sábado, 27 de junho de 2009

JORNALISTAS: INSCRIÇÕES ABERTAS PARA PRÊMIO E CURSO ONLINE

Retirado do blog Jornalismo nas Américas.

Inscrições para prêmio de jornalismo online se encerram em 30 de junho

Os
Prêmios de Jornalismo Online 2009 são administrados pela Online News Association e a Escola de Comunicação da Universidade de Miami.
De acordo com o
regulamento da competição, os trabalhos inscritos devem ter sido publicados entre 1º de junho de 2008 e 30 de junho de 2009. Serão premiadas 14 categorias, e as inscrições devem ser feitas online.
Mais informações sobre a competição, incluindo as taxas de inscrição, estão disponíveis
aqui. Veja aqui os ganhadores de 2005 a 2008.


Jornalistas brasileiros podem se inscrever em novo curso online: Introdução à Reportagem com Auxílio do Computador

Jornalistas brasileiros têm até o dia 12 de julho para inscrever-se no curso online em português do Centro Knight "Introdução à Reportagem com Auxílio do Computador" (RAC), programado para acontecer de 27 de julho a 23 de agosto de 2009.
O curso, que é gratuito, será ministrado pelo jornalista brasileiro José Roberto de Toledo, um dos fundadores da
Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e da agência PrimaPagina, além de ser pioneiro nas técnicas de RAC no Brasil.
As vagas são limitadas, e o Centro Knight espera que a demanda seja alta. Os alunos selecionados devem ser jornalistas brasileiros que trabalham em período integral em meios de comunicação impressos, eletrônicos ou online, com no mínimo três anos de experiência jornalística. Será dada prioridade também aos candidatos que trabalham como repórteres de campo e que demonstram interesse em aplicar técnicas de jornalismo investigativo em matérias de profundidade.
Para mais informações e o link da inscrição, leia o
anúncio do Centro Knight.

MERCADO DE TRABALHO PERETUA DESIGUALDADE RACIAL

Retirado do Agência Brasil.

27 de Junho de 2009
Mercado de trabalho perpetua desigualdade racial, avaliam especialistas
Gilberto Costa

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Sessenta por cento dos trabalhadores negros têm rendimento de até dois salários mínimos. Os negros são a maioria nos setores de atividade econômica com maior jornada de trabalho (como emprego doméstico, 60,8%); com uso mais intensivo da força física de trabalho (construção civil, 59,5%) e historicamente menos protegidos pelo sistema previdenciário (setor agrícola, 60,4%). Os negros formam a maioria dos trabalhadores sem carteira assinada (55,3%).
Por outro lado, os negros são minoria no conjunto dos trabalhadores com melhor remuneração e melhor condição de trabalho. Dos empregados com carteira de trabalho assinada, apenas 43,2% são negros. Dentro da administração pública (onde há estabilidade de emprego, entre outras vantagens), os negros também são minoria (41,3%). Menos de um quarto dos empregadores (empresários) são negros.
Os dados foram apresentados pelo economista Ademir Figueiredo, coordenador de estudos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), durante painel que debateu o mercado de trabalho, promovido durante a 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial que ocorre em Brasília, com a participação de 1.500 pessoas segundo os organizadores.
“O mercado de trabalho é um dos temas mais caros. A população que mais trabalhou é a que foi mais excluída”, sintetizou o sociólogo João Carlos Nogueira, consultor do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O sociólogo ligou a situação do mercado de trabalho com a qualificação e formação profissional, segundo ele, há um “círculo vicioso”: “a ausência de maior número de meninos e meninas negras no ensino fundamental diminui o ingresso no ensino técnico”, apontou.
Segundo dados do Dieese, 24,6% dos negros com mais de 15 anos não têm instrução alguma; 42,8% têm o ensino fundamental incompleto. No topo da pirâmide, com ensino superior completo apenas 2,3% dos negros, enquanto entre os não negros o percentual é de 8,8%.
O diretor de cooperação e desenvolvimento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Mário Lisboa Theodoro apontou que o mercado de trabalho e a questão racial “são o grande problema do país”. O diretor rememorou que no século passado o Brasil foi o país que mais cresceu no mundo, no entanto, manteve a estrutura social anterior à modernização da economia. “Que capacidade é essa da nossa sociedade de crescer tanto, mas gerar tanta pobreza?”, indagou.
Na avaliação de Mário Theodoro, os negros foram mantidos excluídos antes e depois da escravidão. “O negro saiu da escravidão para o desemprego”, disse lembrando que após a abolição da escravatura, em 1888, houve substituição da mão de obra negra pela força de trabalho imigrante; e que antes disso a Lei de Terras (1850) manteve as terras com os senhores que ganharam a propriedade quando o país era colônia de Portugal. Os negros quando libertos não tiveram acesso à terra e ficaram sem trabalho, explicou.
Para o diretor do Ipea, os efeitos da escravidão e da abolição são sentidos até hoje em situações cotidianas como a informalidade dos vínculos de emprego que aflige mais aos negros. “Se a história do Brasil fosse uma semana, poderíamos dizer que a escravidão durou de segunda a sexta, cinco sétimos da nossa história”. Para ele, é fundamental tratar a condição do negro no mercado de trabalho. “Enquanto não se discutir a questão racial e o racismo, nós vamos ter um país desigual”.
O economista Ademir Figueiredo, do Dieese, concordou com Mário Theodoro e sublinhou que “o racismo naturaliza a desigualdade”, se referindo ao comportamento social e às políticas urbanas.
Edição: Lílian Beraldo

ESTATUTO RACIAL VAI SER VOTADO NA PRÓXIMA SEMANA

Retirado do site do Estadão.

Sexta-feira, 26 de junho de 2009

Projeto que garante cotas será votado na próxima semana, diz ministro
Afirmação foi feita em coletiva de apresentação da 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial
Da Agência Brasil

O ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos, disse hoje (24) que o projeto de lei que cria o Estatuto da Igualdade Racial e o que garante cotas em universidades públicas e escolas técnicas federais serão votados na próxima semana no Congresso Nacional.

A aprovação dos projetos vai depender da "correlação de forças políticas" na Câmara e no Senado, mas o governo está se empenhando para conseguir resultados positivos nas duas casas legislativas, de acordo com o ministro.

Santos defendeu os dois projetos como parte de um processo para incluir a igualdade racial "na agenda do Estado brasileiro", e não apenas do atual governo. "Independentemente da alternância de poder, que é saudável, os princípios da promoção da igualdade racial e da defesa de comunidades deverão ser observados", disse em entrevista coletiva para apresentar a 2ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial.

"A diversidade étnica e social é boa para a academia e para os estudantes. É fundamental que a universidade pública acolha também os filhos do povo em cursos como medicina, engenharias e direito, que são frequentados pela classe média branca. Por que esse direito vai ser vedado ao jovem pobre e que também sonha com isso?", ponderou.

Além da promoção da igualdade por meio da educação, os mais de 1,3 mil delegados na conferência deverão discutir saúde, trabalho, direito à terra, justiça e segurança, superação do racismo e da intolerância religiosa. Até domingo (28), a conferência vai reunir representantes da população negra, de povos indígenas, comunidades ciganas, além de representantes de judeus e palestinos.

"Esperamos um debate intenso, profundo, em alguns momentos, duro, do ponto de vista da avaliação pela sociedade civil das políticas e ações do governo", afirmou Santos.

O ministro ainda destacou que a conferência será uma oportunidade de dar publicidade ao Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Planapir), criado no início do mês. "O plano é um compromisso. Poderá subsidiar a definição do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias para observar um recorte de prioridades voltadas às populações negra, cigana e indígena", defendeu.

