quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

MUITO AXÉ NESTE 2009

UMA FELIZ VIRADA DE ANO PARA TODOS OS LEITORES.
QUE ESTE ANO DE 2009 CONSIGAMOS MANTER OS PROJETOS QUE ESTÃO DANDO CERTO, RETOMAR ALGUMAS IDÉIAS INTERESSANTES AINDA NÃO POSTAS EM PRÁTICA E RESGATAR PROJETOS QUE FORAM CANCELADOS, COMO O CANAL D YOUTUBE.
MUITO AXÉ E MILITÂNCIA SEMPRE.
QUE ESTE ANO COMECE COM MUITAS NOVIDADES POSITIVAS.

domingo, 28 de dezembro de 2008

BAIXE CARTILHA "DOENÇA FALCIFORME: A IMPORTÂNCIA DA ESCOLA"

Cartilha interessante sobre como a escola pode ser importante para o esclarecimento sobrea Anemia Falciforme. Produzido pela Secretária de Saúde e Salvador.
Para ir para o site da Secretária e baiar a cartilha clique aqui ou neste link alternativo.
Acesse outras postagens sobre anemia falciforme clicando aqui.
Para ampliar clique nas imagens.





OS BLOGS CRESCEM E HÁ QUEM NÃO GOSTE

Retirado do site do Observatório da Imprensa.

INTERNET
Por Leticia Nunes (edição), com Larriza Thurler em 11/11/2008

Em julho, o blogueiro Jason Calacanis anunciou sua aposentadoria da blogosfera. Calacanis, co-fundador da rede de blogs Weblogs Inc, podia ser definido como blogueiro de sucesso. Era respeitado e admirado na blogosfera. Por isso, a decisão de deixar a vida blogueira causou espanto. Não que tenha abandonado de vez a internet: Calacanis continua a expor suas opiniões em uma lista de e-mail – basta se inscrever na newsletter para receber as suas mensagens.
A saída da blogosfera foi definida por ele como "a decisão certa para mim e para a minha família". Mais adiante, o ex-blogueiro revelou sua frustração. "Blogar virou algo simplesmente muito grande, muito impessoal; falta a intimidade que me levou a isso", resumiu. Calacanis cansou da pressão para se manter na lista dos principais personagens da blogosfera, e de ter que manter seu blog tão impessoal para conseguir a proeza. Há alguns anos, quando poucas pessoas blogavam, era fácil ser uma celebridade da internet; hoje, isso exige trabalho árduo. "A blogosfera está tão carregada, tão polarizada, e tão cheia de gente com ódio que simplesmente não vale mais a pena", lamenta ele.
Referência
O exemplo de Calacanis serve como atestado de óbito da blogosfera como espaço alternativo? A revista britânica Economist [6/11/08] afirma que o blog virou mainstream. Há pouco tempo, blogar significava publicar, em uma pagina de internet, textos, fotos e vídeos, principalmente sobre a vida do blogueiro, para um público formado, em grande parte, por amigos e parentes. Hoje, sem se dar conta, muito mais gente faz isso. Internautas que criam perfis em redes sociais, como Facebook, MySpace e Orkut, acabam se tornando blogueiros. Além disso, viraram os febre serviços de microblogging, como o Twitter, que recriam o imediatismo e a sensação de intimidade dos primeiros blogs. As mensagens do Twitter, que podem ser enviadas de telefones celulares, devem ter até 140 caracteres. Para explicar o propósito, o Twitter tem como mote a pergunta "O que você está fazendo?".
Já os blogs tradicionais, diz a Economist, tendem a virar páginas de organizações de mídia convencionais. Quase todo jornal, emissora de TV e rádio tem agora um sítio de internet e, dentro dele, vários blogs de jornalistas e colaboradores. Nas últimas eleições presidenciais americanas, blogs profissionais como o liberal HuffingtonPost (4,5 milhões de visitantes em setembro) e o conservador FreeRepublic (1 milhão de visitantes) tiveram grande destaque.
Empresas fora do setor jornalístico também passaram a ver na blogosfera uma ótima ferramenta de negócios. Companhias de todos os tipos usam essas páginas para passar ao público mensagens corporativas e para se comunicar com seus funcionários. Firmas especializadas em ferramentas para blogs vêem estas empresas como seu mercado mais promissor.
O Weblogs, de Jason Calacanis, foi vendido para o portal AOL. O Blogger, outro serviço do tipo, agora pertence ao Google. Seu fundador, Evan Williams, hoje dirige o Twitter, que define como "o futuro". E é esta magnitude que passou a incomodar alguns dos mais antigos blogueiros. Eles não podem negar, entretanto, que a blogosfera se tornou um espaço versátil e que o ato de blogar provou-se bastante útil.


Leia também
O jornalismo e a blogosfera – Muniz Sodré
Esquema tático da guerra na blogosfera – Claudia Zardo
Enciclopédia de erros destila o pior da blogosfera – Luiz Weis
Maioria acredita na profissão de "blogueiro" – Tiago Casagrande

NUNCA HOUVE TANTOS ESCRAVOS NO MUNDO

Retirado do blog RS Urgente. A notícia já tem um tempo, mas muto importante para ser deixada de ser postada.

Quinta-feira, 6 de Novembro de 2008

O Centro de Inteligência Brasil, em seu boletim de hoje, chama a atenção para um tema ainda pouco tratado, mas nem um pouco irrelevante, a chamada "escravidão moderna". Um estudo da Organização Mundial do Trabalho, concluído em 2005, apontou a existência de 12,3 milhões de pessoas vítimas de escravidão no mundo. Já a ong Free The Slaves (FTS) estima que o número real de "escravos modernos" alcance a assutadora quantia de 27 milhões. Destes, segundo a FTS, 23 milhões estão na Ásia, 1,3 milhões na América Latina e outros 920 mil no conjunto África/Oriente Médio. Ainda conforme a FTS, 90 dólares (70 euros) é o preço médio de venda de um escravo no mundo hoje.
Para piorar as coisas, a Anistia Internacional chama a atenção para um detalhe: as novas formas com que esta perversidade vem se dando, tornam mais difíceis o seu combate. A escravidão, na sua perspectiva histórica, em que o escravo era legalmente considerado como uma mercadoria e vendido em praça pública foi abolida na legislação em todo o mundo. "No entanto, novas formas de escravidão têm surgido no contexto da globalização", diz a portuguesa Luísa Marques, coordenadora de campanhas e estruturas da Anistia, "e os pressupostos são ainda semelhantes aos que durante séculos inferiorizaram milhares de pessoas".
Tráfico de seres humanos para exploração sexual, laboral e para a venda de órgãos, a exploração laboral de trabalhadores migrantes, a escravidão sexual na prostituição e como forma de intimidação em contexto de guerra, o uso de crianças em conflitos armados e o tráfico de crianças associado às redes de pornografia infantil são os modelos mais comuns da chamada "escravidão moderna".
Segundo a Anistia, os alvos preferenciais ainda são as minorias, as populações mais carentes e as pessoas que de uma forma geral são percebidas como mais frágeis, como as mulheres e as crianças . "São formas de escravidão menos visíveis que tornam mais difícil o seu combate. Exploram a vulnerabilidade e as carências, especialmente financeiras, das potenciais vítimas que mutas vezes são apanhadas sem se aperceberem que se tornaram escravas. Trabalham em condições degradantes, são obrigadas a viver em habitações sobrelotadas e sujeitas a outros abusos, incluindo maus tratos físicos por parte de empregadores e agentes de recrutamento", detalha Luisa Marques.
Seja o número da OIT de 12,3 milhões, seja o da FTS de 27 milhões, o fato é que no século XXI há mais escravos do que em qualquer outra época da história mundial. (Maneco)


Postado por Marco Aurélio Weissheimer

O DIPLOMA EO TRABALHO COMUNITÁRIO

Retirado do site Observatório da Imprensa.

