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sexta-feira, 9 de outubro de 2009
IBGE aponta que pessoas da cor branca têm, em média, 8.3 anos de estudo ante 6.6 dos pretos e pardos
Jacqueline Farid, da Agência Estado
RIO - Os brasileiros brancos tinham, em média, em 2008, quase dois anos a mais de escolaridade que pretos e pardos, segundo revela a Síntese de Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2008, no que diz respeito à média de anos de estudo da população de 15 anos e mais, as pessoas de cor branca apresentavam uma vantagem de quase dois anos (8.3 anos de estudos), em relação a pretos e pardos (6.7 e 6,5 anos), "diferença que vem se mantendo constante ao longo dos anos", segundo o documento de divulgação da pesquisa, que acentua que "as diferenças regionais são marcantes, especialmente no Sul e Sudeste".
Mas a pesquisa revela também que, de 1998 a 2008, houve "significativa melhora" na distribuição da frequência por níveis de ensino entre a população de cor preta e parda. Em 1998, um terço dos brancos jovens de 18 a 24 anos de idade já estava frequentando o ensino superior, contra 7,1% dos pretos e pardos. Em 2008, os jovens brancos que frequentava esse nível de ensino eram 60,3% do total, enquanto entre pretos e pardos o porcentual era de 28,7%. Ainda de acordo com a pesquisa, a proporção de pessoas de 25 anos e mais com curso superior concluído era de 14,3% para os brancos com 25 anos ou mais, enquanto entre os pretos ou pardos, a proporção era de apenas 4,7%, em 2008.
A desigualdade de renda entre as raças também prossegue, segundo a Síntese. De acordo com o documento de divulgação da pesquisa, "há que destacar que entre 1998 e 2008, houve um crescimento de 6,8 pontos porcentuais na participação de pretos e pardos participação no estrato superior de renda. Entretanto, observa-se uma situação bastante favorável aos brancos. Entre os 10% com os menores rendimentos, 25,4% se declararam brancos, enquanto 73,7% eram pretos e pardos. Já entre o 1% mais rico, 82,7% eram pessoas brancas e apenas 15,0% eram de cor preta e parda. Em 1998, a proporção dos que se declararam pretos e pardos no 1% mais rico era muito menor: 8,2%".
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.