sábado, 22 de agosto de 2009

PARA SALVAR IMAGEM CAREFOUR AFASTA SEGURANÇA E GERÊNCIA

Retirado do site Afropress.

O protesto fooi ontem (21.08.09), mas parece que a mobilização indignada já está surtando efeitos muito positivos.

Frente realiza protesto no Carrefour

Por: Redação -

Fonte: Afropress - 21/8/2009

S. Paulo - O Coletivo Frente 3 de Fevereiro – que reúne ativistas anti-racistas criada logo após o assassinato do dentista negro Flávio Santana, morto por policiais militares depois de ser confundido com um assaltante, realizará neste sábado (22/08), a partir das 10h, um ato de protesto à Rede Carrefour, em virtude da violência praticada contra o funcionário da USP, Januário Alves de Santana, espancado por seguranças, depois de tomado como suspeito de roubar o próprio carro.

A proposta dos manifestantes é convocar todas as pessoas a entrarem no Carrefour de Osasco e participarem da ação coletiva contra o racismo no Carrefour. O Ponto de encontro da manifestação será às 09h30 no Posto de Gasolina da Praça Panamericana (antes da ponte da Cidade Universitária). 3 de Fevereiro é a data em que foi morto Flávio Santana.

“Ficamos indignados com o caso do Carrefour e resolvemos realizar uma intervenção urbana. A idéia é não deixar o caso ser esquecido e reforçar nossa indignação com relação ao ocorrido”, afirma Felipe Teixeira Gonçalves da Frente.

Para salvar imagem Carrefour afasta seguranças e gerência

Por: Redação - Fonte: Afropress:

Foto - milenaandrade.wordpress.com - 21/8/2009
S. Paulo - Na tentativa de minimizar os estragos à imagem, o Carrefour afastou a gerência de sua loja em Osasco (cidade da região metropolitana da Grande S. Paulo) e substituiu a empresa que prestava serviços de segurança para o supermercado, depois que o funcionário da USP Januário Alves de Santana, 39 anos, denunciou ter sido barbaramente espancado durante cerca de 30 minutos, suspeito de roubo do próprio carro - um EcoSport.
A decisão, anunciada em Nota em que o hipermercado diz ter determinado “rigor na apuração dos fatos”, representa mais um recuo do Carrefour no caso. Enquanto era atacado a coronhadas e socos - num dos quais sua prótese foi arrancada - a família de Santana - a mulher, um filho de cinco anos, uma irmã e um cunhado - faziam compras, sem saber do que ocorria.
Na Nota, a empresa não informa os nomes dos seguranças envolvidos na violência, o que deverá acontecer nos próximos dias por requisição da delegada Rosângela Máximo da Silva, que preside o inquérito.
O Carrefour também deverá fornecer as imagens do circuito interno de TV que poderão revelar com detalhes as circunstâncias em que Santana foi abordado, perseguido por um dos seguranças de revólver em punho, entrou em luta corporal com o agressor - na tentativa de evitar um tiro na cabeça e salvar a própria vida - e depois é conduzido já sendo agredido ao quartinho, onde foi submetido à sessão de espancamentos.
Mudança
No primeiro momento, antes da denúncia, o Carrefour teria dito ao Sindicato dos Funcionários da USP, que tudo não passara de uma briga de clientes. Com a denúncia feita por Afropress e a repercussão do caso, divulgou outra Nota prometendo colaborar com as investigações.
Agora com a repercussão nacional do caso – manchete em todos os jornais e telejornais do país – a empresa tomou a decisão, que é vista como uma tentativa de reduzir o enorme estrago que o caso está provocando à imagem do hipermercado.
Na próxima terça-feira, 15h, Santana acompanhado dos advogados, prestará depoimento no Inquérito Policial, presidido pela delegada Rosângela Máximo da Silva, do 9º DP de Osasco.

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.