Retirado do site O Documento.
Cuiabá / Várzea Grande, 12/05/2009.
Da Redação
Como parte da implementação, pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), da Política de Saúde para a População Negra, preconizada pelo Ministério da Saúde (MS), a Escola de Saúde Pública (ESP) realiza, em parceria com o Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso, a Oficina de Controle Social e Saúde da População Negra.
O evento está ocorrendo no auditório da Escola de Saúde Pública (ESP), de Segunda a Quinta-feira (11 a 14 de Maio) e tem o objetivo de fortalecer a participação do Movimento Social Negro nas instâncias de Controle Social das Políticas de Saúde em consonância com o princípio de Gestão Participativa adotado no Pacto Pela Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Na Oficina estão sendo abordados temas relativos à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra, implementada pelo Ministério da Saúde em 2006, e ao Plano Operativo para a Execução dessa política” explicou a diretora da Escola de Saúde Pública, Rose Maria Peralta Guilherme Fava.
O representante do Comitê Técnico para a Saúde da População Negra, do Ministério da Saúde, Jose Marmo, disse que “o mito da inferiorização da população negra tira, do segmento, privilégios de saúde que criam desigualdades sociais e contradizem o princípio de Equidade, que é condição sine qua non para o funcionamento do SUS, propiciando o surgimento de iniquidades no sistema de saúde”.
José Marmo ilustrou o que chamou de “iniqüidades” explicando que a mortalidade de mulheres negras por complicações de parto, a mortalidade infantil de crianças negras e os índices de mortalidade de jovens negros é sempre maior, na comunidade, do que entre pessoas da raça branca. Segundo o representante do MS, iniciativas como a realização dessa Oficina podem mostrar caminhos para sair dessa situação.
Já a representante da Secretaria de Gestão Estadual e Participativa, do Ministério da Saúde, Genilda Silva, afirmou que a luta pela valorização dos direitos da população negra, começa nos municípios. “Vocês precisam ocupar espaços nas entidades civis organizadas e em toda a instância possível, para que as reivindicações do Movimento Negro em Políticas Municipais e Estaduais de Saúde possam ser transformadas em políticas públicas”, explicou.
PROGRAMAÇÃO – Após um dia e meio do encontro, em se que abordaram temas como “Racismo, Preconceito e Saúde da População Negra”, “Estratégias e Recursos Financeiros para a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra” e “Gestão Participativa e Saúde da População Negra” a Oficina formou, na manhã desta Terça-feira, às 10h00, três Grupos de Trabalho para exame dos assuntos colocados no evento.
O Grupo1 foi orientado pelo tema “Estratégias de Enfrentamento ao Racismo Institucional na Saúde, o Grupo 2 abordou as “Políticas de Saúde Integral da População Negra em Mato Grosso” e o Grupo 3, desenvolveu o tema: Saúde da População Negra e nos Terreiros de Matriz Africana.
As atividades desses Grupos de Trabalho continuam por todo o dia 13 de Maio, com sessões que começam às 9h e terminam às 17h.
No dia 14 de Maio, a partir das 9h00, será feita a apresentação das conclusões a que chegaram as discussões nesses Grupos de Trabalho, seguida de um Relatório Final da Oficina, apresentado das 10h00 às 12h00, com o tema: Saúde da População Negra – proposições para implementação e avanço das ações em Mato Grosso. A Oficina será encerrada às 12h00 do dia 14 de Maio de 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.