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Serão quatro dias em que o público brasileiro poderá conhecer um pouco da literatura, dança, música, moda, gastronomia e artesanato, por meio de exposições e vídeos.
Daise Lisboa
Brasília – A capital brasileira vai receber de 6 a 9 de novembro o 1º Festival Cultural de Moçambique, no Museu Nacional da República. "A escolha de Brasília para receber o 1º festival se deve a duas razões importantes. A primeira é por ser a capital da república, onde está o Palácio do Itamaraty. E a segunda é pelo fato de Brasília ser uma cidade aberta às diversidades culturais", disse ao África 21 Digital e ao Portugal Digital a organizadora do festival, Carolina Menezes.
Segundo a promotora, estas razões foram as mais fortes para Brasília receber o 1º Festival Cultural de Moçambique, embora existam fatos tão relevantes que garantam uma espécie de cumplicidade entre os dois países. "Há diversas semelhanças entre o Brasil e Moçambique que vão muito além do idioma português. Mas também há diferenças que precisam ser conhecidas pelos brasileiros para que se mude o olhar brasileiro em relação à África", ressalta Carolina.
O objetivo do festival que mescla as artes como cinema, vídeo, literatura, dança, música, moda, gastronomia e artesanato, é promover a cultura moçambicana no Brasil. "Há muita coisa que a gente não conhece de lá, e vale a pena conhecer o quanto Moçambique é um país rico na sua cultura", destaca. Outro ponto que a organizadora sublinhou foi o fato de o país ter saído há pouco tempo da guerra e que aos poucos reconstitui sua vida, sem deixar de lado suas raízes.
Carolina Menezes disse que a idéia do festival nasceu quando a empresa paulista Cine Vídeo, que faz trabalhos no país africano, esteve em contato com o Grupo Foico de Comunicação de Moçambique. "Juntos desenvolvemos a idéia e com o apoio da Embaixada de Moçambique em Brasília, encontrámos no embaixador Chen Duqing um grande apoio e incentivo para colocar em prática nossa idéia. E ela está aqui, agora, e esperamos mostrar esse trabalho para um grande público em Brasília", prevê a organizadora.
Além do embaixador moçambicano, o evento também contará com a presença do ministro da Indústria e Comércio de Moçambique, Antônio Fernando, que falará da importância da conexão entre Brasil e África. As atrações do festival são muitas, mas entre elas destaca-se a apresentação do saxofonista moçambicano, reconhecido internacionalmente, Moreira Chonguiça, que fará a abertura do evento, com músicas típicas do seu país.
Também será um grande destaque no festival o escritor moçambicano Calane da Silva, que lançará seu novo livro, "Nyembête ou As Cores da Lágrima". Além de escritor, Calane é poeta e jornalista. Coordenou a Gazeta Artes e Letras da revista Tempo, em 1985, foi chefe da redação da Televisão Experimental de Moçambique, em 1987. Foi membro da direção da Associação dos Escritores Moçambicanos. É docente de literaturas africanas de língua portuguesa da Universidade Pedagógica e diretor do Centro de Estudos Brasileiros em Maputo. O livro que será lançado conta a vida da heroína Nyembête (nome próprio da etnia ronga e que em português significa lágrima) que, não suportando a tradição poligâmica devido à sua infertilidade, acaba por se suicidar pelo fogo.
Vale também destacar a presença do grupo de dança regional Milorho, além do desfile com capulanas (roupa típica de mulheres moçambicanas) . Para completar o programa, haverá festival de gastronomia regional durante todos os dias do evento, das 18h às 20h.
O festival fica aberto de 6 a 9 de novembro, diariamente, das 9h às 20h, no Museu Nacional da República, próximo à Catedral Metropolitana de Brasília. A programação completa estará disponível no site www.festivalcultura lmocambique.com.br, que entrará no ar nesta quarta-feira, dia 5.
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