terça-feira, 18 de novembro de 2008

II ENCONTRO DE CINEMA NEGRO - BRASIL, AFRÍCA E AMÉRICA LATINA, NO RIO DE JANEIRO

Rcebido por email.

Publicada em 12/11/2008
Daniel Levi

RIO - Entre os dias 13 e 24 de novembro acontecerá o II Encontro de Cinema Negro Brasil, África e América Latina. O evento acontece no Odeon Petrobras, Centro Cultural Justiça Federal, Centro Afro Carioca de Cinema e Espaço Tom Jobim, além de uma tenda montada nos Arcos da Lapa.
O Encontro é idealizado por Zózimo Bulbul, um dos principais atores dos filmes produzidos no Cinema Novo, além de primeiro protagonista negro de uma novela brasileira.
- Estive em um festival de cinema em Burkina Faso em 1997 e voltei impressionado com a oralidade do povo africano - conta Zózimo. Lá há mais salas de cinema do que bibliotecas. O poder do audiovisual é muito grande.
Como realizador cinematográfico, Zózimo foi responsável pelos filmes "Alma no olho", "Aniceto do Império", "Abolição", "Pequena África", "Samba no trem" e "República Tiradentes". Em 2007, aos 70 anos, criou o Centro Afrocarioca de Cinema, e realizou o I Encontro de Cinema Negro Brasil África. Sobre o papel do negro nas artes, Zózimo declara:
- Mundialmente, o papel do negro nas artes está muito forte, muito presente. Seja na música, nas artes plásticas... Mas a imprensa esconde, não dá valor, a não ser quando o negro está envolvido em algo negativo. O campeão de Fórmula 1 deste ano, Lewis Hamilton (que é negro), quase não aparece. Só se vê o rosto de Felipe Massa nos jornais. Na minha época, só se falava em Roberto Carlos, enquanto o Jorge Benjor (então, Jorge Ben) era praticamente ignorado.
Atualmente, Zózimo produz o documentário "Solano Trindade" em homenagem ao centenário do poeta, e continua com sua postura combatente e de inclusão que permeeou sua carreira.
- O desconhecimento da África no Brasil é muito grande - afirma Zózimo. Meu objetivo com esse encontro é aproximar os dois povos, as duas culturas. Luto pela inclusão da história da África no currículo escolar brasileiro. Como afro-descendente, quero saber a minha história.
O Encontro traz uma programação de 57 filmes, seminários e oficinas de capacitação. Entre os cineastas estrangeiros confirmados estão Mansour Zora Wade (Senegal), Rigoberto Lopez (Cuba), Derby Arboleda (Colômbia), Apoline Traore (Burkina Faso), Angele Diabang Brener (Senegal), Guy Désiré Yaméogo (Burkina Faso) e Antônio Molina (Cuba).
- Assista aos vídeos com trechos dos filmes
parte 1 e parte 2
Os ingressos para as sessões de cinema custam R$ 2 e as oficinas e seminários têm entrada franca, assim como a programação das Tendas Lapa e Caxias (
clique aqui para a programação completa ).
Mais notícias no site do Rio Show.
Confira

II Encontro de Cinema Negro - Brasil, África e América Latina. De 14 a 24 de novembro. Abertura para convidados: 13 de novembro

Odeon Petrobras. Praça Mahatma Gandhi 2, Cinelândia. Tel.: 2240 1093. Ingressos: Sessões de Cinema: R$ 2. Seminário: Entrada Franca. Capacidade: 600 lugares

Centro Cultural Justiça Federal. Av. Rio Branco 241, Centro. Tel.: 3261 2550. Ingressos: Sessões de Cinema: R$ 2. Seminário: Entrada Franca. Capacidade: 40 lugares

Espaço Tom Jobim. Rua Jardim Botânico 1.008. Ingressos: R$ 2. Capacidade: 400 lugares
Centro Afro Carioca de Cinema. Rua Joaquim Silva 40, Lapa. Tel.: 2508 7381. Ingressos: entrada franca. Capacidade: 30 lugares

Tenda Lapa. Arcos da Lapa. Exibição de filme ao ar livre. Ingressos: entrada franca

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.