segunda-feira, 30 de junho de 2008

UESPI INCLUI COtAS PARA NEGROS

Retirado do site da TV Cidade Verde

10% das vagas são para alunos carentesO projeto de Lei será avaliado pelo Conselho Universitário e depois será para os deputados.
A Universidade Estadual do Piauí (Uespi) enviará até o final de semana ao Conselho Universitário e ao Conselho Diretor, a alteração no Projeto de Lei que tramita na Assembléia Legislativa sobre o sistema de cotas de vagas na Uespi. A proposta é que da reserva de 10% para estudantes de escolas públicas, 5% sejam específicas para negros.
Professora Socorro, pró-reitora
de Ensino e ExtensãoO projeto de Lei apresentado pelo deputado Antônio Felix, não incluía reserva para afro-descentes e depois de uma discussão, em Audiência pública na Casa, foi decidido que uma proposta seria feita pela Universidade e encaminhada à Assembléia, após aprovação pelos conselhos acadêmicos.
Na proposta feita pela comissão da Pró-reitoria de Ensino e Extensão, presidida pela pró-reitora, Socorro Machado, será reservado 5% das vagas para alunos de escolas públicas, que tenham cursado o Ensino Fundamental e Médio e destas 5% será especificamente para alunos com estas característica, mas sendo afros-descendentes, já no próximo vestibular, em 2009.
Além disso, também está sendo sugerida uma bolsa trabalho para estes alunos, no valor de R$ 150,00 mais transporte, para que seja garantida a permanência destes estudantes no decorrer do curso. “Estamos pedindo um apoio orçamentário, para que seja garantido não só o acesso, mas também a permanência destes alunos na universidade”, declarou a professora Socorro Machado.
As cotas deverão ser aumentadas gradativamente até 2013, chegando a 30% das vagas, sendo 15% para afros-descendentes.
Aspectos analisados:
O critério adotado será parecido com os utilizados na maioria das universidades que adotam o sistema. Os candidatos deverão apresentar uma auto-declaração de que é negro, uma fotografia atualizada, registro de nascimento e também será levado em conta dados do IBGE.
“Nós queremos contemplar aqueles pretos e pardos afros-descendentes que sofrem e têm dificuldades na vida por conta do preconceito racial”, destacou a pró-reitora.


Caroline Oliveira

DEPUTADO DO PIAUÍ ALERTA PARA A NECESSDADE DE COTAS NO SEU ESTADO

Retirado do site 180 graus.
Para acessar o projeto de lei da Asembléia Legislativa do Piauí (ALPI) clique aqui (em formato TIFF) ou neste link alternativo (em formato PDF)

Deve ou não ter?
30/06/2008
Deputado Antônio Félix alerta para necessidade de Cotas na Uespi
Antônio Félix disse quer facilitar o acesso dos alunos das camadas mais carentes


Após a divulgação de um estudo feito pela Universidade Federal do Piauí em que foi apurado que há mais de 20 anos, o curso de Medicina da instituição não tinha um estudante oriundo das escolas públicas, o deputado estadual Antônio Félix lembrou que existe um projeto de Lei, de sua autoria, que tramita na Assembléia Legislativa do Estado, que destina gradativamente, 30% das vagas à estudantes oriundos de escolas públicas.

Em dois anos de implantação do sistema de cotas na Ufpi, 15 alunos originados das escolas públicas ingressaram no curso de Medicina.
De acordo com o parlamentar, as barreiras contra os estudantes das escolas públicas nos cursos “de ponta” são a alta concorrência por suas vagas e a qualidade das escolas particulares de Teresina que conseguem a aprovação de seus alunos no Vestibular da Uespi e Ufpi.
Inicialmente, o Projeto de Lei determina que nos Vestibulares de 2009 e 2010 a Uespi destine 10% de suas vagas aos estudantes de escolas públicas. Em 2011 e 2012, o percentual será 20, e em 2003, 30%, cerca de 1100 das vagas da Universidade Estadual serão ocupadas por alunos oriundos das rede pública.
Antônio Félix disse que além de facilitar o acesso dos alunos das camadas mais carentes é preciso garantir a permanência deles na universidade. “O governo vai oferecer à esses estudantes uma bolsa de estudos no valor de R$ 150,00, justamente para garantir a permanência deles na Universidade. Não adianta a gente criar as cotas sociais, se depois os alunos carentes não terão cursarem os cursos que antes só eram preenchidos pela elite”, finalizou o parlamentar.
Fonte: Ascom
Edição: Bárbara Rodrigues

ANOS DEPOIS DE SUA MORTE, ALMIRANTE NEGRO SERÁ ANISTIADO

Retirado do site Fazendo Média

22.06.200839
Por Eduardo Sá, da redação

No dia 22 de novembro de 1910 estourava uma rebelião no Rio de Janeiro: eram os marinheiros indignados com os castigos físicos que lhes eram aplicados em função de desobediências aos seus superiores que lhes subordinavam a tarefas desumanas. Quase todos eram negros e o procedimento evidenciava a persistência de mecanismos da escravidão abolida apenas 22 anos antes do acontecimento para preservarem a hierarquia militar.
Os marujos vinham se organizando para o levante até o dia em que o marinheiro Marcelino Rodrigues foi penalizado perante seus companheiros com 250 chibatadas. Apanhou mesmo desmaiado até o fim de sua sentença, precipitando a reação dos rebeldes para horas depois.
O episódio ocorreu no encouraçado Minas Gerais sob o comando de João Cândido, vulgo “Almirante Negro” graças a sua maestria, onde os rebeldes foram retirando todos os oficiais e prendendo ou assassinando aqueles que resistiam até dominarem quase todos os navios de guerra.
Militarmente mais fortes, sitiaram a cidade fazendo suas reivindicações ao governo, na época de Hermes da Fonseca, a fim de acabarem com a tortura disciplinar instalada na marinha, exigindo o fim das agressões cometidas com chibatas e melhores condições de trabalho.
Muitos cidadãos, com medo, fugiram para Petrópolis, e o governo pressionado decretou por intermédio do senador Rui Barbosa a anistia dos revoltosos que, sob comando de João Cândido, entregaram suas armas, atracando no litoral carioca. Mas, ao se entregarem em terra, desarmados, foram traídos pelas autoridades, sendo todos exonerados da corporação e presos nos fundos dos navios e prisões subterrâneas na ilha das cobras.
No dia 9 de dezembro os marinheiros tentaram articular uma insurreição na ilha das cobras que rapidamente foi reprimida e de lá João Cândido foi encaminhado para um hospício onde ficou até 1912.
Segundo documento arquivado na casa de Rui Barbosa, o escritor Oswaldo de Andrade relata a dificuldade que a imprensa enfrentava para defender os marinheiros oprimidos, pois “o jornalista Aparício Torelli, o Barão de Itararé, tentou publicar uma crônica do feito e foi miseravelmente assaltado por oficiais da nossa Marinha de Guerra, que o deixaram nu e surrado numa rua de Copacabana”. Hoje a mesma dificuldade é encontrada para evidenciarmos as opressões e omissões que as comunidades de baixa renda estão submetidas.
O “Almirante Negro” em liberdade foi perseguido muitas vezes, foi marginalizado, ficou sem aposentadoria e morreu aos 89 anos como vendedor de peixes na Praça Quinze sem sua patente de marinheiro. Somente no mês passado, através de um projeto de lei criado pela Senadora Marina Silva, é que João Cândido e os demais participantes da revolta foram anistiados. Esperamos também que suas famílias sejam recompensadas por tudo que passaram após às prisões.
Essa matéria não foi elaborada para reacender chamas tampouco tocar na ferida de ninguém, mas para provocar reflexões sobre um fato da nossa história e resgatar a dignidade humana de um líder que lutou por uma causa justa e somente 98 anos depois, já morto, teve seu devido reconhecimento histórico.
No dia 22 de novembro foi inaugurado um busto em sua homenagem nos jardins do Museu da República que seria erguido na Praça Quinze onde ocorreu a revolta, mas por empecilhos impostos pelo prefeito César Maia não foi possível removê-lo para o local em que parte de suas raízes se encontram.
“Ele nunca levou uma chibatada, mas não achava certo que seus companheiros sofressem aquele ato infame e ficava assistindo junto à oficialidade no convés, até o dia que um marujo levou 250 chibatadas e ele deu o basta”. Adalberto Nascimento Cândido, mais conhecido como Cândinho na ABI, onde trabalha há 55 anos, é o filho mais novo do “Almirante Negro” e concedeu um entrevista ao Fazendo Media, expondo as dificuldades que sua família passou após o levante e a gratificação que tem pelo reconhecimento da sociedade, por toda uma luta que seu pai enfrentou injustamente.