IMPRENSA & SOCIEDADE
Por Elaine Tavares em 2/12/2008


Tenho lido vários artigos de jornalistas colocando como um paradoxo fazer, ao mesmo tempo, a defesa do diploma e do trabalho de comunicação comunitário. Que fazer com os jornais de bairro, que são a expressão da fala da comunidade? Como exigir ali, a figura do jornalista profissional? E as rádios comunitárias? Que fazer, se os políticos e empresários calhordas de sempre já estão se apropriando das rádios comunitárias? Bom, eu tenho algumas provocações para estas questões.
A questão do diploma é um elemento da luta de classes na sociedade capitalista. Defesa da profissão, defesa do corpo. Nada mais do que isso. Já escrevi sobre esse tema num longo artigo que pode ser encontrado no endereço:
http://www.iela.ufsc.br/?page=noticias_visualizacao&id=562. E, por ser tão simples, acaba soando como insuficiente, mas não é.
O diploma não se reveste, certamente, na fórmula mágica que garantirá um jornalismo de qualidade. Longe disso, a considerar o que se ensina na maioria das universidades: jornalismo gosmento, adesista, cortesão. Mas, na relação entre patrão e empregado, longe dos consensos habermasianos, o diploma é nossa garantia de proteção.
Compromisso com iniciativas transformadoras
Assim, no velho confronto capital x trabalho temos de apresentar nossas armas e uma delas é a formação superior representada pelo diploma. Já o trabalho de comunicação comunitária, onde aparecem os informativos de bairro e rádios comunitárias que não visam ao lucro, está inserido na lógica da soberania comunicacional. Ou seja, é direito de cada ser humano encontrar espaços para exprimir a sua palavra e, num país como o nosso, dominado pelo monopólio da mídia, estes veículos são essenciais para garantir a democratização da informação.
As empresas que formam a grande mídia, para as quais vendemos nossa força de trabalho como jornalistas diplomados, estão absolutamente comprometidas com a defesa do sistema capitalista. Já a mídia independente pode – o que significa que às vezes não o faz – estar a serviço da transformação. Daí ser obrigação de quem pensa o mundo e o quer diferente, apoiar estas iniciativas.
É certo que tanto nos jornais de bairro como nas rádios comunitárias é possível encontrar oportunistas que apenas querem ganhar dinheiro e se dar bem, mas isso sempre haveremos de encontrar e faz parte da luta maior por uma sociedade diferente. Nosso compromisso como jornalistas é estar afinado com as iniciativas populares, transformadoras, rebeldes, inclusive servindo como agentes de formação.
Parar um pouco e pensar
Se os comunicadores populares receberem uma boa formação de jornalistas, terão muito mais condição de fazer um bom trabalho comunitário. Mas, toda esta problemática precisa estar contextualizada na órbita da luta de classes. Tanto na grande mídia quanto na mídia independente e popular os interesses vão aparecer e eles serão ora egoístas, ora altruístas. Cabe a nós, jornalistas envolvidos na luta por um mundo novo, estabelecer o embate, ficar firme nas trincheiras, formar gente nova capaz de inocular o sonho da transformação.
Agora, se a categoria dos jornalistas prefere o imobilismo de suas redações assépticas, se entende a comunicação popular como uma concorrente, se não consegue perceber a diferença de um trabalho feito para garantir a reprodução da vida dentro do sistema opressor e outro voltado para a transformação da sociedade, então aí a coisa fica difícil. Antes de condenar os comunicadores populares, talvez fosse bom cada jornalista parar um pouco e pensar por que raios essa gente é necessária.
Fazer, enfim, jornalismo
Se as comunidades empobrecidas estão inventando sua comunicação a despeito de todas as leis é porque alguma coisa anda cheirando mal no reino do Brasil. O jornalismo que se pratica nos grandes e médios meios de comunicação não dá conta da vida das gentes, não expressa a batalha que acontece nas ruas do mundo todos os dias.
O jornalismo que se vê é cortesão, é redutor, é descontextualizado, desligado da vida real, está a serviço da opressão e da ideologia. Então, a nós cabem algumas mudanças como, por exemplo, fazer jornalismo de verdade, tal qual ensina Adelmo Genro Filho, recuperando a totalidade do fato, enfrentar os patrões, aproveitar as brechas, produzir teoria nova, estabelecer parceria com a vida mesma. Ou isso, ou as gentes passarão, e com muita razão, por cima de nós.
Com isso repito o que venho insistindo desde sempre: o diploma é importante na relação com o patrão, mas ele não dá conta do jornalismo que precisamos praticar. Defender o diploma? Sim. Mas, fundamentalmente pensar em fazer, enfim, jornalismo, é mais do que fundamental.

II CAMINHA CONTRA INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NA BAHIA

Recebido por email. Para ampliar cliqe na imagem.

O Terreiro Abassá de Ogum
Convida todos/as para a II Caminhada Contra Intolerância Religiosa e Pela Paz em Itapuã.

Onde?: Do largo da Sereia até a Lagoa do Abaeté
Quando?: 21 de Janeiro de 2009
Horas: A partir das 9:00hs.

Contatos:
Danielle Felicio: (71) 8603- 5632
Rebeca Tárique: (71) 8742- 5727

CIENTISTAS PEDEM FIM DE "OLIGARQUIA"NO CNPQ

Retirado do site Educação UOL.

26/12/2008

Um manifesto assinado por mais de 180 cientistas, alunos e professores de pequenas instituições de ensino e pesquisa do País acusa o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) de funcionar como uma "oligarquia" , ignorando as necessidades de pesquisadores fora da "elite" acadêmica das grandes universidades. A carta foi enviada no início do mês a várias lideranças políticas do setor em Brasília, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No manifesto, os autores pedem uma revisão das regras para concessão de bolsas e financiamento de projetos - normas que, segundo eles, não dão chances aos pesquisadores de pequenas instituições. O CNPq, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, é a principal agência de fomento à ciência e à formação de pesquisadores no País.
A principal crítica é em relação ao uso do número de trabalhos publicados como principal (e às vezes único) critério de avaliação de mérito do cientista. "O que o CNPq faz é uma comparação quantitativa dos pesquisadores, com base no número de publicações", diz o matemático e engenheiro de computação Otávio Carpinteiro, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Minas Gerais, que ajudou a organizar o manifesto. "Ora, para fazer uma comparação quantitativa é preciso que haja condições iguais. Não dá para comparar um corredor de pista com alguém que corre na areia."
O documento chama a atenção para o fato de que as condições de trabalho não são iguais entre as instituições e que, portanto, os critérios de avaliação deveriam ser diferenciados. As grandes universidades, por exemplo, já possuem grupos de pesquisa bem consolidados, apoiados em programas de mestrado e doutorado com décadas de experiência, o que permite aos pesquisadores desenvolver projetos e publicar trabalhos com mais agilidade.
"Nos pequenos centros (...) os pesquisadores não só não possuem estas condições como ainda têm de dedicar grande parte de seu tempo à criação destas condições", diz o manifesto. "É, portanto, incorreto julgar, por um critério igual, pesquisadores que possuem condições de pesquisa desiguais. Esta prática amplifica as desigualdades e é injusta, pois não premia necessariamente os melhores pesquisadores, mas sim os que têm as melhores condições de pesquisa." Procurado, o presidente do conselho do CNPq, Marco Antônio Zago, não estava disponível para entrevistas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

FAMÍLIA CELEBRA MISSA POR JONAS E DIZ QUE NÃO CRÊ EM JUSTIÇA

Retirado do site do Afropress.

