quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

COTAS RACIAIS NA GRANDE TELA

Retirado do site do jornal O Globo.

Publicada em 19/01/2009
Josy Fischberg

RIO - Adiscussão sobre cotas raciais já figura, há tempos, nas salas de aula, nas universidades,
nas mesas de bar... E, se depender do cineasta Fellipe Gamarano Barbosa, ela também vai parar nos cinemas. Até o fim do ano, ele pretende filmar "Casa grande" (nome provisório), seu primeiro longa-metragem, sobre um menino pardo em seu ano de vestibular. É com esse projeto, inclusive, que Fellipe, de 28 anos, concorre a um prêmio de US$ 10 mil no Festival de Cinema de Sundance, cujo resultado sai nesta quinta.

Se você tivesse direito, concorreria a uma vaga pelo sistema de cotas?

A idéia surgiu, segundo ele, de uma discussão na "cozinha da casa da Karen". Karen Sztajnberg é co-autora do roteiro, escrito em 2007, sobre Jean, um adolescente, morador da Barra da Tijuca, aluno de colégio particular. Seus pais vão à falência em seu último ano de escola e tentam esconder isso dele.
- A primeira decisão da família é mandar o motorista embora. Jean, que até então não andava de ônibus, tem que se adaptar à nova realidade. E assim começa a ter contato com o que não existia em sua vida. Ao mesmo tempo, ele vive aquele dilema de que tem que passar para uma universidade pública, garantir o seu futuro. E vai se deparar com a necessidade de definição da cor de sua pele, na inscrição para o vestibular - explica Fellipe.

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.