Durante a exposição foi feito três DVDs, mas nesta postagem do Aldeiagriot colocamos os dois primeiros, contudo em breve estaremos postando o terceiro DVD.
Os links do filme seguem abaixo. Para Juntar os arquivos use o programa HJ-split. Para instalar o programa clique aqui e para saber como usá-lo clique aqui.
ABDIAS. 90 ANOS DE MEMÓRIA VIVA - PARTE 1
Abdias Nascimento - Momentos políticos - 01 (31Mb)
Abdias Nascimento - Momentos políticos - 02 (31Mb)
Abdias Nascimento - Momentos políticos - 03 (31Mb)
Abdias Nascimento - Momentos políticos - 04 (26,8Mb)
ABDIAS. 90 ANOS DE MEMÓRIA VIVA - PARTE 2
Abdias Nacimento - afro basileiro no mundo - 01 (30Mb)
Abdias Nacimento - afro basileiro no mundo - 02 (30Mb)
Abdias Nacimento - afro basileiro no mundo - 03 (30Mb)
Abdias Nacimento - afro basileiro no mundo - 04 (26,8Mb)
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DOCUMENTÁRIO "ABOLIÇÃO"
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Documentário cruza a trajetória de Abdias Nascimento e da luta contra o racismo no Brasil
Ana Cristina Pereira
Foi da própria mãe que Abdias Nascimento recebeu as primeiras lições de como deveria se portar na vida em relação à questão da negritude. Era criança, em Franca, interior paulista, quando assistiu dona Josina, resoluta, tomando uma criança negra e órfã das mãos de uma vizinha branca, que a espancava. Nascido em 1914, apenas 26 anos após a abolição da escravatura, ele levou a postura de luta e enfrentamento para o resto da vida, como conta no documentário Abdias Nascimento – Memória negra, do cineasta baiano Antonio Olavo, que será lançado hoje, às 19h, no Teatro Castro Alves.
A premier será antecedida pela entrega do título de doutor honoris causa da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) ao pesquisador, encenador, artista plástico, escritor e, sobretudo, militante, às 17h30, no mesmo local. Aos 94 anos – completados na última sexta –, Abdias acrescenta as homenagens baianas ao currículo impressionante com atuações na cultura, na política e na luta contra o racismo e as desigualdades sociais. A narrativa descrita acima está numa das cenas iniciais do filme, com 96 minutos de duração. A idéia central da cinebiografia é retratar um pouco da militância negra no Brasil a partir da trajetória de Abdias, que na verdade se misturam e confundem. “Ele está diretamente ligado à organização do movimento negro no século XX. Tem uma trajetória de resistência, luta e organização”, afirma Antonio Olavo, citando marcos como a criação da Frente Negra Brasileira (1933), as prisões durante a ditadura Vargas, o Teatro Experimental do Negro (1944), o Museu da Arte Negra (1968) e a articulação do Movimento Negro Unificado conta a Discriminação Racial – MNUCDR, em 1978, que serviu de embrião para o atual MNU, entre muitos outros.
“Abdias sempre teve uma postura muito radical. Quando foi exilado, na década de 1960, por exemplo, percorreu vários países desmitificando a idéia da democracia racial no Brasil”, ressalta Olavo, que também assina o roteiro. Há três anos envolvido com o projeto, o cineasta partiu de uma longa entrevista registrada em 2005 no Rio de Janeiro, na casa de Abdias. Aos poucos, mergulhou numa pesquisa por vários arquivos, como o da Cinemateca Nacional e o do próprio homenageado que, segundo o cineasta, é de uma riqueza impressionante.
São documentos, discursos, registros fotográficos, audiovisuais, livros e quadros assinados por Abdias. Ele já escreveu mais de 20 livros, entre ensaios, peças teatrais e poesia, e realizou dezenas de exposições, a partir da década de 1960. A trajetória individual, explica Olavo, foi cruzada com momentos e fatos significantes para a negritude brasileira, como a aparição impactante de Tony Tornado no Festival Internacional da Canção, em 1970, cantando BR-3. “Toda a minha geração ficou marcada por aquela imagem. Nós, lá em Jequié, queríamos dançar e nos vestir como ele”, conta Olavo, 52 anos.
Os três minutos do registro ontológico, comprados da Globo, agora podem ser vistos no documentário de Olavo. Tony Tornado, atualmente com 78 anos, é um dos convidados de honra do lançamento de hoje. “Abdias serve como eixo, mas procurei destacar outras situações que serviram para aumentar a auto-estima negra”, reforça o cineasta. Ele exemplifica: o filme Ganga Zumba (1963), de Cacá Diegues, o espetáculo teatral Arena conta Zumbi (1965), de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, ou o samba-enredo da Salgueiro, em 1960, que pela primeira vez levou a história de Zumbi dos Palmares para o Carnaval, sagrando-se campeã. São episódios que integram o documentário.
A trilha sonora do longa também segue na mesma linha. Elenca artistas e músicas marcantes, como o flautista negro Patápio Silva, a Orquestra Afro-Brasileira de Abigail Moura, Jorge Ben Jor e Martinho da Vila, entre outros. Olavo adianta que abre e fecha o documentário ao som da cantora e pesquisadora Inaicyra Falcão, filha de Mestre Didi, e com imagens de Abdias visitando a grande exposição que marcou seus 90 anos, no Rio de Janeiro e em Salvador. Por aqui, a mostra foi vista em 2006, durante a II Ciad – Conferência de Intelectuais da África e da Diáspora, quando Abdias recebeu a Medalha da Ordem do Rio Branco.
Ao contrário de muitos documentários recente, Olavo optou por não colher depoimentos sobre Abdias. “Não queria que fosse um filme chapa-branca, com muitas pessoas só elogiando. Às vezes, fica parecendo que a pessoa era um santo, não tinha pecado algum”, cutuca o diretor, que fez a Abdias alguns questionamentos delicados, como sobre sua adesão ao movimento integralista de Plínio Salgado – que era simpático ao fascismo – ou ter se aproximado do governo ditatorial de Uganda, no final dos anos de 1970.
***
Distribuição segmentada
Produzido pela Portfolium, Abdias Nascimento – Memória negra contou com patrocínio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), do Fundo de Cultura do Estado e da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Sem projeto de lançamento no circuito comercial, a produção vai ter uma tiragem de duas mil cópias em DVD, que serão distribuídas em escolas e instituições. “Não tenho R$150 mil para passar para película”, afirma Antonio Olavo, que filmou em digital.
Segundo o diretor, seu longa anterior, Quilombos da Bahia (2004), chegou a três mil escolas, o que pontencializou bastante o número de espectadores. “Um documentário como Brasileirinho, que é muito bom, foi visto por apenas sete mil pessoas no cinema”, compara o cineasta, também autor do longa Paixão e guerra no sertão de Canudos (1993).
Apostando na distribuição segmentada, e em outras ações paralelas, como uma versão em inglês, ele pretende atingir um público bem maior. No próximo dia 26, Abdias Nascimento - Memória Negra terá também uma exibição na Sala Walter da Silveira e o cineasta informa que fará uma tiragem para vender, por preço acessível (R$7), a quem se interessar pelo trabalho. Mais informações: 3334-5681.
Olá, companheiros:
ResponderExcluirInfelizmente o link para a parte 3 do documentário Abdias- afro brasileiro no mundo está quebrado...podem repará-lo para aproveitarmos este excelente material? obrigado!!
Olá!
ResponderExcluirO link da parte 3 do vídeo "afro brasileiro no mundo" (30 mb)não está funcionando...
Poderia disponibilizá-lo novamente?
Obrigado
^^