domingo, 27 de julho de 2008

ACTIONAID SELECIONA ESTAGIÁRIO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

Recebido por email.

Cargo: Estagiário(a)
Localização Rio de Janeiro
Presta contas ao Coordenador(a) de Programas

**Objetivo do Cargo**
Apoiar a Coordenação de Programas na comunicação com organizações parceiras, elaboração de relatórios, no fluxo interno e externo de informações, seja com outras unidades da ActionAid Internacional seja com as organizações parceiras nacionais, e no apoio às atividades de monitoramento e execução dos programas da ActionAid Brasil.

**Responsabilidades Específicas**
• Apóia o gerenciamento e organização do fluxo de informação na ActionAid Brasil.
• Apóia na sistematização de informações sobre os projetos locais apoiados pela ActionAid Brasil.
• Apóia na coleta e sistematização de informações para elaboração de relatórios e projetos.
• Organiza as pastas com arquivos eletrônicos relevantes para o monitoramento das atividades da ActionAid Brasil.
• Pesquisa e providencia a aquisição de publicações e/ou periódicos relevantes para o acervo da ActionAid Brasil.
• Ajuda na organização, promoção e divulgação de seminários, workshops e outros eventos da ActionAid.
• Apóia a Coordenação de Programas no mapeamento e manutenção de um cadastro atualizado de contatos institucionais.
• Apóia as atividades que visam levantamento de fundos para a organização quando solicitado.

**Pré-requisitos**
• Estudante de graduação em Ciências Sociais, a partir do 5º. Período.
• Ótima redação
• Fluência em inglês (leitura, escrita e conversação)
• Habilidade para tradução inglês-português-inglês
• Habilidade no uso de programas de computador (pacote MS Office, Internet Explorer, Windows Explorer e correio eletrônico).
• Organização
• Iniciativa
• Pontualidade

Carga Horária: 4hs
Salário por 4hs: R$ 410,00
Benefícios: vale transporte, ticket alimentação (R$6,50).

**Contexto Institucional**
A ActionAid é uma organização não governamental que atua há mais de 30 anos. No Brasil desde 1999, a ActionAid busca a superação da pobreza através do empoderamento das pessoas pobres e de suas organizações. Sediada no Rio de Janeiro, participa em projetos de desenvolvimento local no Sudeste, Norte e Nordeste através de parcerias com ONGs e movimentos sociais, nos temas de segurança alimentar e nutricional, desenvolvimento econômico-social, educação, saúde e participação popular. Paralelamente, participa de campanhas nacionais e internacionais que têm como objetivo a defesa do direito de acesso e controle das pessoas pobres a políticas públicas. Em 2007, as iniciativas desenvolvidas pela ActionAid e seus parceiros alcançaram cerca de 13 milhões de pessoas em quase 50 países, incluindo o Brasil. (http://www.actionaid.org.br/)
Os/as interessados/as deverão encaminhar Currículo, duas referências profissionais (nome, cargo, instituição, telefone e e-mail) e carta justificando interesse e capacidades para o trabalho, para o **e-mail vagas@actionaid.org.br (Assunto: Seleção Estágio - Julho 2008) até 01/08/2008.** Mulheres e Afro-descendentes são encorajados a se candidatar.

*Mariana Leal*
Assistente de Comunicação
Comunication’s Assistant
ActionAid Brasil
Tel: (+55 21) 2189-4645 Mobile: (+55 21) 9674-2841
Fax: (+55 21) 2189-4602
http://www.actionaid.org

CONCURSO INTERNACIONAL "DEMOCRACIA E JUVENTUDE EM CARTAZ" 2008

Para ampliar clique na imagem. Para acessar o site do concurso clique aqui.

BOLSAS DO DART CENTER TREINAM JORNALISTAS PARA MELHORAR A COBERTURA DE TRAUMA E VIOLÊNCIA

Retirado do blog da Fabiana Oliveira

Inscreva-se até 30 de julho (
Dart Center for Journalism & Trauma)O Dart Center oferece seis Bolsas Ochberg, integrais, para jornalistas em meio de carreira que desejem aplicar conhecimentos aprofundados de trauma emocional para melhorar sua cobertura de eventos violentos.
As bolsas estão abertas a repórteres de meios impressos e eletrônicos, fotógrafos, editores e produtores com ao menos cinco anos de experiência como jornalistas. (Veja a lista dos
bolsistas anteriores.).
Em novembro de 2008, os selecionados participarão de um seminário de dois dias em Chicago sobre o papel do trauma emocional na cobertura de eventos violentos. Eles também participarão da conferência anual da Sociedade Internacional de Estudos de Stress Traumático.
Os formulários de inscrição estão disponí­veis em
espanhol e em inglês. O prazo final de inscriçaõ são 30 de julho.

PRIMEIRA EDIÇÃO - CURSO DE FORMAÇÃO À CIDADANIA. DIÁSPORA POLÍTICA E ECONOMIA

Retirado do blog da IDDAB - Instituto da Diáspora Africana no Brasil

Período de Inscrições
De 15 à 16 de agosto

Investimento20 reais
HorárioAos sábados das 08h às 12h.

Início: 16 de agosto
Término: 18 de outubro

Local:Igreja Santa Ifigênia – Largo Santa IfigêniaCentro de São Paulo - Próximo: Estação do Mêtro São BentoConteúdo geral:Cidadania e direitos - Economia, Finanças e Política - África Contemporânea e migrações - Diáspora e Relações Raciais no Brasil - Políticas públicas e saúde da população negra
Participação:
Retirar e encaminhar o formulário nesses endereços: www.idabdiaspora.blogpsot.com
E-mail: idabdiaspora@gmail.com
A/C Cleide Vitorino – Rua Wenceslau Brás, n. 146 sala 707 – Praça da Sé São Paulo
Tel: 3534-3156/9600-7069/97002258
OrganizaçãoIDDAB – Instituto do Desenvolvimento da Diáspora Africana no Brasil

sábado, 26 de julho de 2008

ESTADO DO RIO RECORRE DE CUMPRIMENTO DE LIMINAR SOBRE LEI DE HISTÓRIA DA ÁFRICA (10.639 e 11.645)

Retirado do Blog do Adami. Vale a pena dar uma visitada neste blog para pedir mais informações.


O ESTADO DO RIO DE JANEIRO, ATRAVÉS DA PROCURADORIA DO ESTADO, APRESENTOU RECURSO AGRAVO DE INSTRUMENTO CONTRA A LIMINAR DEFERIDA PELA 2a. VARA DA FAZENDA PÚBLICA QUE DETERMINOU A JUNTADA DE CURRÍCULOS, GRADES CURRICULARES E CONTEÚDOS, PELAS NOVE MAIORES ESCOLAS DA COMARCA DA CAPITAL. DUAS ESCOLAS JÁ APRESENTARAM OS CURRÍCULOS, OU INFORMAÇÕES SOBRE A LEI 10.639, RATIFICADA PELA LEI 11.645, QUE ALTERA A LEI DE DIRETRIZ E BASE DA EDUCAÇÃO. A LDB PREVÊ CRIME DE RESPONSABILIDADE PARA O SEU DESCUMPRIMENTO. A ATITUDE É INCOMPATÍVEL COM O DISCURSO QUE O GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL VEM PROFERINDO JUNTO AO CEDINE -CONSELHO ESTADUAL DOS NEGROS, POR OCASIÃO DO 20 DE NOVEMBRO E 13 DE MAIO. O RECURSO , FOI DISTRIBUÍDO AO DESEMBARGADOR JOSÉ FIGUEIREDO, QUE ESTÁ A EXAMINAR SE MANTÉM A LIMINAR DEFERIDA PELA 2a. VARA DA FAZENDA PÚBLICA PARA A REALIZAÇÃO DA PERÍCIA NOS CURRÍCULOS DAS ESCOLAS PRIVADAS. PROCESSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO ONDE O ESTADO DO RIO DE JANEIRO RECORRE DA LIMINAR QUE DETERMINA A JUNTADA DE CURRÍCULOS DAS ESCOLAS PRIVADAS EM OBEDIÊNCIA À LEI 10.639, RATIFICADA PELA LEI 11.645, LEI DE HISTÓRIA DA ÁFRICA E CULTURA AFRO BRASILEIRA.

