Retirado do site do Diário do ABC.
Aline Mazzo
Do Diário do Grande ABC
Os candidatos a uma vaga na UFABC ( Universidade Federal do ABC) poderão contar com mais uma porta de entrada a partir do ano que vem: o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Quem tiver nota geral - que inclui a prova objetiva e a redação - igual ou superior a 90 pontos poderá disputar uma das 500 vagas (um terço do total) disponíveis para bacharelado de Ciência e Tecnologia.
A mudança foi feita com a justificativa de dar mais oportunidade de ingresso à universidade, mas se forem levados em conta os dados do último Enem 2007, a opção parece mais difícil do que o tradicional vestibular. Dos 2.685.049 participantes do exame, apenas 4.287 conseguiram alcançar média igual ou superior a 90 pontos, ou seja, 0,16% dos alunos do País.
Para o professor da Faculdade de Educação da USP (Universidade de São Paulo) Romualdo Portela de Oliveira não há grande inovação. "A universidade só dispensará do vestibular os alunos que tiveram um desempenho excepcional no Enem. Quem acerta acima de 90% da prova pode escolher a instituição que vai estudar no País."
As 500 vagas, segundo o especialista, provavelmente não serão preenchidas por esses alunos e deverão sobrar para os que prestarem vestibular.
O coordenador do Comitê de Processo Seletivo da UFABC, Ronei Miotto, explica que o Enem foi escolhido por mais se aproximar do projeto pedagógico da universidade. "O exame requer capacidade de raciocínio que vai além da memorização. Exige transposição de conhecimentos de uma área para outra em questões multidisciplinares."
Os interessados poderão usar as notas dos exames de 2006, 2007 e o que será realizado neste ano. Caso haja procura maior que a disponibilidade de vagas, serão escolhidos os alunos com maiores médias.
COTAS - A nova avaliação não vai alterar o sistema de cotas que já existe na instituição. Das 1.500 vagas da universidade - sendo 500 selecionadas pelo Enem e 1.000 pelo vestibular - 50% são destinadas a alunos oriundos de escolas públicas. Desse total, 28,3% são reservadas para negros e pardos e 0,1% para indígenas.
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.