sábado, 3 de maio de 2008

ATIVISTAS DO MOVIMENTO NEGRO CRITICAM POLÍTICA DE COTAS

Retirado do site Consultor Jurídico

O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, recebeu, nesta quarta-feira (30/4), sindicalistas, empresários e ativistas dos movimentos negros para discutir a política de cotas raciais nas universidades. O grupo entregou um documento sobre duas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 3.197 e 3.330) que questionam a implantação de cotas raciais em universidades públicas.
“Esse sistema de cotas raciais na Amazônia está obrigando os caboclos a se identificarem como negros, ou seja, é uma forma de etnocídio. Estão matando a identidade do caboclo da Amazônia”, afirmou o presidente do Movimento Pardo-Mestiço Brasileiro, Leão Alves.
Ele informou que, atualmente, a Amazônia apresenta conflitos entre caboclos, mulatos e negros. “Na Amazônia, a maioria dos pardos não são afro-descendentes, são caboclos”, disse, ressaltando que “o sistema de cotas impõe interesses de um grupo à destruição de outro”. Recordando a mistura de raças do país, ele concluiu que “o sistema de cotas não é o consenso e vai contra a nossa formação cultural”.
Para o representante do Fórum Afro da Amazônia, Francisco Johny, o governo federal deveria investir mais em ensino básico. “Nós sabemos que nem toda a população negra termina o ensino médio, nem chega ao nível superior porque não tem uma educação básica de qualidade e curso de capacitação”, afirmou.
“Os negros podem chegar às universidades federais e concorrer às vagas sem a ajuda de cotas raciais”, disse, argumentando que o sistema contestado pelo grupo aumenta a discriminação no Brasil. Por fim, revelou que alguns movimentos negros estão “acorrentados a partidos políticos. Esse caso é político”.

Revista Consultor Jurídico, 1 de maio de 2008

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Total: 10 Comentários
Plinio Gustavo Prado Garcia (Empresarial - - ) 03/05/2008 - 22:07
O sistema de cotas é a evidência de uma política racista por parte daqueles que se dizem favoráveis ao combate ao racismo.Na afirmação das cotas está a afirmação do racismo. Jamais o contrário.É a afirmação da discriminação racial em detrimento de quem não se enquadre no tipo favorecido pelas cotas.É o racismo dentro do racismo.Por isso mesmo, institui desigualdade perante a lei onde essa desigualdade não deveria existir. Daí sua manifesta inconstitucionalidade.As vagas raciais preenchidas na UFBA indicam o número de candidatos que, por não se enquadrarem no esdrúxulo conceito racial, foram privados de admissão, ainda que, pelo mérito, houvessem obtido classificação.A discrinação racial atinge, assim, os brancos, os asiáticos e outros, que não têm culpa de não serem negros.A Constituição Federal não admite essa desigualação, que induz discriminação.Plínio Gustavo Prado GarciaAdvogado em São Paulo - SPwww.pradogarcia.com.br -->

Baraviera (Procurador da Fazenda Nacional - - ) 03/05/2008 - 16:10
Exmo. Dr. Luiz Guilherme,Digamos que V.Exa. estivesse à beira da morte se não fosse medicado
urgentemente.Podendo escolher, o Sr. optaria pelo médido cujo acesso à universidade se deu pelo sistema de cotas ou pelo outro, que entrou na universidade de forma "convencional"? -->

Bira (Industrial - - ) 03/05/2008 - 14:57
Tentar dividir o pais em raças é algo de alguém que não quer o bem das pessoas e deve estar atendendo ao lobby das armas e da destruição.

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Um comentário:

  1. Esse movimento negro socialista, aliado aos brancos da elite brasileira, com esse discursos que as cotas o o Estatuto da Igualdade Racial, divide o país em raças, consegue apenas camuflar com esse discurso o verdadeiro culpado dessas desigualdades raciais, que é os que detêm o poder economico, politico e militar que são os brancos. Ou é mentira que a policia do homem branco prefere abordar pessoas de pele escura ao em relação as brancas? Ou quando os jovens se alistam ao exercito tem que declarar se são branco, negro ou pardo? A ideia de um pais miscigenado é um equívoco, pois esse país é um país ainda em processo de miscigenção alienada impulsionada pela grande midia branca brasileira.

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.