Por: Redação - Fonte: Afropress - 24/12/2008

Rio – Uma missa que reuniu os pais, os irmãos e amigos na Paróquia Nossa Senhora da Luz, no Alto da Boa Vista, marcou nesta segunda-feira (22/12) a passagem dos dois anos da morte do ex-jornaleiro Jonas Eduardo Santos de Souza, assassinado na porta de uma Agência do Itaú, no centro do Rio,no dia 22 de dezembro de 2.006, às vésperas do Natal.
Jonas era cliente do Itaú havia 10 anos e foi executado com um tiro no peito pelo segurança da Protege, a serviço do banco, Natalício Marins, depois de uma discussão fútil ao ser barrado na porta giratória.
Na missa, além da saudade, a revolta porque o assassino continua solto. Marins tem contra si um mandado de prisão expedido desde o outubro do ano passado, quando a 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça carioca anulou o julgamento que o havia absolvido. Seus advogados recorreram da decisão e, embora o recurso não tenha tido efeito suspensivo, o segurança aproveitou-se da manobra jurídica para fugir.
Segundo advogados que acompanham a pauta de julgamentos do Superior Tribunal de Justiça, ainda não há previsão de julgamento do recurso pelo STJ.
“Já não cremos na Justiça, a mesma que absolveu homens que fuzilaram uma criança recentemente entre outras injustiças. Não acreditamos nesta Justiça, mas existe, com certeza, uma maior, bem maior. Não por vingança, mas Justiça. Não fomos nós seres humanos criados para matar e por isso creio que prestaremos conta de nossos erros e assim será como o assassino de Jonas”, afirmou Magna Souza, irmã de Jonas, para a Afropress.
Para o promotor Paulo Rangel, que trabalhou na acusação do assassino, a única saída para fazer cessar a impunidade é a prisão do assassino. Segundo Rangel, uma vez preso, Marins vai querer desistir do recurso, porque não será do seu interesse aguardar o julgamento do recurso preso.
Silêncio e omissão
No Rio, entidades e ativistas do Movimento Negro, que chegaram a fazer manifestação em frente à Agência para protestar pela morte do ex-jornaleiro não falam mais do caso.
Também não se tem conhecimento de qualquer ação da ex-governadora, ex-senadora e ex-ministra, Benedita da Silva, atual Secretaria dos Direitos Humanos que, pelo cargo que ocupa, poderia fazer gestões junto ao colega da Secretário da Segurança Pública, José Luiz Beltrame, visando a prisão do assassino de Jonas.
Também não se conhece qualquer atitude do ministro chefe da Secretaria Especial de Políticas da Igualdade Racial (Seppir), deputado Edson Santos, no sentido de cobrar das autoridades Justiça no caso. “Justiça, só de Deus”, conclui Magna.
Só mais um?
O assassinato de Jonas é o tema do filme “Jonas. Só mais um”, do diretor Jefferson De, lançado este ano e apresentado no Programa Cena Brasileira, da TV NBR – o canal do Governo Federal. No filme, De mostra em cerca de 10 minutos, o depoimento e a indignação dos pais Antonio Salvador e Manoela e dos irmãos do ex-jornaliero, que em agosto, teria completado 34 anos.

PRESENÇA NEGRA NAS UNIVERSIDADES QUASE DOBRA EM 10 ANOS

Retirado do site do Afropress.

Por: Redação - Fonte: Afropress - 26/12/2008

S. Paulo – A presença de estudantes negros (autodeclarados pretos e pardos) nas universidades públicas e na rede privada quase dobrou nos últimos 10 anos, segundo dados da PNAD – Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio do IBGE. Em 1.998 os pretos e pardos correspondiam a apenas 18% dos estudantes de graduação. Em 2.007, o número pulou para 31,5%.
Para Jorge Abrahão, do Ipea, as ações afirmativas poderão produzir um impacto ainda maior do que já estão produzindo, aliadas à expansão das vagas nas universidades federais que vem ocorrendo sob o governo Lula.
Ações Afirmativas
Os programas de ação afirmativa e cotas nas universidades começaram em 2.002, na Universidade do Estado do Rio (UERJ) e na Universidade da Bahia (UneB).
Um dos fatores que impulsionaram a presença negra, segundo analistas, foi o PROUNI – Programa Universidade para Todos do Governo Federal, institucionalizado pela Lei 11.096 de 2.005, que concede bolsas a pretos, pardos e indígenas, proporcionalmente a presença desses segmentos em cada Estado. As instituições que aderem ao Programa, em contrapartida, tem isenção de alguns tributos.
Desde a sua criação, em 2.005, 197 mil estudantes pretos e pardos chegaram ao ensino superior público e privado. Entretanto os bolsistas negros do PROUNI correspondem a apenas 45% do Programa.
Na rede privada, de acordo com os mesmos dados, a participação negra passou de 26,2%, em 2004, para 29,5% em 2.007. Segundo o mais recente censo do ensino superior produzido pelo INEP, com dados de 2006, as federais respondiam naquele ano por 12,4% das matrículas em todos os cursos de graduação do país.
Caso as vagas para pretos e pardos correspondessem à sua representação na população brasileira - ou seja, 49,8% -, haveria uma reserva correspondente a 3,1% das matrículas no ensino superior.
Lei das Cotas
No primeiro trimestre de 2.009 o Senado voltará a analisar o PLS 180/08, aprovado pela Câmara e que cria uma reserva de 50% das vagas nas Universidades Federais e Escolas Técnicas ligadas ao MEC para estudantes do ensino médio oriundos da escola pública.
Desses, 50% devem ser de famílias com renda per capita de até 1,5 salários mínimos; os restantes 25% são a cota para auto-declarados pretos, pardos e ou indígenas, assegurada a representação no mínimo igual a presença desses segmentos em cada unidade da Federação.
A permanecer a redação do Projeto, no entanto, em apenas dois Estados a presença de negros é inferior a 25% da população: Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

COTA NÃO ALTERA NÚMERO DE NEGROS NA UNIVERSIDADE

Retirado do site da Folha de São Paulo. Mais uma matéria jornálistica que faz campanha contra as cotas, pois dá a entender que as cotas foram implantadas no Brasil todo e em todas as universidades.

