano), um agrupamento de setores censitários (menor universo de análise do Censo) vizinhos que apresentam características socioeconômicas semelhantes. A idéia é destacar as disparidades internas dos 31 municípios, que, juntos, têm 3,7 milhões de habitantes.
O Atlas apresenta a situação de cada UDH em relação aos
Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM, uma série de metas socioeconômicas que os paises da ONU se comprometeram a atingir até o final de 2015). Também traz um canal de busca para localizar bairros pelo nome e dados relacionados a trabalho, que só estavam disponíveis no Atlas do Trabalho e Desenvolvimento de São Paulo, o mais recente a ser lançado, em setembro de 2007.
“Na Grande Porto Alegre, a desigualdade é maior dentro dos municípios do que entre os municípios. Os IDH-M vão do Egito até a Noruega, e essas realidades convivem lado a lado”, afirma Olinto Nogueira, coordenador de Desenvolvimento Humano na Fundação João Pinheiro, responsável pela composição do Atlas. “Em algumas UDHs, a mortalidade infantil precisa cair pela metade para atingir os ODM”, afirma.
“A idéia é, no futuro, elaborar uma nova ferramenta com informações do Censo de 2010. O Atlas de Porto Alegre, mesmo trazendo dados de 2000, vai ajudar a seguir a evolução dos indicadores”, afirma a coordenadora do software, Maria Teresa Amaral. “Além disso, as pessoas poderão verificar dados com facilidade e lançar um olhar crítico sobre a região”, avalia.
O Atlas será lançado em 15 de fevereiro, mas o programa deve estar disponível para download em cerca de um mês. O lançamento será durante a
Conferência Mundial sobre Desenvolvimento de Cidades, que acontece entre 13 e 16 de fevereiro, em Porto Alegre. O evento tem o objetivo de apresentar e debater práticas para o desenvolvimento das cidades. Além do lançamento do Atlas, o PNUD vai participar da Conferência com uma palestra sobre os Objetivos do Milênio.

Outros Atlas regionais
Atlas do Trabalho e Desenvolvimento de São PauloAtlas do Desenvolvimento Humano do Recife

Atlas de Desenvolvimento Humano em Manaus
Atlas de Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Belo Horizonte
Atlas do Desenvolvimento Humano da Região Metropolitana de Salvador

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

SALVADOR TREINA 800 SERVIDORES ANTI-RACISMO

Retirado do site do PNUD

Salvador, 12/02/2008
Prefeitura da capital da Bahia dá curso para funcionários públicos da área de saúde identificarem e combaterem discriminação por cor-->

RAFAEL SAMPAIO
da PrimaPagina

O que é racismo institucional
O racismo institucional se revela por meio de mecanismos de intituições públicas, explícitos ou não, que dificultam o fim da desigualdade entre negros e brancos.Estudar esse tipo de racismo é, por exemplo, procurar respostas para o fato de a mortalidade infantil entre crianças negras ser maior que a de crianças brancas, mesmo que elas provenham de famílias com o mesmo padrão de renda.Segundo o Programa de Combate ao Racismo Institucional, algumas pesquisas mostram que mulheres negras têm menos chances de passar por consultas ginecológicas completas, ter acompanhamento pré-natal e pós-parto, obter informações adequadas sobre concepção e anticoncepção, e ter acesso aos métodos contraceptivos. No entanto, são maiores suas chances de estarem grávidas e terem o primeiro filho antes dos 16 anos.


