segunda-feira, 31 de maio de 2010

UFRJ APROVA ABERTURA DE DEBATES SOBRE COTAS, MAS NÃO TOMA POSIÇÃO

Retirado do site do O Globo.

Plantão
Publicada em 27/05/2010
Leonardo Cazes

RIO - O Conselho Universitário (Consuni) da UFRJ aprovou nesta quinta-feira a formação de uma comissão para organizar debates internos sobre a adoção de políticas de ação afirmativa, como cotas e bônus. Já a decisão sobre a criação de mecanismos de acesso diferenciado no vestibular foi postergada. Pelo calendário aprovado, a comissão terá um mês para organizar os debates. Cada unidade será instada a apresentar propostas sobre a questão, assim como os centros. Estas serão encaminhadas para o Conselho de Ensino e Graduação (CEG) e Conselho de Ensino e Pós-graduação (CEPG).

O quinto ponto da resolução determina que o Consuni voltará a apreciar o tema na sessão do dia 12 de agosto. Nesta data, haverá uma avaliação do que foi discutido na universidade e, possivelmente, uma deliberação para que sejam adotadas, ou não, políticas de ação afirmativa já para o ano de 2011.

Leia mais:Apoiadas por membros das escolas de Comunicação e Música, cotas são rejeitadas na Politécnica

domingo, 30 de maio de 2010

INSCRIÇÕES ABERTAS PARA CURSO SOBRE ORÇAMENTO PÚBLICO PARA JORNALISTAS

Retirado do site do Jornalismo nas Americas.
Blog de Notícias


Inscrições abertas para curso sobre orçamento público para jornalistas e bolsas para estudantes

A Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi) está com inscrições abertas para o curso gratuito “Descomplicando o orçamento público”, oferecido a distância a jornalistas e estudantes (acesse o formulário do processo seletivo). As aulas vão de 8 de junho a 5 de julho, com 40 horas de treinamento. Inscrições até 31 de maio.

A Andi também oferece, em parceria com o Instituto Ilana, sete bolsas para estudantes de jornalismo que pretendam fazer seus trabalhos de conclusão de curso com foco na relação entre a comunicação e a agenda social brasileira (veja aqui o edital). Serão três bolsas para trabalhos sobre criança, consumo e mídia; dois para o estudo da relação entre a publicidade e a expansão do consumo das classes C e D no Brasil; e dois sobre autorregulamentação da publicidade. Inscrições até 20 de julho.

Publicado por Maira Magro at 05/24/2010

"CHAMAR SÓ DE NEGRO SAFADO NÃO É CRIME"

Recebido por email.

25 de Maio de 2010
“Chamar só de negro safado não é crime”, diz delegada da Paraíba sobre racismo

A delegada da 4ª Delegacia Distrital de João Pessoa, Juvanira Holanda, afirmou que o acusado de agredir uma estudante africana a chutes dentro da Universidade Federal da Paraíba e cometer ato de preconceito contra a estrangeira não responderá por racismo nem por lesão corporal. O vendedor de cartões de crédito está sendo investigado apenas por injúria e vias de fato. Para a delegada, chamar uma pessoa de negro não configura crime de racismo e chutar o abdômen não é lesão corporal. Segundo a delegada, uma testemunha afirmou que o acusado disse "pega essa negra-cão" durante a confusão que se formou no campus, quando a estudante foi tomar satisfação com o vendedor de cartões por um gesto obsceno que ele teria feito para ela.

- Não houve racismo. Para caracterizar racismo tem que ter uma série de coisas. Não é só chegar e falar "sua branca", "seu negro" ou "seu negro safado". Só caracteriza racismo quando, por exemplo, você impede o acesso de um negro a educação - afirmou a delegada.

De acordo com a delegada, o acusado negou ter chamado a estudante de negra, pois ele também diz ser negro. O vendedor afirma que a estudante o empurrou e correu atrás dele.

- O que houve foi uma discussão simples - disse a delegada.

Juvanira Holanda afirmou que a estudante foi internada no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena devido a seu estado emocional.

Para saber da repercussão local ver http://www.pbagora.com.br/conteudo.php?id=20100525121236&cat=brasil&keys=chamar-so-negro-safado-nao-crime-delegada-paraiba-sobre-racismo
Repercussão Nacional ver http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/05/25/chamar-so-de-negro-safado-nao-crime-diz-delegada-da-paraiba-916683695.asp

sábado, 29 de maio de 2010

REMOÇÃO DE CONTEÚDO

Retirado do site Observatório da Impressa.


Brasil no topo da lista do Google
Por Gabriela da Silva Zago em 18/5/2010


Este texto é uma versão traduzida de matéria publicada na edição de maio da Wave Magazine
Recentemente, o Google lançou um novo serviço de informação chamado "Government Requests" (solicitações governamentais). O relatório mostra, sobre um mapa, a relação de países que mais fizeram solicitações de informações ou de remoção de conteúdos para o Google. O Brasil lidera ambas as listas, seguido de Alemanha, Índia e Estados Unidos na lista de solicitação de remoção de conteúdo, e de Estados Unidos, Reino Unido e Índia na lista de solicitação de informações. Pelo menos para o caso do Brasil, há uma explicação plausível: o site de rede social do Google, Orkut, é bastante popular no país (os brasileiros representam 50,60% de todos os membros) e, portanto, muitos perfis falsos ou conteúdos ofensivos podem aparecer na ferramenta.
De acordo com o Google, trata-se de um relatório inicial e cada solicitação pode representar diferentes quantidades de conteúdos removidos. Os números representam o total de solicitações que o Google recebeu de entidades governamentais para remoção de conteúdo ou para o fornecimento de informações sobre dados de usuários entre primeiro de julho e 31 de dezembro de 2009.
De todas as 291 solicitações de remoção de conteúdos do Brasil atendidas pelo Google no segundo semestre de 2009, pelo menos 218 foram decorrentes de problemas com o Orkut. 99 delas foram recebidas diretamente a partir de uma requisição judicial.


Brasileiros no Orkut
A Google possui acordos de cooperação com o Ministério Público no Brasil no sentido de contribuir na identificação de pessoas que tenham cometido crimes usando o Orkut. E isso não é algo tão raro de acontecer. Um caso recente envolveu um padre acusado de pedofilia no site de rede social Orkut (ver aqui). O Judiciário condenou o Google a pagar 15 mil reais, uma vez que a acusação foi postada no Orkut por um usuário anônimo que o Google não foi capaz de identificar. O argumento do tribunal foi o de que a empresa deveria assumir a responsabilidade por esse tipo de situação ao permitir que usuários postem conteúdos anônimos sem moderação prévia. Como este, muitos outros casos têm lugar diariamente no Orkut.