A conferência vai funcionar em grupos de trabalho setoriais, que levarão propostas para votação em uma plenária final, no domingo. De acordo com o ministro Edson Santos, as resoluções aprovadas irão subsidiar as decisões do governo na definição de políticas de promoção da igualdade racial.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

CONGRESSO DOS ADVOGADOS AFRO BRASILEIROS DA OAB– SEÇÃO SÃO PAULO

Recebido por email

DATA 3 de julho (sexta-feira)
9h30 CREDENCIAMENTO

10 horas ABERTURA
Dr. Luiz Flávio Borges D’Urso Presidente da OAB SP
Dr. Marco Antônio Zito Alvarenga Presidente da Comissão do Negro e de Assuntos Antidiscriminató rios da OAB SP
Dr. José Gregóri Advogado; Secretário Especial de Direitos Humanos; Presidente da Comissão Municipal de Direitos Humanos.
Dr. Sidney Uliris Bortolato Alves Presidente da CAASP
Dra. Eunice A. de Jesus Prudente Advogada; Diretora da ESA; Professora da USP e Universidade Campos Sales. José Maria Dias Neto Advogado; Secretario Geral-Adjunto da OAB SP; Grão Mestre da Maçonaria (GOP).

12 horas INTERVALO
14h30
“MINISTÉRIO PÚBLICO E A SUA ATUAÇÃO NO COMBATE DOS CRIMES RACIAIS”
Expositores Dr. Nadir de Campos Junior Promotor de Justiça; Diretor Geral da Associação Paulista do Ministério Público; Professor Universitário e de Cursos Preparatórios.
Dr. Augusto Rossini Promotor de Justiça; Mestre e Doutor em Direito Penal; Coordenador do Centro de Apoio Criminal do Ministério Público. Debatedor Dr. Sinvaldo José Firmo Advogado; Do Instituto do Negro Padre Batista; Especialista em Crimes Raciais; Membro da Comissão dos Direitos Humanos da OAB SP.

15h30
“A RELAÇÃO COM JUDICIÁRIO DO ADVOGADO E VÍTIMA NO JULGAMENTO DO PROCESSO QUE APURA O CRIME DE RACISMO”
Expositores Dr. Antonio Carlos Malheiros Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo Dr. Ricardo de Castro Nascimento Juiz Federal; Presidente da Associação de Juízes Federais de São Paulo e do Mato Grosso do Sul – AJUFESP.
“INDENIZAÇÕES POR DANOS MORAIS EM RAZÃO DE PRÁTICA DE RACISMO”
Expositor Dr. Erickson Gavazza Marques Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo; Professor da Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie.
Debatedoras Dra. Sonia Maria Pereirado Nascimento Representante do GUELEDÉS Dra. Claúdia Patrícia de Luna Silva Advogada; Pós-graduada em Direito do Consumidor e da Cidadania.

17 horas
“A POLÍCIA O ADVOGAD O E A SOCIEDADE”
Expositores Major Airton Edno Ribeiro Major da Policia Militar; Mestre em Educação das Relações Raciais. Dra. Maria Clementina de Souza Delegada de Policia do Estado de São Paulo; Professora Acadêmica de Policia Civil; Conselheira Estadual da ONG AFROBRÁS.
Debatedor Dr. Antonio Carlos Arruda Advogado; Ex.Presidente do Conselho de Participação e desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo.
18 horas “HISTÓRIA DA OAB SP” Dr. Fábio Marcos Bernardes Trombetti Advogado; Conselheiro Secional; Presidente da Comissão de Resgate da Memória da OAB SP.

18h30 – ENCERRAMENTO
“DESAFIOS E PERPECTIVAS PARA ADVOCACIA AFRO BRASILEIRA”
Expositor Dr. Hédio Silva Júnior Advogado, Conselheiro Seccional; Mestre em Direito Processual Penal e Doutor em Direito Constitucional pela PUC SP; Professor do Curso de Mestrado em Direito da UNIMES; Coordenador Executivo do CEERT – Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades; ex-Secretário de Justiça do Estado de São Paulo.

Local HOTEL BRASTON Rua Martins Fontes, 330 – Consolação 01 0050-000 - São Paulo SP
nscrições / Informações

Praça da Sé, 385 - Térreo – Atendimento ou pelo site: www.oabsp.org.br

Mediante a doação de uma lata ou um pacote de leite integral em pó – 400g, no ato da inscrição.

Promoção

Comissão do Negro e Assuntos Antidiscriminató rias da OAB SP
Apoio Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo
Departamento de Cultura e Eventos da OAB SP

Diretor: Dr. Umberto Luiz Borges D’Urso

Dr. Rui Augusto Martins Advogado; Conselheiro Secional da OAB SP.

***Serão conferidos certificados de participação - retirar em até 90 dias - vagas limitadas***

SEMINÁRIO SOBRE VIOLÊNCIA RACIAL EM SP

Para ampliar clique na imagem.


UFRRJ ADOTARÁ COTAS NO VESTIBULAR 2010

Retirado do site do jornal O Globo.

Publicada em 23/06/2009

RIO - A Rural decidiu adotar, já neste ano, ações afirmativas no processo de seleção para os seus cursos de graduação. Os estudantes que tiverem feito todo o ensino médio em escola pública ganharão bônus de 10% sobre a nota do Enem.
A instituição reservará ainda 20% das vagas dos cursos de licenciatura plena para professores em atividade na rede pública. Ao todo, serão 265 vagas em 22 cursos.
Para se candidatar aos cursos oferecidos pela universidade, tanto estudantes quanto professores terão de fazer o Enem, cujas inscrições terminam em 17 de julho.
A Rural, assim como outras 26 instituições federais de ensino superior, fará parte do Sistema de Seleção Unificada do Ministério da Educação. No Estado do Rio, a Unirio, o Cefet e o Ifet Nilópolis também adotaram o modelo. Esse sistema levará em consideração apenas os resultados obtidos no exame, cuja divulgação está prevista para 8 de janeiro de 2010.
As inscrições para a seleção unificada ocorrerão a partir da segunda quinzena de janeiro, e os candidatos poderão concorrer a vagas nas 26 instituições conveniadas.

UFSJ ADERE AO SISTEMA DE COTAS

Retirado do site da UFSJ.
Para baixar a resolução do conselho universitário clique aqui.

25/06/2009) - UFSJ adere ao sistema de cotas

A partir do próximo processo seletivo (vestibular), a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) reservará metade das vagas oferecidas em todos os cursos para estudantes que tenham cursado integralmente os ensinos fundamental e médio em escolas públicas. Esta parcela de vagas será preenchida por autodeclarados brancos, negros (pretos ou pardos) e indígenas, na mesma proporção dessas raças ou cores no conjunto da população total de Minas Gerais. A proporcionalidade a ser adotada levará em consideração os dados do último Censo Demográfico do IBGE.
A decisão foi tomada, segunda-feira, 22, pelo Conselho Universitário (Consu). A forma de definição do grupo étnico a que pertencem os candidatos será pela autodeclaração, mesma sistemática adotada pelo IBGE e por outras universidades federais. Na inscrição ao vestibular, o estudante deverá declarar o grupo de raça ou cor a qual pertence.