ZIMBÁBUE: O OUTRO LADO DA HISTÓRIA

Retirado do site Juventude e Revolução. Um artigo que merce uma leitura atenta já que traz diversas informações que a grande mídia não coloca.

Observamos nas últimas semanas todos os grandes veículos de comunicação vincular as preocupações das mais diversas origens, de diversos Estados e organismos internacionais, com a legitimidade das eleições no Zimbábue e em conseqüência com a situação daquele país e de seu povo. As grandes potências, em particular, EUA e Inglaterra, se apressaram em condenar a eleição de Robert Mugabe e seu partido Zanu-PF (União Nacional Africana do Zimbábue – Frente Patriótica) em disputa com Morgan Tsvangirai, do MDC (Movimento pela Mudança Democrática), e solicitaram prontamente a ONU a "permissão" uma intervenção naquele território.
Mas não há como não indagarmos em outro sentido: Qual a preocupação de fato que aqueles que estão a frente da Casa Branca têm com o povo africano e com a democracia? O que esta acontecendo realmente naquele país para provocar tamanha reação e preocupação? Não são esses, os homens da Casa Branca e do Pentágono, os mesmos que legitimam a eleição fraudulenta de Calderón no México? Não são esses verdadeiros os culpados pela tragédia que atinge em particular a população negra no Estado de Lusiania, após o furacão Katrina? Não são esses que mantêm desde 1980 na prisão Mumia Abu Jamal, militante negro, que teve durante seu processo 53 direitos constitucionais violados?
Antes de mais nada vale precisar um pouco a situação do Zimbábue. Com cerca de 11 milhões de habitantes, 73% da população do Zimbábue se concentra nas áreas rurais. Antes da reforma agrária realizada nos últimos anos, 4.500 proprietários brancos possuíam aproximadamente 7,5 milhões de hectares, 80% da melhor terra cultivável; sendo que um milhão de camponeses negros se fixaram em 16 milhões de hectares, nas terras mais secas e de pior qualidade no país. O país possui riqueza mineral grande em cromo, níquel, lítio, ouro, cobre, amianto e ferro. Riquezas são desejadas pelas grandes companhias dos EUA e de outros grandes países.
É a partir da mudança de política em relação as terras e as suas riquezas, que Mugabe aplica no país, que começam seus "problemas". Em um artigo de Lybon Mabasa, chamado "A batalha das eleições no Zimbábue", publicado no Brasil em Julho de 2005, o dirigente sindical sul-africano chama atenção para algumas questões que hoje se mostram espantosamente atuais. Abaixo reproduziremos alguns trechos, lembrando mais uma vez que o artigo foi redigido três anos atrás.
"Qual foi o grande pecado de Robert Mugabe? (...) É irônico pensar que paises nos quais a democracia está colocada em questão e nos quais as condutas e práticas dos processos eleitorais são as mais contestáveis se preocupam com as eleições no Zimbábue. (...) O que está em questão não tem nada a ver com número de anos nos quais Robert Mugabe ficou no poder. (...) Não havia problemas com Mugabe enquanto ele respeitou o que o imperialismo havia prescrito. A questão da pobreza e da fome dos negros nunca interessou nem inquietou os países ocidentais. (...) "O pecado" principal de Mugabe foi o de ficar no mesmo campo de seu povo, dos antigos combatentes pela independência, dos camponeses negros sem terra que tomaram as terras dos fazendeiros brancos. (...) Mesmo se as eleições transcorreram em calma, sem medidas de intimidação, os EUA e Grã-Bretanha continuam determinados a derrubar Mugabe a qualquer preço e sob não importa qual pretexto. Eles não querem reconhecer que sua única inquietude vem do fato de que Mugabe apoiou os que ocuparam as terras. Mugabe foi ainda mais longe, implantando uma legislação que dá suporte a uma reforma agrária progressiva e que reconhece que a liberdade está incompleta se o povo do Zimbábue não possui sua própria terra. (...)"
Notamos claramente aqui que depois das eleições de 2005, as eleições de 2008 transcorreram sob o mesmo pano de fundo. Mubasa nos coloca porém que anteriormente a situação já era uma "preocupação" estanunidense: "em 2001, a administração Bush adotou uma lei para sabotar a economia zimbabuana. É a lei sobre a "democracia e a recuperação da economia do Zimbábue". (...) A lei era tão draconiana e racista, que a deputada Cynthia McKinney (hoje candidata a presidente dos EUA, pela coalizão Poder Para o Povo. Nota do Editor), representante no Congresso dos EUA por Atlanta, teve de interpelar o plenário: "Senhor presidente, se examinarmos bem esta legislação ("democracia e recuperação econômica para o Zimbábue"), ela não é nada além de uma declaração oficial da cumplicidade dos Estados Unidos com um programa de manutenção dos privilégios brancos. Nós chamamos isso de uma "lei de motivação", mas isso não muda seu caráter essencial de sanção. É uma lei racista contrária aos interesses das massas do Zimbábue." (...) O projeto foi aprovado e assinado pelo presidente Bush em 21 de dezembro de 2001. A administração estadunidense declarou que o Governo de Mugabe era "um posto avançado de tirania" pois é desta maneira que ela pode se justificar para engajar qualquer ação de sua escolha contra o governo no Mugabe. Sua exigência mínima é uma "mudança de regime", com as mesmas aspirações sendo avançadas pelos fantoches do MDC. Eles deliberadamente colocaram o Zimbábue e o governo de Mugabe em uma posição de vulnerabilidade diante de todas as formas de desestabilizaçã o. É a situação clássica: quem quer matar seu cachorro, o acusa de raiva. (...) O imperialismo está trabalhando no Zimbábue, utilizando sua arma favorita de "destruição maciça", particularmente da África, que é o "caráter étnico e tribal". (...) o governo estadunidense se deu conta da importância do Zimbábue. O país exemplifica as lutas das antigas colônias e dos países em desenvolvimento. É o caso clássico de um país cuja sorte foi ligada à do imperialismo, mais particularmente através da tirania da dívida. (...) Todos os que, no mundo inteiro, combatem pela defesa da soberania nacional, da democracia e da independência do movimento operário não terão outra escolha senão dar um apoio incondicional face aos ataques que o imperialismo continua a fazer incessantemente contra seus países".
Temos acordo com tal discussão colocada por Mubasa, assim como temos acordo com os militantes do SOPA, Partido Socialista da Azânia (Azânia é como o povo negro da áfrica do Sul reconhece e denomina seu país) quando em uma declaração datada de 02 de julho de 2008, eles colocam: "Ontem era a Somália que foi completamente desmantelada e destruída, o Iraque literalmente em vias de destruição, o Sudão é vitima de uma crise mortal e será amanha a incursão no Zimbábue se a intervenção militar se tornar realidade. Lembrem-se: amanhã, será a incursão na África do Sul. Contra uma intervenção militar dirigida pelo imperialismo estadunidense e britânico e pela OTAN, nós estamos ao lado do povo do Zimbábue e Mugabe. Nós fazemos um chamado a todos os trabalhadores e suas organizações, a nosso povo, a juventude e todas as organizações para nos mobilizarmos em uma campanha contra as ameaças de intervenção no Zimbábue e estamos prontos para trabalhar com quem se pronuncie pela defesa da terra, do povo e da soberania do Zimbábue, pela paz e pela estabilidade. Nós chamamos todos os trabalhadores e suas organizações, na África do Sul".
Para a Juventude Revolução - IRJ, o povo de Zimbábue é dono de suas terras e riquezas e deve ele decidir sobre elas! Para a Juventude Revolução – IRJ a soberania e unidade do Zimbábue é uma luta de todos! Qualquer intervenção militar e estrangeira não abre qualquer saída para a população nem para a juventude do Zimbábue, ao contrário, porque mais uma vez, a juventude, os trabalhadores, os camponeses, a maioria negra, todas essas camadas da população pagarão a conta de uma política que nada tem a ver com seus interesses!
E mesmo se não concordamos com toda a política de Mugabe, nós devemos apóia-lo totalmente contra a ofensiva imperialista. A defesa da nação do Zimbábue e sua unidade, a defesa do governo contra o imperialismo está no centro da luta pela frente única anti-imperialista, imperialismo esse, que aplica uma política de genocídio do povo negro em todo o mundo.