Quando as pessoas buscam por intervenções judiciais, os tribunais geralmente solicitam informação ou remoção de conteúdos diretamente ao Google. Algumas vezes, é necessário identificar quem está por trás de um perfil falso representando outro indivíduo no Orkut. Em outras situações, conteúdos ofensivos são postados em comunidades do Orkut. Esse tipo de solicitação pode ter contribuído para inflar a posição do Brasil nas listas de solicitações de informações ou remoção de conteúdos junto ao Google.
O motivo para Brasil e Índia figurarem no topo das listas pode ser o mesmo – em ambos os países, o Orkut é um site de rede social bastante popular. Como o próprio Google aponta, "temos um número relativamente grande de solicitações de informações comparado a outros países em parte porque temos um grande número de usuários brasileiros no Orkut, nosso site de rede social".

sexta-feira, 28 de maio de 2010

COMO ESCREVER MANCHETES PARA A WEB

Retirado do blog Jornalismo nas Américas.

Blog de Notícias
Dez ídolos da música pop dominaram os tópicos mais populares do Twitter durante meses, e os algoritmos que incluem seus nomes entre os mais citados estão dominando a arte de escrever manchetes. Usar celebridades como palavras-chave virou estratégia para alçar as matérias para o topo das listas das ferramentas de busca, e os meios de comunicação já começaram a mudar os títulos de seus textos na web seguindo essa nova realidade, observa David Carr no New York Times.

“Todas as coisas que dão sentido às manchetes na mídia impressa — fotografias, diagramação e contexto — estão fora de vista na internet” , diz Carr. Os títulos agora têm que satisfazer os algoritmos e aparecer sozinhos em um post no Facebook ou "feeds" RSS ao mesmo tempo em que cumprem seu papel tradicional de seduzir os leitores. Isso pode resultar em manchetes dedicadas às máquinas: curtas e sobrecarregadas de palavras populares nas ferramentas de busca.

Sites de notícias online como The Huffington Post e Politico, por outro lado, argumentam que essas técnicas de otimização não são "determinantes". "Rejeitamos a ideia de que existam apenas duas opções, entre um título realmente criativo e outro sem graça", afirmou Jim Brady, do site Politico, à Carr. "As manchetes não têm que ser chatas", diz ele, mas precisam ser "diretas e descritivas".

Outras notícias relacionadas:
» Vídeo: Taylor Momsen está sem calça! (Mediaite)
» Vazamento de petróleo no golfo coloca Justin Bieber em perigo (The Washington Post)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O BRASIL DOS BRANCOS É RICO. DOS NEGROS É MUITO, MUITO POBRE

Retirado do site do Conversa Afiada.  

Publicado em 19/05/2010

Prof Paixão: quando o Brasil terá os índices do Brasil só dos brancos ?


O programa Entrevista Record Atualidade que a Record News exibiu ontem mostrou uma entrevista com o professor Marcelo Paixão, do Instituto de Economia da UFRJ. Ele mostrou alguns dados que deveriam dar muito orgulho aos brasileiros (da elite):
Os negros brasileiros vivem seis anos menos que os brancos.
O número de analfabetos negros é o dobro do número de brancos.
A renda dos negros é a metade da renda dos brancos.
Os negros ficam dois anos a menos na escola que os brancos.
Se desmontarmos os números do IDH, índice do desenvolvimento humano, da ONU, veremos que se o Brasil fosse só dos brancos (O SONHO DA ELITE BRASILEIRA …) ficaria na 40a. posição do IDH.
O Brasil está na 70a.
Mas, se fosse só de negros, seria um país pobre africano e ficaria na 104a. posição.
Não, nada disso, nós não somos racistas.
Tanto assim, demonstra o professor Paixão, que entre 2003 e 2009 foram libertados 40 mil brasileiros.

Isso mesmo, amigo navegante, “libertados”, ou seja, abandonaram a posição de escravos, porque viviam em fazendas sob o regime servil: não recebiam remuneração para poder pagar dívidas impagáveis.
Desses 40 mil escravos, 73,5% eram negros.

Ora direis, mas o Brasil é um país negro.
Sim, 50,5% da população é negra.
Mas, dos escravos, 73,5% são negros.
Não, amigo navegante, o professor Paixão exagera.
Não,  não somos um país racista.

A última coisa de que o Brasil precisa é de ações afirmativas, como, por exemplo, cotas para negros nas universidades.
Isso é recurso de país pobre, subdesenvolvido, como os Estados Unidos.
E viva a democracia racial do Brasil !
Viva !

terça-feira, 25 de maio de 2010

A "GOOGLIFICAÇÃO" DA IMPRENSA MUNDIAL

Retirado do site do Observatório da Imprensa.
A “googlificação” da imprensa mundial
Postado por Carlos Castilho em 17/5/2010


Não houve outro jeito senão inventar uma palavra para expressar o que os “cérebros” do sistema de buscas Google estão desenvolvendo para ampliar a participação na área da imprensa da maior empresa de mídia do mundo.

A Google não quer acabar com os grandes conglomerados jornalísticos e nem com os jornais, revistas e emissoras de rádio ou TV no âmbito regional. A estratégia da empresa criada há pouco mais de uma década numa pequena cidade da Califórnia chamada Mountain View é induzir a imprensa mundial a adotar um sistema de produção e comercialização de informações baseado no modelo digital de negócios desenvolvido pelos seus fundadores, Sergei Brin e Larry Page

Os objetivos da Google ficam bem claros na artigo "How to Save the News", publicado na edição de junho da The Atlantic, por James Fallows, um ex-funcionário da Microsoft e ex-redator de discursos do ex-presidente Jimmy Carter. Fallows não oculta suas ligações com o CEO da Google, Eric Schmidt, o que limita a isenção do artigo mas reforça o peso das informações relacionadas à empresa.

O processo de “googlificação” descrito na revista minimiza o debate sobre a cobrança ou não do acesso às notícias ao afirmar que o público vai acabar aceitando o pagamento porque “isto faz parte da cultura da imprensa”. Mas os “cérebros” da Google estão convencidos de que o pagamento não acontecerá segundo o modelo de publicidade vigente na imprensa, e nem seguirá o processo de produção de notícias praticado atualmente em quase todos os jornais do mundo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

CURSO INTERATIVO DE BANCO DE DADOS

Retirado do blog Dê graça é mais gostoso.

Curso Interativo de Banco de Dados
Introdução
- Sobre o curso
- Como utilizar o curso
- O que são bancos de dados
- Planejando um banco de dados
O Microsoft Access 2007
- O Microsoft Access 2007
- A interface do Access 2007
- Abriando e salvando banco de dados
- Criando um banco de dados a partir de um modelo
- Criando um bando de dados em branco
Editando e criando tabelas no Access
- Adicionando campos em uma tabela
- Definindo topos de dados de uma tabela
- Usando o Assistente de Pesquisa para criar umma lista de opções
- Criando tabelas no Modo Design
- Introduzindo dados em uma tabela
- Relacionando um campo com outra tabela – Parte I
- Relacionando um campo com outra tabela – Parte II
- Finalizando e testando o banco de dados Meus Filmes
Descrição completa AQUI.
Estilo: Curso Interativo
Fabricante: Douglas G.
Tamanho: 66.3 Mb
Formato: Rar
Idioma: Português
Curso Interativo de Banco de Dados Curso Interativo de Banco de Dados Curso Interativo de Banco de Dados Curso Interativo de Banco de Dados

sábado, 22 de maio de 2010

MINISTÉRIO ENCONTROU 521 ESCRAVOS EM FAZENDAS DO RIO EM 2009

Retirado do site Notícias Terra.