FM - Apesar de você não vivenciar a época como você vê o que ocorreu?Cândinho - O processo vem desde que ele foi anistiado e não tinha mais nada a pagar. Mas continuou por que ele foi preso, foi para o hospício. Dois anos depois foi absolvido e passou por isso tudo, sem ter que ter passado por que desde a anistia não tinha mais nada contra ele. Até o direito de amar a Marinha ele não teve.Em algum momento ele teve algum espaço frente à opinião pública?
Não teve espaço, ficou isolado completamente. Ficou na Marinha 17 anos e foi colocado na rua. Os colegas dele foram fuzilados no navio satélite em alto mar e levados para os seringueiros na Amazônia. Ele só não foi também por causa da opinião pública.

E como que está esse processo de anistia?
Essa anistia é a afirmação da anistia de 1910, que o presidente estava acuado e teve que ceder, mas aí teve o golpe e só agora 97 anos depois essa mesma lei vai funcionar. Eu não sei o que vai acontecer. Estou esperando chegar dia 24, que é o aniversário dele, para saber, ela foi aprovada aqui na Câmara e está agora lá no Congresso.

E a imagem dele na marinha?
A Fundação Banco do Brasil junto com a Petrobrás e o Ministério da Cultura estão fazendo um livro para distribuir nos colégios, bibliotecas, Internet. Então eu autorizei a pesquisa na Marinha, pois há pouco tempo uma lei federal permitiu que qualquer parente pudesse requerer qualquer documento em repartição pública, antes proibido para a gente.

Fizeram um monumento em sua homenagem há pouco tempo...
Foi inaugurado dia 22 de novembro no Museu da República, porque um país sem história não é um país. A Marinha não pode esconder por que o povo quer história e não coisa escondida.

Ainda mais pela causa que ele lutou
É, pela causa e ele nunca levou uma chibatada. Naquela época os homens tinham determinação e ninguém entregava ninguém. Tinha um comitê aqui no Rio, e a conspiração estava só esperando o momento; os homens de antigamente não precisavam assinar nada para a palavra valer.
Quando foram para a Inglaterra onde ficaram dois anos tiveram contato com os sindicalistas e voltaram com outra mentalidade, mais forte, e tinham marcado para setembro, só que choveu quando teria uma parada naval, então ficou adiado até o dia que o marinheiro levou 255 chibatadas.

Tiradentes, Frei Caneca, seu pai inclusive, merecem o maior respeito da sociedade brasileira...
Cada um fez sua parte na história do Brasil, então meu pai fez a parte dele e agora está tendo o retorno da sociedade em geral. Estão fazendo tese de doutorado, tem uma professora da França desenvolvendo um trabalho, vão fazer um longa-metragem depois de três curtas já produzidos, estão dando continuidade. A família fica gratificada com esse reconhecimento por toda uma parte do país.
Papai passou por esse sacrifício todo sustentando uma família com 8 filhos, chegando de madrugada todo dia e saindo cedo no dia seguinte. Ele nunca se curvou a nada, era um líder nato por que líder não se faz, ele já vem de natureza com aquilo e ele teve coragem, determinação e sobretudo dignidade que é o essencial do ser humano.

domingo, 29 de junho de 2008

SEMINÁRIO. ESTADO, RELIGIÃO E DESENVOLVIMENTO: A INTOLERANCIA RELIGIOSA NAS VEIAS DO ESTADO LAICO

Para ampliar clique na imagem.

ENCONTRO "DIREITO À CIDADE, MOVIMENTOS SOCIAIS E JUSTIÇA AMBIENTAL"

Recebido por email e divulgando.

O Afro-Gabinete de Articulação Institucional e Jurídica (AGANJU), o Centro de Estudos e Ação Social (CEAS), o Grupo de Pesquisa Produção do Espaço Urbano (PEU-UFBA), e o Programa Direito e Relações Raciais (PDRR-UFBA) realizarão, entre os dias 04 e 06 de julho de 2008, o Encontro "Direito à Cidade, Movimentos Sociais e Justiça Ambiental". As atividades serão realizadas no CEAS (São Lázaro – Federação - Salvador). O evento busca contribuir para a luta contra o Racismo Ambiental e para a inclusão do tema do direito à cidade na agenda política da cidade do Salvador enquanto estratégias para a melhoria da qualidade de vida na cidade. Pretende-se aprofundar a articulação e o diálogo entre os movimentos populares e a academia sobre a questão da justiça ambiental, bem como consolidar uma agenda política-acadê mica para a cidade.
Programação
O encontro será realizado em três dias, tendo principal formato a conferência, ou seja, a exposição seguida de debate entre expositores dos movimentos e da academia e público. Segue:


Dia 04 de julho de 2008
18h: Mesa de abertura com uma apresentação do que será o evento, além de uma explanação sobre Direito à Cidade, Movimentos Sociais e Justiça Ambiental.
Associação da Gamboa de Baixo (a confirmar)
Dorceta Taylor (Universidade de Michigan)
Clímaco Dias (Dpto. de Geografia - UFBA)
Coordenação da mesa: Ari Souza (AGANJU)

Dia 05 de julho de 2008
8 h: Mesa temática sobre saúde e saneamento ambiental
Luiz Moraes (Escola Politécnica - UFBA)
Denize Ribeiro (GT saúde da população negra)
Albert Ko (Cornell University)
Coordenação da mesa: Maria Estela Ramos (Msc em Arquitetura)
10h: Lanche, com exibição de curta-metragem.
10h20min: Abertura da mesa temática sobre moradia.
Associação dos Moradores do Centro Histórico
Movimento dos Sem Teto da Bahia
Inaiá Carvalho (CRH - UFBA)
Coordenação da mesa: CEAS

12h 20min: Almoço

14h: Abertura da mesa temática sobre transportes.
Ihering Guedes (Economia - UFBA)
Movimento Passe Livre
Patrícia Ponte ( PEU - UFBA)
Coordenação da mesa: Manolo Nascimento (CEAS)
15h50min: Lanche
16h: Exibição de filme: "Encontro com Milton Santos"

Dia 06 de julho de 2008
8h: Mesa temática sobre segurança pública
Vilma Reis (CEAFRO)
Movimento Reaja! (a confirmar)
Coordenação da mesa: Luciana Mota (FCP/BA)
10h: Lanche
10h20min: Encaminhamentos.
12h: Encerramento e almoço.

I SEMINÁRIO TEÓLOGICO AFRO-BRASILEIRO

Recebido por email.

O CIAFRO - Centro de Integração da Cultura Afro-Brasileira, convida para I Seminário Teológico Afro-Brasileiro, que dará início à agenda de nossos cursos,no dia 05 de julho de 2008, às 13:00 horas, Rua Senador Salgado Filho, 818 - Olinda - Nilópolis- RJ.

Temas abordados:
Cosmogonia - Visão de mundo do povo Yoruba
Palestrante: Profº Marcelo Monteiro - Acadêmico de Pedagogia, Professor deCultura Afro e Afro-Brasileira - Yorubá, Presidente do CETRAB - Centro deTradições Afro-Brasileiras e Sacerdote Supremo do Àse Idasile Ode.
Momento de Liberdade - Luta contra a Intolerância Religiosa
Palestrante: Sra. Maria Ignez Teixeira - Advogada, formada pela UGF, Presidentedo CIAFRO - Centro de Integração da Cultura Afro-Brasileira e Yalorixá do IlêAxé D'Ogum-Já.

O Negro refletido no espelho
Palestrante: Profª Sandra Gurgel - Pedagoga, Pós-Graduada em História do Negrono Brasil pela UCAN e Professora da rede pública.

Credenciamento 13:00h às 13:30h
Mostra do filme: 13:45h – Atlântico Negro
Lanche: 14:00h

Início da explanação: 15:00h
Abertura para o debate: 18:00h
Encerramento: 20:00h

Evento gratuito!
Inscrições pelo tel: 21 3761-3354 ou por e-mail: ignezteixeira@ibest.com.br ou pelo site: www.portalciafro.org.br


Orientações aos participantes:
Perfil: membros da instituição, parceiros e convidados; Será oferecido certificado para participantes que fizerem inscrição prévia e cumprirem a agenda das palestras. Solicitamos preencher o formulário de inscrição, remeter por e-mail ou fax e imprimir sua inscrição para apresentá-la no credenciamento. A não inscrição prévia não garante a participação.
Considerando ainda que o legado deixado por nossos ancestrais vence desafios e atravessa os tempos, resistindo às discriminações e deturpações sobre a sua origem e sua constituição na diáspora brasileira, o CIAFRO como elemento provocador busca manter a chama das construções teóricas e propões este projeto a ser realizado anualmente, venha dar a sua contribuição, participe.
Clique aqui para download do formulário de inscrição.

