quinta-feira, 6 de novembro de 2008

AL TERÁ TRADUÇÃO DE SOFTWARE LIVRE DO BRASIL

Retirado do site do PNUD.

Brasília, 30/10/2008

Campanha Software Público Internacional deve verter programas para o espanhol estimulando participação de latino-americanos -->
MARIANA DESIDÉRIOda PrimaPagina


Os softwares livres (que adotam modelos de licenças livres) presentes no site do
Portal do Software Público Brasileiro devem ganhar, a partir de 2009, tradução para o espanhol e uma página especial na língua para estimular mais colaboração internacional de desenvolvedores e usuários da América Latina com os brasileiros. A iniciativa faz parte da campanha Software Público Internacional, um projeto da RCSLA (Rede Colaborativa de Software Livre e Aberto), e será anunciada na 5ª Conferência Latino-americana de software livre (Latinoware), realizada nos dias 30 e 31 de outubro, em Foz do Iguaçu. A ação é coordenada pelo PNUD com o apoio do Ministério do Planejamento e da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Hoje, o portal dá acesso a softwares que foram desenvolvidos por órgãos do governo a fim de que sejam aproveitados por outras esferas do setor público e pela sociedade em geral. Cada software tem uma comunidade de pessoas que contribuem, postam mensagens, discutem e fazem alterações nos códigos dos programas.
O uso dessas ferramentas por pessoas de fora do Brasil, porém, é muito pequeno. Segundo maior grupo depois dos brasileiros, os usuários de Portugal, por exemplo, são apenas 127, dentre 28 mil cadastrados. A internacionalização pretende permitir que pessoas da América Latina também participem da rede, acabando com barreiras de idioma. “A idéia é replicar para os outros países, tirar as barreiras que existem, porque a solução é pública, então você pode levar benefícios para outros lugares”, afirma Corinto Meffe, gerente de Inovações Tecnológicas na Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Ministério do Planejamento.
A importância do uso desses softwares, para Meffe, está na criação de conhecimento e no desenvolvimento que seu caráter livre pode promover. “A nossa intenção com o portal é aumentar o desenvolvimento, é gerar crescimento a partir de um acervo disponível. O software tem que atender à demanda das pessoas. A sua demanda hoje é atendida, mas daqui a um ano não será mais. Então, em vez de comprar uma solução proprietária, você ajuda à solução livre que você baixou a melhorar”.
Fausto dos Anjos Alvim, analista de programa da Unidade de Políticas Sociais do PNUD, acredita ainda que esta é uma forma de o governo reverter à população o dinheiro investido. "São softwares desenvolvidos pelo governo e liberados para a sociedade. É uma forma de devolver, inclusive, os impostos, porque afinal isso foi desenvolvido com o seu, o meu, nosso dinheiro." Segundo ele, a estimativa é de que o custo de produção de todos os softwares disponíveis no portal até agora some cerca de R$30 milhões.
O material também tem sido responsável pela geração de empregos na área. De acordo com Meffe, existe hoje uma rede de 40 a 50 empresas que presta serviços relacionados ao
Cacic (primeiro software a ser disponibilizado no site cuja comunidade tem hoje mais de 13 mil membros).
O anúncio da campanha de internacionalização dos softwares será o início do projeto piloto que deve ir até a metade de 2009. A primeira etapa será fazer uma enquete para saber qual das opções disponíveis no portal brasileiro interessa mais ao público latino-americano. O programa que tiver maior procura será colocado em um novo portal em espanhol, com ferramentas elaboradas para atender ao público dos países da América Latina.
Após esta primeira etapa, a intenção é ampliar a internacionalização, tanto no número de softwares disponíveis entre países (do Brasil para fora e das demais nações para os usuários brasileiros), quanto na quantidade locais abrangidos por esta rede. De acordo com Alvim, o projeto já tem disponíveis para sua realização US$ 60 mil vindos do PNUD e US$ 50 mil do Ministério do Planejamento. A verba é destinada à primeira etapa do projeto de internacionalização.

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.