03 de maio de 2010
Notícia
O número de autuações por trabalho escravo em fazendas fluminenses cresceu 11 vezes entre os anos de 2008 e 2009. A informação foi apresentada nesta segunda-feira pelo ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, no Rio de Janeiro. Ele afirmou que no ano passado foram registradas 521 pessoas trabalhando em situação análoga à escravidão, enquanto no ano anterior foram 46.

Vannuchi pediu hoje que o Estado do Rio de Janeiro elabore, com urgência, um plano estadual de combate ao trabalho escravo e crie uma comissão para monitorá-lo. O pedido foi feito durante reunião da Comissão Nacional para Erradicação do Trabalho Escravo no Rio.

A maioria das ocorrências foi registrada no norte fluminense, em usinas de açúcar e etanol. "É um risco que corre o Brasil, no momento de expansão do projeto do etanol. Aventureiros aproveitam esse impulso e se infiltram para começar a produzir sem nenhum respeito pelas leis do país e nem pelo chamado compromisso da responsabilidade social".
De acordo com o ministro, grandes empresas de distribuição de combustíveis, como a Petrobras e a Shell, têm demonstrado interesse em participar de um pacto nacional contra o trabalho escravo.

FÁBRICA DE IDÉIAS - PRIMEIRO SEMINÁRIO DO PROJETO DO MUSEU DIGITAL DA MEMÓRIA AFRO

Recebido por email.

Afro – Brasileira
10 e 11 de Junho 2010
Local: Centro de Estudos Afro Orientais / Auditório Milton Santos

Convidamos todos os interessados a participar do Primeiro Seminário do projeto de Museu Digital da Memória Afro-Brasileira que se realizará no CEAO nos dias 10 e 11 de Junho, com o apoio do Programa Pró-Cultura da Capes, que une o PPG em Estudos Étnicos e Africanos da UFBA (programa coordenador do projeto), o PPG em Antropologia da UFPE e o PPG em Ciências Sociais da UFMA. Participam deste seminário, entre outros, Sérgio Ferretti e Carlos Benedito (UFMA), Antônio Motta (UFPE), Myriam Santos (UERJ), e pesquisadores de outras institui ções de Pernambuco, Rio de Janeiro e Bahia.

Neste seminário visamos debater os desafios e as possibilidades proporcionados pelo processo de construção do Museu Digital da Memória Afro-Brasileira, um projeto de abrangência nacional que já dispõe de bases em São Luis , Recife, Salvador e Rio de Janeiro, e recebeu apoio de diferentes entidades (Finep, Prins Claus Foundation, Capes, Faperj, Fapesb e CNPq), e que conta com a colaboração de importantes arquivos no exterior (Smithsonian, Melville Herskovits Library, UNESCO).

Nosso Museu Digital está agora filiado a Rede da Memória Virtual da Fundação Biblioteca Nacional, e pretende se cadastrar na lista de museus digitais mantida pelo Instituto Brasileiro do Museu (IBRAM). Escolhemos a Biblioteca Nacional para ser nosso depositário digital (é lá que será guardada cópia de todos os documentos em formado de alta definição).

Pela manhã o encontro é reservado aos pesquisadores júnior e sênior que já integram as equipes do projeto. Duas sessões do seminário estão abertas ao público, nas tardes de quinta-feira e sexta-feira dias 10 e 11 de Junho.

Programação:
Quinta- feira dia 10 de junho:
9-12.30 hs: Sessão de trabalho sobre o sistema de Arquivação

14.30-18hs: Sessão Pública: Como funciona nosso Museu Digital

Apresentação do trabalho das equipes no Maranhão, Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro

Sexta-feira dia 11 de junho:
9-12.30 hs: Segunda sessão de trabalho dedicada ao termos de cessão e responsabilidade digital.

14.30-18h: Sessão Pública: Política e prática de um museu digital da Memória Afro-Brasileira.

18:00hs:
Coquetel de lançamento do Museu Digital da Memória Afro-Brasileira.

Os interessados em participar podem se inscrever por Email no fabrica@ufba.br
(colocando no título do e-mail: Seminário Museu Digital )

COMUNIDADES QUILOMBOLAS DA BAHIA CRIAM CONSELHO ESTADUAL

Retirado do site Omi-Dùdú.

A Bahia é o segundo estado com maior população quilombola do Brasil, com cerca de 600 comunidades distribuídas por todo o território baiano.


Também na Bahia aconteceram lutas e conquistas emblemáticas e pioneiras e lideranças quilombolas baianas tiveram atuação destacada na criação da CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas. No entanto, ainda não havia uma articulação estadual representativa e capaz de potencializar as lutas deste conjunto diverso de cmunidades existentes no estado. Foi visando a construção de estratégias de ação compartilhadas e a criação de um espaço de articulação que foi realizado o 1º Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas da Bahia. O evento finalizou com a composição de um Conselho Estadual e o lançamento de uma carta aberta, com as prioridades de atuação desse Conselho, assinada pelas comunidades quilombolas presentesVide Carta 
“As comunidades quilombolas não tinham uma organização estadual e a proposta é que este Conselho possibilite isso”, declara Nelson Nunes dos Santos, um dos integrantes da comissão organizadora do evento.  As comunidades quilombolas baianas já se articulavam em nível microrregional, divididas por territórios.  Estas articulações territoriais foram a base para a constituição do Conselho Estadual. Foram escolhidos em plenária 48 conselheiros titulares e suplentes dos territórios do Baixo Sul, Oeste, Sudoeste, Chapada, Norte da Bahia (Senhor do Bonfim), Salvador, Região Metropolitana, Sul, Feijão (Irecê), Sisal, Litoral Norte, Agreste e Semiárido.  Saiba quem são

DIVULGAÇÃO DO NOME DE MILITANTES NEGROS QUE RESISTIRAM A DITADURA MILITAR

Retirado do site Afropress.

Direito à Memória
Por: - 21/4/2010

S. Paulo - Os nomes de quarenta brasileiros negros que participaram da resistência à ditadura militar (1.964/1985) começaram a ser divulgados por iniciativa do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), de S. Paulo no Catálogo "Direito à Memória e à Verdade". Leia mais.

Entre os nomes estão o de Carlos Marighella, Luiz José da Cunha, o Comandante Crioulo, Osvaldo Orlando da Costa, o Osvaldão, o lendário Comandante na Guerilha do Araguaia, e Dinalva Oliveira Teixeira (1.945/1.974) e Helenira Resende de Souza Nazareth (1.944/1.972, ambas também mortas na Guerilha do Araguaia, liderada pelo PC do B.
O resgate da participação de brasileiros negros na luta de resistência ao regime militar começou na II Conferência Nacional da Igualdade Racial, realizada em junho do ano passado. Os textos do Catálogo, divulgado por iniciativa do Condepe de S. Paulo, foram extraídos do livro-relatório “Direito à Memória e à Verdade - Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos”, editado pela Secretaria especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, em 2007, com apoio da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR).