ENTREVISTAS DO PROGRAMA RODA VIVA PARA BAIXAR DE GRAÇA

Recebido por email. Divulgando esta preciosidade para todos.
Veja no endereço http://www.rodaviva.fapesp.br/ o projeto "Memória RodaViva", uma iniciativa conjunta do Labjor/Unicamp, Fapesp, Fundação Padre Anchieta e Nepp/Unicamp que disponibilizará , na íntegra, todas as entrevistas feitas pelo programa "Roda Viva" da TV Cultura. O programa, no ar desde 1986, apresenta semanalmente entrevistas com personalidades, brasileiras e estrangeiras, de diferentes áreas e tendências político/ideoló gica, com total liberdade de opinião e de escolha dos entrevistados e entrevistadores, só possível numa emissora pública como a TV Cultura, o que transformou o "Roda Viva" num importante painel do pensamento contemporâneo. O projeto prevê, além de finalizar a inclusão de todas as entrevistas feitas nesses 21 anos, a atualização constante do site com as novas entrevistas, e tem como objetivo disponibilizar o conteúdo - textos integrais acrescidos de verbetes, referências, fotos epequeno vídeo - possibilitando acesso livre para pesquisadores, estudantes e interessados em geral, num sistema de fácil navegação.
Objetiva-se, também, criar um registro importante da história recente, assegurando sua preservação definitiva.

EXPOSIÇÃO SOBRE ÁFRICA CHEGA A SANTARÉM

Retirado do site Portalamazonia

NOTICIAS
25 de junho de 2008.
SANTARÉM - A Fundação Curro Velho com apoio da Universidade Federal do Pará está realizando no Terminal Turístico de Santarém a exposição Guiné Bissau, ‘Múltiplos olhares da África’.
Professores da Ufpa participaram de uma caapcitação na cidade africana e decidiram divulgar o que presenciaram naquela região. O projeto conta com o apoio da Seduc (Secretaria de Estado de Educação) e Semed (Secretaria Municipal de Educação) e provem de uma iniciativa da Unicef. De acordo com a coordenadora de educação e diversidade étnica e racial da Semed, Willivane Melo, a exposição também visa tornar conhecida a nova lei 1639/2003 que trata da inclusão da temática da educação, história e cultura afro-brasileira e africana, no currículo da educação básica.
A exposição vai ficar no Terminal até o dia 11 de julho. A partir de agosto, com o retorno das aulas, o material será divulgado nas escolas da rede pública da cidade.
Para assistir a vídeos com notícias e informações sobre a Amazônia, acesse www.portalamazonia.com/videosdaamazonia.

Fonte:
No Tapajós - JK

TEM NEGROS NA SUA REDAÇÃO?

Retirado do site do Maurício Pestana.

por Maurício Pestana 12 de junho de 2007

Recentemente, em entrevista a respeito da minha mais recente publicação, ” Revolta dos Búzios – Uma História de Igualdade no Brasil”, o brilhante jornalista José Paulo Lanyi desferiu-me uma pergunta que jamais imaginei pudesse causar tantos comentários pró e contra a presença de negros nas redações.
Respondi que, de acordo com minha experiência em todas as redações por que passei, a realidade era a quase inexistência da presença negra . Disse-lhe que atribuía isso a vários fatores, que o principal talvez fosse a falta de qualquer tipo de política de inserção de negros nas universidades e que isso não era um caso isolado no jornalismo brasileiro.
Estamos fora de qualquer posto de comando, decisão e estratégico da mídia, da política, do comércio, da indústria, enfim, da economia brasileira. Mesmo sendo quase 50% da população deste país, ocupamos hoje um percentual insignificante dos bancos escolares nas universidades . Só para citar um exemplo: pesquisa realizada recentemente na USP- Universidade de São Paulo demonstrou que apenas 1,3% dos alunos da mais importante universidade brasileira são negros.
Discutir de forma clara, objetiva, sem ranço e preconceitos a aplicação de ações afirmativas e cotas no Brasil tem sido uma tarefa difícil para ativistas que lutam por um país justo e menos desigual . É impossível entrar nessa discussão sem levar em conta aspectos históricos, políticos , econômicos, sociais e culturais do povo brasileiro . Aliado a esse estudo há de se pensar também a questão racial, sim, mas pelo prisma do principal vitimado dessa problemática : o próprio negro.
Todas as pesquisas dos mais respeitados órgãos, como IBGE, IPEA e DIEESE, apontam para a cor da pele no Brasil como um forte demarcador de posição e decisiva no ingresso , permanência e ascensão do negro no mercado de trabalho, na maioria das vezes independentemente do grau universitário deste “cidadão”.
São dados de órgãos respeitados obtidos por técnicos, e não por militantes da causa negra . Os relatórios são quase unânimes em afirmar que sem uma política clara e objetiva de inclusão do negro não haverá a menor chance de quebrar a barreira da exclusão , preconceito e do racismo brasileiro. > > Em uma sociedade como a nossa em que quase todos estão perdendo alguma coisa e apenas uma minoria domina os principais setores da economia , da política e conseqüentemente da vida nacional , o simples fato, a mais remota hipótese de que uma medida tentará reparar parte das injustiças históricas com uma minoria discriminada - e que boa parcela da população ” em tese ” ficará de fora- tem causado enorme barulho e revolta daqueles que se sentem aviltados nos seus direitos e também dos preconceituosos enrustidos , que nunca defenderam nada, mas que agora saem da toca defendendo escola fundamental pública de qualidade para os negros se prepararem melhor (sem cotas); saem também na defesa dos brancos pobres (com cotas sociais); denunciam racismo às avessas e uma série de outras baboseiras sem o menor fundamento teórico ou técnico.
Os próprios técnicos do IPEA apontam que mesmo com ensino fundamental de qualidade a comunidade negra levaria décadas para reverter a desigualdade secular em que se encontra neste país.
Raros são os jornalistas que procuram pesquisar a fundo a questão levando em consideração a histórica exclusão econômica, política e social do negro no Brasil. Mais raros ainda são aqueles que escrevem ou se dedicam a fazer um estudo profundo sobre o 14 de maio de 1888, o dia mais longo para o negro no Brasil, uma vez que ele ainda não acabou, pois, após mais de 350 anos de trabalho para a construção desta nação, fomos jogados às margens da sociedade sem qualquer reparação ou política compensatória, ou inserção na nova economia.
Raríssimos são os jornalistas como Miriam Leitão, da Rede Globo, que mesmo de forma solitária tem a coragem de dizer que o Brasil só resolverá seus problemas econômicos no dia em que encarar seus problemas raciais, pois essa questão é sim fator de desigualdade, e sem o seu enfrentamento estaremos fadados a não sair do Terceiro Mundo.
Raros também são aqueles capazes de admitir que durante toda a sua carreira poucos foram os seus colegas negros de redação não pertencentes ao “quadro negro” de manutenção, como seguranças , copeiros , ascensoristas e às vezes recepcionistas.
Dentro desta linha , raros, incluem-se também os veículos de informação capacitados para um debate franco, aberto, sem conceitos já preestabelecidos, uma vez que lhes falta o mais importante: material humano que lhes garanta imparcialidade no assunto.
Porém, a “tradição” da imparcialidade contemporânea da imprensa brasileira tem demonstrado em alguns casos um grande esforço em entender e abordar de forma justa essa questão.
A última tentativa quase bem-sucedida foi da revista Superinteressante, que na edição de maio (talvez por conta do 13 de maio) publicou extensa matéria sobre as cotas nas universidades brasileiras. Tentando uma imparcialidade total , a revista abre espaços para os prós e para os contras das cotas.
Analisando tecnicamente a matéria podemos perceber que foram dadas 175 linhas de texto para os argumentos favoráveis às cotas e 214 linhas para os contrários às cotas . O lado positivo da matéria é a pesquisa que a revista faz na própria redação, em que constata a inexistência de negros . A Superinteressante, desde 2004, é 100% branca, ou seja, não existe um só negro na redação! Parabéns para a autocrítica! E você , já avaliou a cor da sua redação?
(*) Maurício Pestana é publicitário e cartunista. Tem trabalhos publicados no Brasil e no exterior. É editor do site www.mauriciopestana.com.br.

CONVOCAÇÃO DE REPÚDIO AO MANIFESTO DE DOCENTES CONTRÁRIOS AS COTAS

Iniciativa importante e que merce ser divulgada. Retirada da mensagem nº 42421 lista de dicussão Discriminacaoracial do yahoogrupos.
Vamos participar!!!!!!