26/12/2008

ANGELA PINHO

da Folha de S.Paulo, em Brasília
As políticas de ações afirmativas adotadas até agora por universidades públicas e pelo governo federal, por meio do Prouni, tiveram pouco impacto sobre a participação dos pretos e pardos no ensino superior.
Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) mostram que, de 2002, quando as universidades começaram a instituir programas de cotas, a 2007, a participação de pretos e pardos no ensino superior público variou 1,8 ponto percentual --passou de 36,4% dos estudantes de graduação do setor para 38,2%. De 2001 a 2002, a variação foi de 2,8 pontos percentuais.
Pretos e pardos são nomenclaturas usadas pelo IBGE para a classificação de raça/cor, a partir da autodeclaração dos entrevistados.
Na rede particular, a presença do grupo passa de 26,2% para 29,5% de 2004 a 2007. A principal ação afirmativa no setor é o Prouni, que desde 2005 concede bolsas a estudantes carentes de escola pública na proporção igual à de pretos, pardos e indígenas de cada Estado.
O baixo impacto das políticas de ação afirmativa adotadas até agora pode ser explicado pelo fato de que a maior parte dos alunos não é afetada por elas.
No Prouni, os 197 mil pretos e pardos que entraram pelo programa desde sua criação correspondem a 45% dos bolsistas. Considerando os que entraram em 2006, porém, o ingresso representou apenas 1% do total de matrículas no ensino superior.
O impacto de cotas em universidades públicas também é restrito considerando-se que três quartos dos estudantes estão em instituições privadas.
Desde 2002, segundo estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), 33 universidades públicas, de ao menos 250, passaram a adotar algum tipo de cota racial.
O projeto de lei que o governo quer aprovar no Congresso prevê que 50% das vagas nas federais sejam reservadas a alunos de escolas públicas, e que esse percentual seja dividido de acordo com a proporção de pretos, pardos e indígenas de cada Estado.
Mesmo se aprovada, porém, a lei terá reflexo pequeno sobre o quadro geral, embora de fato aumentem a presença de pretos e pardos nas instituições federais em que as cotas forem instituídas.
Segundo o mais recente censo do ensino superior produzido pelo Inep, com dados de 2006, as federais respondiam naquele ano por 12,4% das matrículas em todos os cursos de graduação do país.
Caso as vagas para pretos e pardos correspondessem à sua representação na população brasileira -ou seja, 49,8%-, haveria uma reserva correspondente a 3,1% das matrículas no ensino superior.
"Há todo um engodo em torno desse assunto [lei que cria cotas]", diz José Luiz Petrucelli, pesquisador do IBGE, favorável às cotas. "Mesmo se essa lei tivesse sido aprovada e estivesse sendo cumprida, ela não tem um efeito prático muito importante. Tem um efeito simbólico muito importante, por isso tanta polêmica."
Os números acendem no movimento negro uma reivindicação de cotas em todas as universidades, públicas e privadas.
Segundo frei David, da ONG Educafro, essa reivindicação é planejada para daqui a cerca de três anos, já que, na atual lista de prioridades, vêm antes a aprovação do projeto de lei pelo Senado, a criação de bolsas para os alunos cotistas conseguirem se manter nos cursos e o monitoramento do desempenho acadêmico deles, para, segundo afirma, divulgar os benefícios da política para a população como um todo. A idéia não deve encontrar apoio no Ministério da Educação.
Crescimento
Mesmo com baixo impacto de ações afirmativas, a presença dos pretos e pardos no ensino superior, contando tanto o público como o particular, tem uma trajetória crescente na última década. Em 1998, pretos e pardos eram 18% dos estudantes de graduação. Em 2007, o número já era de 31,5%.
Para Simon Schwartzman, do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade), a principal razão para o crescimento é o aumento de matrículas, que foi de 187% na última década.Isso aconteceu no ensino médio. A participação dos pretos e pardos nessa etapa passou de 42% para 50,5%, aumentando o número de pessoas aptas a cursar o ensino superior.
A qualidade da educação é um fator apontado para melhorar o acesso à universidade pela população mais pobre --e, conseqüentemente, de mais pretos e pardos, geralmente associados a essa faixa econômica.
Jorge Abrahão, do Ipea, diz que, aliadas à expansão das vagas nas universidades federais que vem ocorrendo sob o governo Lula, as ações afirmativas poderão produzir um impacto maior do que o de hoje.

Leia mais
Cotas para negros têm efeitos diferentes dependendo do curso, diz estudo
Especial
Leia o que existe em nossos arquivos sobre cotas para negros

IDH DO BRASIL CRECE; PAÍS É 70º NO RANKING

Retirado do site do PNUD.

Brasília, 18/12/2008

Educação foi principal razão da melhora no Índice de Desenvolvimento Humano; Brasil está entre nações de alto padrão de desenvolvimento-->

Veja as tabelas
Novo ranking do IDH, em portuguêsTabelas, textos e mapas, em inglês
Responda à enquete
Quais são os maiores desafios do Brasil?
Leia também
Ajude a ONU a escolher o tema do próximo relatório sobre desenvolvimento no BrasilLivro reúne textos sobre criação do IDH






O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil aumentou entre 2005 e 2006 e o país ficou na 70ª posição em um ranking de 179 nações e territórios — maior número já considerado, dois a mais que no ano passado —, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo PNUD. O fator mais relevante para a melhoria do país foi o avanço no índice relativo à taxa de alfabetização; PIB per capita e longevidade, outros dois indicadores que compõem o índice, também cresceram.
Os números (recalculados com nova metodologia, inclusive para anos anteriores) mostram que o Brasil atingiu IDH de 0,802 em 2005 e de 0,807 em 2006. O índice varia de 0 a 1. O resultado mantém o país entre as nações de alto desenvolvimento humano (IDH maior ou igual a 0,800), grupo em que havia entrado já no Relatório de Desenvolvimento Humano do ano passado. No ranking atual, o Brasil aparece abaixo da Albânia (69º) e acima de Cazaquistão (ambos com 0,807, com pequena desvantagem ou vantagem no cálculo com cinco casas decimais). O país também supera Equador (72º), Rússia (73º), Ilhas Maurício (74º) e Bósnia-Herzegóniva (75º).
Educação ajuda no desempenho
O IDH é composto de três subíndices: longevidade, renda e educação. Em todos eles o Brasil avançou. Para monitorar o desempenho em educação, são usados dois indicadores: taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais de idade e taxa bruta de matrícula nos três níveis de ensino. Os novos números mostram que taxa de alfabetização brasileira aumentou de 88,6% para 89,6% (10,4% de analfabetismo), correspondendo ao principal motivo da melhoria do IDH do Brasil. Já a taxa bruta de matrícula não sofreu alteração. No ranking do índice referente à educação, o país é o 65º do mundo.


A expectativa de vida também ajudou na melhoria. Passou de 71,7 anos, nos dados de 2005, para 72 anos em 2006. No entanto, o país é apenas o 80º do mundo no aspecto longevidade. O componente de renda, embora tenha crescido em relação ao ano anterior, ainda é um indicador que puxa o IDH do Brasil para baixo: o país tem o 77º IDH renda. Por outro lado, a diferença de sete posições no ranking do IDH e no PIB per capita pode ser vista como um dado positivo: o Brasil consegue fazer, melhor do que alguns outros países, com que a renda se transforme em melhor desenvolvimento humano para a população.
A decomposição do IDH mostra que o Brasil tem um subíndice de renda inferior ao da América Latina e à média mundial. Em esperança de vida, supera a média global, mas não a latino-americana. Educação é a dimensão em que o Brasil mais se aproxima dos países ricos, superando a média mundial e a da América Latina.
Na região, 12 países da América Latina têm desempenho superior ao IDH brasileiro, entre eles Chile (40º no ranking, IDH de 0,874) , Argentina (46º, IDH de 0,860), Uruguai (47º, IDH de 0,859), México (51º, IDH de 0,842) e Venezuela (61º, IDH de 0,826). Outras 16 nações da região ficam abaixo do Brasil no ranking, como Colômbia (80º, IDH de 787), Paraguai (98º, IDH de 0,752), Bolívia (111º, IDH de 0,723) e Haiti (148º, IDH de 0,521).
Metodologia
Os indicadores e a metodologia usados neste ano foram revisados e aperfeiçoados em relação aos do ano passado. A maior alteração se deu por conta de uma grande atualização do Banco Mundial e da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) nos dados que compõem o Produto Interno Bruto per capita, ajustado pela paridade do poder de compra (dólar PPC, método que elimina as diferenças de custo de vida entre os países). Até o ano passado, para efeito de comparação de PIBs entre países, eram usados preços de 1993. A revisão atualizou os preços para 2005. O novo cálculo fez com que o PIB de 70 países fossem revisados para baixo e os de 60 outras nações, para cima – o que explica grandes diferenças em relação ao ranking divulgado em 2007, como o Equador, que subiu 17 posições, a Venezuela, que subiu 13 (nos dados recalculados, ela não chegou a ser ultrapassada pelo Brasil, conforme mostrava o RDH do ano passado) ou a China, que caiu 13.
Por conta dessas diferenças metodológicas, o IDH não pode ser comparado aos divulgados em anos anteriores. Porém, para permitir a identificação de tendências, o PNUD usou os novos métodos para recalcular o IDH de 2005 e de outros 7 anos de referência: 1980, 1985, 1990, 1995 2000, 2003 e 2004.
Em uma comparação feita com esses dados em relação a alguns países da região, o Brasil tinha, em 1980, um índice superior ao do Paraguai, mas bastante inferior ao do Chile, Argentina, México e Venezuela. O IDH brasileiro melhorou desde então e teve, junto com o Chile, um dos maiores crescimentos.
O Brasil demonstrou expansão desde o início da década de 80, mas foi a partir de 1995 que começou a se aproximar mais dos outros países. Isso ocorreu até 2000, quando o crescimento perdeu força, mas a partir de 2003 voltou a acelerar.
A Islândia continua no topo da lista do IDH, com 0,968, seguida de perto por Noruega (com 0,968, mas com número inferior no cálculo de cinco casas decimais) e por Canadá (0,967). Na ponta de baixo, o pior IDH permanece sendo o de Serra Leoa (0,329); a penúltima colocação fica com a República Centro-Africana (0,352) e a antepenúltima, com a República Democrática do Congo (0,361).
Em relação ao ranking anterior, foram acrescentados três países (Montenegro, Sérvia e Libéria) e foi retirado um, o Zimbábue, sobre os quais houve dúvidas nos números de PIB per capita.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O COROINHA (ZUMBI DOS PALMARES)

Retirado do canal do youtube acmestudio, mas visto antes no blog do CEN.