Os casos relatados foram objeto de processo na Comissão e os familiares das vítimas indenizados pelo Estado Brasileiro. Segundo o presidente do Condepe, jornalista Ivan Seixas (foto), ele próprio ex-preso político, a iniciativa de resgatar o papel dos negros na resistência à ditadura é importante para desmitificar a idéia de que “a resistência ao regime teve a participação apenas de brancos de classe média”. “Acho essa iniciativa fundamental”, afirmou.

RACISMO PREJUDICA ACESSO DE NEGROS AO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA AIDS

Retirado do site Agência Aids.

:: NOTÍCIAS ::
Racismo prejudica acesso da população negra ao diagnóstico e tratamento da aids, indicam pesquisas apresentadas em simpósio nacional

20/05/2010
"É preciso criar ações afirmativas”, defendeu Mário Lisboa Theodoro, do Ipea

Diferentes estudos apresentados nesta quinta-feira durante o I Simpósio Nacional de Saúde na População Negra e HIV/Aids indicaram que a vulnerabilidade social a que os negros estão acometidos dificulta o acesso deles ao diagnóstico e tratamento da aids. O evento está sendo realizado em Campinas, interior de São Paulo.

Segundo Mário Lisboa Theodoro, do Instituto de Pesquisa e Estatística Aplicada (Ipea), é preciso acabar com o racismo institucionalizado. “Esse é o grande desafio. O racismo faz com que a saúde deixe de ser universal porque dificulta o acesso a ela e influencia na forma como o usuário será atendido", explicou.

“Discriminação é caso de polícia. Racismo é caso de política: políticas públicas”, acrescentou Mário. Para ele, a saída é criar ações afirmativas em diferentes ministérios. “Uma opção são as cotas. No Brasil o caso mais em voga é a utilização do método para a seleção no ensino superior. Existe resistência da sociedade porque, se bem colocadas, vão abrir a possibilidade de a elite ser mais parecida com o restante do povo”.

ESTUDANTE REPROVADO EM VESTIBULAR RECORRE AO STF CONTRA SISTEMA DE COTAS

Retirado do site Última Instância.

ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Da Redação - 20/05/2010

O ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou a antecipação de tutela solicitada por um candidato reprovado no vestibular da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Ele se diz prejudicado pelo programa de reserva de vagas para estudantes formados em escola pública.

Segundo o recurso extraordinário 597285, Giovane Pasqualito Fialho foi reprovado na prova para o curso de Administração, mas teria passado se não fosse a reserva de cotas. Ele informou que das 160 vagas, 30% foram reservadas a candidatos privilegiados em razão de sua etnia e condição social e dez vagas a candidatos indígenas. A defesa de Fialho chama as cotas de “pacto da mediocridade” e declara que a distinção no tratamento dos candidatos com base em critério étnico é crime de racismo.

Na análise do ministro Lewandowski, a tutela não pode ser antecipada para permitir a matrícula de Fialho até que a questão seja resolvida na Justiça. “A antecipação da tutela na jurisdição constitucional possui periculum in mora inverso, uma vez que não apenas atingiria um amplo universo de estudantes como também geraria graves efeitos sobre as políticas de ação afirmativa promovidas por outras universidades”, disse na decisão, cujo mérito ainda será analisado pelo plenário do Supremo. Periculum in mora significa perigo na demora, a situação que justifica a concessão de decisões em caráter liminar, como é o caso da antecipação de tutela.

Deverão ser incluídas na avaliação do Plenário, entre outros processos semelhantes, a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 3197, que questiona lei fluminense sobre cotas universitárias, e a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) 186, que avalia cotas na Universidade de Brasília.

O tema de fundo do recurso extraordinário, cuja repercussão geral foi admitida na Corte por seis ministros, foi analisado em março por representantes da sociedade civil e do governo federal numa audiência pública sobre ações afirmativas em universidades. Por isso, Lewandowski afirmou na decisão que “enquanto essa Corte não se pronunciar pela inconstitucionalidade desse sistema de admissão, presume-se a sua constitucionalidade”.

ÚNICO NEGRO ENTRE OS CORONÉIS É O NOVO CHEFE

Retirado do site do Jornal Estado de São Paulo.

Admir Gervásio Moreira, corregedor da Polícia Militar
22 de maio de 2010
O Estado de S.Paulo

Único negro entre 54 coronéis da PM, o novo corregedor, coronel Admir Gervásio Moreira, de 55 anos, é um disciplinador. Gervásio, como é conhecido, entrou para a corporação em 1975 como soldado. Prestou exame para a Academia do Barro Branco, onde se formou em 1981. Fez carreira na Corregedoria. Promovido a coronel, assumiu em 2008 o policiamento na zona norte, em substituição ao coronel José Hermínio Rodrigues, assassinado um mês antes. Depois, em 2009, passou para o Comando de Policiamento Metropolitano (CPM). Como novo corregedor, terá como missão concluir o inquérito sobre a morte de Hermínio. No último ano, a PM expulsou 330 policiais. Por causa dos recentes casos de violência, o Comando da PM reuniu, na quarta-feira, 400 oficiais - de capitães a coronéis - em serviço em São Paulo. O objetivo foi tentar aprimorar a supervisão da tropa.

REUTERS ABRE INSCRIÇÕES PARA TREINAMENTO MULTIMÍDIA EM LONDRES

Retirado do blog Jornalismo nas Américas.



Blog de Notícias
Jornalistas de países em desenvolvimento têm até 15 de julho para se inscrever no processo seletivo do curso Ferramentas multimídia para jornalistas, promovido de 6 a 10 de setembro de 2010 pela Fundação Thomson Reuters, informa o site IJNet.

Os participantes devem ter pelo menos dois anos de experiência profissional. A Fundação Thomson Reuters oferece um número limitado de bolsas para custos de viagem, acomodação e outros gastos.

Veja esta página (em inglês) sobre o curso e o formulário de inscrição.
Publicado por Dean Graber/MM at 05/21/2010

SALVADOR SERÁ SEDE DA PRÉ-CONFERÊNCIA DE JUVENTUDE DAS AMÉRICAS

Retirado do site do IBASE.






21.05.2010
Será realizada no Hotel Pestana, em Salvador, nos dias 24, 25 e 26 de maio, a Pré-Conferência de Juventude das Américas. O encontro vai reunir representantes governamentais, da sociedade civil do Brasil e de outros 29 países. Entre os(as) convidados(as) estão o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci; a ministra de Juventude do México, Priscila Vera; a coordenadora do Grupo de Trabalho da ONU para a Conferência da Juventude e diretora regional do Fundo de População das Nações Unidas para a América Latina (UNFPA), Marcela Suazo, entre outras autoridades. Até o momento, 140 participantes de governos confirmaram presença.

Outras informações: www.juventude.gov.br.

MAPA ONLINE PERMITE VISUALIZAR FINANCIAMENTOS DO BNDES

Retirado do site do IBASE.

Ibase coloca na internet o “Mapa Interativo de Projetos Apoiados pelo BNDES” (veja em: www.plataformabndes.org.br/mapas). Hospedado no site da Plataforma BNDES – conjunto de organizações, entre elas o Ibase, que monitoram socialmente o banco e pressionam por sua democratização – , o Mapa permite visualizar informações sobre mais de 500 (até o momento, já que a atualização será permanente) projetos financiados pelo BNDES em todo o país, desde 2006.