Cerca de 800 funcionários públicos da área da saúde em Salvador — incluindo médicos, enfermeiros, agentes e gestores e outros profissionais — foram treinados em 2006 e 2007 para identificar e combater casos de racismo no setor. Os servidores da capital baiana, que é o município brasileiro com maior porcentagem de pretos e pardos (75,3%, segundo o Censo 2000), participaram de oficinas sobre discriminação racial tanto na administração pública quanto no atendimento a pacientes.
Ao todo, ao longo dos dois anos foram dados 25 cursos, com carga horária de 16 a 20 horas e turmas com de 30 a 40 pessoas. As oficinas vão continuar em 2008, segundo Denise Ribeiro, coordenadora da Assessoria de Promoção da Eqüidade Racial da Saúde, órgão ligado à Secretaria Municipal de Saúde.
A iniciativa é da prefeitura de Salvador, que adota o Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI), apoiado pelo PNUD. “A meta é sensibilizar os servidores para questões raciais e fazer com que percebam que o preconceito existe na sociedade e nas relações de quem que está no poder público, inclusive em ações sutis”, afirma Denise.
Joelma Rosado, técnica da secretaria da Saúde no distrito da Liberdade, em Salvador, assinala que antes das oficinas era comum ver casos de médicos que davam tratamento diferente de acordo com a classe social e a cor da pele. “A diferença era sutil e consistia em não querer trabalhar com prevenção de saúde na comunidade e não dar atenção a queixas de pacientes menos instruídos e mais pobres”, diz ela. “Mas com as oficinas houve uma mudança de mentalidade”, avalia Joelma, que atua em um posto de saúde.
A técnica do distrito da Liberdade ressalta que a Ouvidoria de Saúde de Salvador já está recebendo denúncias de racismo e pode ser acionada por pessoas que não se sentirem devidamente atendidas em postos de saúde e hospitais.
A primeira oficina de combate ao racismo institucional foi dada a coordenadores da Secretaria de Saúde, que lidam não apenas com as políticas públicas do setor, mas também com recursos humanos e administração dos hospitais. A partir daí, estabeleceu-se que os cursos levariam em consideração o perfil epidemiológico, os problemas sociais e a composição étnica da população de cada um dos 12 distritos sanitários de Salvador.
“Em uma Secretaria com 12 mil servidores, o treinamento até agora foi tímido e pode avançar mais", comenta Vilma Reis, dirigente do
CEAFRO (Programa de Educação para a Igualdade Racial), que é parceiro da Secretaria de Saúde nas oficinas.
A prefeitura de Belo Horizonte e o governo da Bahia já mostraram interesse em adotar projetos semelhantes aos da Prefeitura de Salvador, segundo Vilma. Ela diz ainda que está em estudo um curso para os 1.200 agentes de endemia da capital baiana que lidam com dengue, malária e outras doenças, para identificarem casos de discriminação institucional.


Conheça o projetoSaiba mais sobre o PCRI (Programa de Combate ao Racismo Institucional).

Leia também

Negro morre mais de 'causa indefinida'

INSCRIÇÕES ABERTAS: CURSO UFRJ DE JORNALISMO DE POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS

Recebido por email e repassando.

Seleção mediante avaliação de ficha de avaliação e precedência de inscrição Curso franqueado graciosamente à Sociedade e ao Mercado Jornalismo de Políticas Públicas Sociais

UFRJ
Programa 2008/1
Palestras de BIA BARBOSA (Intervozes), MICHEL MISSE (Necvu.Ifcs.Ufrj), JOSÉ COELHO SOBRINHO (Eca.Usp), PAULO LIMA (Viração), GUILHERME CANELA (Andi), WANDERLINO NOGUEIRA (Abong), AUGUSTO GAZIR (Observatório de Favelas), SÍLVIA RAMOS (Cesec), LEONARDO MELLO (Ipea), ROSA ALEGRIA (Nef.Puc.Sp), MIRELLA DE CARVALHO, EVANDRO VIEIRA OURIQUES (Netccon.Eco.Ufrj), ANTONIO GÓIS (Fsp) e FLÁVIA OLIVEIRA ( O Globo).

Quinze palestras, às segundas-feiras das 11hàs 13h na CPM da ECO.UFRJ
Campus da UFRJ Praia Vermelha
Realização: Núcleo de Estudos de Comunicação e Consciência-NETCCON.ECO.UFRJ
Agência de Notícias dos Direitos da Infância-ANDI

