Agradecimentos ao Blog Maria Frô pela postagem que alerta sobre o preconceito e racismo explicito no programa do Jô Soares.
Existe um link no youtube com a mesma reportagem apontada no site da Rede Globo, segue abaixo.
Terça-feira, Outubro 23, 2007
Jô Soares e suas bizarrices
Faz tempo, muito tempo que não vejo o Jô, pois tenho tanto que fazer da vida que não posso perder meu sono e paciência vendo um show de bobagens, que com raríssimas exceções, passam por aquele programa sem eira nem beira.
Mas eis que minha amiga Érica manda-me um link do programa do dia 18/06.
Juro a vocês, assim que ouvi a primeira frase proferida pelo entrevistado (português instrutor de vôo e taxista que lançava um livro bizarro)achei que estava enlouquecendo.
Incrédula ouvia barbáries saindo da boca do entrevistado do tipo 'negros são pedófilos'; 'mulheres africanas são lascivas' e vai por aí afora e, igualmente, incrédula ouvia as piadas sexistas medonhas do entrevistador, incensando o entrevistado.
Para quem não viu, veja para denunciar no Ministério Público e também na Comissão de ética na TV e igualmente no Conad.
Os nossos preconceitos tão arraigados só tendem a piorar se a tv for reduzida à mídia para espalhar tantas mentiras, preconceitos étnico-raciais e de gênero.
o vídeo bizarro
Para fazer a denúncia no Ministério Público
Para fazer a denúncia na comissão de Ética na TV
Escreva também para a Conad - Comissão do Negro e de Assuntos Antidiscriminatórios: Conad@oabsp.org.br
E para não acreditar nas sandices ditas pelo português e endossadas pelo irresponsável do Jô ouçamos os angolanos:
Pode linkar sim, quanto mais nos unirmos, mais teremos força contra esta palhaçada pra dizer o mínimo desse 'gordo' bobo.
ResponderExcluirAbraços
PS. vou linkar seu blog ao meu.
O grau de ignorância que grande parte do movimento negro alcança consegue ofuscar aqueles que com muita dignidade e sensatez o defendem.
ResponderExcluirChamar Jô Soares de racista e preconceituoso, e assim também o autor português, é, no mínimo, demonstrar que qualquer comentário envolvendo o negro, ou mesmo a cultura de um negro é supervalorizado por essa parte do movimento.
Em primeiro lugar não há de se falar de racismo nos comentários e muito mesmo na matéria.
Em momento algum o entrevistado e entrevistador se dirigem de qualquer forma em referência à raça negra, mas somente aos africanos praticantes daquilo descrito.
Em segundo lugar, algumas das práticas ali descritas, principalmente a de que em tribos as meninas começam sua idade sexual aos seis anos de idade, são horríveis, as quais ninguém em sã consciência deve apoiar.
Aqui é necessário a abertura de um parênteses. Isso porque quando se fala de uma cultura totalmente alienígena à cultura ocidental, e que por isso contém valores diferentes, parece que toda e qualquer a prática é aceitável e deve ser respeitada. Não se pode abrir a boca contra, nem rir de, como se existisse uma necessária aura de proteção, que deve envolver essas culturas, afim de que não sejam atingidas pelas críticas, muito menos pela mais incisiva delas, o humor.
Feito o parentêses, devemos ter alguns parâmetros mais flexiveis quando nos referimos a outras culturas, mas nunca, jamais, nos esquecermos de princípios fundamentais de nossa cultura, assim como fazem os outros povos ao analisarem nossos costumes e os considerarem inferiores em relação ao deles.
É necessário um mínimo de sanidade quando se trata desses assuntos, para não transformar um movimento tão importante quanto o negro em apenas uma caricatura que realça seus aspectos mais deprimentes.
(me perdoem pelo anonimato, mas eu ainda sei como a parte do movimento que eu critiquei pode ser tanto limitada quanto perigosa, o que me faz não revelar meu nome. Mas é pacífico que aqui se confrontam idéias, e não pessoas, por isso acho que isso não será um problema)
Logicamente o comentário que eu enviei acima estará sujeito à moderação do blog.
ResponderExcluirEu tenho certeza que não haverá censura, afinal esse é um espaço democrático, e a discussão é totalmente pautada em razões e fundamentações expostas.
Espero respeito ao comentário, e principalmente à dignidade do blog.