Não a qualquer intervenção estrangeira e militar no Zimbábue
Pela Soberania Nacional do Zimbábue


Joelson Souza e Eduardo (Preá) Freitas
Militantes da Juventude Revolução - IRJ

ANISTIA - VETADA INDENIZAÇÃO A PARENTES DE LÍDER DA REVOLTA DA CHIBATA

Retirado do site do jornal O Globo. Sacanagem hein... para os estudantes universitários que jogaram pedras nos militares e depois viraram professores universitários, jornalistas, políticos de projeção nacional, etc tem indenizaçao com relativa facilidade. Sem falar no Ziraldo, esse aí disse que não pediu, mas pediram por ele. No final do processo ele aceitou numa boa sua dolada de milhões.
Para saber um pouco mais sobre o "Almirante negro" João Cândido clique aqui para ir para o site Herois de todo o Mundo ou no clique aqui para ir para o Wikipédia.


Publicada em 24/07/2008
BRASÍLIA - Ao sancionar na quarta-feira a anistia póstuma a João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata, ocorrida no Rio em 1910, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a proposta aprovada por deputados e senadores de assegurar aos familiares do líder dos marinheiros e de outros envolvidos no movimento direito a indenização. O veto também impede que seja concedida aos participantes do movimento promoção na carreira militar.
Segundo mensagem de Lula publicada na quinta-feira no Diário Oficial, os ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Defesa manifestaram-se contra a reparação financeira, com o argumento que a falta de detalhes técnicos no projeto de lei impede que sejam quantificadas as despesas que a União poderia ter com as indenizações, o que fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. Uma estimativa do governo previa que os gastos poderiam chegar a R$ 1 bilhão.
Outras homenagens serão prestadas a João Cândido. O ministro da Igualdade Racial, Edson Santos, vai se reunir com o prefeito Cesar Maia em agosto para discutir a instalação de uma estátua em homenagem ao líder na Praça 15, no Rio. A idéia é que a inauguração do monumento ocorra em 20 de novembro, dia de Zumbi dos Palmares. O presidente Lula prometeu dar o nome de João Cândido a um navio da Marinha brasileira.
Com o veto aos benefícios, o presidente manteve apenas o trecho da lei que concede a anistia para "restaurar" o que já foi assegurado em decreto de 1910 do então presidente Hermes da Fonseca, que prometia anistia aos revoltosos casos eles se submetessem às autoridades. "O veto (...) evita a ocorrência dos referidos efeitos econômico-financeiros, mantendo, concomitantemente, o objetivo central do projeto que é reconhecer os valores de justiça e igualdade pelos quais lutaram os revoltosos", diz a exposição de motivos do veto.
A Revolta da Chibata culminou em motim de cinco dias em novembro de 1910, quando militares de baixa patente tomaram navios da Marinha na Baía da Guanabara e ameaçaram bombardear o Rio, reivindicando o fim dos castigos físicos a marinheiros. O líder João Cândido, conhecido como Almirante Negro, foi expulso da força e viveu como estivador e ambulante no centro do Rio. Morreu em 1969, aos 89 anos.

DEMOGRAFIA, MITOS E DIREITOS

Retirado do site Mulheres de Olho. Reflexão interessante, principalmente para aquees que pensam que os pobres no Brasil estão"descontrolados" nas axas de fecundidade. A grande falha é que não possue dados e comentários sobre a população a partir da questão racial. Vale visitar osite é emitir comentários a respeito.

Posted: 23 Jul 2008 11:21 AM CDT

A Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS), realizada pelo CEBRAP com recursos do Ministério da Saúde e sobre a qual publicamos aqui breve entrevista com uma das pesquisadoras (Laura Wong), mostrou que entre 1996 e 2006 a taxa de fecundidade total no Brasil, caiu de 2,5 para 1,8 filho por mulher. Esta redução, mais acentuada do que as estimativas do IBGE, foi maior entre mulheres com menos escolaridade, nas áreas rurais (de 3.4 para 2.0) e nas regiões Norte (de 3.7 para 2.3 filhos por mulher) e Nordeste (de 3,1 para 1,8 filhos por mulher).
Com estes dados o Brasil se aproxima de países da Europa, Ásia oriental e Pacífico, afastando-se dos países onde as taxas chegam a mais de cinco filhos por mãe: África Subsaariana, Timor Leste, Afeganistão, Djibuti e Iêmen.
Em reportagem de Antônio Gois publicada nesta segunda feira, 21, na Folha de S.Paulo, a demógrafa que coordenou a PNDS, Elza Berquó (CBRAP), apontou alguns dos fatores que contribuíram para essa diminuição:
* maior uso -especialmente por parte da população jovem- de preservativos;* diversificação dos métodos contraceptivos permitindo às mulheres mais opções antes da decisão de caráter definitivo como a esterilização;* melhoria da escolaridade da mulher;* maior participação no mercado de trabalho;* disseminação, principalmente por meio da TV, de um modelo de família menor, com novos padrões de consumo.
“Essas mulheres querem ter mais acesso aos bens anunciados, ao mesmo tempo em que desejam investir melhor na educação e na preparação dos filhos para a vida”. (Elza Berquó)
Enfrentar o desafio e evitar o mito
A teoria mostra que, para que o tamanho de uma população fique estável, a taxa de fecundidade deve ser de dois filhos por mulher, que é o chamado “nível de reposição”. Acima disso, há crescimento demográfico. Abaixo, há declínio. Com uma Taxa de Fecundidade Total de 1,8 filhos por mulher, o Brasil está posicionado abaixo do nível de reposição. E segundo tem dito outra pesquisadora do PNDS, Susana Cavenaghi, a fecundidade desejada da mulher brasileira é ainda menor: 1,6 filhos por mulher.
Demógrafos/as apontam que a queda da fecundidade, além de reduzir o ritmo de crescimento populacional, provoca também grande mudança na estrutura etária. Aí reside um grande temor. Ter uma proporção cada vez maior de idosos/as antes do tempo previsto, traz um impacto no cálculo das aposentadorias e desafios para políticas públicas, que terão que se adaptar à estrutura populacional envelhecida.
José Eustáquio Diniz Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE, cita entre estes desafios o aumento dos investimentos em saúde para atender melhor aos idosos, e a garantia do equilíbrio das contas da Previdência. Carlos Guerra, vice-presidente da Federação Nacional de Previdência Privada, acrescenta:
“O equilíbrio ideal é ter cinco contribuintes para cada inativo, mas já estamos nos aproximando da situação de um para um”.
Entretanto, Diniz Alves relativiza a questão. Para ele, não há motivo de apavoramento com a redução da população, pois ela pode ser boa ou ruim, a depender da resposta que vem da sociedade e que vem das políticas públicas, diante desta situação. Ele alerta que não se deve trocar o mito da ‘explosão populacional’ pelo da ‘implosão populacional’.
Uma taxa de fecundidade menor pode significar oportunidades, aproveitadas pelo país para acelerar o crescimento econômico. Se a população em idade ativa começa a ser maior do que a inativa – trabalhador/a com menos crianças ou menos pessoas idosas para sustentar – ela pode ser mais produtiva. Neste momento, é importante investir mais na infância, já que menos crianças nas escolas, a cada geração, pode significar mais recursos por aluno/a. Mas para haver este aproveitamento é preciso dar oportunidades de trabalho à população em idade de trabalhar. E esta ‘janela de oportunidade’ tem prazo para terminar. A partir de algum momento, a queda no número de crianças será compensada pelo aumento no total da população idosa, fazendo com que a proporção de dependentes passe a crescer novamente. Ele afirma:
“Antes do envelhecimento e da redução da população, o Brasil vai passar por uma janela de oportunidade demográfica que possibilitará uma arrancada do desenvolvimento e um aumento da qualidade de vida, desde que este bônus seja inteligentemente aproveitado”.
No artigo
“A baixa fecundidade brasileira e seus impactos nas projeções populacionais”, Diniz Alves, que é Professor titular da ENCE e coordenador da Pós-graduação do IBGE, reconhece que o assunto é polêmico. Seu texto contribui para deslindar esta polêmica e ampliar o debate, introduzindo elementos do campo dos direitos.
Através de gráficos que mostram a situação atual e projetam situações para o futuro, são ressaltados detalhes relevantes: a fecundidade, que apresentou redução em todas as faixas educacionais, permaneceu acima do nível de reposição (mais de 2 filhos por mulher) entre as mulheres menos escolarizadas (com no máximo 4 anos de estudo); há uma a diferença desta taxa entre mulheres brancas (1,5 filhos) e negras (2,0 filhos por mulher); manteve-se o processo de rejuvenescimento no dado sobre fecundidade, ou seja, a fecundidade das mulheres de 15 a 24 anos -que representava 47% da fecundidade total em 1996- passou a representar 53% em 2006.
O resultado da PNAD não permite saber se a queda da fecundidade vai ser manter, se estabilizar ou voltar a subir. Mas a teoria aponta para a continuidade da queda, já que há uma relação inversa entre fertilidade e crescimento econômico e melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e 2007 e 2008 foram os melhores anos em termos de crescimento do PIB brasileiro na década. E um período em que se acentuou a tendência de redução da desigualdade com maior urbanização, industrialização, monetarização, assalariamento, secularização, etc; e com transformações institucionais e das políticas públicas como educação, saúde, previdência, telecomunicações, crédito ao consumo, mudanças nas relações de gênero, etc. Para Diniz Alves:
“Existem dúvidas também sobre as conseqüências sociais e econômicas deste processo. Contudo, antes de atingirmos o envelhecimento pleno, o Brasil vai passar por um período em que a estrutura etária será favorável ao crescimento econômico e à solução de problemas sociais, como na saúde e na educação. Convencionou-se chamar este processo de bônus demográfico ou janela de oportunidade demográfica”.
Direitos reprodutivos em foco
Se a queda da fecundidade continuar, teremos uma transformação demográfica muito grande, cujos efeitos são definidos a depender do tipo de abordagem. Há quem acredite que a eventual queda da população e envelhecimento populacional dificultaria o crescimento econômico. Há quem considere que uma redução da população pode ser benéfica na medida em que diminui a pressão sobre os recursos naturais e o meio ambiente, possibilitando um aumento da qualidade de vida e não um simples aumento do PIB nacional. Para Diniz Alves, o importante é saber aproveitar o momento favorável, antes do envelhecimento e da redução da população. E aproveitar, sobretudo, na educação, melhorando a cobertura e a qualidade do ensino.
O Brasil saiu da etapa da tão falada ‘explosão populacional’, quando políticos e setores neomalthusianos pregavam o controle da natalidade como pré-requisito para o desenvolvimento e o combate à pobreza, em franca ameaça aos direitos sexuais e reprodutivos e à autodeterminação reprodutiva.
Com a fecundidade abaixo do nível de reposição, essas políticas se tornaram anacrônicas, mas surgiram outras políticas que ameaçam os direitos sexuais e reprodutivos, que é o mito da ‘implosão demográfica’. E neste ponto o autor lembra a Igreja Católica, que interpreta este momento como de ‘suicídio populacional’, “com toda a carga negativa que a palavra suicídio possui para a religião”:
“Setores da sociedade identificados com o conservadorismo moral e o fundamentalismo religioso usam o fenômeno da fecundidade abaixo do nível de reposição para atacar a prática do aborto, a pílula do dia seguinte e outros métodos contraceptivos”.
Tanto a ‘explosão’ quanto a ‘implosão’ populacional são mitos. O importante é analisar a dinâmica demográfica com ela se dá na realidade:
“Não há porque ficar apavorado com a redução populacional. Ela pode ser boa ou ruim dependendo de como a sociedade e as políticas públicas respondem a este novo desafio”.