Relatório
A decisão do Consu se baseia no relatório da Comissão de Políticas de Ações Afirmativas (CPAA) que começou seu trabalho em junho do ano passado. Essa Comissão teve o objetivo de informar e discutir abertamente o tema com a comunidade, no intuito de sugerir à instituição uma política que garanta melhores condições de acesso a grupos sociais praticamente excluídos do ensino superior público. A CPAA tinha representantes de professores, estudantes, técnicos e da comunidade externa e promoveu debates públicos nos campi de São João del-Rei, Divinópolis e Alto Paraopeba. Esses eventos tiveram como convidados autoridades no assunto em nível nacional, que apresentaram e discutiram argumentos pró e contra a inclusão de cotas nas universidades. Após os debates e levantadas as devidas informações, a CPAA elaborou o relatório encaminhado ao Consu. “O trabalho foi árduo, mas entendo que alcançamos o objetivo”, avalia o presidente da CPAA, professor Erivelton Geraldo Nepomuceno.


Acompanhamento
Com a aprovação da reserva de vagas, está prevista a criação de uma comissão permanente, que fará a avaliação sistemática da implantação do sistema na UFSJ. “Assim que percebermos que a Universidade já fez a sua parte, isto é, contribuiu para diminuir o abismo que separa alguns setores da comunidade do acesso ao ensino superior, a reserva de vagas poderá ser revogada”, prevê o reitor.
Segundo ele, a reserva de vagas garantirá maior poder de acesso a estudantes com dificuldades de ingressar na universidade federal. Helvécio ressalta também a maturidade da UFSJ no tratamento da questão “A Comissão debateu abertamente o tema durante um ano, o Conselho Universitário decidiu com serenidade e a Universidade está dando uma resposta a uma demanda real que existe em nossa sociedade”.
Fonte: ASCOM

quarta-feira, 24 de junho de 2009

"COTA PARA POBRE NÃO RESOLVE PROBLEMA"

Retirado do site jornal Estadão

Terça-feira, 16 de junho de 2009,

Historiador George Reid Andrews defende ações afirmativas e concorda com decisões judiciais, com ressalvas
Felipe Werneck -

Reid é a favor de ações afirmativas, mas não necessariamente na forma de cotasRIO DE JANEIRO - A recente liminar do Tribunal de Justiça do Rio que suspendeu o sistema de cotas no Estado, considerado inconstitucional, segue decisão semelhante de 1978 da Corte Suprema Federal dos EUA, diz o historiador George Reid Andrews, professor do Departamento de História da Universidade de Pittsburgh e autor de livros sobre o Brasil. Ele afirma concordar com as decisões judiciais e avalia que uma eventual cota para pobres, e não para negros, “teria os mesmos problemas”. Reid é a favor de ações afirmativas, mas não necessariamente na forma de cotas.

“Concordo que as cotas podem correr o risco de institucionalizar grupos raciais que até agora não se cristalizaram. Mas, ao mesmo tempo, a sociedade brasileira não pode deixar de responder às marcadas e seculares desigualdades raciais que a afligem.” O brasilianista sugere uma combinação de medidas e afirma que o país latino-americano mais bem sucedido no combate a essas desigualdades é Cuba.
Reid participou na semana passada do Congresso Internacional da Associação de Estudos Latino-Americanos (LASA, na sigla em inglês), realizado na PUC do Rio. Para ele, apesar do número relativamente pequeno de ativistas, o movimento negro foi responsável por “conquistas extraordinárias” ocorridas no País nos últimos anos. “Questionaram a imagem dessa sociedade como uma democracia racial e convenceram os presidentes recentes (FHC e Lula) a reconhecerem a realidade das desigualdades e discriminações raciais e a proporem políticas para combater esses problemas. Assim, provocaram os debates atuais sobre ações afirmativas, algo absolutamente impensável no Brasil dos anos 80.”

George Reid Andrews é Ph.D. em História pela Universidade de Wisconsin-Madison. Tem dois livros publicados no Brasil: Negros e Brancos em São Paulo,1888-1988 (Edusc,1998) e América Afro-Latina,1800-2000 (EdUFSCar, 2007).

Na entrevista abaixo, realizada por email, ele conta que vem ocorrendo nos EUA “notável” reavaliação e ressurgimento acadêmico de Gilberto Freyre (1900-1987). Reid é autor dos livros “Negros e Brancos em São Paulo, 1888-1988” (Edusc) e “América Afro-Latina, 1800-2000”, sua publicação mais recente, editada no País pela EdUFSCar.

Recentemente, o Tribunal de Justiça do Rio considerou inconstitucional a lei de cotas adotada em universidades do Estado. No Brasil ainda se discute uma lei federal sobre o tema, e uma das propostas é a criação de uma reserva para pobres. Como o sr. avalia?

Como uma opção bem interessante. Uma das conclusões de Afro-América Latina é que o país latino-americano mais bem-sucedido no combate às desigualdades raciais é Cuba. O censo cubano de 1981 mostrou a ilha como a sociedade mais racialmente equitativa - nos índices de expectativa de vida, educação, emprego, estado civil, etc. - das Américas. E essa igualdade se alcançou inteiramente por meio das políticas universais dirigidas às classes pobres cubanas. Mas vejo também dois pontos contra uma política de cotas para os pobres. Primeiro, sou muito a favor das ações afirmativas, mas não necessariamente na forma de cotas. Concordo com as decisões dos tribunais nos EUA e agora no Brasil, que consideraram as cotas inconstitucionais. E uma cota para pobres teria os mesmos problemas de cotas para qualquer outro grupo. Segundo, uma cota para pobres não vai resolver os problemas enormes dos afro-brasileiros que estão na luta para entrar, ou avançar, na classe média. Para mim, o estudo mais importante do problema racial no Brasil nos últimos anos é ‘Racismo à brasileira’, de Edward Telles. Ele mostra que, no nível das classes pobres e trabalhadoras - quer dizer, para a maioria da sociedade brasileira -, a vida cotidiana realmente tem características da democracia racial. As desigualdades de salário, educação, emprego etc. existem mas não são muito grandes. Mas o quadro racial muda ao entrar nas classes médias e altas, onde as desigualdades e discriminações raciais são muito marcadas. Nesse nível da sociedade, a que todos aspiram, cotas para pobres não vão resolver absolutamente nada.

De que forma esse debate ocorreu nos EUA?

Os EUA adotaram uma política oficial de ações afirmativas em 1965, por ordem do presidente Johnson. Essa política foi estendida por Nixon em 1969, cujo Departamento de Trabalho mandou que as empresas privadas contratadas pelo governo empregassem uma certa porcentagem de negros. Nos anos 70, esse sistema de cotas foi adotado por muitas agências governamentais, empresas privadas e universidades. Em 1978, a Corte Suprema Federal considerou inconstitucional o sistema de cotas raciais na seleção de alunos para universidades. O julgamento acabou com esse sistema. Mas a Corte também deixou aberta a possibilidade de se levar em conta a raça como um critério, entre outros, na seleção de alunos, empregados, etc. Em 2003, a Corte revisitou essa questão e mais uma vez determinou o uso da raça como um dos critérios na seleção de candidatos, entre outros - por exemplo, o desempenho escolar.

Críticos das cotas para negros afirmam que elas teriam o efeito colateral de “fomentar o ódio racial”. Conhecido pela miscigenação, o Brasil correria o risco, eles argumentam, de tornar-se repartido em etnias. Como o sr. vê isso?

Primeiro, vale a pena notar que, conforme dados oficiais produzidos e difundidos pelo IBGE, o Brasil efetivamente já é uma sociedade bicolor. Numa longa série de estudos e informes realizados nos últimos 30 anos, o IBGE tem mostrado que os pardos e pretos experimentam níveis de desigualdade e discriminações bastante parecidos. Essa conclusão levou o IBGE, em alguns daqueles estudos, à prática de juntar os dois grupos numa só categoria de ‘negros’. Assim, criar um sistema de cotas dividido em brancos e negros seria reconhecer a realidade social e racial do país. Concordo que as cotas podem correr o risco de institucionalizar grupos raciais que até agora não se cristalizaram de forma fixa e coerente. Mas, ao mesmo tempo, a sociedade brasileira não pode deixar de responder às marcadas e seculares desigualdades raciais que a afligem. Para combater essas desigualdades será preciso uma combinação de medidas universalistas e outras especificamente raciais.