Responsável: Prof. Dr. Evandro Vieira
Ouriquesevouriques@terra.com.br

O Calendário da Disciplina

Semana 1 (10/03)
Interesse, Poder e Dádiva: a questão do domínio dos estados mentais e da generosidade na positivização da rede de comunicadores-cidadãos
Palestrante:Prof. Evandro Vieira Ouriques(NETCCON.ECO.UFRJ, NEF.PUC.SP)
Semana 2 (17/03)
A Violência que Acusa a Violência: a degradação de Si e do Outro através da Mídia
Palestrante:Prof. Michel Misse(NECVU.IFCS.UFRJ)
Semana 3 (24/03)
A Abordagem de Temas Sociais junto a Públicos Não-iniciados: o Caso dos Jornais de Grande Circulação e Distribuição Gratuita
Palestrante:Prof. José Coelho Sobrinho(USP)
Semana 4 (31/03)
O Paradigma do Desenvolvimento Humano como orientador da cobertura
Palestrante:Flavia Oliveira (O Globo)
Semana 5 (07/04)
O desafio de aumentar a presença das políticas públicas na grande imprensa
Palestrante:Bia Barbosa(Intervozes)
Semana 6 (14/04)
A desigualdade social no Brasil e os processos de formulação das políticas públicas sociais compensatórias
Palestrante:Mirella de Carvalho
Semana 7 (28/04)
Orçamento nacional: As possibilidades de intervenção e orientação para o social
Palestrante:Leonardo Mello (IPEA)
Semana 8 (05/05)
Trabalho em Rede, orientado e desenvolvido pelos alunos
Semana 9 (12/05)
A cobertura das políticas públicas na área da Educação no Brasil
Palestrante:Antônio Góis(Folha de S. Paulo)
Semana 10 (19/05)
Cobertura de qualidade em meio à violência estrutural: A força política da não-violência e a responsabilidade dos atores sociais e dos jornalistas
Palestrante:Prof. Evandro Vieira Ouriques(NETCCON.ECO.UFRJ, NEF.PUC.SP)
Semana 11 (26/05)
A Questão das Políticas Públicas Sociais e a Mídia Contra-hegemônica
Palestrante: Paulo Lima(Viração)
Semana 12 (02/06)
A Comunicação criada pela Periferia no Rio de Janeiro
Palestrante:Prof. Augusto Gazir(Observatório de Favelas e ECO.UFRJ)
Semana 13 (09/06)
O paradigma dos Direitos da Criança e do Adolescente: A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança e o Estatuto da Criança e do Adolescente
Palestrante:Wanderlino Nogueira Neto(ABONG)
Semana 14 (16/06)
A Mídia e a Questão das Políticas Públicas Sociais no Brasil
Palestrante:Guilherme Canela (ANDI)
Semana 15 (23/06)
O Paradigma da Diversidade Cultural
Palestrante:Profa. Sílvia Ramos(CESEC)
Semana 16 (30/06)
Jornalismo prospectivo e o futuro das políticas públicas sociais como pauta
Palestrante:Rosa Alegria(NEF-PUC/SP, NETCCON.ECO.UFRJ, Millennium/UNU)

Maiores informações - 9205.1696

domingo, 24 de fevereiro de 2008

LIVROS DO CEAO (CENTRO DE ESTUDOS AFRO-ORIENTAIS) DA UFBA

Postagem muito interessante e importante que foi feita inicialmente no blog africaeafricanidades. Vale a pena dar uma visitada nele, pois tem muita coisa legal para quem quer se atualizar, principalmente professores e socíologos mais preocupados com a causa da negritude.
Para salvar os livros clique nas imagens ou nos liks alternativos.

Uma História do Negro no Brasil
Autores:
Wlamyra R. de Albuquerque
Walter Fraga Filho
De Olho na Cultura: Pontos de Vista Afro-Brasileiros

Link alternativo
Autores:
Andréa Lisboa de Souza

Ana Lucia Silva Sousa
Heloisa Pires Lima
Marcia Silva
Literatura Afro Brasileira

Organizadora: Florentina Souza e Maria Nazaré Lima

ZOOLÓGICOS HUMANOS

Retirado do blog CNNC. Artigo muito esclarecedor sobre está abominação que foi o racismo científico.
Na Europa e nos Estados Unidos da América surgiram o Human Zoo (zoológicos humanos) um meio de popularizar o racismo científico e tentar comprovar através da antropologia e da antropometria a inferioridade dos não-brancos.

Em 1836, Phineas Taylor Barnum exibiu durante sete meses a Joice Heth: escravizada, anciã, cega e quase paralisada de seus movimentos, inventando que a mesma possuía mais de 161 anos de idade, havia sido escravizada da família Washington, carregando o próprio George Washington, líder da independência dos USA, ainda bebê.Barnum foi desmentido, após uma autopsia realizada pelo Dr. David L. Rogers em um local de show na cidade de Nova York na presença de 1500 expectadores. Mesmo após a sua morte Joice Heth serviu para os estudos caucasianos racistas.

Após perder a esposa e dois filhos em um massacre no Congo pelas Forças Armadas do genocida Leopoldo II da Bélgica, Oto Benga foi outro exemplo de vitíma do racismo cientifico dos caucasianos. Benga foi trazido aos Estados Unidos, em 1904, pelo missionário cristão Samuel Phillips Verner. Oto Benga e mais oito Batwa, erradamente chamados de “Pigmeus” pelos caucasianos, sendo exposto em uma gaiola no zoológico de Bronx em Nova York ao lado com um chimpanzé, idéia originaria de Madison Grant, um dos maiores eugenistas da história. Houve protestos de pastores pretos batistas, especialmente do Pastor James H. Gordon que disse:
- A nossa raça está bastante deprimida com a exibição de um de nós como um macaco.

Após ser retirado do Zoológico trabalhou na plantação de tabaco e em 20 de março de 1916 após passar por diversas humilhações e racismos, Oto Benga realizou uma dança ritual e disparou um tiro sobre o próprio coração acabando o seu calvário nos Estados Unidos da América.