Angela Freitas/ Instituto Patrícia Galvão

II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS, VIOLÊNCIA E POBREZA NA AMÉRICA LATINA

Para ir para o site clique na imagem abaixo. Adiado para 25 de agosto o prazo para envio de trabalhos para o II Seminário Internacional de Direitos Humanos, Violência e Pobreza na América Latina

A Comissão Organizadora do II Seminário Internacional de Direitos Humanos, considerando as solicitações e a importância de assegurar uma ampla participação dos pesquisadores e estudiosos da área com apresentação de trabalhos no evento, comunica que o prazo para o envio de trabalhos foi adiado para 25 de agosto de 2008. Na oportunidade, a coordenação pede atenção aos pesquisadores em relação às orientações presentes no site para: o envio de trabalhos com vistas a apresentação em comunicação oral e pôster. Com esta redefinição, redefine-se também a data para: 1) Divulgação dos resultados no site
www.proealc. uerj.br : 15 de setembro. As cartas de aceite são enviadas pelos coordenadores dos Grupos de Trabalho, em consonância com a entrega dos mesmos. Apenas a lista final será publicada no site.

AULAS PÚBLICAS DO FABRÍCA DE IDÉIAS NA UFBA

Para ampliar clique na imagem.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

DOCUMENTÁRIO CAFÉ COM LEITE (ÁGUA E AZEITE?)

Apesar do nome este documentário é muito bom. Retirado do canal neurose1002 do youtube.
Segue abaixo as informações sobre o vídeo postadas no canal.

"Café com leite (água e azeite?)", 30 min., 2007
Direção, produção, roteiro: Guiomar Ramos
Co-produção: Tatu Filmes
Edição: Márcio Perez

"Café com leite" apresenta uma reflexão sobre o Mito da Democracia Racial no Brasil através de depoimentos dos professores da FFLCH-USP, Antonio Sérgio Guimarães, Kabengelê Munanga, a diretora do Geledés, Sueli Carneiro e o antropólogo Batista Félix.Alunos da pós-graduação da FFLCH como Mácio Macedo e Uvanderson da Silva também participam do debate.Os cineastas Jeferson De, Noel Carvalho e a atriz Zezé Mottatraçam comentários sobre a Democracia Racial.O documentário apresenta ainda trechos de filmes adaptados da obra de Jorge Amado, como "Jubiabá" e "Tenda dos Milagres", de Nelson Pereira dos Santos e "Assalto ao trem pagador" de Roberto Farias e também imagens da luta do negro no Brasil através do arquivo de Abdias do Nascimento.

Parte 1


Parte 2


Parte 3


Parte 4


Parte 5


Parte 6

CURSO INTERATIVO EM VÍDEO-AULAS SOBRE WINDOWS VISTA

Retirado do blog Dê graça é mais gostosoMicrosoft Windows Vista, tudo o que você precisa para usar melhor o computador. Não seja o último a saber. 25 Video aulas para você conhecer agora o Windows que se ainda não está logo estará em seu computador.

Estilo: Curso
Fabricante: Hummel
Tamanho: 84 Mb
Formato: RarI
dioma: Português

Para baixar clique em easy-share ou rapidshare

REVISTA ISTO É - JULHO DE 2008. UM POUCO MAIIS DO CASO DANTAS

Reirado do Blog Dê graça é mais gostoso.
Para baixar o relatório da polícia federal que pediu a prisão de Daniel Dantas clique aqui. Estilo: Revista
Edição: 23 / 07 / 08
Tamanho: 36 Mb
Formato: Rar / Pdf
Idioma: Portuguê
Para baixar clique em easy-share ou rapidshare

quinta-feira, 24 de julho de 2008

II SEMINÁRIO DE EQUIDADE EM SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA: DESAFIOS E PERSPECTIVAS

28 de julho de 2008

UERJ. Capela Ecumênica. R. São Francisco Xavier, 524, Maracanã, Rio de Janeiro.

Organização – Subsecretaria de Ações e Serviços de Saúde / Assessoria de Promoção da Saúde / Comitê Técnico de Saúde da População Negra.

Informações: Adriana (manhã) ou Fernando (tarde)
Tels: 2273-7398/ 2503-2270/ 2503-2257
Emails:
ajoazeiro@rio.rj.gov.br ou fnova@rio.rj.gov.br

CONFERÊNCIA DE ANGELA DAVIS EM SALVADOR

Retirado do blog CEN.