O sr. já comparou estatísticas sobre desigualdade racial no Brasil e nos EUA e chegou à conclusão de que até os anos 50 o Brasil teria sido uma sociedade mais equitativa. Mas entre 1960 e 1990 essas desigualdades diminuíram nos EUA, enquanto no Brasil permaneceram estáveis ou em alguns aspectos até cresceram. Qual foi o impacto das políticas de ações afirmativas?

Não foi possível nesse artigo medir o peso específico dos vários fatores que contribuíram às mudanças acontecidas entre 1960 e 1990. Mas a minha hipótese seria que os impactos das políticas de ação afirmativa foram muito significativos, especialmente no contexto de uma sociedade saindo da experiência histórica da segregação racial. Uma das conclusões foi que políticas parecidas - quer dizer, de ações afirmativas - poderiam ter impactos igualmente significativos no Brasil, no sentido de reduzir as desigualdades raciais. Outra conclusão foi que o crescimento econômico naquele período (1950-90) teve impactos levemente igualitários nos EUA - quer dizer, reduzindo um pouco as desigualdades de classe -, enquanto no Brasil aconteceu o contrário. Os índices de concentração de renda cresceram no Brasil naqueles anos, o que provavelmente agravou também as desigualdades raciais. Assim, uma política de redistribuição de renda poderia ter impactos bastante positivos no sentido de também reduzir desigualdades de raça. Esse artigo me convenceu da necessidade, para reduzir as desigualdades raciais, não só de políticas de ação afirmativa mas de políticas universais também, tanto nos EUA quanto no Brasil. Ao mesmo tempo, cada país tem suas especificidades. O ideal seria que os debates públicos incluíssem e considerassem experiências relevantes em muitos países, na procura constante daquelas bem-sucedidas das quais poderiam tirar proveito.

Até os anos 60, houve nos EUA de certa forma uma aceitação do conceito - ou mito - da democracia racial no Brasil. Hoje, há quem afirme que essas condições em alguns casos seriam apresentadas em sentido oposto, como piores do que realmente são. O sr. concorda com essa avaliação?

Eu diria, primeiro, que nenhum país (ou pessoa) gosta de ser criticado por sociedades ou pessoas de fora, muito menos no caso de essas críticas serem merecidas. No caso dos EUA, claro que não gostamos de ser chamados de imperialistas ou racistas, apesar de todos sabermos que o nosso país tem uma história, e até certo ponto um presente (esperamos que não um futuro), que podem ser caracterizados, e com justiça, dessa maneira. No caso das críticas às relações raciais brasileiras, tendo gozado da fama e do prestígio de ser uma democracia racial, ninguém no Brasil pode gostar de ser visto como uma sociedade e um país racista. Mas muito pouco se diz neste sentido nos EUA que não se ouve também no Brasil. As críticas ao modelo racial brasileiro feitas nos EUA são em grande parte resumos ou repetições de observações realizadas por estudiosos brasileiros e dos estudos e informes importantíssimos do IBGE. Os pesquisadores norte-americanos também foram, e são, influenciados por outro grupo bastante ativo na sociedade brasileira, os ativistas de movimentos negros. Não cabe dúvida de que esses ativistas têm armado uma visão muito crítica do Brasil na esfera racial. Mas se essa visão corresponde em muitos pontos com os estudos acadêmicos, e vem de pessoas altamente qualificadas para comentar esse tema, tanto por suas experiências de vida quanto por suas capacidades de análise, não temos a obrigação de prestar atenção?

Gilberto Freyre ainda é muito estudado nos EUA?

Muito. Na matéria de pós-graduação que dou sobre o Brasil, a primeira sessão é completamente dedicada a ‘Casa Grande e Senzala’. E é notável como os outros livros que lemos no curso, escritos metade por autores brasileiros e metade por estrangeiros, voltam constantemente, e em muitos casos sem reconhecer explicitamente, aos temas e às preocupações freyrianas. Nos últimos anos Freyre tem experimentado uma reavaliação e ressurgimento acadêmico notável, tanto nos EUA quanto no Brasil. Não é muito frequente que um autor continue tão relevante e citado quase um século depois de sua atuação; no caso de Freyre, acho que um motivo para essa relevância é justamente a sua experiência de ter saído do país para vê-lo de fora. Seus estudos e experiências nos EUA levaram-no a ver e a questionar o Brasil sob outra perspectiva, dando à sua obra esse caráter de urgência e ansiedade - para entender, explicar, e defender o Brasil - que a faz tão envolvente até hoje.

Poderia falar um pouco sobre o tema de sua palestra na LASA (a raça nos censos latino-americanos)?

O Brasil é um dos poucos países da região que juntaram dados raciais desde o século XIX. Cuba é outro. A grande maioria deixou de contar a raça, o que torna muito difícil averiguar o estado das desigualdades raciais na região. Nos últimos anos, as Nações Unidas têm pedido aos países latino-americanos para restaurarem informações raciais nos seus censos, e alguns países (Costa Rica, Colômbia e Uruguai) responderam nesse sentido. Vou apresentar alguns dados dos censos e PNAD’s brasileiros e uruguaios recentes para comparar o estado das desigualdades. As conclusões me surpreenderam. O Uruguai historicamente foi uma sociedade muito mais equitativa que o Brasil, no sentido tanto de raça quanto de classe; mas nos últimos dez anos as políticas dos governos Cardoso e Lula têm reduzido sensivelmente algumas desigualdades de classe e, pelos efeitos comentados antes, de raça também. Para citar um só exemplo, em 2006 a desigualdade racial na inscrição escolar superior foi menor no Brasil do que no Uruguai. Este resultado inesperado, a que se deve? Às ações afirmativas - que se discutem no Uruguai mas ainda não se adotaram? Ao Bolsa Família e a outros programas sociais dos últimos anos? Aos efeitos combinados de políticas raciais e universalistas? Por agora não sabemos, mas sem os dados fornecidos pelos censos nem poderíamos ter formulado a pergunta; daí a importância dessas fontes estatísticas e a necessidade de produzi-las nos outros países.

FURG DISCUTE AÇÕES AFIRMATIVAS PARA INGRESSO

Retirado do site do jornal Agora.

O ingresso na Universidade através das chamadas ações afirmativas foi o tema de um seminário promovido na manhã da última quarta-feira, 17, no Cidec-Sul, Campus Carreiros da Furg. O evento, promovido pela Pró-reitoria de Graduação, foi mais um passo nas discussões que visam à adoção de uma política de ingresso voltada à inclusão social na Furg. Conforme a pró-reitora de Graduação, professora Cleuza Dias, a Furg já vem discutindo este tema há algum tempo e o próprio Conselho Universitário (Consun) solicitou que outros debates fossem feitos. Assim, foram convidados para o seminário representantes de duas instituições que têm ações diferenciadas – a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que adota reserva de vagas (cotas), e a Universidade de Campinas – Unicamp, que adota bônus na pontuação dos candidatos. Pela UFRGS, falaram as técnicas Andréa Benites e Elianara Corcini Lima. Elas demonstraram todo o processo realizado pela instituição, que destina 30% do total de vagas para cada curso para estudantes oriundos das escolas públicas. Destes percentuais, a metade é destinada aos autodeclarados negros ou pardos. A UFRGS formou uma comissão de acompanhamento dos ingressantes que se utilizaram destas ações e implantou também reserva de vagas a comunidades indígenas – 10 vagas em 2008 e 10 vagas em 2009. Neste caso, as comunidades são ouvidas para escolha dos cursos que terão vagas à disposição. No caso da universidade gaúcha, houve ingresso de 200 ações judiciais no primeiro ano – 2008 - em que foram utilizadas cotas, com sucesso em várias delas e outras em andamento. Em 2009, este número baixou para 10 ações, o que, segundo as representantes da instituição, mostra que o sistema já foi assimilado e até aprovado pela comunidade.