Para baixar o filme Quilombo, e 1988, que conta a história do Quilombo dos Palmares clique aqui.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

INFOFAÇA - LINUX NO DESKTOP

Retirado do blog Dê Graça é mais Gostoso.
Montar um escritório todo baseado em software livre nunca foi tão fácil! É só seguir os passos e instalar todos os aplicativos do sistema operacional do pingüim no seu computador.
Capítulos do Curso:
* Instalação
* KDE
* Impressora
* Banda larga
* Internet via linha discada* Firewall
* Antivírus
* Backup
* Firefox
* E-mail
* Anti-Spam
* Mensagens Instantâneas
* Skype
* Media Player
* Gravação de CD e DVD
Estilo: Curso
Fabricante: Editora Abril
Tamanho: 60 Mb
Formato: Rar / Iso
Idioma: Português
Para baixar clique em easy-share ou rapidshare.

REVISTA VEJA - 24 DE DEZEMBRO DE 2008

Retirado do blog Dê Graça é mais Gostoso.

Estilo: Revista
Gênero: Atualidades
Edição: 24 / 12 / 08
Tamanho: 34.5 Mb
Formato: Rar / Pdf
Idioma: Português

Para baixr clique em easy-share ou rapidshare.

KIT DE FERRAMENTAS PARA HD's V1.0

Retirado do blog Dê Graça é mais Gostoso.
Ganhe Dinheiro Recuperando HDs
Resgate Dados em:
- HDs formatados

- HDs Defeituoso
- Pen Drives- Cds
-R e DVDs com problemas
Kit do Técnico de Informática
Mais de 80 ferramentas para corrigir erros e manter o PC 100%

- Melhoria de desempenho- Reparos
- Diagnóstico
- Limpeza avançada de sistema
- Segurança e muito mais!!!
No CD

Programas usados por profissionais!!!
O CD também possui ferramentas para corrigir erros e manter o PC 100%.


Estilo: Ferramentas para HD´s
Fabricante: Digerati - One Click
Tamanho: 535 Mb
Formato: Rar
Idioma: Português
Para baixar clique em MegaUpload ou BitRoad.
Se preferir você pode baixar o arquivo divididos em 6 partes. Para isso baixe a lista que contem os links.

REVISTA ISTOÉ DINHEIRO - 03 DE DEZEMBRO DE 2008

Retirado do blog Dê Graça é mais Gostoso.
Estilo: Revista
Gênero: Economia
Edição: 03 / 12 / 08
Tamanho: 29 Mb
Formato: Rar / Pdf
Idioma: Português

Para baixar clique em easy-share ou rapidshare.

REVISTA DICAS INFO- UBUNTU - DEZEMBRO DE 2008

Retirado do blog Dê Graça é mais Gostoso.
Estilo: Revista
Gênero: Informatica
Edição: Dezembro de 2008
Tamanho: 25 Mb
Formato: Rar / Pdf
Idioma: Português

Para baixar clique em easy-share ou rapidshare.

REVISTA EXAME - 03 DE DEZEMBRO DE 2008

Retirado do blog Dê Graça é mais Gostoso.
Estilo: Revista
Gênero: Economia
Edição: 03 / 12 / 08
Tamanho: 27 Mb
Formato: Rar / Pdf
Idioma: Português

Para baixar clique em easy-share ou rapidshare.

REVISTA INFO - DEZEMBRO DE 2008

Retirado do blog Dê Graça é mais Gostoso.

Estilo: Revista
Gênero: Informática
Edição: Dezembro de 2008
Tamanho: 28 Mb
Formato: Rar / Pdf
Idioma: Português

Para baixar clique em easy-share ou rapidshare.

REVISTA ISTOÉ - 03 DE DEZEMRO DE 2008

Retirado do blog Dê Graça é mais Gostoso.

Estilo: Revista
Gênero: Atualidades
Edição: 03 / 12 / 08
Tamanho: 37 Mb
Formato: Rar / Pdf
Idioma: Português

Para baixar clique em easy-share ou rapidshare.

PESQUISA APONTA AUMENTO DA PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO NEGRA

Retirado do site G1.

16/12/08
Estudo reúne dados da Pnad, do período entre 1993 e 2007.Entre a população masculina, negros representam 51,1%.
Do G1, em São Paulo

A proporção de negros no país, entre os anos de 1993 e 2007, passou de 45,1% para 49,8%, de acordo com a terceira edição da pesquisa “Retrato das Desigualdades”, divulgada nesta terça-feira (16). Entre a população masculina, os negros são maioria desde 2005, representando 51,1% da população, enquanto os brancos são 48,1%. Já entre as mulheres, a tendência de crescimento também é verificada, mas as mulheres negras ainda são minoria (48,5% frente a 50,6% da população branca). O estudo foi realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM) e o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem). As análises são feitas com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007 (Pnad 2007).

O aumento da população que se identifica como preta ou parda ocorre em praticamente todas as faixas etárias, indicando, segundo a pesquisa, que o aumento da população negra no país não é causado por uma maior taxa de natalidade entre os negros. Segundo os pesquisadores, o aumento da população negra não está relacionada ao número de filhos, mas ao auto-reconhecimento das pessoas como negras. A ministra da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, Nilcéa Freire, ressaltou que a política de cotas tem sido um elemento absolutamente importante para o crescimento dessa auto-afirmação. Ainda de acordo com a pesquisa, o envelhecimento da população também é uma tendência observada no país. Entre 1993 e 2007, o grupo de homens brancos com 60 anos ou mais passou de 8,2% para 11,1%, enquanto o de negros nessa mesmo faixa etária aumentou de 6,5% para 8%. Entre as mulheres, no mesmo período, o grupo de brancas passou de 9,4% para 13,2% e o de mulheres negras nessa faixa etária passou de 7,3% para 9,5%.

Chefia de família
Um dos principais indicadores da pesquisa referentes à estrutura familiar indica que, entre 1993 e 2007, houve um crescimento das famílias chefiadas por mulheres. O índice passou de 22,3%para 33%. A tendência é observada, de acordo com o levantamento, tanto em famílias da zona urbana quanto da zona rural, mas de forma mais intensa nas áreas urbanas. Do total das famílias chefiadas por mulheres, houve um decrescimento das monoparentais femininas, de 63,9% em 1993 para 49,2% em 2006. Já entre as famílias chefiadas por homens notou-se o crescimento do número de famílias monoparentais masculinas, de 2,1% em 1993 para 3% em 2007.