Prezado Senhor,

Considerando a iniciativa do Prof. LEANDRO RUSSOVSKI TESSLER, coordenador da Comissão de Vestibulares da Unicamp (COMVEST), de articular um manifesto contrário à aprovação do Projeto Lei 73/1999 – que prevê a implantação de cotas nas universidades públicas brasileiras;

Considerando, ainda, que não é a primeira vez que docentes da Unicamp se articulam para atacar as conquistas da população negra, como ficou exemplificado na ação do Conselho Universitário contra a Portaria 1.740 do Ministério do Trabalho e Emprego que instituiu o quesito raça/cor na Rais e Caged, articulado pelo Prof. Dr. TOMASZ KOWALTOWSKI.

Ante ao exposto, vimos pelo presente solicitar que as entidades negras e dos movimentos populares enviem manifestações de repúdio as ações organizadas por docentes da Unicamp que são contra as cotas raciais.

As manifestações de repúdio devem ser encaminhadas à Comvest E-mail:
comvest@comvest.unicamp.br , com cópia para celso.karuna@gmail.com

O manifesto contrário às cotas pode ser lido no link:
http://www.comvest.unicamp.br/vest2009/lei_cotas.html

A ata da Câmara de Administração está no link:
http://www.sg.unicamp.br/pautas/ata140cad.pdf

Celso Ribeiro de Almeida
Secretário de Combate ao Racismo – PT Campinas

sábado, 28 de junho de 2008

CARTILHA "AÇÃO AFIRMATIVAS. ESTE É O CAMINHO..." DE GRAÇA

Cartilha feita com o apoio da Fundação Palmares.
O desenhista é o Maurício Pestana. Para baixar clique aqui ou neste link alternativo.

Vale a pena imprimir e fazer cópias para distribui-lá.
Abaixo tem uma charge retirada so site do Pestanta, que diga-se de passagem, é muito bom.

RESULTADO DA PESQUISA "ONDE ESTÁ O NEGRO NA TV PÚBLICA?"

Pesquisa realizada pela Fundação Palmares sobre a presença dos negros na na TV pública. Para baixar clique aqui ou neste link alternativo.

LIVRO NEGRO E NA UNIVERSIDADE. O DIREITO À INCLUSÃO DE GRAÇA

Mais uma publicação apoiada pela Fundação Palmares. Para baixar clique aqui ou neste link alternativo. Segue abaixo a sinopse do filme.

O NEGRO NA UNIVERSIDADE

Em abril de 2004, a Universidade Estadual de Londrina realizou o seminário"O Negro na Universidade: O Direito à Inclusão", que foi o resultado da parceria entre a Fundação Cultural Palmares, a Secretaria Muncipal de Cultura de Londrina, o Movimento Negro e a Universidade Estadual de Londrina. Este foi um importante evento no processo de discussão, iniciado em 2002, que envolveu a comunidade acadêmica e a sociedade civil culminando com a implantação do sistema de cotas na Instituição. A importância do Seminário que resultou na implantação das cotas na UEL e a qualidade das comunicações ali apresentadas, motivaram a publicação dos resultados do Evento com o apoio da Fundação Cultural Palmares e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UEL.


Introdução
Jairo Queiroz Pacheco e Maria Nilza da Silva (Orgs.)


Considerações sobre as Políticas de Ação Afirmativa no Ensino Superior - Kabengele Munanga
Ação Afirmativa: uma política pública que faz a diferença - Valter Roberto Silvério
Ação Afirmativa no Ensino Superior: considerações sobre a responsabilidade do Estado Brasileiro na promoção do acesso de negros à Universidade – o Sistema Jurídico Nacional - Dora Lucia de Lima Bertulio
O Sistema de Cotas da Universidade do Estado da Bahia: relato de uma experiência - Maria Cristina Elyote
Do Problema da “Raça” às Políticas de Ação Afirmativa - Maria Nilza da Silva e Pires Laranjeira
Comunicações Orais Vilma Santos de OliveiraNizan Pereira Almeida - Zulu Araújo

ROMANCE "ROTA EXISTENCIAL" DE GRAÇA


Publicação com apoio da Fundação Palmares.
Rota existencial é uma romance que quer poderiamos enquadra-lá como "Literatura Afirmativa", como é apresentada no título de apresetação. Para baixar clique aqui ou neste link alternativo.

Apresentação

LITERATURA AFIRMATIVA
Rota Existencial, da escritora afro-descendente Maria Helena Vargas da Silveira, a Helena do Sul, aborda aspectos implícitos e ou explícitos das relações étnico-raciais no Brasil, a partir de contos breves, crônicas, depoimentos, sátiras e poesias. A generosidade literária da autora transborda no universo da negritude, fazendo deste novo livro um presente inusitado de Literatura Afirmativa.
O livro divide-se em quatro momentos diferenciados, porém de estrita relação.
Narrando especificidades do povo negro, que o poder hegemônico tenta tornar invisível, afloram o talento, a criatividade e ousadia da escritora, na produção dos contos, crônicas e sátiras
que compõem o ineditismo da primeira parte da obra.
Com um olhar que remete à Antropologia Social, ao gênero literário memorialístico e às constatações de realidades atuais, os textos se concretizam na prosa leve sem perder a firmeza da narrativa que caminha, de forma natural, para a contundência de muitas análises sócio-econômicas, culturais, educativas e de gênero, provocativas para os leitores.


Diony Maria Oliveira Soares
Jornalista, especialista em Antropologia Social,
mestranda em Educação

LIVRO REVISTA NEGRO E EDUCAÇÃO PARA BAIXAR DE GRAÇA

Mais um número do projto Negro e Educação da ANPED (Associação Nacional de Pesquisa Educacionais) de graça em formato PDF. Para baixar clique aqui ou neste link alternativo.

Negro e Educação 4: linguagens, educação, resistências, políticas públicas
Autor: Iolanda Oliveira; Márcia Angela Aguiar; Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva; Rachel de Oliveira, Ano: 2007.


SINOPSE

IMAGENS DE CRIANÇA E INFÂNCIA NEGRAS NA ICONOGRAFIA DO SÉCULO XIX Ione da Silva Jovino
A ESCOLA PRIMÁRIA DA FRENTE NEGRA BRASILEIRA EM SÃO PAULO (1931-1937) Márcia Luiza Pires de Araújo
COMPASSOS LETRADOS: PROFISSIONAIS NEGROS ENTRE A INSTRUÇÃO E O OFÍCIO EM PERNAMBUCO (1830-1860) Itacir Marques da Luz

CHEIROS E BATUQUES DO MUSEU: CONSTRUINDO CONCEITOS POÉTICOS NO QUILOMBO DO CURIAÚ Elane Carneiro de Albuquerque
MOVIMENTO HIP-HOP E EDUCAÇÃO: IMPACTOS SOCIAIS DA ATUAÇÃO DOS RAPPERS NA TRAJETÓRIA ESCOLAR DE JOVENS NEGROS EM CURITIBA (1999-2005) Marcilene Lena Garcia de Souza
PRIMEIRA INFÂNCIA NO ARRAIAL DO RETIRO Flávia de Jesus Damião
IDENTIDADE, RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E A CAPOEIRA: OS OLHARES DE UMA ESCOLA Isabele Pires Santos

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA SALA DE AULA: A PERCEPÇÃO DAS PROFESSORAS NEGRAS Claudilene Maria da Silva
ADOLESCENTES NEGROS E NÃO-NEGROS NA ESCOLA: IDENTIFICANDO ESTEREÓTIPOS Alexsandro do Nascimento Santos

VARIAÇÃO LINGÜÍSTICA E LEITURA DE QUILOMBOLAS NA BAHIA: O CASO DE BARRA DO BRUMADO Cláudia Rocha da Silva
ESTUDANTES NEGROS COMO LEITORES DE LITERATURA AFRO-BRASILEIRA E A IDENTIDADE RACIAL Assunção de Maria Souza e Silva


PARA ENTENDER AS DESIGUALDADES DE ACESSO DO NEGRO À UNIVERSIDADE PÚBLICA Edinalva Moreira dos Santos
AS DETERMINAÇÕES DA VARIÁVEL “COR” NO ACESSO À UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE Anderson Paulino da Silva
MESTIÇAGEM, RACISMO E IDENTIDADE: UMA ANÁLISE DO DISCURSO SOBRE COTAS RACIAIS ENUNCIADO POR ESTUDANTES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ Larissa Santos Pereira
PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS: POLÍTICA DE AÇÃO AFIRMATIVA PARA NEGROS A EDUCAÇÃO SUPERIOR? Eugenia Portela de Siqueira Marques

AS AÇÕES AFIRMATIVAS PARA NEGROS NO BRASIL Kassandra da Silva Muniz

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Pela Vida, contra o Extermínio!