A busca pode ser feita por “tipos de projeto” (como “etanol”, “unidade hidrelétrica”, entre outros), mas também por localização e valor da operação. É possível visualizar, ainda, áreas indígenas e áreas de proteção ambiental próximas aos empreendimentos. E na seção “Sua voz”, internautas podem registrar informações sobre cada um dos financiamentos, especialmente possíveis impactos sociais, econômicos e ambientais gerados.

“Diversos empreendimentos financiados pelo BNDES, em setores como mineração, siderurgia, etanol, hidrelétricas, entre outros, causam impactos negativos para as populações dos territórios afetados. No longo prazo, o mapa nos ajudará a dimensionar o conjunto desses problemas, bem como a pressionar para que o banco reveja seus critérios ao liberar certos financiamentos”, diz Eugênia Motta, pesquisadora do Ibase.

Os dados do Mapa são retiradas do próprio site do BNDES, bem como de seus relatórios e informes.

Publicado em 14/04/2010.

ENCONTRO DIREITO À MEMÓRIA E À VERDADE

Recebido por email.
Para ampliar clique na imagem.

CONFERÊNCIA "O QUE SERÁ? o BRASIL NO SÉCULO XXI"

Recebido por email.
Para amplia clique na imagem.

ADUFMAT DEBATE SOBRE COTAS NA UFMT

Retirado do sete Noticiasnx.

Escrito por CALORINA HOLLAND
Sex, 21 de Maio de 2010

O assunto provoca polêmica e debates acalorados entre os que são contra e a favor. As políticas afirmativas e reserva de vagas foram tema de seminário ontem, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat). A professora doutora em Serviço Social Janete Leite (UFRJ) e o professor Evandro Charles Piza Duarte, doutorando em Direito pela Universidade de Brasília, foram os palestrantes convidados do evento, cujo objetivo foi expor os prós e os contras desse sistema.

As políticas de ação afirmativas foram criadas para oferecer a determinados grupos um tratamento diferenciado para compensar de alguma forma as situações de vítimas de racismo e outras formas de discriminação. No Brasil, uma das formas de ação afirmativa são as cotas para negros e índios nas universidades.

Atualmente, a UFMT não adota o sistema, presente em cerca de 90 universidades públicas de todo o Brasil. Para o professor Evandro Duarte, a Universidade deveria repensar a não adoção das cotas. Defensor da política afirmativa, para ele as universidades deveriam ampliar o papel de formadoras de opinião e se tornarem mais acessíveis aos negros e índios. “A universidade não pode ser vista como um espaço de formação de elite, que no Brasil é branca. A universidade é predominantemente branca. É preciso ampliar o acesso dos negros nessas instituições”.
Segundo o professor, os negros foram excluídos desde sempre e que o acúmulo de racismo é um problema antigo. “O padre Antônio Vieira chegou a dizer que os negros são filhos imolados de Maria, e que os imolados devem esperar pelo paraíso”, diz, “mas o reino dos céus não chegou à universidade e não chegará”, opina.

Em relação ao número de vagas que cada universidade deveria oferecer para as políticas afirmativas, Duarte considera que cada instituição pública de ensino superior deveria fazer um estudo para avaliar a quantidade. “Não se pode estabelecer um número específico, depende muito de cada Estado. Por isso defendo pesquisas para poder determinar qual a porcentagem de vagas que serão oferecidas para as cotas”.

A professora Janete Leite tem opinião divergente. Segundo ela, as cotas não colocam as camadas populares na universidade. “Eu entendo que as pessoas que entram na universidade por sistema de cotas racial também são da elite. O que deve ser debatido é o acesso das camadas populares a essas instituições”, afirma.

Conforme a professora, o Brasil precisa melhorar a educação desde os primeiros anos na escola. “Só escamoteia o péssimo ensino existente no país. As cotas na universidade não vão resolver o problema educacional crônico nacional”, declara.

Na opinião dela, as cotas provocam um efeito de “discriminação ao contrário”: as pessoas que têm desempenho melhor do que uma pessoa que entrou na universidade por uma política afirmativa vão se sentir discriminadas. “Isso gera um conflito e uma aversão aos cotistas por parte dos alunos que não são negros, por exemplo”.

A reportagem tentou falar com a reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli Neder a respeito do posicionamento da instituição em relação ao tema, mas sua assessoria informou que está viajando.

PROJETO EDUCATIVO "ÁFRICA HEREDITÁRIA" NO CENTRO CULTURAL DA JUSTIÇA FEDERAL - RJ

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

FEJUNES REALIZA CURSO DE FORMAÇÃO SOBRE "JUVENTUDE NEGRA E DIVERSIDADE SEXUAL

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O Fórum Estadual de Juventude Negra do Espírito Santo – FEJUNES realiza nos dias 28, 29 e 30 de maio de 2010 mais uma etapa do Plano de Formação da Juventude Negra Capixaba. O próximo tema será “Juventude Negra e Diversidade Sexual”.

O Curso de Formação será realizado em parceria com o Fórum Estadual LGBT e tem o objetivo de aprofundar o debate sobre questões relativas à diversidade sexual e o racismo sofrido pelo segmento negro LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) . Além disso, o Curso apontará perspectivas de atuação conjunta entre esses dois segmentos, visando à desconstrução do racismo, da homofobia, da lesbofobia e outras formas de opressão.

O jovem Mauro Sérgio, Coordenador do FEJUNES, ressalta a importância da atividade. “É fundamental o movimento negro aprofundar as discussões sobre questões relativas à diversidade sexual. Sabemos que os Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais negros são discriminados dupla ou até triplamente por conta de sua orientação sexual, da cor de sua pele e de sua condição social. Necessitamos formular ações para combater essa opressão e somar forças juntamente com o movimento LGBT nesta caminha”.

A atividade acontecerá na Escola Municipal Isaura Marques da Silva, na Av. Leitão da Silva, em Andorinhas – Vitória/ES e estará aberta a todas as pessoas que se interessarem. As inscrições poderão ser feitas, gratuitamente, através do envio de uma mensagem para o e-mail fejunes_es@yahoo. com.br com nome e telefone da pessoa interessada ou entrando em contato com os telefones (27) 8808-2142 / (27) 9920-7614 / (27) 9932-7062.

No segundo semestre deste ano o FEJUNES realizará mais uma etapa do Plano de Formação da Juventude Negra Capixaba. O tema será o “Funk como elemento da cultura negra”, abordando o histórico desse movimento cultural e suas influências na atualidade. A participação mais uma vez será aberta e gratuita.

QUATROCENTAS MIL CRIANÇAS NASCEM ANUALMENTE COM AIDS/SIDA NA ÁFRICA

Retirado do site  África 21.

19/05/2010
Saúde

A erradicação da transmissão do vírus de VIH de mãe para o bebé poderia permitir o nascimento de uma geração de crianças sem aids.


Da Redação, com agência

Yaoundé - Pelo menos 400 mil crianças nascem, anualmente, com aids na África, disse, quarta-feira, em Yaoundé, o diretor executivo da ONUSIDA, Michel Sidibé, que está na capital camaronesa para participar da conferência internacional sobre o quinquagésimo aniversário da independência de 17 países africanos.