Unicamp
O professor Leandro Tessler faz uma “cruzada” contra as cotas e a favor das ações afirmativas, como os bônus na pontuação. Ele entende que somente ações deste tipo irão promover inclusão social e reduzir as desigualdades num país como o Brasil, que já tem o vestibular integrante à cultura geral da nação e cada universidade define o seu próprio processo seletivo. Tessler ressalta que “ação afirmativa não é sinônimo de cotas”, lembrando que a discussão sobre o tema no país ficou muito centralizada nesta questão. Na Unicamp, foi criado o Programa de Ações Afirmativas e Inclusão Social, que prevê três objetivos: autonomia universitária, inclusão social e mérito acadêmico. Foi promovida maior isenção nas taxas de inscrição e conferidos bônus na pontuação. Este sistema permitiu, segundo gráficos apresentados, ampliar de cerca de 10% para 25% o ingresso de estudantes oriundos de escolas públicas. E um dado também ressaltado é que está sendo feito o acompanhamento dos novos acadêmicos e os dados mostram que eles desenvolvem o aprendizado com índices superiores aos ingressantes pelo método tradicional: “o nível dos estudantes melhorou, com certeza”, diz o professor. Na Furg, a proposta de ação afirmativa já apresentada no Seminário de Políticas de Ingresso no mês de abril e pré-analisada pelo Consun toma como referência à experiência da Unicamp. Conforme a professora Cleuza Dias, a proposta será finalizada com intenção de implementação no Processo Seletivo 2010 e será encaminhada ao Conselho Universitário, que dará a última palavra sobre a adoção de ações afirmativas de ingresso.

VERSTIBULAR DA UERJ PODE TER SIDO ÚLTIMO COM REGIME DE COTAS

Retirado do site do Noticias Terra.

Segunda, 22 de junho de 2009


No domingo, 66.764 estudantes fizeram a primeira prova de qualificação da Uerj. Esse pode ter sido o último vestibular estadual sob o regime de cotas - e o índice de faltosos, 5,8%, foi o menor em quatro anos. Graças a um acordo com o Tribunal de Justiça, a reserva de vagas foi mantida este ano, mas liminar concedida dia 25 de maio pelo Órgão Especial do TJ suspendeu o 'atalho' para negros, indígenas, estudantes de escolas públicas e portadores de deficiência à Uerj, Uezo e Uenf. Ontem, o estresse da prova foi dobrado para quem teme ser esta a última chance de tentar entrar para uma faculdade pública como cotista.
"Acho que tudo deveria continuar como está. Isso vai atrapalhar muita gente. Sem as cotas fica quase impossível", lamenta André Luiz Pereira, 19 anos, que disputa vaga no curso de Oceanografia.
Moradoras da Zona Oeste, Patrícia Cardoso, 23, e Mayara Freire, 17, estudam em escolas públicas, fazem pré-vestibular comunitário na ONG Educafro e estão pelo segundo ano tentando vaga na Uerj. Elas intensificaram os estudos e rezam para passar já. Sabem que a briga para entrar na universidade será mais acirrada sem o benefício das cotas, ano que vem. "A impressão que dá é que não querem ajudar a população. Não podemos desistir de lutar pelos nossos direitos", disse Mayara, que pretende cursar Medicina. "Estudei a vida toda em colégio público, e o ensino era muito deficiente. Sem cotas, as chances são limitadas", concordou Patrícia, que quer estudar Matemática.
Novo JulgamentoO governo do estado já tentou, sem sucesso, derrubar a liminar do TJ. Mas não desistiu de perpetuar o sistema de reserva de vagas. Terá nova chance em agosto, quando, segundo o secretário de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, o mérito da questão deverá ser julgado novamente.
"Estamos batalhando para que as cotas sejam mantidas", disse Elisabeth Murad, diretora do Departamento de Seleção Acadêmica da Uerj. A política de cotas está em vigor desde 2003. Por lei, 45% das vagas são para cotistas. Filhos de policiais e bombeiros que morreram em serviço também são beneficiados.
Conteúdo para prova discursiva foi reduzidoDia 1º de julho será divulgada a nota dos candidatos. Quem for aprovado na qualificação sofrerá menos nas provas discursivas, marcadas para 6 de dezembro. Elisabeth Murad contou que o conteúdo será reduzido. "Deixamos o mínimo indispensável para o candidato terminar o Ensino Médio e ingressar na graduação. Queremos um candidato de cabeça bem feita, não de cabeça cheia", revelou. Em agosto, a Uerj divulgará os pontos que serão cobrados. Para a segunda etapa só passa quem conseguir os conceitos A, B, C ou D.
Só 4.117 dos 70.941 inscritos faltaram à prova ontem. A seleção também inclui o acesso às academias que formam oficiais bombeiros e da PM. Hoje e amanhã a Uerj recebe os recursos contra os gabaritos e questões das 10h às 17h no campus do Maracanã.
As inscrições para o segundo exame de qualificação serão entre 15 de julho a 5 de agosto no site www.vestibular.uerj.br. As provas serão dia 13 de setembro.

OPORTUNIDADE PARA AFRODESCENDENTES NA OEA

CURSO INTERAMERICANO
PARTICIPACION E INCIDENCIA DE LOS AFRO DESCENDIENTES EN LA ORGANIZACION DE ESTADOS =MERICANOS (OEA)
WASHINGTON DC 14-18 DE SETIEMBRE, 2009
ANTECENDENTES
Los Estados miembros de la Organización de Estados Americanos (OEA) han ido =probando una serie de resoluciones para promover la participación de la sociedad =ivil en las diferentes áreas de trabajo de la organización, incluyendo la =samblea General, las sesiones especiales del Comité de Asuntos Jurídicos y =olíticos, así como en el proceso de Cumbres de las Américas. Al mismo tiempo =uchas organizaciones de la sociedad civil han tomado importantes pasos para =oder utilizar todos los espacios disponibles y de involucrarse en el proceso =e Cumbres.

Global Rights-Partners for Justice, con el apoyo de la Fundación Interamericana hemos =enido participando en los distintos espacios con el fin de incrementar la participación de las organizaciones afro descendientes en las =ctividades de la OEA. En los últimos cuatro años hemos realizado eventos y =alleres de capacitación con el fin de estimular una mayor presencia de organizaciones afro descendientes en la organización regional. De hecho, hoy más de 16 organizaciones Afro descendientes se han inscrito y otras 4 esperan su registro; pero aun faltan muchas mas para incrementar nuestra presencia. =o:p>

Realizamos eventos paralelos a las Asambleas Generales, con el objetivo de =isibilizar la situación de los Afro descendientes en la región. Al mismo tiempo =emos venido siguiendo muy de cerca los procesos de Cumbres de las Américas, en =special de cara a la Cumbre que se realizo en Puerto Espa
ña, Trinidad y Tobago en abril del 2009. =A0Además apoyamos a organizaciones afro descendientes a presentar informes sobre su =ituación de derechos humanos en audiencias temáticas ante la Comisión =nteramericana de Derechos Humanos y seguimos de cerca el proceso de redacción de una =onvención Interamericana contra el Racismo y Toda Forma de Discriminación e =ntolerancia, actualmente en discusión en el Comité de Asuntos Jurídicos y =olíticos de la OEA.