Leia abaixo a carta aberta divulgada pelo grupo

O dia 27/06 marca o aniversário de um ano da chacina do Complexo do Alemão. Essa chacina foi resultado da primeira mega-operação da PM em conjunto com a Força Nacional Segurança e teve como resultado a morte de pelo menos de vinte e uma pessoas e o ferimento de nove, incluindo crianças.
Contando desde o início da ocupação na comunidade – dia 2 de maio de 2007 – os números são ainda mais alarmantes: mais de 43 mortos e 81 feridos. Alemão, Baixada, Coréia, Candelária, Acari, Borel, Vigário Geral e o tão recente caso da Providência são apenas alguns exemplos de como as chacinas viraram uma rotina no cotidiano do nosso estado.

Esse é o resultado direto da lógica de medo e terror implantada pela política de segurança pública atual, que baseada no confronto e no processo de criminalização dos pobres atinge especialmente os jovens negros. Acusamos os governos de matar nossa juventude. Acusamos o modelo de segurança adotado nos últimos tempos de promover uma política de extermínio. Acusamos a justiça de omissão e negligência.

Por isso marchamos em lembrança de um ano da Chacina do Alemão: para não deixar no esquecimento as execuções de nossos jovens. Porque não acreditamos que a segurança pública deva se pautar numa política de confronto e extermínio e exigimos a adoção de um modelo de segurança pública baseado na garantia dos direitos humanos, além da investigação rigorosa das circunstâncias de todas as mortes ocorridas em conseqüência dessa política nefasta.

CHEGA DE CHACINA! CHEGA DE EXTERMÍNIO! SEGURANÇA É GARANTIR OS DIREITOS HUMANOS! DIA 27/06 MISSA NA CANDELÁRIA ÀS 10H ATO PÚBLICO CONTRA O EXTERMÍNIO

LANÇAMENTO DO CD RITMOS AFRO BRASILEIROS

Recebi por e-mail e estou repassando.

03/07/08, às 20 h. Apresentação do Grupo Ilu Orin OrixáExposição de Roupas Afro da Grife Empório Afro e outras grifesExposição de esculturas em madeira de Cláudio Kafé e outros artistas plástic@s
Local: Casa Brasil Mestiço
Endereço:Mem de Sá, 59, Lapa.
Ingresso R$ 10,00 no local - antecipado R$ 8,00
Contatos: (21) 2509-7418/3271- 7550

CONVITE PARA O DEBATE SOBRE A CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO E TODA FORMA DE DISCRIMINAÇÃO E INTOLERÂNCIA

Recebido por email e divulgando
Para baixar o texto (em espanhol) consolidado da conveção Interamericana que foi enviado por email clique aqui. O Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB-UERJ), a CRIOLA e o CEJIL (Centro pela Justiça e o Direito Internacional) convidam para o debate sobre o PROJETO DA CONVENÇÃO INTERAMERICANA CONTRA O RACISMO E TODA A FORMA DE DISCRIMINAÇÃO E INTOLERÂNCIA, que será realizado dia 7 de julho às19 horas na sala 80, 2 andar, bloco D da UERJ, que está localizada na Rua São Francisco Xavier, 524, Maracanã.O objetivo deste debate é aprofundar a discurso sobre o Projeto de Convenção (cópia em anexo) iniciado nas reuniões dos dias 6 de maio na PUC-Rio e 11 de junho na UERJ.
Lembramos que este novo instrumento internacional pode vir a proporcionar uma resposta qualificada e diferenciada sobre violações sofridas por grupos específicos que historicamente são discriminados em nossas sociedades.

Portanto, acompanhar e incidir neste processo , é muito importante para garantir a ampliação e o respeito dos direitos destes grupos, refletindo sobre o texto do Projeto, e elaborando sugestões referentes aos conceitos de Racismo, Discriminação , Intolerância e ainda, sobre os aspectos propositivos que tal instrumento deve contemplar.

Esperamos por você.NEAB-UERJ
CRIOLA
CEJIL

SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA - 120 ANOS DE ABOLIÇÃO

Para ampliar clique na imagem.

IPTU É COBRADO DE TERREIRO

Retirado do site do jornal A Tarde

25/06/2008 (21:01) atualizada em 26/06/2008
Cobrado IPTU da Casa Branca
Lúcio Távora/Agência A Tarde
Conhecido como Casa Branca, o Ilê Axé Iyá Nassô Oká é alvo de ações movidas pela prefeitura
Mary Weinstein, do A Tarde
Mais antigo terreiro de candomblé do Brasil, segundo registros extra-oficiais, o Ilê Axé Iyá Nassô Oká, mais conhecido como Casa Branca, está ameaçado de ter os seus bens, incluindo o barracão principal, arrestados pela Justiça, a pedido da Secretaria da Fazenda, em decorrência da cobrança de uma dívida de R$ 840 mil, referentes a taxas atrasadas do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), distribuídas em quatro processos.

O secretário municipal da Reparação da Prefeitura de Salvador, Sandro Correia, nesta quinta-feira, 26, às 15 horas, terá uma audiência com o procurador-geral do município, Pedro Guerra, para tratar da questão e adiantou que vai pedir a suspensão dos processos. E justificou: “Vai haver um diálogo. Estamos tratando de um poder que tem resquícios no Estado colonialista. São mentalidades culturais que nada têm a ver com a questão contábil, mas às vezes têm. A própria discussão do espaço urbano é multifacetada”.
De acordo com a Constituição Federal, artigo 150, as propriedades que abrigam culto religioso estão isentas de pagar impostos: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: [...] VI – instituir impostos sobre: [...] templos de qualquer culto”. Mas os dirigentes da maioria dos terreiros de Salvador desconhecem a legislação que os beneficia e não regularizam o culto religioso nos órgãos municipais. A cobrança da Secretaria Municipal da Fazenda provocou a abertura de quatro processos que tramitam em Varas da Fazenda Pública.
Surpresa - Há dez dias, uma oficial de justiça foi ao terreiro com um mandado de arresto de bens. Arelson Antônio Conceição Chagas, o ogã Leo, levou-a até a Casa dos Ogãs e explicou que a propriedade era um terreiro de candomblé e recebeu a orientação para que regularizasse a situação do terreiro.
Orientado por advogados, o ogã começou a oficializar a prática do culto religioso que acontece desde o século XIX. Para isso, reuniu documentos como a escritura da propriedade, em nome da antiga mãe pequena, a iakekerê Antônia Maria dos Anjos, que morreu há 100 anos, herdeira de Ursulina Maria Figueiredo, a mãe Susu. Dirigido por mãe Tatá, fica na Avenida Vasco da Gama e à sua frente foi erguida uma praça em que há um barco e árvores sagradas além de uma Iemanjá e um lago, projeto do arquiteto Oscar Niemeyer. Na propriedade, existe o barracão e casas de Oxóssi, Ogum, Obaluaiyê e Airá (da família de Xangô). O terreno é de Oxóssi e a casa de Xangô.
Segundo a Sefaz, “para a imunidade de tributos para templos de qualquer culto é necessário que o imóvel esteja em nome da entidade e que no local (na inscrição imobiliária objeto da isenção) funcionem os cultos religiosos, havendo fiscalização no local para tal verificação. A imunidade retroage ao tempo que a entidade iniciou suas atividades”.
A Koinonia Presença Ecumênica e Serviço presta atendimento a cerca de 180 terreiros em Salvador e informa que muitas casas recebem o carnê do IPTU e pagam o imposto sem saber que têm direito à imunidade fiscal. “Se a Casa Branca sofre esse problema, imagine os outros”, declara a coordenadora da ONG, Jussara Rego.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

LIVRO "O PROGRAMA DIVERSIDADE NA UNIVERSIDADE NA UNIVERSIDADE A CONSTRUÇÃO DE UMA POLÍTICA EDUCACIONAL ANTI-RACISTA" DE GRAÇA


Mais um livro recentes do governo federal em parceria com a UNESCO. Nesta está se anaslisando o programa divrsidade na universidade e a consturção de uma política educacional anti-racista
Para baixar o arquivo em PDF Clique aqui ou neste link alternativo.