"O que me preocupa mais para a África é que hoje ainda temos 400 mil crianças nascidas cada ano com aids", disse Sidibé, segundo a Angop

Acrescentou que é de conhecimento de todos que um terço destas crianças morrerão antes do seu primeiro ano de vida, se não tivrem acesso ao tratamento, e que 50 % delas vão falecer, antes do seu segundo aniversário pelas mesmas razões, enquanto outras terão tratamento por toda a vida ", afirmou.

Para ele, a erradicação da transmissão do vírus de VIH de mãe para o bebé, poderia permitir o nascimento de uma geração de crianças sem aids, iniciando-se uma etapa do fim do flagelo, do qual haveria vinda ao mundo de crianças não infectadas.

Segundo ele, o único bom exemplo na África é o do Botswana, onde a mortalidade de pessoas infectadas foi reduzida em 50%.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

INCRA NÃO CUMPRE META E TITULA 2 TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS EM 2009

Retirado do site Repórter Brasil.

03/05/2010
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) anunciou que 11 comunidades quilombolas seriam beneficiadas com títulos definitivos. Apenas dois territórios, que não chegam a somar um hectare, foram garantidos

Por Bianca Pyl
As comunidades quilombolas seguem sem ter muito o que comemorar. Em 2009, somente dois territórios tradicionais, ambos no Rio Grande do Sul, foram titulados. O número ficou abaixo do esperado, já que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) divulgara, em 31 de julho de 2009, que 11 comunidades seriam beneficiadas com os títulos definitivos até o final do ano. A meta não chegou nem perto de ser cumprida.

Outro fator que marcou o ano passado foi a revogação da Instrução Normativa (IN) 49 do Incra de 2008 - que estabelece ritos para o processo de titulação. Segundo a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), funcionários do setor quilombola do Incra avaliaram os principais entraves que a norma estabelecia e sugeriram modificações.

A partir dessas sugestões, a IN 56 foi publicada em 7 de outubro de 2009 com procedimentos mais ágeis com vistas à superação de entraves que dificultavam as titulações da IN 49. Apenas 13 dias depois, contudo, a instrução foi revogada e substituída por uma nova norma que reeditou o conteúdo da IN 49 na forma da IN 57, em 20 de outubro de 2009. De acordo com moção de repúdio divulgada pela Condsef diante do ocorrido, a "ressureição" da IN 49 pode ser atribuída "à pressão de setores que são favoráveis a manutenção dos entraves na política de regularização". As exigências introduzidas a cada nova norma tornaram o processo mais moroso e custoso e, consequentemente, mais difícil de ser concluído, segundo as entidades que atuam no setor. "As sucessivas normas parecem ser muito mais uma concessão aos setores que manifestaram forte oposição aos direitos quilombolas do que o aperfeiçoamento", diz a advogada Carolina Bellinger, assistente de coordenação da Comissão Pró Índio de São Paulo (CPI-SP),  responsável pelo estudo "Terras Quilombolas - Balanço 2009".
A "segurança jurídica" às comunidades, apresentada por parte do governo para justificar a IN 49, não convence a advogada da CPI-SP. Segundo ela, "devido ao baixo número de titulações, não se pode afirmar que a norma conferiu maior segurança jurídica. No entanto, é certo que não trouxe avanços para efetividade dos direitos territoriais garantidos pela Constituição Federal". O balanço anterior da CPI-SP chamara atenção para o fato de que nenhum território quilombola fora titulado durante o ano de 2008; na ocasião, a publicação da IN 49 foi apontada como um dos motivos para esse resultado.
As duas áreas que receberam os títulos em 2009 não somam 1 hectare. O Quilombo Família Silva, localizado em Porto Alegre (RS), foi parcialmente titulado (uma parte do território é alvo de ação de desapropriação) com 0,23 hectare para 12 famílias. Outra comunidade titulada foi a Chácara das Rosas, em Canoas (RS), com uma área de 0,36 hectare para 36 famílias.

COLÓQUI INTERNACIONAL AFRICANIDADES E PENSAMENTO NEGRO AIMÉ CÉSAIRE

Retirado do blog do CEN.
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FÓRUM EDUCAÇÃO AFIRMATIVA SANKOFA

Retirado do blog do IPCN.
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ACB/RJ CAPACITA PROFESSORAS DA REDE MUNICIPAL EM CULTURA AFRO-BRASILEIRA DEVIDO À COPA DO MUNDO

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Publicado em 18/05/2010 por leccufrj


Professoras do Colégio Municipal Carvalho de Mourão, em Cordovil, visitaram o Núcleo Cidade Alta da ONG Ação Comunitária do Brasil (ACB/RJ) com objetivo de receber capacitação sobre cultura afro-brasileira na manhã desta quarta-feira (5/05). O objetivo do encontro foi aumentar o conhecimento dos 15 profissionais da educação para o ano letivo de Copa do Mundo da África do Sul. A Instituição é de educação infantil e possui 290 alunos, divididos em 12 turmas.

O evento começou com uma visita nas instalações do Núcleo Cidade Alta da ACB/RJ e teve palestras com a contadora de histórias da ONG Carla Ferreira e com o educador de capoeira Romildo Santos. Os dois abordaram nas suas falas a importância de se fazer esse trabalho desde a educação infantil e que isso ajuda a criança a diminuir o preconceito:

- É preciso fazer trabalho de conscientização. Muitas crianças não se aceitam como são e acabam com um comportamento violento. Se a pessoa não se aceita, não aceita os outros e acaba ficando preconceituosa – afirmou Carla.

A diretora do colégio, Célia dos Santos, foi a idealizadora do encontro e afirmou que já são feitos diversos trabalhos com o tema africano visando o Mundial e que isso acaba agradando aos alunos, que estão no clima do evento:

- Até o final do ano faremos várias atividades com esse foco, como contar histórias africanas, visita ao zoológico, e atividades relacionadas aos países africanos na aula de educação física. Nosso enfoque é o valor étnico, da cultura negra. Com a Copa, é uma ótima oportunidade para reforçarmos isso – admitiu Célia.

PALESTRA "A CRIAÇÃO DA AFRO-BRASILIDADE"

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DIA DA ÁFRICA EM DUQUE DE CAXIAS

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OBAMA ASSINA LEI OBRIGA DEPARTAMENTO DE ESTADO A MONITORAR LIBERDADE DE IMPRESA NO MUNDO

Retirado  do blog Jornalismo nas Américas.

Blog de Notícias
O presidente americano, Barack Obama, assinou na segunda-feira, 17, uma lei exigindo que o Departamento de Estado descreva a situação da liberdade de imprensa em todos os países e identifique os governos que cometem abusos contra esse direito, informou o New York Times. O procedimento será parte obrigatória dos relatórios anuais da diplomacia americana sobre a situação dos direitos humanos no mundo inteiro. (Veja também esta matéria da Folha de S. Paulo).

A nova legislação – batizada Lei Daniel Pearl sobre Liberdade de Imprensa – foi inspirada no repórter Daniel Pearl, do Wall Street Journal, assassinado no Paquistão pouco depois dos atentados de 11 de setembro de 2001. Ele apurava matérias sobre grupos terroristas no país quando foi sequestrado e decapitado.