Posted In: , . By Yoná Valentim

Uma das ativistas políticas mais conhecidas no mundo, militante pelo direito das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos, participante do movimento “Panteras Negras” e Black Power, Angela Davis, será a palestrante na videoconferência “Do Plantation ao Sistema Prisional”, que será realizada no dia 04 de agosto, às 14 horas. Atualmente, Angela é professora-doutora da Universidade da Califórnia e a sua palestra fará abertura do Curso Internacional Avançado em Estudos Étnico-raciais (XI Fábrica de Idéias). O evento realizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e apoiado pelo Instituto Anísio Teixeira / SEC será transmitido para 40 municípios da Bahia.
Angela Davis militou politicamente nos anos 60 e se tornou emblemática em relação à defesa dos direitos civis do negro e da mulher na sociedade norte-americana, tornando-se uma figura afirmativa e revolucionária que é lembrada como referência estética e intelectual para a comunidade negra dos EUA e do mundo.
Filha de uma família de negros de classe média, Angela desde a escola atuou politicamente em movimentos da esquerda. A imagem de Angela teve maior visibilidade a partir de 1969, quando foi coagida a parar de lecionar pelo então governador da Califórnia, Ronald Reagan, por ser integrante do movimento comunista. Posteriormente, Angela foi injustamente acusada de ser a dona da arma que matou um juiz, num julgamento que durou cerca de dezoito meses..Hoje, Angela Davis é escritora, filosofa, professora universitária e continua sua vida na militância contra a pena de morte, o sistema carcerário estadunidense, e em defesa de causas sociais e étnicas. O encontro com Angela Davis será nos auditório de videoconferências do IAT, na Paralela, e tem como público-alvo estudantes, pesquisadores, educadores e gestores da rede pública de ensino.
Uma das ativistas políticas mais conhecidas no mundo, militante pelo direito das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos, participante do movimento “Panteras Negras” e Black Power, Angela Davis, será a palestrante na videoconferência “Do Plantation ao Sistema Prisional”, que será realizada no dia 04 de agosto, às 14 horas. Atualmente, Angela é professora-doutora da Universidade da Califórnia e a sua palestra fará abertura do Curso Internacional Avançado em Estudos Étnico-raciais (XI Fábrica de Idéias). O evento realizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e apoiado pelo Instituto Anísio Teixeira / SEC será transmitido para 40 municípios da Bahia.
Angela Davis militou politicamente nos anos 60 e se tornou emblemática em relação à defesa dos direitos civis do negro e da mulher na sociedade norte-americana, tornando-se uma figura afirmativa e revolucionária que é lembrada como referência estética e intelectual para a comunidade negra dos EUA e do mundo.
Filha de uma família de negros de classe média, Angela desde a escola atuou politicamente em movimentos da esquerda. A imagem de Angela teve maior visibilidade a partir de 1969, quando foi coagida a parar de lecionar pelo então governador da Califórnia, Ronald Reagan, por ser integrante do movimento comunista. Posteriormente, Angela foi injustamente acusada de ser a dona da arma que matou um juiz, num julgamento que durou cerca de dezoito meses..Hoje, Angela Davis é escritora, filosofa, professora universitária e continua sua vida na militância contra a pena de morte, o sistema carcerário estadunidense, e em defesa de causas sociais e étnicas.O encontro com Angela Davis será nos auditório de videoconferências do IAT, na Paralela, e tem como público-alvo estudantes, pesquisadores, educadores e gestores da rede pública de ensino.
Endereço
Instituto Anísio Teixeira - IAT
Estrada da Muriçoca, s/n - Paralela - Salvador
Tel: 3116-9019

FÓRUM DE QUILOMBOS EDUCACIONAIS DA BAHIA

Retirado do jornal On line IROHIN.
24/07/2008 - 11:23:13
Fórum de quilombos educacionais da Bahia

O FOQUIBA (FÓRUM DE QUILOMBOS EDUCACIONAIS DA BAHIA) CONVIDA TOD@S PARA PARTICIPAR DO 2º SEMINÁRIO DOS QUILOMBOS EDUCACIONAIS COMO O TEMA:
O PAPEL DOS QUILOMBOS EDUCACIONAIS NA FORMAÇÃO DE NEGROS E NEGRAS.

DIAS; 25/07 às18H
(Credenciamento a partir das 17h no local do evento)
26/07 das 8h30min ás 17h
LOCAL: COLÉGIO LANDULFO ALVES- CALÇADA

O Fórum de Quilombos educacionais da Bahia - FOQUIBA- foi criado em 21 de outubro de 2001, é fruto do amadurecimento das organizações negras no sentido de atuar em rede para superação das desigualdades raciais em nossa sociedade, sobretudo no campo educacional com pressuposto de uma pedagogia anti-racista e inclusiva. Além de se constituir em espaço político para a organização dos Quilombos Educacionais em rede, respeitando sempre autonomia administrativa de cada instituição, o Foquiba garante a eqüidade participativa entre os membros por acreditar que essa é melhor maneira para atuar conjuntamente, considerando cada especificidade das entidades que a compõem. Os Quilombos Educacionais são experiências organizativas que surgem de maneira particularizadas no seio da comunidade negra.
Atualmente o Fórum congrega 07 instituições distribuídas em pontos estratégicos da região metropolitana de Salvador: Quilombo Milton Santos (IAPI); Quilombo Irmã Santa Bakhita (Sussuarana) ; Instituto Cultural Steve Biko (Pelourinho) ; Quilombo Semear (São Gonçalo do Retiro); Coequilombo (Plataforma) ; Quilombo Cabricultura (Cabrito de Baixo) e Quilombo do Orubu (Cajazeiras) , atuando com grupos socialmente vulneráveis em sua maioria jovens negros e negras oriundos de escolas públicas e residentes em bairros periféricos, cujo objetivo é adentrar a universidade como forma de superação das desigualdades sócio-raciais.

O 2º seminário procura reunir os quilombos educacionais atuantes na rede e outros quilombos na perspectiva de discutir o papel dos quilombos educacionais na formação de negros e negras. Será um momento oportuno para trocar experiências, conhecer novas experiências, além de discutir a nossa identidade coletiva e como estamos trabalhando a Cidadania e Consciência Negra dentro dos Quilombos
educacionais.
Este encontro procura também difundir na comunidade negra a atuação do Fórum de Quilombos Educacionais que atualmente está participando do PAE( programa de Apoio Estratégico) financiado pela CESE que é nossa grande parceira para realização deste encontro.

Por isso sejam todos muito bem vindos ao nosso encontro!! Pode entrar que a casa é sua.

PROGRAMAÇÃO

DATA: 25 DE JULHO (Sexta- feira)
7h- Credenciamento
18h- Abertura do Seminário: Vanda Cruz
18h30min- Exposição do Tema: o Papel dos quilombos educacionais na formação dos negros/as por Silvio
Humberto dos Passos Cunha.
19h30min- Apresentação dos Quilombos Educacionais.
20h15- Exposição do tema: Educação X Qualificação Profissional- Profª Célia Oliveira
20h30min- Plenária
21h- Apresentação Musical - Grupo Pérola Negra
21h20min Coquetel de encerramento

SÁBADO DIA 26 DE JULHO
8h30min- Apresentação artística do grupo Choque Cultural
9h- Mesa redonda: Identidade Coletiva do Foquiba
1° bloco: A formação político-racial dos quilombos educacionais
10h- intervalo (Grupo musical Dicionário Periférico)
10h30min- 2° bloco: Pertencimento étnico a partir dos quilombos educacionais
Debatedores: 01 aluno/a de cada quilombo educacional da rede
11h30mim- Plenária
12h20mim- almoço
13h30mim - Apresentação artística - Nova Aliança (Bakhita)
13h45min- Formação dos grupos de trabalho
Grupo 1- CCN para além dos quilombos educacionais
Coordenação: Altair Pacheco (Orobu) e Maria da Conceição Freitas (Biko)
Grupo dois: Relações de gênero na educação inclusiva
Coordenadores: Marta( Ceafro) e Sueli Santana ( Biko)
Grupo três: Cotas hoje: acesso e permanência na Universidade
Haroldo Barbosa (Coequilombo) e Michel Chagas (Biko)
15h- Apresentação dos grupos de trabalho
16h- Avaliação e encaminhamento do Seminário
16h40mim- Encerramento com agradecimentos e apresentação musical - Os Agentes (Bakhita).

