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23 DE JUNHO DE 2008
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) pretende elaborar uma estratégia contra o Projeto de Lei 73/1999 que prevê a implantação de cotas para negros e índios em universidades públicas. O encontro entre os reitores que compõe a Andifes está agendado para esta quinta-feira (26) em Brasília (DF). A estratégia também deverá ser assunto de uma reunião com o ministro da educação Fernando Haddad.
Segundo o atual presidente da associação, Amaro Henrique Pessoa Lins, a “determinação prevista por meio de um Projeto de Lei contraria as metas de trabalho da atual gestão que são de luta por autonomia [universitária]”. Coordenadores de vestibulares de cerca de 30 instituições públicas do país também compartilham da mesma opinião.
Nesse mês eles enviaram ao presidente da câmara Arlindo Chinaglia (PT-SP) um manifesto contrário ao projeto de cotas. O documento aponta que “cada universidade deve debater seus projetos de inclusão para adotá-los de acordo com sua realidade.
Entidades como o Movimento dos Sem Universidade (MSU) apontam que “o atual sistema hegemônico de vestibular para o acesso ao ensino superior, nas principais carreiras e cursos, como medicina, chega a reservar mais de 80% das vagas públicas para populações sempre privilegiadas como os alunos de escolas particulares”. O PL já foi incluído na pauta de votações da Câmara, mas ainda não tem data definida para ser votado.
A Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) também defende as cotas. "Ao compararmos o desempenho de cotistas e não cotistas em universidades públicas que já adotaram a reserva de vagas para estudantes de escolas públicas e negros, percebe-se que o desempenho dos cotistas é maior ou igual aos dos não cotistas. Então por quê manter a exclusão que o vestibular impõe à esses estudantes?", defende Ismael Cardoso, presidente da entidade.
Da redação, com informações da Radioagência NP
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.