Educação
No que diz respeito à educação, a pesquisa revela desigualdades racial e de gênero no acesso à escolaridade. Em 1993, a taxa de analfabetismo para homens brancos de 15 anos ou mais era de 9,2%, passando a 5,9%, em 2007. Entre as mulheres brancas na mesma faixa etária, o índice passou de 10,8% para 6,3%, e entre as mulheres negras passou de 24,9% para 13,7%. Mesmo com a redução observada nas taxas de analfabetismo para os diversos grupos, as desigualdades entre os grupos raciais, segundo a pesquisa, ainda são significativas (mais de oito pontos percentuais entre homens brancos e negros e mais de sete pontos percentuais entre as mulheres destes grupos). Com relação aos anos de estudo, houve um aumento médio de dois anos de estudo no período analisado pela pesquisa, em todos os grupos etários, de gênero e raciais.

Saúde
Os cânceres de mama e de útero são os mais freqüentes na população feminina e, segundo a pesquisa, a doença está entre as principais causas de morte de mulheres entre 30 e 60 anos, ao lado de doenças circulatórias e mortes provocadas por causas externas. Em 2003, no entanto, ainda de acordo com o levantamento, 32% das mulheres que moravam em áreas urbanas nunca haviam realizado o exame clínico de mamas. Em áreas rurais, esse índice sobe para 63% das mulheres, no mesmo ano.Ainda em 2003, o Sistema Único de Saúde (SUS) foi responsável por 63,5% dos atendimentos e 69,3% das internações no país. Para a população branca, esse índice corresponde a 54% dos atendimentos e 59% das internações. Quando os dados do SUS são referentes à população negra, os atendimentos e internações correspondem, respectivamente, a 76% e 81,3%. Pouco mais de 33% dos brancos possuem plano de saúde privado e menos de 15% dos negros estão na mesma situação.
Saneamento
Quase a totalidade dos domicílios urbanos do país (98%) contam com coleta de lixo, o que corresponde à ampliação de uma cobertura que, em 1993, chegava a 85% das cidades. Não há distinção na distribuição desse serviço entre domicílios chefiados por homens e mulheres e mesmo entre os brancos e negros a diferença é de menos de três pontos percentuais (99% das casas chefiadas por brancos e 96,7% das chefiadas por negros). A Região Nordeste é a que apresenta o menor percentual de domicílios cobertos por esse serviço (94,2%). O serviço de esgotamento sanitário atende a 82,3% dos domicílios. As desigualdades de raça, região e renda com relação a esse serviço são destacadas pelo estudo. Enquanto 88% dos domicílios chefiados por brancos possuíam esgotamento sanitário em 2007, esse percentual era de 76% para os domicílios chefiados por negros.


Saiba mais
Brasil atinge meta da ONU sobre acesso a água encanada
Menos de 60% da população tem esgoto nas cidades brasileiras
Brasil tem 54,6 milhões de pessoas em moradias inadequadas, aponta Pnad
Cai número de crianças e adolescentes que trabalham, diz IBGE
Contribuição para previdência cresce e trabalho informal cai em 2007, diz Pnad
Trabalhador estudou mais, mas ganha menos do que em 1997, diz IBGE
Fogão, geladeira e televisão prevalecem nos lares brasileiros, revela Pnad

PESQUISA MOSTRA NOVO PERFIL DO LAR BRASILEIRO

Retirado do site do Jornal do Brasil.

Pesquisa mostra novo perfil do lar brasileiro (parte III)
Luciana Abade, JB Online


BRASÍLIA - Mesmo com todos os avanços apontados pela pesquisa Retratos do Brasil, também persiste a desigualdade de raça no mercado de trabalho e na educação. A expectativa de vida da população branca, por exemplo, é maior que a negra. Entre 1993 e 2007, o grupo de homens brancos com 60 anos ou mais de idade passou de 8,2% para 11,1% enquanto o de negros na mesma faixa etária aumentou de 6,5% para 8,0%. Mas a proporção de negros na população aumentou de 45,1% para 49,8% nos últimos 15 anos. O aumento da população que se identifica como preta ou parda ocorre praticamente em todas as faixas etárias, o que mostra mudança nos padrões culturais brasileiros.
– As políticas afirmativas contribuíram para esse avanço social – afirma o coordenador do grupo de estudos afro-brasileiro da Universidade de Brasília (UnB), professor Nelson Inocêncio. – Mas outras ações antecederam essa política como a luta do movimento negro pela identidade positiva, além dos movimentos artísticos e culturais que levaram às pessoas a terem prazer em se assumirem negras.
Cotas raciais
Segundo o professor, o sistema de cotas raciais pelas universidades são um exemplo de política afirmativa que tem contribuído para a mudança cultural porque está mudando a paisagem do campus e a idéia racista de que lugar de negro é na cozinha.
No que se refere à renda financeira da população brasileira, as mulheres negras estão em extrema desvantagem, uma vez que sofrem uma dupla discriminação: de gênero e raça. Em 2007, as mulheres negras ganhavam, em média, R$ 430, enquanto os homens brancos recebiam R$ 1.270.
A maioria dos domicílios que recebem benefícios assistenciais é chefiada por negros. É o caso de Ubirajara Ramos, 50 anos, morador de Seropédica, região metropolitana do Rio de Janeiro. Pedreiro e pai de cinco filhas, Ubirajara completa a renda mensal com o Bolsa Família. A esposa, dona de casa, é quem ajuda a organizar o orçamento e cuidar das filhas, principalmente a de 17 anos que sofre de distúrbios mentais.
–É uma barra segurar tanto sufoco – lamenta Ubirajara.
De acordo com os pesquisadores, os dados raciais da pesquisa não apresentam surpresa, já que os os dados de pobreza quando desagregados por cor e raça mostram que os negros são os mais pobres. Mas as informações dão visibilidade a uma realidade racista que exige respostas imediatas e reforçam a necessidade de adoção de mediadas que visem à valorização e promoção de igualdade racial nas ações públicas. (L.A.)
16/12/2008

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

MULHER NEGRA, SEM EMPREGO

Retirado do site do jornal Diário de Cuiabá.

DISCRIMINAÇÃO
Estudo do Ipea aponta parcela menos favorecida no mercado de trabalho, independente de escolaridade


Nilciléia, desempregada, acredita que falta de oportunidade profissional está ligada à sua cor



RENÊ DIÓZ

Especial para o Diário

Desempregada há 9 meses, Nilciléia Lemes, de 24 anos, acha que sua foto no currículo tem bastado para que os empregadores lhe recusem oportunidades. Ela possui o ensino médio completo, já foi operadora de caixa, recepcionista e babá. Fora um azar inexplicável, ela diz que não consegue cogitar outro motivo para as portas lhe fecharem a não ser a discriminação por sua raça. Afinal, insistência não tem faltado.
Ontem, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, cujos dados de 1993 a 2007, baseados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), dão conta da situação de Nilciléia e das mulheres negras em geral no mercado de trabalho. É dentro deste recorte de gênero e raça que se encontra a maior taxa de desemprego e a menor renda média do país (veja quadro).
O curioso é que a mesma pesquisa aponta que as mulheres, brancas ou negras, estão cada vez mais escolarizadas, superando os homens de ambas as raças. E as negras acompanharam este progresso. De 1996 a 2007, diz o Ipea, elas aumentaram seu tempo de estudo de 5,2 para 7,4 anos. As brancas são as mais escolarizadas, com 9,3.
Enquanto se sustenta com o seguro-desemprego, Cleide Rodrigues Miranda, de 35 anos, está tendo de trabalhar como diarista esporadicamente para poder complementar a renda. Há um mês, ela foi dispensada do trabalho, uma empresa distribuidora de medicamentos que passou por um período de cortes de pessoal. Em sua casa, ela vive com o marido e três filhas e se prepara para “bater perna na rua”, em busca de uma oportunidade. Ela, que possui grande experiência como babá, espera que até a falta de escolarização (ela está concluindo o ensino médio) seja motivo para empregadores recusarem seus serviços, menos a cor de sua pele.
Mas a recusa ou a alegação de que não existem mais vagas disponíveis é uma resposta comum, mesmo para as mulheres com nível universitário. É isso o que assusta a professora Maria Lúcia Muller, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Relações Raciais e Educação (Nepre) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com a coleta de relatos para pesquisa qualitativa dentro da UFMT, o Nepre constatou que a raça tem sido fator decisivo para empregadores negarem oportunidades, mesmo quando ainda precisam.
Se o próprio Ipea prevê que o Brasil precisará de 87 anos para igualar as rendas de homens e mulheres, Muller acredita que o primeiro a se fazer é equiparar os salários de mulheres negras e brancas, preferidas no mercado mesmo quando não possuem formação tão consolidada. “O que preocupa é como se perpetua o imaginário ruim sobre a mulher negra”, aponta a coordenadora.
Este seria o segmento mais desfavorecido da sociedade no mercado de trabalho, diz a professora, enquanto as mulheres indígenas ainda não começarem a se emancipar com mais destaque. Já a presidente do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso (Imune), a pedagoga Antonieta Luísa Costa, considera que as mulheres negras são “o segmento que mais avançou”, devido à consolidação das políticas afirmativas. Os movimentos negros, ela assegura, não aceitam o estigma do desfavorecimento social, focando-se na luta pela igualdade racial, mesmo que dados como os do Ipea, sem novidade alguma, traduzam periodicamente em números a injusta realidade das negras brasileiras.