Con el objetivo de incrementar la participación de los Afro descendientes en =a OEA, realizaremos un curso de capacitación en la Ciudad de Washington D.C. del 14-18 de septiembre, con el objetivo de acercar la =EA a líderes de organizaciones afro =escendientes de América Latina pertenecientes a redes regionales, para que =onozcan de cerca cuales son los mecanismos de participación de la sociedad =ivil y cuales son los espacios políticos que las organizaciones afro =escendientes pueden utilizar para hacer un mejor trabajo de incidencia. =A0

Como referencia, es necesario mencionar que la OEA ha venido incrementando el =ol de la sociedad civil en sus iniciativas. En 1999, el Consejo Permanente =probó la resolución CP/RES.759 (1217/99) “Guías de participación de la sociedad civil en las distintas actividades de =a OEA”, donde se plantea el alcance de la participación de las organizaciones =ociales en las distintas instancias de la OEA.

En marzo del 2003, el Consejo Permanente de la OEA aprobó la resolución =P/RES.840 (1361/03) “Estrategias para incrementar = fortalecer la participación de la sociedad civil en las actividades de =a OEA”, donde se planteó la promoción de una =articipación mas activa en el proceso de registro de ONGs ante la OEA. En junio del mismo =ño, en la XXXIII Asamblea General de Santiago de Chile, hubo un dialogo =nformal entre las ONGs y los Ministerios de Relaciones Exteriores de los =stados Miembros y con el Secretario General, lo que ha hecho que desde entonces =e haya institucionalizado este dialogo.
En la actualidad la mayoría de los Estados =iembros han reconocido que la participación de la sociedad civil es =ndispensable para el desarrollo de la democracia real en el Hemisferio Occidental. =o:p>

OBJETIVOS

Los objetivos del curso de capacitación son:
Un mayor conocimiento de parte de las organizaciones afro =escendientes sobre como funciona la Organización de Estados Americanos y algunos =e sus órganos; el Comité de Asuntos Jurídicos y Políticos; las =sambleas Generales de la Organización de Estados Americanos; el Proceso de =umbres de las Américas y la Comisión Interamericana de Derechos =umanos.
Promover un mayor registro de las organizaciones afro descendientes en la =EA.
Compartir experiencias sobre el combate a la discriminación racial en =mérica Latina.

DIRIGIDO A:
Abogados o activistas en derechos humanos afro descendientes residentes en =mérica Latina con poca o ninguna experiencia sobre la Organización de Estados =mericanos, con el compromiso de compartir los conocimientos adquiridos en su =rganización y país.
APLICAR:
Enviar una carta de no más de dos páginas en portugués o =spañol, con copia del CV y una carta de referencia de la organización, mostrando el =nterés de participar en este curso.
latinamerica@globalrights.o=g

Fecha limite para recibir solicitudes será el 17 de julio del =009. Global Rights no se responsabiliza por la solicitud de visa de los de los participantes para ingresar a los Estados Unidos. Sin embargo, se =nviaran cartas a los consulados de las personas seleccionadas en caso necesario. =o:p>

Carlos =uesada
Latin America =rogram Director
Global Rights Partners for =ustice
1200 18th Street, NW Suite =02
Washington DC 20036
Tel: 202-822-4600 =xt.162
Fax: 202- =22-4606
www.globalrights.orgwlmailhtml:%7B403BC07D-09DA-4326-808B-438D068C01BA%7Dmid://00000002/!x-usc:mailto:carlosq@globalrights.org

sábado, 20 de junho de 2009

JUSTIÇA MANDA PRENDER PASTOR E JOVEM QUE ATACARAM UMBANDISTAS

Retirado do site do jornal Extra.

Publicada em 20/06/2009 às 01:11
Sérgio Meirelles - Extra

RIO - As primeiras prisões no país por crime de intolerância religiosa ocorreram no Rio. Afonso Henrique Alves Lobato, de 26 anos, e Tupirani da Hora Lores, de 43, membro e pastor, respectivamente, da Igreja Geração Jesus Cristo, localizada no Morro do Pinto, Zona Portuária do Rio, foram presos nesta sexta-feira por policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). A juíza Maria Elisa Peixoto Lubanco, da 20 Vara Criminal, decretou a prisão preventiva dos dois acusados ( assista às imagens da prisão ) .
Tupirani e Afonso Henrique vão responder pelos crimes de intolerância religiosa, injúria qualificada e incitação ao crime. Segundo a delegada Helen Sardenberg, da DRCI, o artigo 20 da lei 7.437, de 1985 - mais conhecida como Lei Caó, que cria sanções para o preconceito contra raça, cor e religião. O crime tem uma pena prevista que vai de dois a cinco anos de prisão. O delito é inafiançável, ou seja, o acusado tem de aguardar o julgamento na prisão (
assista ao vídeo em que o pastor Tupirani defende Afonso Lobato ).
Em março deste ano, com o consentimento do pastor Tupirani, Afonso Henrique divulgou na internet um vídeo em que faz ofensas às religiões afro-brasileiras, às polícias Civil e Militar e à imprensa. No mesmo vídeo, Afonso Henrique diz que todo pai-de-santo é homossexual. O jovem e outros três seguidores da Igreja Geração Jesus Cristo invadiram e depredaram, em junho do ano passado, o Centro Espírita Cruz de Oxalá, no Catete. Os quatro foram presos e condenados a pagar cestas básicas.
Em entrevista ao EXTRA, o pastor Tupirani apoiou a iniciativa de Afonso Henrique em divulgar o vídeo, alegando que o jovem tinha direito à liberdade de expressão. O pastor também postou um vídeo na internet dizendo-se contrário às leis dos homens e desafiando as polícias e as Forças Armadas.

CINE SANKOFA PASSARÁ O FILME MOOLAADÉ DE GRAÇA

Mai uma vez o grupo Sankofa ataca com um vídeo muito importante. Esse pessoal tá mandando muito bem. Poderiam fazer um festival Cine negro na universidade deles.
Para ampliar clique na imagem.

PESQUISA/MEC MOSTRA QUE ESCOLA EDUCA PARA DISCRIMINAÇÃO

Retirado do site do Afrpopress.

Por: Redação - Fonte: Afropress: Foto: Roque de Sá - 19/6/2009

Brasília – Pesquisa inédita da Fundação de Pesquisas Econômicas (Fipe), patrocinada pelo Ministério da Educação, expõe com toda a nitidez que a Escola se tornou o lugar privilegiado para o aprendizado do racismo e da violência contra negros.
Segundo o levantamento, 94,2% dos entrevistas, entre alunos, pais de estudantes e funcionários de unidades municipais, estaduais e federais de ensino do país, alimentam preconceitos contra negros e outras etnias.
Entre as 18.600 pessoas ouvidas, 96,5% admitiram preconceito contra pessoas com deficiência, e 87,3% disseram evitar pessoas em virtude da orientação sexual.
A pesquisa mostrou ainda que, por meio das crenças, valores e atitudes, o preconceito contra negros é uma constante nas salas de aula. Os pequisadores sortearam 500 escolas públicas do país, incluindo as localizadas em regiões rurais.
Alimentando o racismo
Além de uma parcela de pais, diretores de escolas, professores e funcionários das instituições de ensino, foram entrevistados cerca de 15 mil alunos, com idades a partir dos 14 anos.
Os resultados não deixam dúvidas quanto ao fato de o ambiente escolar ser lugar privilegiado da cultura de discriminação que atinge 49,7% da população negra brasileira. Além de alimentar o preconceito – uma visão negativa de negros – os entrevistados admitiram evitar contato com as vítimas. Os negros – bem como os demais segmentos discriminados - são excluídos em brincadeiras, no recreio ou até em trabalhos na sala de aula e, por isso, a socialização entre todos é prejudicada.
As unidades que apresentaram índice de discriminação mais elevado mostraram também aproveitamento escolar mais baixo.
Uma face assustadora da pesquisa revela que 19% dos entrevistados responderam já terem visto algum aluno negro sendo humilhado ou agredido fisicamente simplesmente em função da cor da pele. Já 18,2% responderam o mesmo em relação aos estudantes pobres e 17,4%, aos homossexuais.