VIGILÂNCIA E INVASÃO DIGITAL PARA QEM ENTRA NOS EUA

É agora a alfandêga norte-americana tá com autorização de puxar dados de HDs de notebooks, pen drive, Ipod, etc. de qualquer suspeito em potencial para a segurança nacional norte-americana.... é estão pegando pesado, cuidado ao viajar pros states!!!!
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A PRAGA DO SPAM FAZ 30 ANOS

Você conhece a história do nome Spam? E quando foi mandado os primeiros emails que foram apelidados de Spam? Matéria legal do jornal O Globo do dia 23.06.08.
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BAIXE DE GRAÇA O LIVRO "ACESSO E PERMANÊNCIA DA POPULAÇÃO NEGRA NO ENSINO SUPERIOR"

A imagem ao lado é a capa de um dos livros mais recentes do governo federal, em parceria com a UNESCO, sobre a questão de acesso e permanência da população negra no ensino superior público.
Contém análise das seguintes unviersidades:
UFBA, UNEB, UFAL, UEMS, UEG, UERJ, USP, UNICAMP, UFMG, UFF, UFPR, UEL.
Para baixar o arquivo em PDF para seu computador clique aqui ou neste link alternativo.

GRUPO DIZ TER ENCONTRADO IRREGULARIEDADES NAS COTAS DA UFRGS

Retirado do site da Zero Hora.

Educação 25/06/2008 21h50min
Problema seria na documentação de 33 cotistas aprovados no último vestibular da universidade
Daniel Cardoso


A política de cotas adotada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que reserva 30% das vagas para alunos de escolas públicas, voltou nesta quarta-feira a ser alvo de críticas.
Um grupo de 65 estudantes prejudicado pela política e a advogada Wanda Marisa Gomes Siqueira dizem ter encontrado irregularidades na documentação de 33 cotistas aprovados no último vestibular.
De acordo com a advogada, as supostas irregularidades incluiriam, por exemplo, nomes falsos, pessoas brancas que se auto-declararam negras, egressos de escolas particulares e até um estudante que cursou o Ensino Médio na Argentina.
— Ninguém aqui é contra a política de cotas, mas não se pode aceitar esses erros. A universidade, agora, tem duas alternativas: ou cancela as cotas ou absorve todos os candidatos que tiveram pontuação para ingressar na faculdade — sustenta.
O levantamento foi feito com base no histórico escolar e processos de matrículas de 522 cotistas enviados pela UFRGS à Justiça Federal.
O grupo teve acesso à papelada na sexta-feira. Antes disso, já tinham fotografias das residências de cotistas, o que supostamente comprovaria que muitos deles, apesar de saírem de escolas públicas, têm boas condições financeiras.
Segundo a advogada, isso caracteriza desvirtuamento na política de cotas que tem como objetivo beneficiar estudantes de baixa renda familiar.
O caso foi parar em Brasília. Na semana passada, a advogada pediu à Procuradoria Geral da República investigar a suposta fraude.
No Ministério da Educação e Cultura, o pedido é que se crie uma comissão para vasculhar os documentos dos cotistas da UFRGS. Se necessário, intervir na universidade e até pedir o impeachment do reitor José Carlos Hennemann.
A UFRGS informou que só vai se manifestar sobre o assunto quando for citada oficialmente.

terça-feira, 24 de junho de 2008

O FATOR DO VOTO NEGROS NOS EUA E O AUMENTO DA CAMPANHA DO ÓDIO

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"COMO PODE NÃO TERMOS UM OBAMA?"


Milton Gonçalves diz que negros devem ser "ministros da Fazenda, da Educação", e não ter pasta para tratar só de negros
Ele critica Lula, lamenta que brancos ainda predominem em novelas e afirma que cotas não podem resolvem "questões centenárias"Luciana Whitaker/Folha Imagem
Milton: 'Fazer um vilão provoca mais discussões do que papéis usuais'
LAURA MATTOSDA REPORTAGEM LOCAL
Quando foram divulgadas as primeiras notícias de que Milton Gonçalves seria um político corrupto na novela "A Favorita", da Globo, a bomba logo estourou em seu e-mail. O personagem, escreveram os remetentes, poderia prejudicar candidatos negros nas eleições. "Será que o objetivo era atingir Barack Obama?", surtou um.Ninguém melhor do que Milton para entrar nessa polêmica. Aos 74 anos, 43 só de Globo, o ator passou a vida na luta por papéis que iam além dos escravos e empregados reservados a negros. Quase foi demitido quando se opôs à decisão de pintar Sérgio Cardoso de preto para interpretar o escravo protagonista de "A Cabana do Pai Tomás" (1969/70). Além disso, Milton é político na vida real.Filiado ao PMDB, foi candidato a deputado nos anos 80 e a governador do Rio nos 90. Romildo Rosa, seu papel em "A Favorita", não só é corrupto como chefe de uma família desequilibrada. A controvérsia sobre a abordagem politicamente incorreta do núcleo negro deve crescer, uma vez que a trama de João Emanuel Carneiro, há três semanas no ar com 35 pontos de média, deu sinal de subida no Ibope e bateu 40 na segunda-feira. À Folha o ator falou da celeuma, fez críticas às TVs por terem poucos negros, às cotas, a Lula e a políticos em geral. Leia abaixo.

FOLHA - O sr. tem a carreira marcada por conseguir papéis que vão além dos normalmente concedidos a negros, como escravos e empregados. Chegou a pedir a Janete Clair um personagem "engravatado" e acabou fazendo o médico Percival em "Pecado Capital" (1975/76).
MILTON GONÇALVES - Sempre lutei por papéis relevantes. Há muitos anos, na peça "A Mandrágora" [de Maquiavel], comecei fazendo um escravo e acabei no papel que era do [Gianfrancesco] Guarnieri. Tinha que fazer um esforço para me convencer de que era capaz. Queria papéis que acrescentassem algo a um processo antes inconsciente e hoje muito consciente: o da inserção sem humilhação.
FOLHA - Nesse contexto, como avalia o fato de interpretar na novela das oito um político corrupto? Os papéis não precisam mais levantar a bandeira do movimento negro?
MILTON - Como ator, quero fazer todos os personagens. Fazer um vilão provoca mais discussões do que papéis usuais. E a política brasileira.. . Aqui no Rio, aqueles três jovens negros, e é bom grifar isso, da comunidade [do morro da Providência] são detidos, e o Exército os leva a uma facção [rival de traficantes] , e eles são mortos de forma brutal. Isso é uma aberração e é política. Quem levou o projeto Cimento não sei das quantas para lá? Um político [o senador Marcelo Crivella, do PRB, autor do Cimento Social, de reforma de casas; em nota, na quinta-feira, o parlamentar afirmou: "O que fiz foi unicamente apresentar e defender a importância do projeto (...) e garantir os recursos orçamentários necessários"] . O Exército só foi lá porque o presidente do país autorizou. Obviamente não imaginava que fosse aquilo, mas aquele que é candidato a prefeito [Crivella] levou [o Exército] e vai ter que assumir a responsabilidade. Isso marca a podridão em que foi transformada a política. Há pessoas maravilhosas, mas a média lamentavelmente falha. Meu personagem é um desses duendes chafurdando no lamaçal.
FOLHA - O sr. enfrentou resistência do movimento negro em razão de interpretar um político corrupto?
MILTON - Uma pessoa próxima, que se notabiliza por palpites infelizes, me mandou um e-mail: "Será que isso não vai atrapalhar? Será que estão querendo atingir [Barack] Obama?" É um jornalista negro, não vou falar o nome. Algumas outras pessoas escreveram. Ficou a sensação de que seria negativo fazer um político negro corrupto em um país onde o negro, que é metade da população, não é representado no tamanho da sua participação na sociedade. Me questionaram se o personagem não atrapalharia [políticos negros] nas eleições. Não acho, e sou ativista político. Meu lado artístico pede vilões. Vilões que algumas vezes fiz redundaram em grandes discussões. O fato de o cara ser negro não quer dizer que não possa ser desonesto, corrupto, bandido, safado, ladrão. Pode ser tanto quanto o branco. Se meu personagem atrapalhar um candidato negro é porque não há convicção sobre ele. Romildo provoca desejo de que haja políticos negros honestos.
FOLHA - O pesquisador e cineasta Joel Zito Araújo demonstrou que na história da TV a grande maioria dos papéis concedidos a negros era de coadjuvantes, escravos e empregados. Nos últimos anos, houve mais negros em papéis centrais, como a protagonista de "Da Cor do Pecado" (2004/Taís Araújo). Ter um negro como corrupto pode significar que chegamos a um patamar no qual a inserção não é mais um problema?
MILTON - Continuo achando que ainda somos muito poucos em atividade. É só olhar na TV. A participação do negro nas novelas não mudou quantitativamente. Em 68, tive um atrito na Globo, quando Sérgio Cardoso foi pintado de preto para o papel de negro em "A Cabana do Pai Tomás". Em um país em que a metade da população é negra, pintar um branco para fazer o papel de negro é aberração, um desrespeito. Fui contra isso, o que quase me rendeu uma demissão. E não sei se há uma melhoria. Quando se faz uma novela de favelas, por exemplo, aquela figuração lá no fundo ainda não é misturada o suficiente para o meu gosto.
FOLHA - O sr. enfrentou muito preconceito nesses 43 anos de Globo?
MILTON - Preconceito todos sofrem, até branco, dependendo do meio. Em "Baila Comigo" [81], era casado com a personagem da Beatriz Lira. Ela recebeu avisos loucos: "Olha, ele é excelente ator, mas você vai fazer a mulher dele?!". O chamado movimento negro me dizia: "Não vai beijar na boca!". Combinamos: "Tome beijo na boca".
FOLHA - O que o sr. acha do movimento negro no Brasil?
MILTON - Já fui mais ativista. Não renego, mas temos que acrescentar à luta algo a mais, para que a ação seja mais democrática. Não acho que um ministro ou secretário deva ter cargo só para tratar de coisas de negros. Negros devem ser ministros da Fazenda, da Educação. Como pode, nos EUA, onde o negro é 14% da população, haver um negro candidato à Presidência, que espero que seja eleito, com grandes chances, e no Brasil, onde o negro é metade da população, não termos alguém assim? Fui candidato a governador no Rio [94] porque achei que deveria enfrentar. Mas pessoas antes solidárias deram cabo. O que eu queria fazer não incluía desonestidade.
FOLHA - Por suas palavras, não parece favorável às cotas para negros.
MILTON - Não sou radicalmente contra. Quem achar que são boas que faça uso. Mas não acho que as cotas possam resolver questões centenárias. Não posso apenar um branco que tirou dez na prova e dar seu lugar a um negro que tirou cinco.
FOLHA - Encararia outra eleição?
MILTON - Nem que a vaca tussa! Sou da época do MDB e hoje estou no diretório estadual do PMDB do Rio, mas prefiro ser um guerrilheiro em escaramuças. Quando há necessidade, vou lá e dou palpite.
FOLHA - O que acha do PMDB?
MILTON - Houve degradação, a qualidade está muito baixa.
FOLHA - Cogita trocar de partido?
MILTON - Agora não, porque está tudo a mesma porcaria.
FOLHA - O fato de Romildo falar que passou fome é recado a Lula?
MILTON - Nada a ver. A única coisa que me incomoda no Lula foi uma frase que usou, que não estudou e é presidente. Não sabe o mal que causou à nação.
FOLHA - Aprova a gestão de Gilberto Gil no Ministério da Cultura?
MILTON - Não sei... Cultura, na minha cabeça, é a perna direita de um país. E acho que a Cultura está meio vasqueira, devagar.
FOLHA - "A Favorita" mostra a relação conflituosa do deputado com a imprensa. Como o sr., que fez faculdade de jornalismo, analisa a atual relação entre imprensa e poder?
MILTON - Não há hoje ninguém absolutamente isento. O jornal é feito para um grupo de leitores e quer alcançar seu nível de venda. O seu jornal, por exemplo, tem como cliente a classe média paulista. Pode até fazer matérias para o operariado, mas não é seu público-alvo.
FOLHA - O repórter da novela gritou "corrupto, ladrão" em comício de Romildo. O jornalismo partidário é muito presente hoje no país?
MILTON - Não é função do repórter ir a um comício e chamar o cara de ladrão. Se quer falar, tem que tirar o crachá e agir como cidadão.
FOLHA - Por outro lado, o deputado da novela veta a publicação de reportagens que denunciam suas falcatruas telefonando para a cúpula do jornal. Não é um tema delicado para se tratar em uma emissora que faz parte de um conglomerado de comunicação tão amplo?
MILTON - Concordo em gênero, número e grau. Mas, pai, afasta de mim esse cálice! [risos].