O blog The Caucus, do New York Times, apontou uma contradição no fato da Casa Branca ter restringido o acesso da mídia a um evento sobre liberdade de imprensa, permitindo a entrada de apenas um grupo de repórteres. O blog lembrou ainda que a Casa Branca “vem tentando forçar” um repórter do New York Times a prestar informações na Justiça sobre as fontes ouvidas em seu livro sobre esforços secretos para abortar programas de armas nucleares no Irã.

Publicado por Maira Magro at 05/17/2010

LIVRO MOSTRA ESTUDO QUE APONTA ASCENSÃO DOS NEGROS NA POLÍCIA MILITAR

Retirado do site do SRZD.

Redação SRZD
Cultura
14/05/2010
Primeiro estudo no estado focando o policial afrodescendente na corporação, o livro " O negro na Polícia Militar: crime, cor e carreira no Rio de Janeiro", do jornalista e professor da PUC-Rio, Carlos Nobre, foi lançado, no último dia 12 de maio, na Câmara de Vereadores, pela Editora Multifoco, da Lapa.

O autor ficou dois anos estudando policiais negros em cinco unidades da corporação: Batalhão de Policiamento Turístico (Bptur), Grupamento de Apoio em Áreas Especiais (Gpae Pavão-Pavãozinho e Cantagalo), 12º. BPM(Niterói), 19º. BPM (Copacabana) e Quartel-General(Centro).

Uma das constatações mais significativas do estudo ( foram ouvidos 49 praças e oficiais negros através de entrevistas com duração de duas horas) é que a PM é a instituição estatal no Rio que quem mais emprega negros. Pelo menos, 60% da tropa (oficias e praças) são afrodescendentes, segundo Nobre. Se levados em conta somente os praças, o percentual de afrodescendentes sobe para 66%.

Os negros na PM, segundo o estudo, realizado entre 2000-2001, chegam a 42% dos oficiais da corporação, um proporção quase que igualitária entre brancos e negros na instituição que controla a ordem pública. Segundo Nobre, os negros descobriram uma porta de ascensão na PM fluminense e se tornaram grandes nomes da instituição

O livro apresenta ainda algumas constatações tais como: cerca de75 % dos entrevistados acreditam que na Polícia Militar não existe racismo, mas sim uma espécie de "racismo velado". Neste tipo de racismo, não se discrimina claramente o outro.

No entanto, os policiais negros, em sua grande maioria, acham que lá fora, na sociedade, o racismo é maior e mais persistente. Como policiais, acreditam, já foram discriminados por negros e estarem atuando numa profissão que controla o cidadão nas ruas.

Os policiais negros confessam ao pesquisador que, nas ruas, o negro é mais discriminado pelos próprios policiais ( sejam brancos ou negros) , isto é, eles, os negros são os mais suspeitos de cometerem crimes. Segundo os ouvidos, este estereótipo criminoso vem dos tempos da escravidão e infelizmente é seguido até hoje como padrão por muitas organizações policiais.

Em relação à segurança pública, os oficiais negros em sua maioria não têm dúvidas em apontar o coronel negro Carlos Magno Nazareth Cerqueira como o policial que revolucionou a PM, pois, introduziu muitas novidades (policiamento comunitário, policiamento turístico, estudos de criminalidade etc) na corporação.

O reconhecimento da importância de Nazareth Cerqueira não foi feita apenas pelos policiais negros, mas também por brancos, como ex-comandante da PM, Sérgio da Cruz, ex-aluno de Cerqueira, que via nele, um policial sofisticado e de idéias transformadoras, que acabaram mudando a forma da corporação atuar pós ditadura militar.
Os oficiais negros, em termos ideológicos, seguem três correntes, ou seja, são a linha repressiva (ataques diretos ao narcotráfico uso da força etc) ou da linha prevencionistas, que respeitam os direitos humanos, vêm a criminalidade como foco social e acham que a repressão não resolve sozinha a questão da criminalidade, ou mimetistas, uma espécie de fusão entre as duas primeiras.

ESTUDO MOSTRA AUMENTO DO ABISMO ENTRE PATRIMÔNIO DE BRANCOS E NEGROS NOS EUA

Retirado do site da AFP.

(AFP) – Há 1 dia

WASHINGTON — O abismo existente entre os patrimônios de brancos e negros nos Estados Unidos aumentou consideravelmente nos últimos vinte anos, segundo um estudo americano divulgado nesta segunda-feira pela Universidade Brandeis.

Entre 1984 e 2007, a distância entre os patrimônios de negros e de brancos se multiplicou por quatro, os cidadãos brancos mais pobres eram bem mais ricos do que os negros que estão no nível mais alto da escala.
"Nossa pesquisa mostra uma ruptura na evolução social. Mesmo que façam tudo o que é preciso --estudar, trabalhar duro--, os afroamericanos não podem atingir o nível de riqueza de seus colegas brancos e isso se traduz por uma grande diferença de oportunidades na vida", concluiu em um comunicado Thomas Shapiro, coautor do estudo.
O estudo mostra também que as dívidas de grande parte dos negros nos Estados Unidos superam seus ativos e um quarto dos membros dessa comunidade não tem ativo algum ou economia com a qual se livrar das dificuldades financeiras.
"Este aumento em quatro vezes da diferença de riquezas reflete os efeitos de políticas públicas como as reduções de impostos sobre os investimentos e as heranças que beneficiam os mais ricos, além da persistência da discriminação em matéria de moradia, de acesso ao crédito ou no mercado de trabalho", ressaltam os pesquisadores.

Uma família branca de classe média acumulou economias e ativos de 74.000 dólares em 2007, ou seja, 55.000 dólares a mais do que em 1984, enquanto uma família negra acumulou apenas 18.000 dólares, ou seja, 7.000 dólares a menos do que 23 anos antes.

O SENHOR SE CONSIDERA AFRODESCENDENTE?

Retirado do blog do Noblat.
cartas de buenos aires

No mês em que se comemoram os 200 anos da Revolução de Maio, não quero que uma notícia passe escondida entre os festejos: este ano, pela primeira vez desde 1887, um censo nacional se ocupará de recolher informações sobre a população afrodescendente na Argentina.

Parece brincadeira, mas enquanto estatísticas extra-oficiais apontam que quase dois milhões de argentinos possuem raízes africanas, oficialmente não se sabe quantos negros há no país e boa parte da população continua acreditando que não há nenhum.

Nem sempre foi assim.
De acordo com o censo de 1778, a população argentina de origem africana chegava a 30% (em Buenos Aires a relação chegou a ser de cinco negros para um branco).

A proporção se manteve no censo de 1810, porém caiu para 25% em 1838. Em 1887 apareceu reduzida a míseros 2%! Depois dessa data, não há mais dados oficiais.

O que aconteceu?

Os historiadores tentam explicar o “desaparecimento” dos afro argentinos em função de sua participação em todas as guerras do século XIX. Eles foram “carne de canhão”, como se diz aqui, durante as invasões inglesas de 1806-1807; cruzaram os Andes integrando o Exército Libertador de San Martin e participaram de diversas guerras internas.