FREI DAVI DIZ QUE EMENDA TUCANA NÃO DESFIGURA PROJETO

Retirado do sie da Afropress.

Por: Redação - Fonte: Afropress - 21/12/2008

S. Paulo - Frei David Raimundo dos Santos, fundador e principal dirigente da Educafro, disse que o projeto de Lei que tramita no Senado - o PLC 180/08 –, com a emenda do deputado Paulo Renato (PSDB-SP) que introduziu o critério sócio-econômico, reservando 25% das vagas para estudantes de famílias com até 1,5 salários mínimos, não compromete a bandeira das cotas para negros e indígenas.

Ele também defendeu a necessidade de negociação em torno do tema. "Uma coisa é certa: nós negros/as precisamos entender que só com o voto deles ou com negociação venceremos. Quem é que tem o poder de negociar? Apenas os senadores. A nós militância cabe trabalhar previamente os senadores de nosso lado para que eles liderem o processo", disse em entrevista, por e-mail, ao editor de Afropress, jornalista Dojival Vieira.

Tramitação suspensa

Pela proposta que teve tramitação suspensa na última quinta-feira (18/12), 50% das vagas nas universidades federais e escolas técnicas passarão a ser preenchidas por estudantes da escola pública, sendo que 25% de famílias com renda de até 1,5 salário mínimo e 25% por auto-declarados negros e indígenas. "A emenda do Deputado Paulo Renato é mais favorável a nós negros do que ele próprio e muitos negros imaginam”, afirmou Frei David.

Na redação do projeto, porém, são garantidas vagas para pessoas auto-declaradas negras, pardas e indígenas, no mínimo, igual à proporção de negros, pardos e indígenas na população da unidade da federação onde está instalada a instituição, de acordo com o IBGE. Em apenas dois Estados, a presença da população negra é inferior a 25% – Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Frei David, entretanto, não vê nisso um problema. “Para a parte dos negros (pretos e pardos) isto não será difícil pois 73% do nosso povo infelizmente ganha até um salário mínimo”, afirmou.

O projeto deverá retornar ao plenário para votação só no ano que vem porque os senadores Demóstenes Torres (DEM-GO) e Ideli Salvatti (PT-SC) manifestaram-se contrários à redação enviada pela Câmara. Demóstenes é contra as cotas para negros e Ideli quer reinvindicar a paternidade da proposta e lembrou que é autora do PLS 546/07, que segundo ela deveria encabeçar as demais propostas.

É o possível

Frei David admite que “esta cota de vagas é muito abaixo do que é o nosso direito”. “No entanto é o máximo que a classe que tem o poder nas mãos está permitindo. Sabemos que temos juízo e maturidade para ir fazendo o avanço por etapa”, acrescentou.

Segundo ele, “os contrários às cotas estão cada vez mais articulados, ampliaram seus pontos de apoio na imprensa e na sociedade”. Ele, contudo, manifestou confiança em que o projeto retorne a plenário e seja votado até o dia 21 de março – Dia Internacional de Luta contra a Discriminação Racial.

Na audiência de quinta-feira (18/12), esteve presente o grupo de contrários às cotas, liderado pela antropóloga Yvonne Maggie, da UFRJ, José Carlos Miranda, do Movimento Negro Socialista e José Roberto Militão, da Comissão do Negro e Assuntos Anti-Discriminatórios da OAB/SP.

“Uma parte de nós que pudemos priorizar esta luta, adquirimos experiência em tramitação e hoje estou convicto de que se o movimento social se organizar um pouco mais, ele pode vencer em menos tempo, esta batalha aqui no Senado. Estamos trabalhando para conquistar esta vitória em 3 meses”, concluiu confiante.

Veja, na íntegra, a entrevista de Frei David

Afropress - Com a Emenda Paulo Renato não se cria uma outra cota de caráter econômico, com a exigência de rendimento até 1,5 salário mínimo per capita? Qual é afinal, o entendimento majoritário na redação confusa do projeto aprovado pela Câmara?

Frei David Raimundo dos Santos - O trâmite de qualquer projeto que fere interesses de setores bem instalados no poder é muito difícil. Os pobres e sem poder político são as grandes vítimas. Este desafio da inclusão do negro nas universidades está nas duas casas por mais de 30 anos. O projeto mais antigo, ainda não arquivado, é de 1999 de autoria da deputada Nice Lobão. Este tema já foi debatido e avaliado em dezenas de reuniões dos deputados e senadores. Em cada reunião um deputado ou senador faz seus retoques, conforme seus interesses.

É assim com todos os projetos e inclusive foi assim com a constituição que já sofreu mais de 60 emendas, após promulgada. Quando tem alguém da Comunidade Negra presente, consegue-se segurar e evitar retrocessos nos “retoques”. Pena que tem poucas entidades negras acompanhando estes projetos na frente de combate. Qualquer cidadão ou entidade pode e deve acompanhar e participar das reuniões. Se ele é alguém bem articulado, consegue que suas propostas sejam apresentadas por um dos deputados ou senadores presentes.

O deputado federal Paulo Renato, do PSDB, desde quando foi Ministro da Educação, posicionou-se contra todas as formas de Cotas. Ele, como toda a pessoa sábia, mudou de opinião e agora tem uma posição bem mais ampla e amadurecida. Já admite as Cotas para a rede pública e foi capaz de fazer negociação com todas as forças presentes e abrir mão de sua posição e deixar o corte étnico no projeto, desde que os defensores deste corte aceitassem incluir um corte de renda. Ele, como deputado tem o poder de segurar e atrapalhar um projeto que não lhe agrada. O único caminho é negociar.

Não se trata de outra Cota e sim na mesma de 50% trabalha-se também a questão da renda. Isto tanto na percentagem dos negros (segundo o IBGE) como na percentagem da rede pública, a metade deve ser destinada a pessoas que ganham até um salário mínimo e meio de renda per capita. Para a parte dos negros (pretos e pardos) isto não será difícil, pois 73% do nosso povo infelizmente ganham até um Salário Mínimo.

Queremos lembrar que a Educafro tem consciência de que estamos apenas começando a grande luta pela inclusão. Conforme o Jornal “Folha de São Paulo” aborda na reportagem deste domingo, dia 21/12/2008, as Cotas Étnicas não chegam a 5% do total de vagas disponíveis no sistema universitário brasileira.