NA CONTRAMÃO, ANDIFES PREPARA ESTRATÉGIA CONTRA AS COTAS

Retirado do Portal Vermelho.

23 DE JUNHO DE 2008

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) pretende elaborar uma estratégia contra o Projeto de Lei 73/1999 que prevê a implantação de cotas para negros e índios em universidades públicas. O encontro entre os reitores que compõe a Andifes está agendado para esta quinta-feira (26) em Brasília (DF). A estratégia também deverá ser assunto de uma reunião com o ministro da educação Fernando Haddad.
Segundo o atual presidente da associação, Amaro Henrique Pessoa Lins, a “determinação prevista por meio de um Projeto de Lei contraria as metas de trabalho da atual gestão que são de luta por autonomia [universitária]”. Coordenadores de vestibulares de cerca de 30 instituições públicas do país também compartilham da mesma opinião.

Nesse mês eles enviaram ao presidente da câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) um manifesto contrário ao projeto de cotas. O documento aponta que “cada universidade deve debater seus projetos de inclusão para adotá-los de acordo com sua realidade.

Entidades como o Movimento dos Sem Universidade (MSU) apontam que “o atual sistema hegemônico de vestibular para o acesso ao ensino superior, nas principais carreiras e cursos, como medicina, chega a reservar mais de 80% das vagas públicas para populações sempre privilegiadas como os alunos de escolas particulares”. O PL já foi incluído na pauta de votações da Câmara, mas ainda não tem data definida para ser votado.

A Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) também defende as cotas. "Ao compararmos o desempenho de cotistas e não cotistas em universidades públicas que já adotaram a reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e negros, percebe-se que o desempenho dos cotistas é maior ou igual aos dos não cotistas. Então por quê manter a exclusão que o vestibular impõe à esses estudantes?", defende Ismael Cardoso, presidente da entidade.
Da redação, com informações da Radioagência NP

CURSO DE JORNALISMO DIGITAL

Retirado do site Jornalismo nas Américas.

Jornalistas podem se candidatar a novo curso de jornalismo digital em português (Centro Knight para o Jornalismo nas Américas)
O Centro Knight para o Jornalismo nas Américas abriu inscrições para o curso Introdução ao Jornalismo 2.0: Oportunidades e Desafios na Era Digital. Trata-se de um novo curso, especial para jornalistas brasileiros, a ser ministrado entre os dias 21 de julho e 17 de agosto de 2008.
O curso, gratuito, reflete o novo foco do Centro Knight como um centro de treinamento em mídias digitais e foi desenvolvido pelo jornalista e professor brasileiro Carlos Castilho. Castilho traduziu para o português o livro de Mark Briggs:
Jornalismo 2.0: Como Sobreviver e Prosperar: Um guia de cultura digital na era da informação.
As vagas são limitadas e a inscrição pode ser feita por
este link. Você poderá inscrever-se até as 23:55 horas (horário de Brasília) do dia 13 de julho para uma das vagas que serão oferecidas.

COMO VALIDR O WINDONS XP PIRATA PARA ORIGINAL DE GRAÇA

Se você não consegue atualizar o Windows XP, ou está com uma notificação de que o Windows é falso, siga o seguinte tutorial para validação.

1. Vá em Iniciar > Executar
2. Digite regedit e clique em OK.
3. Já dentro do regedit, navegue até a chave: HKEY_LOCAL_MACHINE\SOFTWARE\Microsoft\...rrentVersion\WPAEvents
4. No painel à direita, clique duas vezes em OOBETimer
5. Na janela que foi aberta, apague qualquer valor e clique em OK. Feche o regedit
6. Vá novamente em Iniciar > Executar e dessa vez digite: %systemroot%\system32\oobe\msoobe.exe /a
7. Na janela que foi aberta, escolha a opção Sim, desejo telefonar...
8. Na próxima etapa, clique no botão Alterar chave de produto.
9. Na etapa seguinte, digite a CD-Key: THMPV-77D6F-94376-8HGKG-VRDRQ E clique no botão Atualizar
10. Após clicar no botão Atualizar, o assistente para ativação voltará para a janela anterior, então, clique em Lembrar mais tarde e reinicie o Windows.
11. Reiniciado o Windows vá novamente em Iniciar > Executar e digite: %systemroot%\system32\oobe\msoobe.exe /a
12. Aparecerá a seguinte mensagem: Ativação do Windows: O Windows já está ativado. Clique em OK para sair

Este tutorial funciona perfeitamente. Foi aplicado em dois computadores e nunca mais ocorreu a notificação de pirata.