Por fim, foram dizimados durante a Guerra do Paraguai. Os que resistiram teriam morrido durante a epidemia de febre amarela que assolou Buenos Aires em 1871. Ou migrado para o Uruguai.

Meu namorado me contou que durante sua infância, nas comemorações da Pátria, as professoras pintavam de preto o rosto de algumas crianças para representar os negros que, “um dia”, haviam existido no país. Hoje isso não precisa mais ser feito.

Basta sair para a rua. E ver. Mas não é tão simples assim. Para o antropólogo Pablo Círio, assim como os censos são um recorte cultural e ideológico, nossa mirada também. “Uma pessoa não olha naturalmente, olha condicionado pela educação, por fatores históricos, por interesses, por silêncios. O argentino não esta preparado para ver os negros”, afirmou recentemente ao jornal Página 12.

Ele diz que muita gente aqui, quando vê um negro, pensa que é brasileiro ou uruguaio. Nunca imagina que seja um “afroportenho”, descendente de escravos.

Pelas ruas, também se vê hoje muitos “outros negros”, vindos do Equador, Republica Dominicana e Haiti. E, mais recentemente, um número crescente de africanos, especialmente do Senegal, Mali e Nigéria, reforçada nos últimos anos após o endurecimento das políticas migratórias dos países europeus.

Uma boa e saudável aproximação com outras culturas e raças é a arte. E Buenos Aires anda com uma nutrida agenda afro. Chamadas de candombe aos domingos; festas bacanas como a Afrolunes, grupos de percussão como os Negros de Miercoles; aulas de instrumentos de nomes estranhos como Djembe, Doun Doun e Sang Bang; dança de orixás, classes de batucada brasileira e ritmos afrocubanos. Ufa!

A movida toda, bem como textos de primeira qualidade sobre questões de raça, música e arte podem ser encontrados na excelente revista Quilombo ou no Instituto Nacional contra Discriminação, a Xenofobia e o Racismo (http://www.revistaquilombo.com.ar/ e http://www.inadi.gov.ar).

Para completar, o Museu Casa Carlos Gardel está com uma exposição chamada “A História Negra do Tango”, que resgata a relação que teve esta população com o ritmo mais famoso do país. Entre os mais conhecidos interpretes locais de origem africana estão Guillermo Barbieri e José “el negro” Ricardo, que foram guitarristas de Carlos Gardel.

Termino, claro, com uma história de Jorge Luis Borges. Dizem que lá pela década de 20, um dia ele chegou em casa e contou a sua mãe que havia estado com “compadritos” e que estes o tinham convidado para comer. A mãe, então, responde: espero que não tenha sido assado, essa porcaria que comem os escravos.

Gisele Teixeira é jornalista. Trabalhou em Porto Alegre, Recife e Brasília. Recentemente, mudou-se de mala, cuia e coração para Buenos Aires, de onde mantém o blog Aquí me qued (http://giseleteixeira.wordpress.com), com impressões e descobrimentos sobre a capital portenha.

COMO DEMONIZAR POPULAÇÕES VULNERÁVEIS

Retirado do site do Observatório da Imprensa.
LEITURAS DE VEJA
Por Washington Araújo em 18/5/2010
Na matéria "A farra da antropologia oportunista" (Veja nº 2193, de 5/5/2010), seus autores realizam uma proeza e tanto. Conseguem colocar de pé verdadeiros totens em adoração à ignorância acadêmica, ao capitalismo redentor de todas as mazelas humanas, ao agronegócio-bóia de salvação da economia brasileira. E também à tendenciosidade.
Ao longo de sete páginas (154 a161) com 13 parágrafos totalizando 1.466 palavras e adicionais nove boxes, com direito a nove fotos e nove mapas, a reportagem dirige sua bateria de mísseis, pela ordem, aos (1) índios em geral, (2) antropólogos, (3) negros em geral, (4) quilombolas em particular, (5) padres católicos, (6) dirigentes e funcionários de organizações não-governamentais, (7) agentes públicos e (8) ativistas políticos. E é farta em números, números que fariam matemáticos se arrepiar ante a ginástica apresentada para dar conta que "áreas de preservação ecológica, reservas indígenas e supostos antigos quilombos abarcam, hoje, 77,6% da extensão do Brasil. Se a conta incluir também os assentamentos de reforma agrária, as cidades, os portos, as estradas e outras obras de infraestrutura, o total alcança 90,6% do território nacional."


E, como habitual em matérias cuidadosamente planejadas para demonizar populações vulneráveis do país – aqui entram indígenas e afrodescendentes – e aqueles que se atrevem a levantar a voz em sua defesa, não faltam unidades de medida no mínimo curiosas: "Isso equivale a São Paulo e Minas Gerais", ou aquilo será como perder "todo um Pernambuco".

Coleção de antipérolas
Para fazer jus ao tom escrachado, denunciatório e condenatório do título da matéria ("A farra da antropologia oportunista"), iremos deparar com os subtítulos, os títulos dos boxes em seu lugar de destaque: "Os novos canibais"; "Um país loteado"; "Teatrinho na praia"; "Macumbeiros de cocar"; "Made in Paraguai"; "Índio bom é índio pobre"; "Problema dos brancos"; "Os `carambolas´"; "Não basta ser negro".

É impressionante a capacidade que a revista tem para ofender os índios, os antropólogos, os negros. E também é demolidora sua ação contra os princípios comezinhos do bom jornalismo, aquele que nos incita a sermos isentos e imparciais na feitura de reportagens, em especial aquelas com tantos protagonistas.


Chama a atenção, como ovo quebrado em avental de médico, que nenhuma das vozes mencionadas no texto ofereça uma frase sequer em defesa dos índios, em defesa da demarcação de terras indígenas, em defesa da existência de quilombos no Brasil, em defesa dos critérios científicos adotados pelos antropólogos brasileiros (ou não) visando à delimitação de reservas indígenas. Também nosso raciocínio recebe portentoso olé – desses que craques do futebol brasileiro ofereciam a nossos hermanos argentinos – quando busca encontrar no texto uma fala sequer de índio que expresse felicidade por ter conseguido, após tantas décadas de luta, o reconhecimento de seu direito à posse de terras mais alargadas, amplas.


Na matéria, chama atenção o palavreado usado, claramente beligerante, com frases que semeiam suspeitas e um rol de ofensas direcionadas aos índios, aos negros e a quem mais se dedique a estudá-los, conhecê-los e defendê-los. Decidi-me a coligir tais antipérolas: "expiar pecados" (da escravatura); "rito sumário" (usado no processo de delimitação de terras); "indústria de demarcação"; "motivos pretensamente nobres" (de quem trabalha com os processos de demarcação); "nenhum rigor científico" (trabalho de antropólogos); "teor ideológico de esquerda propensa a extinguir o capitalismo" (realmente, dá para arder na fogueira ou ir para a câmara de gás usada pelos nazistas nos anos 1940); "ressuscitam povos extintos" (pá de cal sobre o que poderia ser trabalho científico sério); "montar processos" (ideia de linha de produção de coisas levianas); "destruição de perspectivas econômicas de região inteira" (entre dignidade de povos ultrajados e produção agrícola mecanizada...).