GRATUITO.
REALIZAÇÃO: FOQUIBA
APOIO: CESE
INFORMAÇÃO: FOQUIBA@YAHOO.COM.BR
VANDA: 99776025/8799- 5732

ÉTICA E RACISMO AMBIENTAL

Retirado do site ambientebrasil

Por Robert Bullard - Sociólogo e Diretor do Environmental Justice Resource Center

O conceito “racismo ambiental” se refere a qualquer política, prática ou diretiva que afete ou prejudique, de formas diferentes, voluntária ou involuntariamente, a pessoas, grupos ou comunidades por motivos de raça ou cor. Esta idéia se associa com políticas públicas e práticas industriais encaminhadas a favorecer as empresas impondo altos custos às pessoas de cor. As instituições governamentais, jurídicas, econômicas, políticas e militares reforçam o racismo ambiental e influem na utilização local da terra, na aplicação de normas ambientais no estabelecimento de instalações industriais e, de forma particular, os lugares onde moram, trabalham e têm o seu lazer as pessoas de cor. O racismo ambiental está muito arraigado sendo muito difícil de erradicar.
A tomada de decisões ambientais muitas vezes reflete os acordos de poder da sociedade predominante e das suas instituições. Isto prejudica as pessoas de cor, enquanto oferece vantagens e privilégios para as empresas e os indivíduos das camadas mais altas da sociedade. A questão de quem paga e quem se beneficia das políticas ambientais e industriais é fundamental na análise do racismo ambiental.
O racismo ambiental fortalece a estratificação das pessoas (por raça, etnia, status social e poder), o lugar (nas cidades principais, bairros periféricos, áreas rurais, áreas não-incorporadas ou reservas indígenas) e o trabalho (por exemplo, se oferece uma maior proteção aos trabalhadores dos escritórios do que aos trabalhadores agrícolas).
Este conceito institucionaliza a aplicação desigual da legislação; explora a saúde humana para obter benefícios; impõe a exigência da prova às “vítimas” em lugar de às empresas poluentes; legitima a exposição humana a produtos químicos nocivos, agrotóxicos e substâncias perigosas; favorece o desenvolvimento de tecnologias “perigosas”; explora a vulnerabilidade das comunidades que são privadas de seus direitos econômicos e políticos; subvenciona a destruição ecológica; cria uma indústria especializada na avaliação de riscos ambientais; atrasa as ações de eliminação de resíduos e não desenvolve processos precautórios contra a poluição como estratégia principal e predominante. A tomada de decisões ambientais e o planejamento do uso da terra em nível local acontecem dentro de interesses científicos, econômicos, políticos e especiais, de tal forma que expõem às comunidades de cor a uma situação perigosa. Isto é particularmente verdade no Hemisfério Sul e, também, no Sul dos EUA, região que foi convertida numa “área de sacrifício”; um buraco negro para os resíduos tóxicos. Fora disso, ela está impregnada pelo legado da escravidão e pela resistência braça à justiça eqüitativa para todos.
O Hemisfério Sul (e também o Sul dos EUA) se caracteriza por políticas ambientais equivocadas e pela concessão de significativas deduções fiscais. A aplicação simplificada das normas ambientais deu lugar a que o ar, a água e a terra dessas regiões sejam mais contaminadas pelas indústrias, principalmente das multinacionais estadunidenses.
No Corredor Industrial do Baixo Mississipi, na Luisiana, têm-se estabelecido empresas petroquímicas que produzem agrotóxicos, gasolina, tintas e plásticos. Os ecologistas e os residentes locais o apelidaram de “Beco do Câncer”, sendo que os benefícios fiscais que recebem essas indústrias poluentes criaram poucos postos de trabalho para esses elevados custos. A revista Time denunciou que na Luisiana foram eliminados U$ 3,1 bilhões em impostos sobre propriedades de empresas poluentes. As cinco companhias mais poluentes receberam U$ 111 milhões em benefícios no último decênio. Este exemplo se aplica a inúmeras empresas dos países do Hemisfério Sul.
Existe uma correlação direta entre a exploração da terra e a exploração das pessoas. De forma geral, os indígenas são a parte da população que se defrontam com algumas das piores formas de poluição, entre elas a do mercúrio usado nos garimpos e as populações marginais que vivem perto dos lixões e aterros sanitários, incineradores e de outros tipos de operações perigosas praticadas pelas empresas mineradoras. A poluição industrial se manifesta também no aleitamento materno das mães das grandes cidades como São Paulo ou Nova Iorque. No caso dos EUA, as reservas dos indígenas norte-americanos, estão sendo sitiadas pelo “colonialismo radiativo”.
O legado do racismo ambiental institucional privou a muitas nações com grande número de indígenas de uma infra-estrutura econômica capaz de combater a pobreza, o desemprego, a educação e a atenção para a saúde e muitos outros problemas sociais. O racismo ambiental é evidente em escala mundial. O transporte de resíduos perigosos das comunidades ricas para as comunidades pobres não soluciona o crescente problema dos rejeitos em escala mundial. O transporte transfronteirizo de agrotóxicos proibidos, resíduos perigosos e produtos tóxicos e a exportação de “tecnologias perigosas” dos EUA – país onde a regulação e a legislação são rigorosas – para nações com uma infra-estrutura e uma legislação mais fracas, coloca em evidência a desigualdade normativa.
Os diferentes interesses e os acordos assinados pelos representantes do poder permitiram que as sustâncias venenosas dos ricos sejam oferecidas aos pobres como remédio de curto prazo para paliar a sua pobreza. Esta situação se observa tanto no plano nacional (nos EUA, onde as instalações dos resíduos e as indústria “sujas” afetam desproporcionadamente as comunidades de baixa renda e as pessoas de cor), como no plano internacional (onde os resíduos perigosos se transportam dos países membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico – OCDE aos Estados não pertencentes à mesma).
As pessoas de cor que se encontram em perigo nos países industrializados do Norte têm muito em comum com as populações dos países em desenvolvimento, que também estão ameaçadas pelas empresas poluentes. Por exemplo, grupos comunitários do Norco (Estado de Luisiana) e de Ogoni (Nigéria) identificaram a Shell como uma ameaça comum. Os ativistas da justiça ambiental têm se mobilizado em grupos dentro das cidades, bairros e vilas, desde Atlanta até o Equador; do Alaska até a África do Sul; das reservas dos indígenas dos EUA às selvas tropicais da Colômbia, El Salvador e do Brasil. Estes grupos têm se organizado, educado e empoderado a si mesmo, para desafiar o Governo e as empresas industriais poluentes.
O racismo ambiental se manifesta no trato desigual que recebem os operários. Milhares de trabalhadores do campo e as suas famílias estão expostos a perigosos agrotóxicos nas terras onde laboram. Igualmente eles são obrigados a aceitar salários e condições de trabalho inferiores ao nível médio. O racismo ambiental também se expande pelo entorno das funções exploradoras e escravizantes das empresas manufatureiras de roupa, da indústria microeletrônica e das indústrias extrativistas. Uma percentagem desproporcionadamente elevada de trabalhadores que se defrontam a condições trabalhistas e de segurança mínimas são imigrantes, mulheres e pessoas de cor.


Fonte: Revista Eco 21, ano XV, Nº 98, janeiro/2005

quarta-feira, 23 de julho de 2008

1º PRÊMIO LENORA MENDES DO GRUPO AQUALTUNES

Iniciativa interessante.

DUAS MONTAGENS COM O RAPPER GOG

Gog é maravilhoso. Sem palavras, o negócio é clicar, escutar e curtir o som.
Tiradas dos canais
Rogerio152 e a blackbalada

GOG - QUANDO O PAI SE VAI



G.O.G - Assassinos Sociais

DEBATE DO FILME "RAZÕES DA GUERRA" NO RJ

Outro filme de graça no Rio de janeiro.

O CeCAC convida para filme e debate:
Razões para a Guerra

Quinta-feira, dia 24 de julho, às 18:30h
Local: CeCAC - Av. 13 de Maio, nº 13 - salas 1901/1903 - Centro - Rio/RJ


O filme Razões para a guerra, do diretor Eugene Jarecki, de 2005, causou polêmica ao mostrar as relações entre a economia e a política de guer-ra norte-americanas. A partir de argumentos utilizados pelas classes dominantes dos EUA para justificar a necessidade de o país estar sempre se pre-parando para uma guerra e estar sempre travando alguma batalha em algum lugar do mundo, o documentário mostra a crescente militarização da economia norte-americana, e foi produzido em meio à se-gunda invasão dos EUA ao Iraque. leia mais.