ELES NÃO TÊM ASSESSORES DE IMPRENSA

Retirado do site do Observatório da Imprensa

Edição 490 de 17/6/2008
MORRO DA PROVIDÊNCIA, RIO
Sylvia Moretzsohn

O Rio do lado sem beira desceu à sua maneira - como diz a canção - e enfrentou o Batalhão de Choque na sede do Comando Militar do Leste, ao lado da Central do Brasil, em seguida ao enterro de três jovens moradores do Morro da Providência, ocupado desde dezembro do ano passado por forças do Exército, alegadamente para dar apoio a obras de reforma de centenas de casas da comunidade.
Segundo o noticiário, os rapazes voltavam de um baile funk quando foram abordados por militares, que os revistaram; presos por desacato e levados a um quartel, acabaram torturados e assassinados, supostamente depois de terem sido entregues por esses mesmos militares a traficantes de um morro próximo, dominado por uma facção rival. Seus corpos foram encontrados num lixão, num município da Baixada Fluminense.
Assim que a notícia correu, no sábado (14/6) à noite, a revolta explodiu: vários ônibus foram incendiados ou depredados nas imediações da favela, os operários que trabalhavam nas obras decidiram parar em sinal de protesto, moradores tentaram bloquear o viaduto que passa ao lado do morro e é vital para o trânsito na cidade.
O ápice foi na segunda-feira (16): primeiro a tensão no enterro, depois a passeata até a sede do Comando, finalmente o confronto. Bombas de efeito moral, spray de pimenta, tiros de balas de borracha, cães e golpes de cassetete contra as pedras e o alarido da multidão enfurecida, que promovia estragos a esmo em meio a outra multidão apavorada, que tentava fugir daquilo e voltar para casa.
Cidadãos inteiramente loucos com carradas de razão - exatamente como diz a canção.
Perguntas tardias
O Globo deu amplo destaque ao conflito e relacionou na primeira página dez "perguntas sem resposta", que poderiam ser resumidas essencialmente em duas: por que o Exército Brasileiro foi mobilizado para um trabalho que inevitavelmente incluiria a função de polícia se não há deliberação do Congresso Nacional nesse sentido? Por que o Exército Brasileiro foi destacado para atuar num reduto eleitoral particularmente vistoso de um senador evangélico de grande influência, candidato a prefeito e colega de partido do vice-presidente da República? Por quê? Porque...
Por que O Globo apenas agora se lembra de fazer essas perguntas? Por que não as fez há seis meses, quando começou a ocupação do morro? Naquela época - um 13 de dezembro, data marcante na memória nacional - o jornal registrava singelamente que "as obras do projeto Cimento Social, uma parceira do Ministério das Cidades com o Exército, começam hoje no Morro da Providência, no Centro. A proposta é reformar as fachadas e os telhados de 780 casas da favela". (Na verdade, 782, pois para um projeto como esse é preciso mesmo contar nos dedos e anotar bem o nome dos beneficiários) . No dia seguinte, no mesmo tom, informava que o "Exército ocupa vários pontos do Morro da Providência".
O Exército sobe o morro, não encontra qualquer resistência, e ninguém desconfia de nada? Ainda mais que naquele mesmo morro, cerca de um ano e meio antes, no episódio ainda hoje nebuloso do sumiço de armas de um quartel, houve intensa troca de tiros com os traficantes locais, resultando inclusive na morte de um rapaz, no meio do fogo cruzado a que se costuma dar o nome de "bala perdida".
Só quatro meses depois, em 6 de abril, manchete do diário Extra investiria na explicação para tamanha calmaria: "Tráfico propôs trégua para Exército trabalhar em paz na Providência". (Se a iniciativa partiu mesmo dessa entidade chamada "tráfico", ou se teve outra origem, é coisa de menor importância agora). O Globo, um mês e meio antes (em 20 de fevereiro), preferiu acreditar na fantasia de que "Providência não tem mais venda de droga". A informação era atribuída ao Exército e repetia matéria publicada na véspera pelo jornal O Dia, que afirmava: "Exército expulsou tráfico do Morro da Providência", e que abria de maneira triunfal e inequívoca:
"A presença diária de 200 homens do Exército no Morro da Providência, no centro da cidade do Rio, foi suficiente para expulsar os traficantes que dominavam a comunidade. O que restou do grupo se resume a poucas pichações nas paredes das casas ou às iniciais da facção gravadas nas escadarias. A expulsão dos criminosos é reconhecida pelos militares e pode ser constatada em uma caminhada pelos becos da comunidade, que não apresentam olheiros ou soldados armados do tráfico."
Surpreendentemente, menos de um mês depois, em 11 de março, a Folha de S.Paulo faz a gentileza de informar exatamente o contrário: "Exército admite que tráfico ainda atua em morro ocupado por militares no Rio". E aponta a origem do equívoco:
"O Exército admitiu pela primeira vez que o tráfico ainda opera no morro da Providência, na Gamboa (zona portuária do Rio), ocupado há quase três meses pelos militares para a realização de reformas em casas da população de baixa renda. Em 18 de fevereiro, o Comando Militar do Leste levou a imprensa à favela para anunciar publicamente que havia expulsado os traficantes." [Destaque meu.]
O Comando Militar do Leste levou a imprensa à favela para dar uma notícia do seu interesse e a imprensa acreditou. E fez o alarde correspondente à suposta grande vitória do Bem contra o Mal.
Da mesma forma, a imprensa achou perfeitamente normal algo que estranha agora: o acordo do Ministério das Cidades com o Exército para a tal obra do "Cimento Social" que privilegiava escandalosamente um projeto eleitoreiro do "bispo" candidato a prefeito do Rio de Janeiro, à revelia do debate público que obrigatoriamente precisaria ser travado para a adoção de uma medida como essa.
É preciso estar atento e forte...
Ler jornal, ouvir o noticiário radiofônico, assistir a telejornais, são tarefas muito difíceis. É preciso estar atento e forte - como diz outra canção, bem mais antiga. E não conseguimos estar atentos o tempo todo. Tendemos a acreditar no que se publica, mesmo porque a principal arma de um jornal é a sua credibilidade, e além disso o hábito de ler jornal, ouvir rádio, assistir ao telejornal, está incorporado ao nosso cotidiano. Por isso tantas coisas nos escapam, e por isso também momentos de grande comoção como este servem para alertar-nos para a necessidade de um recuo que nos leve a pensar em como chegamos até aqui.
Então, tudo se encaixa: a mal disfarçada campanha da mídia em geral em favor da atuação do Exército no combate à criminalidade não poderia mesmo permitir críticas ou questionamentos diante de uma medida perfeitamente adequada a esse propósito. E as várias assessorias de imprensa - do governo, do Exército, do candidato - se aproveitam disso para "plantar" as informações de seu interesse.
Até que três rapazes um pouco mais abusados, ou um pouco menos dóceis - quem sabe ovelhas desgarradas do rebanho do "pastor" -, ousam desafiar o poder da farda e conhecem um fim trágico que detona a revolta.
Porém a "comunidade" não tem assessores. Reage à sua maneira: as mães envelhecidas e desdentadas no desespero da perda dos filhos, os amigos e vizinhos queimando ônibus e quebrando o que vêem pela frente ou empunhando cartazes improvisados, frases precárias escritas num frágil pilot sobre cartolina com uma tarja negra à volta em sinal de luto. Ou, ainda, apela a gestos tão simbólicos como a retirada da bandeira nacional hasteada no alto do morro pela força armada, ou a exibição de um boneco de Judas fardado, pendurado do lado de fora de uma casa sem reboco, num ponto mais visível do morro.
É tudo, e é pouco, porque sempre haverá quem diga que estão a serviço dos traficantes, o que é a forma mais óbvia de deslegitimar o protesto e simplificar a questão. Afinal, dois dos jovens assassinados tinham "passagem pela polícia" - quase uma regra para quem nasceu e vive na periferia social -, de modo que estavam marcados como a flor de lis no corpo dos bandidos de outrora. O outro tinha ficha limpa, mas era questão de tempo.
Agora os jornais começam a fazer perguntas, agora aparece um documento confidencial do Exército informando que a presença dos militares no morro era mesmo para policiar a área, agora os jornalistas fazem as contas e constatam que a reforma das casas custará mais de 60% do preço de uma casa nova. Mas agora é tarde.
A tragédia em "alta definição"
A força das cenas do conflito, a intensidade do drama, a aberração e o grau de barbárie que a situação expõe, nada disso foi capaz de mudar a abertura do Jornal Nacional de segunda-feira (16/6), que destacou o fato na escalada mas começou com a matéria prevista: uma reportagem sobre o câncer de mama, anunciada pela sorridente musa do noticiário, que retornava ao trabalho depois de dez dias longe das câmeras, justamente para a realização de uma pequena cirurgia nos seios, preventiva de um mal maior.
No encerramento, a mesma musa sorridente anunciava a boa nova: o início da transmissão digital da emissora no Rio de Janeiro, dali a alguns minutos, na novela das nove.
De fato é reconfortante saber que, em breve, a noite da grande fogueira desvairada poderá ser apreciada em "alta definição".
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