terça-feira, 21 de julho de 2009

DEM AJUIZA AÇÃO CONTRA SISTEMA DE COTAS RACIAIS EM UNIVERSIDADE PÚBLICA

Retirado do site do jornal O Globo.

Os racistas estão botando as manguinhas de fora de forma mais explicíta. Agora querem impedir judicialmente que qualquer universidade adote ação afirmativa para negros por decisão interna.


Publicada em 21/07/2009

BRASÍLIA - O DEM entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de suspensão liminar, contra o sistema de cotas raciais na Universidade de Brasília (UnB). O partido quer que seja declarada a inconstitucionalidade de atos do poder público que resultaram na instituição de cotas raciais na universidade. O partido também quer que sejam suspensos todos os processos na Justiça (federal e estadual) envolvendo o tema.
Segundo a ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental), o resultado do 2º vestibular 2009 da Universidade de Brasília, no qual foi instituído o sistema de acesso por meio de cotas raciais, foi publicado no dia 17 de julho de 2009 e o registro dos estudantes aprovados, cotistas e não-cotistas, está previsto para os dias 23 e 24 de julho de 2009.
O DEM argumenta que a violação aos preceitos fundamentais decorre de específicas determinações impostas pelo poder público (Universidade de Brasília). Atos administrativos e normativos determinaram a reserva de cotas de 20% do total das vagas oferecidas pela universidade a candidatos negros (dentre pretos e pardos).
Na ação, o partido pede a concessão da medida liminar pelo STF a fim de suspender a realização da matrícula dos alunos aprovados mediante o sistema universal e o sistema de cotas para negros na Universidade de Brasília, que acontecerá nos próximos dias 23 e 24 de julho de 2009. Requer que o Cespe divulgue nova listagem de aprovados, a partir das notas de cada candidato, independentemente do critério racial, determinando que somente após essa divulgação os alunos realizem a matrícula, obedecendo à classificação universal.
A ação também pede que tribunais de todo o país, tanto da Justiça Federal quanto da estadual, suspendam imediatamente todos os processos que envolvam a aplicação do tema cotas raciais para ingresso em universidades, até o julgamento definitivo da ADPF, "ficando impedidos de proferir qualquer nova decisão que, a qualquer título, garanta o acesso privilegiado de candidato negro em universidade em decorrência da raça".

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.