quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Petrobras fará censo para basear ações de redução da discriminação

Dando uma olhada rápido no site do jornal O Globo constava está notícia, mas nada no site da Petrobrás.

Publicada em 24/09/2007 às 17h39m
O Globo Online

RIO - A Petrobras está preparando um censo para identificar quem são seus 51 mil funcionários e, a partir daí, traçar estratégias para reduzir a discriminação entre homens e mulheres na ocupação de cargos da empresa. O levantamento, que será feito em conjunto com o Ibope e o Instituto Ethos, deverá levar em conta também aspectos como raça e religião, avançando para questões sobre a percepção do funcionário sobre o peso destas características na distribuição de funções.
A informação é da ouvidora-geral da empresa, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, que participou da segunda edição do Programa Pró-Eqüidade de Gênero na companhia.
Atualmente, a Petrobras conta com uma Comissão de Diversidade composta por representantes de distintas áreas de negócios. Uma das mais recentes conquistas foi a expansão dos benefícios do plano Petros a parceiro de dependentes do mesmo sexo, que já tem a adesão de 25 empregados.
Apesar do programa focar na redução da discriminação de mulheres, Maria Augusta explicou que é impossível tratar da questão sem tocar em outras formas de intolerância, como a de opção sexual ou cor.

A participação de mulheres em cargos gerenciais da empresa, especificamente, está sendo feita por meio do Programa de Pró-Eqüidade de Gênero, promovido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e apoiado pelo fundo das Nações Unidas para as Mulheres (Unifem) e pela Organização Internacional do Trabalho. A empresa conquistou em 2006 o selo Pró-Eqüidade de Gênero e está estabelecendo suas metas para a renovação do selo em 2007 e 2008.
- O selo não é para sempre. Ele é reafirmado a cada etapa do programa. Como estávamos testando uma metodologia, fizemos a primeira versão com a duração de um ano. Mas agora pretendemos aumentar este intervalo porque é um espaço muito pequeno para avaliar as ações de uma empresa - afirmou a ministra Nilcéia Freira, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. De acordo com Maria Augusta, a empresa não pretende adotar ações afirmativas, como estabelecimento de cotas para cargos gerenciais, por exemplo.
- Existem características que devem contar para a escolha, como experiência profissional, perfil e qualificação, somadas a uma política empresarial que incentiva a participação das mulheres em cargos de gerência. O gênero não deve contar para a escolha, como acontecia há algum tempo - diz.
Atualmente, existem em torno de quatro mulheres no corpo gerencial da empresa, contra sete no ano passado. Além disso, já existem mulheres que ocupam gerências de refinarias e de plataformas, embora estes casos ainda sejam minoria.

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.