Realização: Loes Produções Artísticas e Culturais.
Ano: 1989
Duração: 23'
Vídeo: AVI
Ano: 1989
Duração: 23'
Vídeo: AVI
Som: MP3
Versão: Português
Sinopse: Entrevistas e Ficção Mostram Situações Vividas no Cotidiano pelo Negro. Contraponto entre as Duas Formas em que o Crioulo Dança.
Sinopse: Entrevistas e Ficção Mostram Situações Vividas no Cotidiano pelo Negro. Contraponto entre as Duas Formas em que o Crioulo Dança.
Vídeo maravilhoso e que marcou época, pois pode ser aproximado com uma militância do movimento negro, da década de 80, que estava retomando uma negritude brasileira sufocada pela ditadura militar (1964-1984). Mesmo com o retorno da democracia, em 1988, a opressão ainda assombrava essa geração de militantes que ainda tiveram que lutar muito para escalar alguns espaços do poder político e montar ONGs.
O vídeo, entre outras cenas, mostra a massa no Rio de Janeiro marchando pela Av. Presidente Vargas, Centro do Rio. A idéia é passar em frente à estátua de Duque de Caxias, venerado como patrono do exército. Algum comandante resolve mandar aquela negrada dar meia–volta. O movimento não se recolhe, pois se mantém como num cabo de guerra que não é possível ter vencedor. O corpo, a mente, a vontade estão ali para dizer que o racismo é isso: é a busca de impedir a todo momento que certas pessoas possam ter total autonomia e liberdade dos seus atos.
Por quê? Quem vai saber o que se passa na cabeça de um racista? Egocentrismo? Talvez uma doença mental? A certeza da impunidade social?
A diretora do documentário, Dilma Loes, numa entrevista a um site disse que sentia estas dúvidas e por isso aproveitou um concurso da Fundação Ford para propor um roteiro com estas angústias. Nas cenas é visível no rosto de pessoas brancas nas ruas a incerteza do que dirão quando perguntadas sobre o racismo brasileiro.
Dilma também disse que não entendia como um filme que causava tanto debate e emoção em certos espaços, principalmente no de militância negra, não conseguia nem passar nas pré-seleções dos festivais. A resposta veio de um homem pequeno na estatura, mas gigante na sua vida, o Grande Otelo:
”Não perde seu tempo tentando entrar nos festivais daqui. Ninguém vai aceitar o seu documentário, porque todo mundo nega que existe racismo no Brasil. Manda o seu trabalho lá pra fora, que ele vai ser muito bem recebido. Ele é forte e sincero. Depois, se ganhar alguma coisa lá, todas as portas vão se abrir aqui.”
O vídeo, entre outras cenas, mostra a massa no Rio de Janeiro marchando pela Av. Presidente Vargas, Centro do Rio. A idéia é passar em frente à estátua de Duque de Caxias, venerado como patrono do exército. Algum comandante resolve mandar aquela negrada dar meia–volta. O movimento não se recolhe, pois se mantém como num cabo de guerra que não é possível ter vencedor. O corpo, a mente, a vontade estão ali para dizer que o racismo é isso: é a busca de impedir a todo momento que certas pessoas possam ter total autonomia e liberdade dos seus atos.
Por quê? Quem vai saber o que se passa na cabeça de um racista? Egocentrismo? Talvez uma doença mental? A certeza da impunidade social?
A diretora do documentário, Dilma Loes, numa entrevista a um site disse que sentia estas dúvidas e por isso aproveitou um concurso da Fundação Ford para propor um roteiro com estas angústias. Nas cenas é visível no rosto de pessoas brancas nas ruas a incerteza do que dirão quando perguntadas sobre o racismo brasileiro.
Dilma também disse que não entendia como um filme que causava tanto debate e emoção em certos espaços, principalmente no de militância negra, não conseguia nem passar nas pré-seleções dos festivais. A resposta veio de um homem pequeno na estatura, mas gigante na sua vida, o Grande Otelo:
”Não perde seu tempo tentando entrar nos festivais daqui. Ninguém vai aceitar o seu documentário, porque todo mundo nega que existe racismo no Brasil. Manda o seu trabalho lá pra fora, que ele vai ser muito bem recebido. Ele é forte e sincero. Depois, se ganhar alguma coisa lá, todas as portas vão se abrir aqui.”
Depois de ser aceito em vários festivais internacionais e ganhar em terceiro lugar numa disputa de mais de 3.000 vídeos em Nova York os festivais brasileiros começaram a aceitar e ver o ”crioulo dançar”. Dez anos depois o MEC comprou 3.000 cópias para ser distribuído nas escolas e o colocou no cadastro de vídeos recomendados para treinamento dos professores brasileiros.
Agradecimentos ao nosso colega Faraó por conseguir a cópia digitalizada, pois acho que ela nunca foi lançada em DVD.
Bom filme!
Para baixar clique nos links abaixo e salve todos na mesma pasta do computador, depois use o programa Hj-split (para obter o programa clique aqui) para juntar todas as partes num mesmo arquivo de vídeo. Para saber como se usa o Hj-split veja a próxima postagem.
Quando o crioulo dança (1988)_xvid.avi.001
Quando o crioulo dança (1988)_xvid.avi.002
Quando o crioulo dança (1988)_xvid.avi.003
Quando o crioulo dança (1988)_xvid.avi.004
Quando o crioulo dança (1988)_xvid.avi.005
Você também pode ver o vídeo antes de baixa-ló nos links postados no canal do aldeiagriot do youtube.
PARTE 01
PARTE 02
PARTE 03
Agô,
ResponderExcluirGostaria de receber V´deos de Danças Africanas, documentário sobre racismo e outros para desenvolver trabalho de cidadania relacionado a esta cultura, com crianças/adolescentes, jovens, adultos e alguns profissionais de etnia negra com os quais me relaciono profissionalmente.Se puder contribuir comigo ficarei imensamente agradecida.
Desenvolvo trabalho nas comunidades períféricas da cidade.
myotasse@yahoo.com.br
Asé
Tentei salvar este vídeo, porém não consegui.....ajude-me por favor!!!
ResponderExcluirmyotasse@yahoo.com.br
Asé
Olurum munufé
Neste vídeo tem uma pequena participação do Professor Jayro Pereira de Jesus, Bacharel em Teologia e em Ciências Religiosas pela PUC/PR, Especialista m Culturas africanas e Relações Interétnicas na Educação Nacional e Mestre em Teologia pela Escola Superior de Teologia de São Leopoldo/RS. É presidente do CENARAB e Diretor Acadêmico do Egbé Òrun Àiyé - Associação Afro-Brasileira para Estuds Teológicos e Filosóficos das Culturas Negras.
ResponderExcluirparte 3 fora do ar
ResponderExcluirparte 3 fora do ar
ResponderExcluirEstá incompleto... você poderia postar de novo todas as partes, pois pretendo usá-lo na Semana da Consciência Negra que acontecerá na escola onde dou aula. Ficaria muito grato!
ResponderExcluirO link da parte 3 expirou, tem como consertar por favor?
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