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Capa da New Yorker com caricatura de Obama como muçulmano gera polêmica
Seg, 14 Jul,
Seg, 14 Jul,
NOVA YORK (AFP) - Uma capa da revista New Yorker que apresenta o desenho de Barack Obama usando turbante como um islamita radical foi classificada como de "mau gosto e ofensiva" pelo porta-voz do candidato democrata à Casa Branca.
Em sua edição desta segunda-feira, a revista publica uma caricatura de Obama vestido como um muçulmano e de sua esposa Michelle de guerrilheira com um penteado "afro" e um fuzil, festejando a vitória no Salão Oval da Casa Branca.
Obama e sua mulher tocam os dedos da mão com o punho fechado num gesto tradicional de vitória, cumplicidade e revanchismo. Na parede do gabinete presidencial há um retrato do líder fundamentalista islâmico Osama bin Laden e na lareira uma bandeira dos Estados Unidos é queimada.
"A maioria dos leitores vai considerar que (a capa) é de mau gosto e ofensiva, e nós estamos de acordo", disse o porta-voz da campanha de Obama, Bill Burton.
Obama e sua esposa foram criticados por adversários que os acusam de não serem patriotas e uma série de falsos rumores difundidos pela internet apresentam o candidato como um islamita secreto - apesar de ser protestante-, e sua esposa como uma militante negra radical e revanchista.
O editor da New Yorker, David Remnick, divulgou um comunicado para explicar o sentido editorial da ilustração de Barry Blitt, que como todas as capas da revista fundada em 1925 é um desenho sem texto.
"Nossa capa sobre a 'campanha de medo' reúne uma série de imagens fantasiosas sobre dos Obama e as mostra como óbvias distorsões", alegou Remnick.
Segundo o editor, "tanto a bandeira queimada, como o traje de nacionalista islâmico radical, o toque das mãos ou o retrato na parede, se referem a um ou outro desses ataques".
"A sátira é parte de nossa atividade, e é destinada a deixar as coisas abertas, ao apresentar um espelho frente ao preconceito, ao ódio e ao absurdo. Esse é o espírito da capa", insistiu.
O porta-voz da campanha do republicano John McCain, Tucker Bounds, se somou à polêmica e criticou a revista nos mesmos termos que a equipe de seu adversário democrata.
"Estamos completamente de acordo com a equipe de campanha de Obama de que é de mau gosto e ofensiva", disse Bounds.
O autor da charge defendeu seu desenho insistindo que a intenção era denunciar o "ridículos" que são os ataques contra o candidato democrata.
No entanto, nem todos concordam que a ironia da mensagem da revista favorita da intelectualidade de esquerda nova-iorquina seja recebida da mesma maneira pelos norte-americanos.
Segundo Jake Tapper, editorialista político da rede ABC, a caricatura é "incendiária". "Me pergunto quais teriam sido as reações se as tivessem publicado no Weekly Standard ou na National Review", duas revistas conservadoras.
A edição desta segunda-feira da New Yorker inclui um artigo sobre "como Obama se tornou político", que relata o início de sua carreira em Chicago, e outro sobre as mudanças de postura do candidato a respeito de diferentes temas.
Retirado da Folha on line
14/07/2008
Capa de revista dos EUA mostra caricatura de Obama como muçulmano
da Folha Online
Capa de revista dos EUA mostra caricatura de Obama como muçulmano
da Folha Online
A influente revista americana "New Yorker" está causando polêmica mesmo antes de chegar às bancas. A edição que será distribuída no dia 21 traz na capa uma caricatura do provável candidato democrata Barack Obama com um turbante cumprimentando sua mulher, Michelle, vestida com uma roupa militar e carregando uma arma.
Conhecida por seus artigos críticos e sátiras, a revista desenhou Obama e Michelle à frente de uma lareira onde queima uma bandeira americana, fazendo o mesmo gesto que fizeram quando o democrata garantiu a nomeação partidária.
Obama, questionado neste domingo sobre a publicação, foi cauteloso ao dizer apenas "não tenho resposta para isso".
Reprodução
Revista americana traz na capa caricatura de Barack Obama
Um porta-voz de sua campanha criticou o desenho. "A "New Yorker" pode pensar, como um de seus funcionários explicou para nós, que sua capa é uma sátira da imagem que os críticos de direita do senador Obama tentaram criar", disse Bill Burton. "Mas a maioria dos leitores verão como ofensiva e sem graça e nós concordamos", completou, citado pelo jornal "The New York Times".
