sábado, 30 de agosto de 2008

REFORÇO NA COOPERAÇÃO COM PAÍSES AFRICANOS

Retirado do site Africa21.

26/08/2008
Seminário em Brasília quer reforçar cooperação na área social com países africanos
O Brasil dobrou o número de embaixadas na África nos últimos cinco anos, passando de 17 para 34. E deve criar mais seis até 2010, chegando a 40.
Da Redação


Brasília - O Brasil dobrou o número de embaixadas na África nos últimos cinco anos, passando de 17 para 34. E deve criar mais seis até 2010, chegando a 40. Isso mostra a importância dada pelo governo brasileiro àquele continente, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, organizador do Seminário de Proteção e Promoção Social em Países Africanos, aberto segunda-feira (25) pelo ministro Patrus Ananias, no auditório do Palácio Itamaraty, em Brasília .
Dirigentes e técnicos de Angola, Gana, Moçambique, Namíbia, Quênia e Tanzânia conhecerão de perto a execução dos programas executados pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
“O Brasil compartilha raízes culturais e espirituais com a África. Temos uma base comum para aspirarmos juntos a um futuro melhor para nossos filhos e gerações futuras”, afirmou o ministro Patrus Ananias na cerimônia de abertura do evento.
Ao citar o historiador brasileiro Luiz Felipe Alencastro, o ministro afirmou que fora do Brasil sempre se pensou o país de maneira incompleta, “como se fôssemos um prolongamento da Europa". "Em realidade, o Brasil também se construiu a partir de estreito vínculo com a África”, disse. Patrus Ananias destacou que, pela primeira vez na história do Brasil, o país experimenta um ciclo de crescimento econômico com inclusão e justiça social. “Cerca de 14 milhões de brasileiros superaram a miséria entre 2003 e 2006”.
Programas como o Bolsa Família – que atende 11,1 milhões de famílias, e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que beneficia 2,7 milhões de idosos e pessoas com deficiência, foram citados pelo ministro Patrus, que reafirmou o compromisso de esforço solidário, lembrando ainda que a erradicação da fome e da miséria é um desafio para toda a humanidade. “Temos muito a aprender, mas temos também experiências dignas de serem compartilhadas”.
O seminário faz parte da parceria entre o governo brasileiro, o Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional (DFID) e o Centro Internacional de Pobreza do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (IPC/Pnud).
Numa primeira fase foi realizado o intercâmbio Brasil/África sobre Programas de Transferência de Renda, com participação de representantes de Gana, Moçambique, Nigéria, Guiné Bissau, África do Sul e Zâmbia. J
Já em 2007, o Brasil contribuiu para a implantação do programa de transferência de renda de Gana, o Livelihood Empowerment against Poverty (LEAP), que foi lançado em 2008. No primeiro semestre deste ano, o Brasil apresentou sua experiência em duas conferências regionais (em Uganda e no Senegal) promovidas pela União Africana, com o apoio do DFID.
Ainda durante a solenidade de abertura, o ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Ruy Nogueira, disse que, até 2003, o Brasil possuía apenas 17 embaixada na África e que esse número dobrou em cinco anos.
“Além da cooperação, o comércio justifica uma presença maior do Brasil na África porque ela absorve um contingente importante de nossas exportações”.
A diretora do escritório brasileiro do DFID, Bridget Dillon, falou sobre desafios de enfrentar a crise mundial de alimentos e as mudanças climáticas e disse que programas de transferência são uma realidade recente. Ela explicou que o Departamento apoia mais de 20 países na área de proteção social, dentre eles o Quênia, com o qual foi firmada parceria para proteger órfãos, crianças e pessoas em situação crônica de pobreza.
A diretora de Assuntos Sociais da União Africana, Grace Kalimungogo, comentou que o Brasil e a África estão distantes geográfica e fisicamente, mas têm muito em comum. “Queremos nos beneficiar das ricas experiências do Brasil, especialmente as políticas de proteção social”.
Pelo MDS, estiveram presentes no primeiro dia do seminário - que prossegue no auditório do Palácio do Itamaraty até a próxima quarta-feira (27) – as secretárias Rosilene Rocha (executiva-adjunta), Rosani Cunha (Renda de Cidadania), Ana Lígia Gomes (Assistência Social) e Laura da Veiga (Avaliação e Gestão da Informação). Também compareceram o ministro da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Edson Santos; a ministra de Gênero, Criança e Desenvolvimento Social do Quênia, Esther Murugi Mathenge; a coordenadora da Organização das Nações Unidas no Brasil, Kim Bolduc; o diretor do IPC/Pnud, Degol Hailu; e representantes da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e de embaixadas.
Entre quinta e sexta-feira (28 e 29) a missão africana, acompanhada de técnicos do MDS, estará em Recife (PE) para visita de campo e conhecimento de programas como o de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA), Restaurantes Populares, Cisternas, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) e Bolsa Família - políticas sociais integradas em um sistema de proteção e promoção social que hoje beneficia cerca de 58 milhões de pessoas em situação de pobreza. As informações são da Assessoria de Comunicação do Ministério do Desenvolvimento Social do Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.