Retirad do site do Jornal O Globo. A UFRJ se abrir para cotas raciais??? Tem aquela frase das brincadeiras de crianças "duvido é deodoro"....
Publicada em 13/05/2008
Agência Brasil
RIO - Os estudantes afro-descentes do Rio de Janeiro contam com vagas exclusivas em quatro das sete universidades públicas do estado. Entre as mais concorridas está a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que desde 2003 destina 20% das vagas aos negros. Já a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) não adotou o sistema. Segundo a reitoria da instituição, ainda não tem há um posicionamento oficial sobre o assunto. A universidade, que tem 70% dos alunos originários de escolas particulares, informou que faz um debate interno sobre as cotas, mas de forma "lenta". Isso acontece pela divergência entre os professores. Por isso, a reitoria prefere não se pronunciar, alegando que pode "induzir opiniões". ( Opine:Você é cotista? Que avaliação faz sobre o sitema? )
O aluno de ciências sociais da UFRJ, Julio Vitor Costa, 23 anos, que é negro, liderou com outros colegas no início do ano, um movimento, que propunha à reitoria, atividades para promover a cultura negra e discutir diferenças étnico-raciais. Com essas atividades, os estudantes queriam criar um espaço para discutir a adoção de cotas para alunos negros. A UFRJ é uma das universidades mais procuradas no estado pela variedade de seus cursos.
- Em cada sala de sessenta alunos temos dois negros, em média - relatou o aluno.
No entanto, a proposta não teve boa receptividade.
Julio Vitor disse que o grupo de estudantes negros chegou a se reunir com a reitoria, mas as propostas do coletivo não foram adiante.
"O racismo se dá de maneira ideológica em sala de aula. Temos diversos intelectuais negros, africanos, brasileiros, americanos e eles não são sequer considerados (Julio Costa, aluno da UFRJ)"
- A universidade não quer nem abrir o debate, quanto mais implementar - critica João Vitor
O tratamento dispensado à questão pela UFRJ é considerado, pelo aluno, como "racista". Para ele, que disse nuna ter sofrido preconceito claramente na UFRJ, a discriminação aparece quando a universidade se omite na questão.
- O racismo se dá de maneira ideológica dentro de sala de aula. Só o fato de não lermos nenhum autor negro já se coloca. Temos diversos intelectuais negros, africanos, brasileiros, americanos e eles não são sequer considerados - completou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.