Ora, nós somos 49,7% do povo do Brasil contra 49,3% dos eurodescendentes, logo, esta Cota de vagas é muito abaixo do que é o nosso direito. No entanto é o máximo que a classe que tem o poder nas mãos está permitindo. Sabemos que temos juízo e maturidade para ir fazendo o avanço por etapa. É bom lembrar que várias universidades que adotaram cotas estão culpando a militância afro por omissão, pois tem sobrado vagas para negros/as.

O corte sócio econômico do deputado Paulo Renato incidirá e provocará muito mais mudanças no perfil dos que seriam contemplados na rede pública. Com o corte vai ter vez os brancos pobres e muitos afros que não querem disputar uma vaga na corta étnica. A emenda do deputado Paulo Renato é mais favorável a nós negros do que ele próprio e muitos negros imaginam.

Afropress - O ministro Fernando Haddad e o Governo estão apoiando o projeto tal como está no Senado, daí ter se criado a possibilidade de sua votação ainda este ano?

Frei David - Acreditamos que além deles, outras forças boas estavam trabalhando com esta meta. Todos nós queríamos dar ao nosso povo afro, nestes 120 anos de Lei Áurea mais um degrau de oportunidade para mudar nossa realidade. Infelizmente os herdeiros da Casa Grande não permitiram. Continuamos a acreditar no amadurecimento da posição dos contrários. Assim como o Juiz Federal William Douglas que era contra agora ficou a favor, convencendo-se da importância desta proposta de inclusão afro, também vamos trabalhar pelo convencimento dos demais. Uma coisa é certa: nós negros/as precisamos entender que só com o voto deles ou com negociação venceremos. Quem é que tem o poder de negociar? Apenas os senadores. A nós militância cabe trabalhar previamente os senadores de nosso lado para que eles liderem o processo.

No entanto, cada senador tem uns trinta projetos de seu interesse para fazer passar no voto dos opositores. Ele negocia cada um já plantando comprometimento com os demais projetos. É tudo muito confuso e cheio de mil interesses. Alguns acham que o DEM está usando o nosso projeto (por ser de forte apelo popular) para conseguir barganhar seus interesses em outros projetos de outras áreas.

Afropress - O senhor concorda em que se retire o caráter de reparação das cotas e se assume o critério sócio-econômico? Por que?

Frei David - Não é justo falar isto. A emenda do deputado Paulo Renato é mais favorável a nós negros do que ele próprio e muitos negros imaginam. Quando ele exige que a metade seja para pessoas que ganham até um salário mínimo e meio, ele nos ajuda a evitar que os 37% de alunos da rede pública que vem da classe média, roubem todas as vagas de cotas de rede pública. Amplia a chance para mais afros entrarem. Como é do seu conhecimento, de cada 100 pessoas que terminam o ensino médio na rede pública, 37% são da classe média.

É o caso das centenas de municípios do interior que não possuem demanda para a implantação de uma escola particular. Assim os filhos dos vereadores, do prefeito, do Juiz, etc. são obrigados a estudar na escola pública. Esta escola tem qualidade! É dela que vêm 37% da classe média que ocupam as cotas de rede pública. No entanto, nós negros, por não termos poder político, tivemos que fazer nossas vitórias acontecerem usando como escudo a escola pública. Se não fosse o fato de termos pautado a escola pública como destinatária número um das cotas, não teríamos 10% das vitórias que já possuímos nas cotas étnicas.

Afropress - Por que fracassou a audiência de quarta-feira (17/12)?

Frei David - Porque o DEM, através do senador Demóstenes Torres de Goiás é contra as cotas para negros. Ele sabia que estávamos fortes na audiência e isto poderiam fazer a vitória vir para o nosso lado. Ela esteve muito perto de nós, se não fosse as manobras do DEM. Se um Senador propor tirar a cota para negro e deixar só rede pública, o senador Demóstenes deixará passar o projeto. Colamos em todos os senadores, amigos da população afros e pedimos que não permitam tamanha barbaridade.

Afropress - Faça, por gentileza, as considerações que julgar pertinentes sobre a matéria.

Frei David - Descontando as férias do Senado, planejamos e lutaremos para que, em três meses, (até 21 de março de 2009 - dia internacional de Luta contra todas as formas de desigualdade racial) conquistar e entregar as cotas ao nosso povo afro e indígena! Quem quiser nos ajudar neste desafio é só chegar no senado nas reuniões Da CCJ e ajudar a pautar este nosso direito.

Parabenizo os mais de 40 militantes da causa afro, de mais de 10 Estados do Brasil, que, de passagem, trabalhando ou morando em Brasília, ouviram ou leram o nosso apelo e vieram para o Senado nos ajudar na luta! Foi uma energia muito boa, principalmente o povo da Bahia e de Goiás que enfrentaram “o touro” à unha (Senadores de seus Estados).

Pegaram os Senadores nos corredores do Senado e exigiram posição de apoio ao projeto
ou iriam denunciar a omissão nos respectivos estados! É este o caminho! Cada grupo negro de cada estado poderia fazer o mesmo com o senador de seu estado, neste período em que eles estão nas suas bases eleitorais! Feliz Natal Afro e que 2009 seja rico em vitórias do nosso Povo Afro-Indígena!

domingo, 21 de dezembro de 2008

FELIZ 2009... ELE VAI MELHORAR!!! rsrsrs

Recebido por email.


REPORTAGEM SOBRE MERCADO DE TRABALHO DO IPEA

Retirado do site do G1.

Estudo revela diminuição da desigualdade de gênero e cor da pele



Quarta-feira, 17/12/2008

Segundo o Ipea, diminuiu o preconceiro entre homens e mulheres e negros e brancos, mas ainda falta muito para acabar com as injustiças. Cresce o número de brasileiros que não se consideram brancos.

BAIXE PESQUISA RECENTE DE RENDA, GENÊRO E RAÇA DO IPEA

Retirado do site do IPEA.

Para baixar o boletim com a análise dos diferenciais de renda e genêro no mercado de trabalho brasileiro clique Boletim Mercado de Trabalho - Conjuntura e Análise nº 37, Novembro 2008 ou neste link alternativo.


INTRODUÇÃO
Esta seção tem por finalidade apresentar uma breve análise do panorama conjuntural do mercado de trabalho brasileiro durante o período de julho a outubro do ano de 2008, assim como fazer um contraste com os principais indicadores no curto prazo (quadrimestre imediatamente anterior), com base nos dados divulgados pela Pesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (PME/IBGE). Além disso, com o intuito de oferecer um horizonte mais amplo e amenizar a influência de fatores sazonais, procedeu-se também a uma comparação com o mesmo período quadrimestral de 2007, muitas vezes denominada aqui de comparação na base anual.


Outros postagens com estudos do IPEA
BAIXE DE GRAÇA LIVRO "AS POLÍTICAS PÚBLICAS E A DESIGUALDADE RACIAL NO BRASIL"
ANALFABETISMO CAI MENOS NA POPULAÇÃO NEGRA
PESQUISA DO IPEA "RETRATOS DAS DESIGUALDADES EM GENÊRO E RAÇA"
INDICADORES SOCIAIS DOS NEGROS AINDA SÃO MENORESIPEA: COTISTAS TÊM MELHORES NOTAS EM UNIVERSIDADES
PESQUISA DO IPEA SOBRE JUVENTUDE E POLÍTIAS SOCIAIS DÁ DESTAQUE COTAS RACIAIS
2,37% DAS VAGAS EM UNVIERSIDADES PÚBLICAS SÃO PARA COTAS RACIAIS, DIZ IPEA
BRASIL SÓ ALCANÇA A IGUALDADE RACIAL EM 32 ANOS
IPEA: NÚMERO DE NEGROS E PARDOS DEVE SUPERAR O DE BRANCOS
DOCUMENTOS DO IPEA SOBRE RACISMO NO BRASIL