RETRATO DA VERGONHA (Natureza do preconceito % dos que assumem preconceito)Geral - 99,3%Quanto a deficiência - 96,5%

Racial - 94,2%
De gênero - 93,5%
Entre gerações - 91%
Socioeconômica - 87,5%
De orientação sexual - 87,3%
Relativo ao local de moradia - 75,9%
Fonte: Jornal Recomeço/MG - Glória Reis/FIPE - Fundação de Pesquisas Econômicas

BAIXE DICAS INFO - VÍDEOS NA WEB JUNHO/09

Retirado do blog Dê graça é mais gostoso.
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Idioma: Português

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SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DADOS DESAGREGADOS POR RAÇA E ETNIA

Retirado do site da UNIFEM da ONU, mas lido antes no blog Vídeos étnicos.

Notícias
19.06.09 Censos demográficos e raça nas Américas são temas de encontro organizado pelo governo brasileiro e Nações Unidas(19/06/2009 - 15:36)
Somente 9 dos 19 países latino-americanos contêm base de dados sobre afrodescendentes. Na rodada dos censos nacionais de 2010 já serão visíveis mudanças nas bases da Argentina, Brasil, Bolívia, Costa Rica, Cuba e República Dominicana

Brasília (Brasil) - A desagregação de dados por raça/etnia nos censos nacionais de 2010 da América Latina e Caribe estará em discussão no Seminário Internacional de Dados Desagregados por Raça e Etnia da População Afrodescendente das Américas. O encontro reunirá institutos internacionais de pesquisa, especialistas em indicadores socioeconômicos, Nações Unidas e governo brasileiro.

O seminário é parte da estratégia de assegurar a visibilidade estatística de afrodescendentes na região das Américas, como uma ação política que garanta a coleta e análise de dados desagregados por raça/etnia nos censos de 2010/2012. A desagregação de dados por raça/etnia pode resultar no aperfeiçoamento das políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial, de acordo com os compromissos assumidos pelos Estados da região e reiterados na Conferência de Revisão de Durban, realizada em Genebra, em abril de 2009.

Atualmente, somente 9 dos 19 países latinoamericanos contêm base de dados sobre afrodescendentes. Na rodada dos censos nacionais de 2010 já serão visíveis mudanças nas bases da Argentina, Brasil, Bolívia, Costa Rica, Cuba e República Dominicana. “

No Brasil, 2010 será o ano para refinar os dados censitários relativos aos povos indígenas. Nos Estados Unidos, o debate se faz presente através do aprimoramento dos mecanismos referentes aos latino-americanos, pois negros e indígenas são classificados nessa categoria em detrimento da sua origem étnico-racial”, aponta Maria Inês Barbosa, coordenadora do programa de Gênero, Raça e Etnia do UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas) Brasil e Cone Sul.

Articulação regional
Após o seminário no Brasil, serão programadas atividades para o Equador, Venezuela e República Dominicana como forma de impulsionar o debate sobre a desagregação dos dados por raça, etnia e gênero. Para os ativistas sociais, esses dados podem revelar o panorama real das condições socioeconômicas de afrodescendentes e indígenas e servir de base para a formulação de políticas públicas voltadas ao enfrentamento do racismo e das desigualdades de gênero.

O seminário é uma resposta às ações propostas para a Divisão de População da CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe) pelos participantes afrodescendentes dos países da América Latina e do Caribe presentes no Seminário Oficina “Censos 2010 e a inclusão do Enfoque Étnico – Rumo a uma construção participativa com povos indígenas e Afrodescendentes da América Latina”, realizado em Santiago do Chile em novembro de 2008; e as decisões tomadas pela sociedade civil durante a Conferência de Revisão em Genebra.

O evento é realizado pela Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) em parceria com IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), IPC-IG (Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo), e o MRE (Ministério das Relações Exteriores); com o apoio do UNIFEM (Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher), PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas).


Seminário Internacional de Dados Desagregados por Raça e Etnia da População Afrodescendente das Américas
Data: 23 e 24 de junho de 2009
Horário: abertura no dia 23/6 às 19h. No dia 24/6, das 9h às 18h
Local: Hotel Mercure Brasília (SHN - Quara 05/ Bloco G) - Brasília - Brasil


Programação

23 de junho de 2009


19h – Cerimônia de Abertura
· Ministro da SEPPIR (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) - Edson Santos · Ministra da SPM (Secretaria de Políticas para as Mulheres) - Nilcéa Freire · Presidente da Fundação Cultural Palmares – Zulu Araújo· Presidente do IPEA - Marcio Pochmann· Representante IBGE - José Luiz Petrucelli· Representante das Nações Unidas - Kim Bolduc· Representante CEPAL - Fabiana Del Popolo· Alto Comissariado de Direitos Humanos das Nações Unidas - Sandra Aragon· Representante MRE - Ministra Gauch· Representante SEGIB - Agostín Espinosa· Representante IPC· Deputada Federal Janete Pietá (Núcleo de Parlamentares Negros)
20:30 - Coquetel


24 de junho de 2009
9h -12h - Sessão 1 – Dados Desagregados para Afro descendentes e a implementação do DPPA
· Representante do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas· Representante da sociedade civil - Epsy Campbell· Representante do Ministério da Saúde – Otaliba Morais· Representante do MEC (INEP) – Heliton Ribeiro Tavares· Representante da Universidade da Pensilvânia – Tukufu Zuberi· Moderador – Rafael Osório (IPC/PNUD)

14h -16h - Sessão 2 - Experiências dos Institutos de Estatísticas da Região na identificação de população afrodescendente
· Representante IBGE – Wasmania Bivar· Bureau de Censo dos EUA – Roberto Ramirez· Instituto Nacional de Estatística/Equador – Silvério Chisaguano Maliguinga· Representante CEPAL – Fabiana Del Popolo· Representante do UNFPA – Carlos Ellis· Moderador: Jhon Anton

16h30 – 18h30 - Sessão 3 – Mesa redonda “Estratégias para o Cumprimento dos Compromissos Regionais”
· Moderadora: Wânia Sant´anna· Especialista: Marcelo Paixão· Comentarista 1 – Humberto Brown· Comentarista 2 – Cida Bento· Comentarista 3 – Agustín Lao-Montes

sexta-feira, 19 de junho de 2009

domingo, 14 de junho de 2009

OS TRÂMITES DA LIBERDADE NA ESCRAVIDÃO BRASILEIRA

Reportagem interessante sobre a escravidão no Brasil. Reportagem do jornal O Globo do dia 12/06/09.
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EXU CONTRA-ATACA - REVISTA CARTA CAPITAL 11/06/09.

As imagens abaixo foram recebidas por email. Para acessar a matéria no site da Carta Capital clique aqui.
Matéria importante para a militância ligada ao candomblé.
Para ampliar clique na imagem. para salvar no computador clique com o botão do mouse e selecione "Salvar imagem como..."