DOCUMENTÁRIO SOBRE OS ANOS DE CHUMBO NO CENTRO DO RJ

Parece ser interessante. Para ir para o site do livro que inspirou o documentário clique na imagem abaixo.
Documentário rompe com silêncio sobre os anos de chumbo: sessão gratuita, dia 24, no Sindipetro-RJ
Fonte: Agência Petroleira de Notícias


“A Grande Partida: Anos de Chumbo”, documentário que reúne depoimentos de sobreviventes da ditadura militar, será exibido, em sessão especial, gratuita, no auditório do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro- RJ), na próxima quinta, 24/7, às 18h30. O sindicato fica na Avenida Passos, 34, no Centro do Rio.
O privilégio de ceder as instalações para uma das primeiras sessões do filme recém lançado pelo diretor Peter Cordenonsi se justifica. O filme é baseado no livro do mesmo nome, de autoria do ex-preso político, atualmente diretor do Sindipetro-RJ, Francisco Soriano. Comovente, mais do que uma reflexão sobre os anos de chumbo, fica a lição de força e coragem daqueles que sobreviveram aos porões da ditadura. Como Cecília Coimbra, do Grupo Tortura Nunca Mais:
“Quando a gente quebra o silêncio, a gente quebra o esquecimento. A gente afirma de valeu à pena” – ensina Cecília. Para Soriano, filme e livro representam “uma renovação da esperança e um chamamento à luta pela emancipação do povo e da nossa Nação”.
Após a sessão, haverá debate com a participação do escritor Francisco Soriano, da diretora de Formação Sindical do Sindipetro-RJ, Tânia Lisbôa, do professor e cientista político Edson Queiroz, e do ex-deputado federal e advogado Modesto da Silveira, que poderia estar no livro dos recordes, tendo defendido nos tribunais um número infindável de presos políticos.
Ao romper o silêncio, buscando a superação dos traumas deixados pelo regime ditatorial, os relatos dos entrevistados, dentre os quais o compositor Chico Buarque, passam informações preciosas sobre os últimos cinqüenta anos do Brasil.
A apresentação do filme, que ainda não chegou ao circuito comercial (mas deveria), promete lotar o auditório do Sindicato dos Petroleiros do Rio. Mais detalhes sobre a atividade podem ser obtidos pelo telefone (21) 2295-5735 / 9963-3605. Visite também a página oficial do documentário www.agrandepartidaanosdechumbo.com

DILEMA GENÉTICO - AIDS E AFRODESCENDENTE

Retirado do jornal O Globo. Divlgação de um estudo interessante que contesta uma suposta idéia de promiscuidade dos africanos em geral e que provocaria uma maior incidência da Aids em vários países do continente.
Para ampliar clique na imagem. Para baixar clique com o botão direito e selecione "Salvar imagem como..."

REVISTA INFO (BANDA LARGA) - JULHO DE 2008

Retirado do blog Dê graça é mais gostoso
Estilo: Revista
Edição: Julho de 2008
Tamanho: 48 Mb
Formato: Rar / Pdf
Idioma: Português
Para baixar clique em easy-share ou rapidshare.

terça-feira, 22 de julho de 2008

TRÊS ENTREVISTAS IMPORTANTES NO SITE DO PPCOR

Retirado o site do PPCOR. Três entrevistas interessantes e improtantes sobre o contexto atual das cotas no Estado do Rio de Janeiro e as propostas de mudanças na lei.
Para ir para o site clique na imagem abaixo. Para salvar as entrevistas em formato PDF clique a seguir:
Professora Lená Medeiros (Sub-reitora de graduação);
Frei Davi (assessor da Educafro);
Procurador do Estado do Rio Augusto Werneck.

SUPERINTERESSANTE ESPECIAL - PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL

Retirado do blog Banca da revista

“O Especial Super I Guerra Mundial mostra tudo sobre o evento que alterou de maneira dramática e contundente o destino da humanidade entre 1914 e 1918, matando 20 milhões de pessoas e deixando outros 20 milhões de feridos. Este ano, comemora-se os 90 anos do encerramento desse conflito e hoje restam apenas 12 soldados que lutaram nessa guerra que varreu impérios do mapa, inventou países e desencadeou revoluções. Você vai entender como era o mundo antes da I Guerra, o estopim para o início do conflito, as primeiras armas químicas da história, a vida dentro das trincheiras, o começo da escalada nazista.

E mais: Raio X completo dos tanques aviões e submarinos. ”

Edição: 252-A_Maio 2008
Tamanho: 13 Mb
Formato: PDF
Páginas: 66
Para baixar clique em Filefactory

49% DOS CANDIDATOS DA UEPG CURSARAM O ENSINO MÉDIO EM ESCOLA PÚBLICA

Retirado do site do Agência estadual de notícias - PR.
Para constar... a UEPG tem cotas para candidatos negros (5%), de escola pública (10%) e acrescímo de vagas (06) para índigenas.

18/07/2008

Dos 7.947 inscritos no Vestibular de Inverno da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), 49% cursaram o ensino médio integralmente na rede pública de ensino. São candidatos que estão aptos para concorrer às duas modalidades de cotas disponibilizadas pela Instituição - alunos da escola pública e para negros.
Os dados do questionário sócio-educacional divulgados pela comissão permanente de seleção (CPS) da UEPG ainda mostram que 40% do total de inscritos fizeram cursinho preparatório. Já a turma de estreantes corresponde a 50 % dos concorrentes.
Pública – O questionário mostra também que o fato de a UEPG ser uma instituição pública e gratuita pesou na escolha de 60 % dos inscritos. O dado também reflete a condição econômica da maioria dos candidatos. Pelo levantamento, 63 % dos estudantes possuem renda familiar entre 3 e 10 salários mínimos.
A metade dos inscritos mora em Ponta Grossa. Os residentes em Curitiba somam 5%. Já, os moradores de outras cidades do Paraná chegam 31%. Do estado de São Paulo, a UEPG registra a participação de 6% dos inscritos. De outros, participam 8%.

VESTIBULAR INDÍGENA - DA ALDEIA PARA A UNIVERSIDADE

Retirado do site do jornal Gazeta do Povo.


Terça-feira, 22/07/2008
Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Hilário faz Biologia na UFPR, quer usar o conhecimento na aldeia e nota muitas diferenças entre seu modo de vida e o cotidiano dos outros colegas.


Processo seletivo especial usa vagas extras em instituições públicas do Paraná; alunos pretendem usar o conhecimento para ajudar as comunidades das quais vieramPublicado em 21/07/2008 Sandra Volf

Moisés da Silva Caingangue, 26 anos, está no segundo ano de Odontologia na UFPR. O índio saiu da sua terra, a aldeia Bananeiras, em Nonoai (RS), para estudar em Curitiba. “No começo foi difícil, é bastante diferente a vida na cidade, levei um tempo até me adaptar, principalmente na faculdade e com matérias como Bioquímica”, relata o universitário, que sempre morou em aldeia.
Moisés é um dos estudantes que entrou na UFPR pelo vestibular indígena realizado no Paraná, seleção que, ao contrário do sistema de cotas, oferta vagas suplementares disputadas exclusivamente entre candidatos índios, muitos dos quais usam o português como segunda língua. Moisés, por exemplo, optou pela prova de língua estrangeira em caingangue. Sobre a convivência com os alunos de classe, ele comenta: “alguns colegas deixam a gente de lado, já outros me procuram para saber como é a vida na aldeia.”

Seguindo o mesmo caminho de Moisés, Hilário Vergueiro, 28 anos, também é gaúcho e caingangue; no segundo ano de Biologia, ele conta que está com dificuldades no curso. “Estou me batendo em Química e Cálculo”, diz. Hilário sempre sonhou em ser universitário. Ele destaca a importância de o estudo ser empregado na sua terra. “Para nós, que somos indígenas, o estudo é importante para trabalharmos dentro da aldeia. Com algum projeto voltado para o meio ambiente podemos desenvolver um herbário, ou algo que traga sustentabilidade para a nossa comunidade”, diz.
Em relação aos colegas de classe, Hilário não tem do que reclamar. “Os colegas são ótimos, são excelentes, só tenho amigos”, diz entusiasmado. “Algumas curiosidades eles têm, perguntam como é na aldeia, se ainda tem oca, se tem rituais. Eu explico que muita coisa mudou e que a aldeia está evoluindo”, emenda. No começo do curso, Hilário morou em pensões. “Foi difícil. O branco tem um jeito diferente do nosso, a amizade, a forma como vive. Dentro da comunidade é bem melhor”, afirma o estudante, que atualmente mora na aldeia indígena do Cambuí, em Curitiba.
A Comissão Universidade para os Índios (Cuia) regulamenta todo o processo, além de monitorar os índios que já estão na universidade. “Fazemos acompanhamento do estudante tanto na adaptação pedagógica quanto social”, afirma Cristiane Ribeiro da Silva, membro da comissão que acompanha os estudantes indígenas da UFPR.
Por serem próximas das maiores aldeias do estado, a UEL, a UEM e a Unicentro, em Guarapuava, são as instituições mais procuradas. Já a UEPG, por estar mais afastada das aldeias, é a que tem menos procura. “No ano passado, tivemos 5 candidatos para 6 vagas. Atualmente temos 12 alunos matriculados”, afirma Tadeu Dolinski, responsável pela Cuia na UEPG, que formou apenas uma aluna desde a criação desse vestibular. Os cursos mais concorridos são da área da saúde e, na UFPR, só Odontologia tem quatro alunos matriculados. Já a UEL formou dois estudantes em Medicina Veterinária e Odontologia. Em comum, o desejo de ajudar a comunidade: todos eles voltaram para a aldeia para pôr em prática o conhecimento adquirido na universidade.