Embora já tenha dito inúmeras vezes que é cristão convertido, o boato de que Obama seria muçulmano --alimentado pelo fato de seu pai ter sido muçulmano-- ainda é forte na internet. Uma pesquisa recente pediu os eleitores que dissessem a primeira palavra que viesse a mente ao pensar em Barack Obama e 3% disseram muçulmano.
A equipe de Obama preocupa-se que a caricatura de Obama alimente ainda mais este boato e, como a religião é fortemente associada pelos americanos com a al Qaeda e os ataques de 11 de setembro, afete seu apelo entre eleitores mais conservadores.
A reportagem da "New Yorker" é intitulada "The Politics of Fear" ("A Política do Medo") e, segundo um comunicado enviado para promover a revista, usa a caricatura de Obama e Michelle para "satirizar o uso das táticas do medo e da informação errada na campanha presidencial para afetar a campanha de Barack Obama".
David Remnick, editor da revista, deu uma entrevista ao "The Huffington Post" na qual defendeu sua escolha para a capa. "Obviamente eu não escolheria uma capa somente para chamar a atenção, eu escolhi porque tem algo a dizer. O que eu acho que ela faz é um espelho do preconceito e imagens negativas sobre o passado e a política de Barack Obama --de ambos os Obama", disse.
Remnick disse ainda que não pode falar pela "má interpretação dos outros" e que a caricatura combinou várias imagens que foram propagandeadas contra Obama "não por todos da direita, mas por alguns". Assim, a bandeira queimando é uma referência às críticas de falta de patriotismo de Obama, o turbante uma referência a sua suposta religião muçulmana e a idéia de que Michelle veio de grupos violentos como as Panteras Negras.
O editor diz que a reportagem quer combater a noção "idiota de que, de alguma forma, tudo isso está indo para a Sala Oval [da Casa Branca]".
Conhecida por seus artigos críticos e sátiras, a revista desenhou Obama e Michelle à frente de uma lareira onde queima uma bandeira americana, fazendo o mesmo gesto que fizeram quando o democrata garantiu a nomeação partidária.
Obama, questionado neste domingo sobre a publicação, foi cauteloso ao dizer apenas "não tenho resposta para isso".
Reprodução
Revista americana traz na capa caricatura de Barack Obama
Um porta-voz de sua campanha criticou o desenho. "A "New Yorker" pode pensar, como um de seus funcionários explicou para nós, que sua capa é uma sátira da imagem que os críticos de direita do senador Obama tentaram criar", disse Bill Burton. "Mas a maioria dos leitores verão como ofensiva e sem graça e nós concordamos", completou, citado pelo jornal "The New York Times".
Embora já tenha dito inúmeras vezes que é cristão convertido, o boato de que Obama seria muçulmano --alimentado pelo fato de seu pai ter sido muçulmano-- ainda é forte na internet. Uma pesquisa recente pediu os eleitores que dissessem a primeira palavra que viesse a mente ao pensar em Barack Obama e 3% disseram muçulmano.
A equipe de Obama preocupa-se que a caricatura de Obama alimente ainda mais este boato e, como a religião é fortemente associada pelos americanos com a al Qaeda e os ataques de 11 de setembro, afete seu apelo entre eleitores mais conservadores.
A reportagem da "New Yorker" é intitulada "The Politics of Fear" ("A Política do Medo") e, segundo um comunicado enviado para promover a revista, usa a caricatura de Obama e Michelle para "satirizar o uso das táticas do medo e da informação errada na campanha presidencial para afetar a campanha de Barack Obama".
David Remnick, editor da revista, deu uma entrevista ao "The Huffington Post" na qual defendeu sua escolha para a capa. "Obviamente eu não escolheria uma capa somente para chamar a atenção, eu escolhi porque tem algo a dizer. O que eu acho que ela faz é um espelho do preconceito e imagens negativas sobre o passado e a política de Barack Obama --de ambos os Obama", disse.
Remnick disse ainda que não pode falar pela "má interpretação dos outros" e que a caricatura combinou várias imagens que foram propagandeadas contra Obama "não por todos da direita, mas por alguns". Assim, a bandeira queimando é uma referência às críticas de falta de patriotismo de Obama, o turbante uma referência a sua suposta religião muçulmana e a idéia de que Michelle veio de grupos violentos como as Panteras Negras.
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.