BAIXE OS DESENHOS DO SUPER CHOQUE DE GRAÇA

Retirado do blog Seriesfree.
Vale a pena correr atrás da revista em quadrinhos para fazer outra postagem, pois o superchoque surgiu dentro de uma editora dos EUA que tinha como objetivo lançar super heróis com origem afro-americana. Lá pro meio da semana vai ter uma postagem dando mais detalhes dessa empreitada.

“Super-Choque” fala sobre as aventuras do primeiro jovem afro-americano que é um super-herói. Após ser exposto a uma explosão mutagenética, Virgil Hawkins ganha super poderes eletromagnéticos.
1ª Temporada:
1×01 – Choque no SistemaRapidshare
1×02 – Após o ChoqueRapidshare
1×03 – A RaçaRapidshare
1×04 – FundamentoRapidshare
1×05 – Jogando com a cançãoRapidshare
1×06 – A Nova CriançaRapidshare
1×07 – Jogo de CriançaRapidshare
1×08 – Filhos dos Padres Rapidshare
1×09 – Ventos de MudançaRapidshare
1×10 – Bent Out of ShapeRapidshare
1×11 – JúniorRapidshare
1×12 – ReplayRapidshare
1×13 – Fúria (Season Finale)Rapidshare
2ª Temporada:
2×14 – As grandes LigasRapidshare
2×15 – Power PlayRapidshare
2×16 – Ato de irmão e irmãRapidshare
2×17 – Shaq StaticRapidshare
2×18 – CongeladosRapidshare
2×19 – Manchas solaresRapidshare
2×20 – Namorada PopRapidshare
2×21 – Má elasticidadeRapidshare
2×22 – Ataque dos fantoches vivosRapidshare
2×23 – DisfarçadoRapidshare
2×24 – Jimmy (Season Finale)Rapidshare
3ª Temporada:
3×25 – Garras metálicas(Não Disponível)
3×26 – Gear
Rapidshare
3×27 – Super Choque na ÁfricaRapidshare
3×28 – ShebangRapidshare
3×29 – O principal suspeitoRapidshare
3×30 – Sua própria liga (parte 1)Rapidshare
3×31 – Sua própria liga (parte 2)Rapidshare
3×32 – Hora do showRapidshare
3×33 – ConsequênciaRapidshare
3×34 – Romeu na brigaRapidshare
3×35 – Problema ao quadradoRapidshare
3×36 – Brinquedos à soltaRapidshare
3×37 – Armadilha para os paisRapidshare
3×38 – FlashbackRapidshare
3×39 – Voltando ao passado (Season Finale)Rapidshare
4ª Temporada:
4×40 – Choque no futuroRapidshare
4×41 – Ela voltouRapidshare
4×42 – Fora,na AfricaRapidshare
4×43 – Herói caídoRapidshare
4×44 – Exercito das trevasRapidshare
4×45 – Nem um homem é uma ilhaRapidshare
4×46 – Esquadra da cestaRapidshare
4×47 – Agora voce ve eleRapidshare
4×48 – Onde a borracha encontra o asfaltoRapidshare
4×49 – LigadoRapidshare
4×50 – Uma olhada ferozRapidshare
4×51 – SequestradoRapidshare
4×52 – Racionamento de energia (Series Finale)Rapidshare

JUSTIÇA NOS ESTADOS DIZ QUE COTAS SÃO LEGAIS

Retirado do site do Estadão.

Domingo, 31 de Maio de 2009
Decisão de desembargadores do Rio, derrubando sistema, é exceção

CLARISSA THOMÉ, TIAGO DÉCIMO, ANGELA LACERDA, RICARDO RODRIGUES, LIEGE ALBUQUERQUE, EVANDRO FADEL, ROBERTO ALMEIDA, EDUARDO KATTAH e ELDER OGLIARI

Um levantamento em oito Estados onde universidades públicas adotam cotas mostra que, na maioria dos casos, o Judiciário tendeu a rejeitar contestações de não-cotistas e considerou o sistema constitucional. Diferentemente do Tribunal de Justiça do Rio - onde desembargadores, semana passada, deram liminar contra a reserva de vagas a pobres e afrodescendentes, mas ainda julgarão o mérito da ação -, magistrados da Bahia, Pernambuco, Alagoas, Amazonas, Minas Gerais e Paraná raramente tomaram decisões semelhantes. A exceção é o Rio Grande do Sul, onde o critério de renda tem dado vitórias a opositores da "discriminação positiva". Não há ações em São Paulo.
"A situação do Rio de Janeiro é única. Em todos os outros Estados os tribunais não estão interferindo nas políticas de inclusão. Até porque aguardam o posicionamento do Supremo Tribunal Federal (STF)", afirma o advogado Renato Ferreira, pesquisador do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj).
Hoje, diz, 82 universidades em 23 Estados adotam algum tipo de política inclusiva. Dessas, 35 têm o sistema de cotas.
Estado com maior proporção de afrodescendentes, segundo o IBGE, com 79,1% de pretos ou pardos, a Bahia tem cotas na Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e na Universidade Federal da Bahia (UFBA). "No primeiro ano, foram concedidas 30 liminares para estudantes que alegaram inconstitucionalidade das cotas, mas foram derrubadas pelo Tribunal de Justiça", diz o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Uneb, Wilson Mattos.
A Justiça reconheceu a constitucionalidade da cota social (20% para egressos de escolas públicas) implantada em 2004 pela Universidade de Pernambuco e que já foi alvo de processos. Foram cerca de dez vitórias. A Universidade Federal de Alagoas, que reserva 20% das vagas para afrodescendentes que cursaram ensino médio público, tem tido o apoio do Ministério Público Federal.
A estudante Kate da Silva entrou na Justiça para requerer vaga na Faculdade de Medicina da Universidade Estadual do Amazonas. "Quem ficou na minha frente foi um rapaz que indevidamente usou a cota de morador do interior", diz. Ao se inscrever para o vestibular, o candidato pode se encaixar em 10 tipos de cotas. Há anualmente na Justiça ao menos 30 contestações ao sistema, que dá 60% das vagas a estudantes do ensino médio de escolas públicas e 4% a índios.
Ainda incipientes nas universidades públicas em Minas Gerais, cotas ou bônus costumam gerar contestações judiciais. "Em todas, a universidade foi vencedora", diz Fernando Gonzaga Jayme, procurador-geral da UFMG.
Segundo a Justiça Federal no Paraná, em 2007 foram 13 ações contra o sistema de ações afirmativas na Universidade Federal do Paraná. Das 10 às quais o Estado teve acesso, 7 foram negadas e 3, acolhidas. Em 2008, 7 tiveram pedidos negados, 3 foram deferidos, e em 2 os autores desistiram. Em 2009, 6 foram negadas e 2, aceitas.
Em São Paulo, só a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) adota cotas. Não há ações judiciais.
Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), desde a primeira seleção feita sob o regime de cotas, em 2008, foram ajuizadas dezenas de ações. A advogada Wanda Siqueira diz ter conseguido cerca de 40 decisões favoráveis em cerca de 80 ações. Nenhuma é definitiva. Wanda, porém, não alega inconstitucionalidade.
"Houve desvirtuamento do espírito das cotas", diz, referindo-se à classificação, pelo sistema, de alunos de famílias de boa condição social e de bons colégios públicos.
O sargento da Aeronáutica aposentado David Minuzzo entrou na UFRGS por liminar. Ficou em 27º lugar num grupo de 30 alunos, com dez vagas para cotistas, em 2008.