Publicada em 24/09/2007 às 17h39m
O Globo Online
RIO - A Petrobras está preparando um censo para identificar quem são seus 51 mil funcionários e, a partir daí, traçar estratégias para reduzir a discriminação entre homens e mulheres na ocupação de cargos da empresa. O levantamento, que será feito em conjunto com o Ibope e o Instituto Ethos, deverá levar em conta também aspectos como raça e religião, avançando para questões sobre a percepção do funcionário sobre o peso destas características na distribuição de funções.
A informação é da ouvidora-geral da empresa, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, que participou da segunda edição do Programa Pró-Eqüidade de Gênero na companhia.
Atualmente, a Petrobras conta com uma Comissão de Diversidade composta por representantes de distintas áreas de negócios. Uma das mais recentes conquistas foi a expansão dos benefícios do plano Petros a parceiro de dependentes do mesmo sexo, que já tem a adesão de 25 empregados.
Apesar do programa focar na redução da discriminação de mulheres, Maria Augusta explicou que é impossível tratar da questão sem tocar em outras formas de intolerância, como a de opção sexual ou cor.
A participação de mulheres em cargos gerenciais da empresa, especificamente, está sendo feita por meio do Programa de Pró-Eqüidade de Gênero, promovido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres e apoiado pelo fundo das Nações Unidas para as Mulheres (Unifem) e pela Organização Internacional do Trabalho. A empresa conquistou em 2006 o selo Pró-Eqüidade de Gênero e está estabelecendo suas metas para a renovação do selo em 2007 e 2008.
- O selo não é para sempre. Ele é reafirmado a cada etapa do programa. Como estávamos testando uma metodologia, fizemos a primeira versão com a duração de um ano. Mas agora pretendemos aumentar este intervalo porque é um espaço muito pequeno para avaliar as ações de uma empresa - afirmou a ministra Nilcéia Freira, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres. De acordo com Maria Augusta, a empresa não pretende adotar ações afirmativas, como estabelecimento de cotas para cargos gerenciais, por exemplo.
- Existem características que devem contar para a escolha, como experiência profissional, perfil e qualificação, somadas a uma política empresarial que incentiva a participação das mulheres em cargos de gerência. O gênero não deve contar para a escolha, como acontecia há algum tempo - diz.
Atualmente, existem em torno de quatro mulheres no corpo gerencial da empresa, contra sete no ano passado. Além disso, já existem mulheres que ocupam gerências de refinarias e de plataformas, embora estes casos ainda sejam minoria.
Atualmente, existem em torno de quatro mulheres no corpo gerencial da empresa, contra sete no ano passado. Além disso, já existem mulheres que ocupam gerências de refinarias e de plataformas, embora estes casos ainda sejam minoria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.