Reportagens
Porto Alegre, 17/04/2008
Ministérios, empresas de informática, PNUD e universidade assinam acordo para estimular programas que atendam interesses sociais-->
OSMAR SOARES DE CAMPOS
OSMAR SOARES DE CAMPOS
da PrimaPagina
Três ministérios, uma universidade, o PNUD e três associações empresariais vão se comprometer a colaborar com o desenvolvimento do software público — programas gratuitos voltados a áreas de interesse da sociedade. O compromisso será firmado nesta quinta-feira por representantes das entidades, durante a 9ª edição do Fórum Internacional Software Livre, em Porto Alegre.
A avaliação dos integrantes é que, se o projeto tiver sucesso, várias esferas de governo poderão diminuir seus gastos com programas de computador pagos — só o governo federal economizou entre 7% e 9,5% em pagamento de licenças de 2004 a 2005, segundo o Comitê Técnico de Implantação de Software Livre.
Durante o evento, o PNUD e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) lançam oficialmente a RCSLA (Rede Colaborativa de Software Livre e Aberto), uma articulação criada pelas duas instituições em junho do ano passado para reunir e trocar experiências de softwares livres com países da América Latina e do Caribe. A rede, cuja primeira célula foi a UFMG, já tem iniciativas na Colômbia e em Cuba e mantém contato com Argentina e Venezuela.
O software público, no Brasil, são geralmente patrocinados pelo governo federal com o objetivo de oferecer gratuitamente ferramentas eletrônicas tanto para administrações públicas quanto para serviços privados oferecidos para um grande número de pessoas. "Ente os beneficiados, em primeiro lugar, está o poder publico, porque aumenta o número de pessoas trabalhando em soluções e aumenta a quantidade de softwares disponíveis", afirma o oficial de programa do PNUD, Fausto Alvim, que representa a agência da ONU no encontro em Porto Alegre. "A iniciativa privada também é beneficiada, em um segundo plano, uma vez que se cria um novo mercado para prestadores de serviço. Nossa idéia é que essas ferramentas venham estimular as pequenas e médias empresas."
Com a assinatura do memorando de entendimento, os ministérios do Planejamento, de Ciências e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a UFMG, a ASSESPRO (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet), a SUCESU (Associação de Usuários de Informática e Telecomunicações) e a FENAINFO (Federação Nacional das Empresas de Serviços Técnicos de Informática e Similares) comprometem-se a apoiar o desenvolvimento do software público e do Portal do Software Público Brasileiro, um site patrocinado pelo governo federal. Essas entidades passam, ainda, a integrar a rede latino-americana.
O documento estabelece o modelo legal, define o conceito do software público e como ele deve funcionar. "A partir da assinatura, essas instituições passam a discutir regularmente esse processo e, mais tarde, vai ser gerado um termo de referência para tratar do tema", afirma o professor Wagner Meira Jr., doutor em Ciência da Computação e coordenador da célula UFMG da RCSLA. "Se esse modelo de software público realmente for posto em prática, vai haver uma mudança radical no formato de contratação de software por parte dos entes públicos."
A principal mudança, afirma, seria a economia com o uso de programas gratuitos. Governos estaduais, prefeituras, hospitais públicos e autarquias diminuiriam suas despesas no setor. O Banco do Brasil, por exemplo, que recentemente começou a instalar Linux nos servidores de suas agências, espera poupar R$ 13 milhões de reais em licenças num primeiro momento.
Três ministérios, uma universidade, o PNUD e três associações empresariais vão se comprometer a colaborar com o desenvolvimento do software público — programas gratuitos voltados a áreas de interesse da sociedade. O compromisso será firmado nesta quinta-feira por representantes das entidades, durante a 9ª edição do Fórum Internacional Software Livre, em Porto Alegre.
A avaliação dos integrantes é que, se o projeto tiver sucesso, várias esferas de governo poderão diminuir seus gastos com programas de computador pagos — só o governo federal economizou entre 7% e 9,5% em pagamento de licenças de 2004 a 2005, segundo o Comitê Técnico de Implantação de Software Livre.
Durante o evento, o PNUD e a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) lançam oficialmente a RCSLA (Rede Colaborativa de Software Livre e Aberto), uma articulação criada pelas duas instituições em junho do ano passado para reunir e trocar experiências de softwares livres com países da América Latina e do Caribe. A rede, cuja primeira célula foi a UFMG, já tem iniciativas na Colômbia e em Cuba e mantém contato com Argentina e Venezuela.
O software público, no Brasil, são geralmente patrocinados pelo governo federal com o objetivo de oferecer gratuitamente ferramentas eletrônicas tanto para administrações públicas quanto para serviços privados oferecidos para um grande número de pessoas. "Ente os beneficiados, em primeiro lugar, está o poder publico, porque aumenta o número de pessoas trabalhando em soluções e aumenta a quantidade de softwares disponíveis", afirma o oficial de programa do PNUD, Fausto Alvim, que representa a agência da ONU no encontro em Porto Alegre. "A iniciativa privada também é beneficiada, em um segundo plano, uma vez que se cria um novo mercado para prestadores de serviço. Nossa idéia é que essas ferramentas venham estimular as pequenas e médias empresas."
Com a assinatura do memorando de entendimento, os ministérios do Planejamento, de Ciências e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a UFMG, a ASSESPRO (Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet), a SUCESU (Associação de Usuários de Informática e Telecomunicações) e a FENAINFO (Federação Nacional das Empresas de Serviços Técnicos de Informática e Similares) comprometem-se a apoiar o desenvolvimento do software público e do Portal do Software Público Brasileiro, um site patrocinado pelo governo federal. Essas entidades passam, ainda, a integrar a rede latino-americana.
O documento estabelece o modelo legal, define o conceito do software público e como ele deve funcionar. "A partir da assinatura, essas instituições passam a discutir regularmente esse processo e, mais tarde, vai ser gerado um termo de referência para tratar do tema", afirma o professor Wagner Meira Jr., doutor em Ciência da Computação e coordenador da célula UFMG da RCSLA. "Se esse modelo de software público realmente for posto em prática, vai haver uma mudança radical no formato de contratação de software por parte dos entes públicos."
A principal mudança, afirma, seria a economia com o uso de programas gratuitos. Governos estaduais, prefeituras, hospitais públicos e autarquias diminuiriam suas despesas no setor. O Banco do Brasil, por exemplo, que recentemente começou a instalar Linux nos servidores de suas agências, espera poupar R$ 13 milhões de reais em licenças num primeiro momento.
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.