Funciona
O vestibular indígena usa vagas extras nas universidades públicas do Paraná. São seis por universidade estadual, e sete na UFPR
- O processo seletivo é unificado, com um rodízio entre a UFPR e as estaduais para organizar a prova. Este ano o vestibular será realizado pela UEL.
- O candidato precisa apresentar declaração da Funai. Quem quer fazer universidade estadual também deve apresentar autorização assinada pelo cacique.
- Para concorrer à UFPR basta ser índio, de qualquer etnia; já para as universidades estaduais, é preciso pertencer às etnias do estado: guarani, caingangue e xetá.
- Só depois do vestibular, se for classificado, o candidato escolhe o curso que irá fazer.
- Os alunos matriculados ganham bolsas que variam de R$ 400 a R$ 800 mensais.

SEMINÁRIO AIDS E POPULAÇÃO NEGRA NA BAHIA

“Discutindo Ações para o Enfrentamento da Aids junto à População Negra de Salvador”

Data: 24 e 25 de julho de 2008
Local: Hotel Sol Barra, Salvador - BA

24/07/08 (Quinta - Feira)
14:00: Mesa de abertura:
Ø Ministério da Saúde
Ø Secretaria Estadual de Saúde
Ø Secretaria Municipal de Saúde
Ø Secretaria Municipal da Reparação
Ø Secretaria de Políticas para as Mulheres
Ø Superintendência de Políticas para as Mulheres
Ø Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids – RNP+/Ba

15:30 Mesa 1 – Contextualização

Saúde da população negra: Uma questão de equidade – UNIFEM ( a confirmar)
Aids e População Negra: Uma questão de Equidade - PNDST/Aids

Aids e População Negra – O perfil da epidemia - Damiana Miranda - Comitê Técnico de SPN
A feminização da epidemia da AIDS – Secretaria de Políticas para as Mulheres (a confirmar)
O Plano Estadual de DST/Aids – Coordenação Estadual de DST/Aids

16:30 Mesa 2 – A experiência de Salvador e Lauro de Freitas

A Saúde da População Negra de Salvador – Denize Ribeiro

A epidemia da AIDS em Salvador - Socorro Chaves
A experiência de Lauro de Freitas em Saúde da População Negra e DST/ Aids - Emanuele Góes
17:10 Debate
17:40 Lanche

25/07/08
08:30- Exposição
Biossegurança – Cristina Camargo - SESAB/CREAIDS
09:00 - Debate

09:30 Mesa 3 Experiências religiosas no enfrentamento da epidemia
Rede Nacional de Religiões de Matriz Africana – José Marmo da Silva
Koinonia
Pastoral da AIDS
CESE (a confirmar)
10:30 - Debate
11:00 - Intervalo

11:15 - Mesa 4 – A importância da comunicação na prevenção às DST/AIDS, junto à população
A experiência da Séc. de Saúde de Salvador – Tetê Marques
Estratégias de Comunicação – (a confirmar)
As experiências da sociedade civil - Instituto Mídia Étnica
12:15 Debate

12:45 Almoço

14:00 Trabalho com grupos (Traçando estratégias):
Grupo 1 – Grupos Religiosos
Grupo 2 – Organizações da sociedade civil (Sindicatos, associações de moradores)
Grupo 3 – Grupos culturais/ Entidades do movimento negro

16:00 – Plenária
17:15 - Encerramento

segunda-feira, 21 de julho de 2008

ÍCONE DA LUTA CONTRA O APARTHEID, MANDELA COMEMORA 90 ANOS

Retirado do site da Folha on line. Esta postagem já deveria ter sido feita a muito tempo. Antes tarde do que nunca.

18/07/2008
da Folha Online

Nelson Mandela, ícone do movimento contra o apartheid e primeiro presidente negro da África do Sul (1994-1999), denunciou a pobreza no país ao celebrar nesta sexta-feira com a família seu aniversário de 90 anos. Ele também se disse comovido pelas mensagens de felicitações chegadas do mundo inteiro.
"Há muitas pessoas na África do Sul que são ricas e que podem compartilhar essas riquezas com aqueles que não são tão afortunados e que não conseguiram vencer a pobreza", disse aos jornalistas quando perguntaram se ele tinha uma mensagem para o mundo no dia do aniversário. "Nosso povo é vítima da pobreza. Se você é pobre, é possível que não viva muito tempo", acrescentou.
Em uma mensagem difundida pela rádio pública SAFM, Mandela afirmou: "Estamos 'inundados' pela vontade de vocês de desejar um feliz aniversário a um velho aposentado, que não tem nem poder nem influência".
"Estamos celebrando a data e agradeço a todos que se unam a mim nestas celebrações", acrescentou o ex-presidente, considerado herói da luta contra o apartheid após ter passado 27 anos de sua vida nas prisões do regime racista.
Mandela também celebra nesta sexta-feira o 10º aniversário de seu casamento com Graça Machel, viúva do ex-presidente de Moçambique, Samora Machel.
Lista
No início deste mês, Mandela teve o nome
retirado de uma lista negra dos Estados Unidos sobre o terrorismo. A nova lei foi aprovada pelo Congresso dos EUA e promulgada pelo presidente George W. Bush antes do aniversário de 90 anos de Mandela.

Themba Hadebe/Efe
Ícone da luta contra o apartheid na África do Sul, ex-presidente Nelson Mandela comemora 90 anos junto com a família em Qunu
O texto retirou na realidade todo o Congresso Nacional Africano (o partido de Nelson Mandela) de uma lista do Departamento de Estado de organizações consideradas terroristas.
No fim do mês passado, atores, cantores e atletas se reuniram com quase 50 mil fãs no Hyde Park de Londres para celebrar antecipadamente os 90 anos de Mandela. Três horas de músicas, discursos e homenagens compuseram o tributo ao ex-presidente da África do Sul.
O ator Will Smith foi o anfitrião do concerto, que também teve o objetivo de arrecadar fundos para campanha de Mandela contra a Aids, denominada "46.664" --o número do líder africano quando foi preso na ilha Robben (África do Sul) em razão de sua luta contra o apartheid.
O show marcou exatos 20 anos após o primeiro evento organizado em homenagem a Mandela, que pedia pela sua liberdade. Participaram da festa o corredor de Fórmula 1 Lewis Hamilton, os grupos musicais Queen e Simple Minds e as cantoras Amy Winehouse e Leona Lewis.
Libertação
Mandela saiu da prisão de Paarl, a 50 km de Cidade do Cabo, no dia 11 de fevereiro de 1990, aos 71 anos, depois de 27 anos, seis meses e seis dias de cárcere.
Debaixo de um sol forte e de mãos dadas com sua então mulher, Winnie, Mandela acenou para a multidão de partidários que agitava bandeiras de cores preta, verde e amarela.
Na Cidade do Cabo, outra multidão o esperava. Em Johannesburgo, no imenso setor negro de Soweto, 30 mil pessoas caminhavam dançando, tocando música e gritando de alegria até a casa da família Mandela.
A libertação havia sido anunciada na véspera pelo último presidente branco da África do Sul, Frederik de Klerk, outro grande artesão do processo do fim do apartheid, com quem Mandela viria a compartilhar o Prêmio Nobel da Paz em 1993.
O mundo guarda na memória a imagem do primeiro presidente negro da África do Sul multirracial dançando ao final da cerimônia de posse, em maio de 1994. Mandela sorria e marcava o ritmo da música com os pulsos cerrados.
Com France Presse