terça-feira, 13 de outubro de 2009

A CRUZADA COVARDE DE DEMÉTRIO MAGNOLI

Retirado do blog Cidadania.com.

05/10/2009
Denúncia

No domingo, foi no programa “Canal Livre”, da TV Bandeirantes; no dia 29 de agosto, no programa do Jô Soares. Em cerca de uma semana, o sociólogo e geógrafo Demétrio Magnoli apareceu nos dois programas fazendo sua cruzada inglória contra o Estatuto da Igualdade Racial, aprovado no mês passado pela Câmara dos Deputados.
Magnoli, na verdade, concentra-se nas cotas para negros e indígenas nas universidades. É o “golden boy” da mídia nessa questão. Recebe um espaço infinito para mentir, distorcer, omitir, tudo de forma a literalmente criminalizar essa modalidade de política afirmativa.

Ele chega a comparar uma política que permite a jovens pobres e negros cursarem universidades a políticas nazistas de extermínio racial. Mente sobre as estatísticas ao omitir que elas mostram que os negros são anomalamente alijados do ensino universitário. E faz de conta que não existe uma geração de dezenas de milhões de jovens pobres e negros – ou indígenas – que não terá chance de concluir seus estudos se não for através de cotas.
Não entrarei no debate das cotas. Não é disso que trata este texto. Trata-se da aberração que é um programa que se auto proclama Canal “Livre” colocar quatro brancos, maduros, caucasianos, com nomes europeus e de classe média alta para atacarem uma política social que beneficia jovens negros e pobres. Ou o rotundo comediante global, portador das mesmas características étnico-sociais, para fazer o mesmo.
E isso em um momento no qual o Congresso discute o Estatuto atacado pelo “golden boy” anti-cotas da mídia, que agora tem a desculpa de um livro seu atacando, claro, as cotas para tagarelar falácias sem contestação em programas com entrevistadores concordantes.
E, se querem saber, preferi ver Magnoli verter sua empulhação purulenta no Jô Soares a vê-lo nessa atuação no tal Canal “Livre”.
No programa do Gordo, pelo menos foi monólogo mesmo, claramente. Já no programa da emissora da família Saad, numa tentativa canhestra de mostrar que havia algum debate ali, colocaram no ar negros defensores das cotas fazendo “perguntas” a Magnoli em participações gravadas.
Enquanto isso, o sujeito respondia ao vivo, obviamente falando qualquer mentira ou deturpação sem ninguém ter como contestá-lo, pois os entrevistadores só faziam adiantar a bola para ele chutar.
Estando em votação no Congresso o Estatuto da Igualdade Racial, julgo ilegal usarem concessões públicas para dar esse espaço desproporcional a um dos lados. Se esses programas não derem espaço a um defensor das cotas brevemente, proporei ao MSM irmos à Justiça contra esse uso ilegal de concessões públicas.

5 comentários:

  1. Por que brancos não podem debater questões raciais? Trabalho na Fundação Cultural Palmares e lá trabalham vários brancos. Estava na palestra do Demetrio na livraria cultura de Brasília e vi o modus operandi do movimento negro. Senti vergonha de ser negro naquele momento. Será que não conseguimos nos expressar de forma civilizada? A Fundação Palmares de modo civilizado consegue a promover a valorização da cultura negra sem apelar para baixarias. Se o que o Demétrio fala é mentira, então contraponham isso de modo intelectual, escrevendo livros, expressando-se através da arte e da cultura, lutemos por espaço na televisão, mas não por berros, mas com qualidade. O movimento negro destrói a si próprio e apenas aumenta o racismo com esse comportamento vândalo.

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  2. Não sou de debater comentários e geralmente libero cerca de 95% dos comentários (já bloqueie anúncios, divulgação de partidos, etc). Contudo, acredito que o Anônimo esteja equivocado com algumas de suas considerações. Como não estava presenet em Brasília no referido acontecimento exponho um email retirado do yahoogrupos discriminacaoracial (mensagem 54531)

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  3. email: Graça Santos
    Estive hoje no lançamento do livro "Uma gota de sangue" do Demetrio Magnoli, na Livraria
    Cultura, em Brasilia, um local totalmente elitizado da cidade, de dificil acesso para a
    maioria de nós.

    Fiz o convite mas poucos de nós apareceram.
    O auditório estava lotado, mais ou menos cem pessoas. E lógico uns 90% brancas brasileiras.
    Quando cheguei com uma amiga, o Demetrio já estava fazendo sua exposição.

    Fiquei surpresa com a mesa.
    -Demetrio Magnoli - geografo, etc, etc, etc
    -Roberta Kaufman - procuradora do DF
    -George Zarour - antropologo
    -Paulo Kramer - professor da Unb, com vários processos de racismo contra alunos da Universidade
    -Demostenes - senador DEM/GO
    - Gabeira - deputado PV/RJ

    Estava sendo filmado pela TV Camara e transmitido pelo radio Band News FM

    -DEMETRIO - fez o mesmo discurso - da tentativa de racialização do Brasil, etc, etc.
    -a procuradora ROBERTA - veio atrás repetindo o mesmo discurso, e procurando dar uma aula para a platéia - concluindo em tom de euforia que não tinha havido institucionalizaçã o do racismo no Brasil;
    -o antropologo GEORGE ZAROUR - veio elogiando o Demetrio, ao ter contato atraves do livro "Corpo da Pátria", indo para o grande geografo Milton Santos, que não concordava com cotas, conforme ele dizia, e o Darcy Ribeiro não concordava, etc, etc.

    -o PAULO KRAMER, que foi identificado como cientista politico, é o tal professor da Unb,
    que tem vários processos de racism. Afirmava que os racialistas, nós né, tinha todo
    o espaço na mídia, e que eramos bancados por muito dinheiro. E outras mentiras.
    -o GABEIRA que ficou o tempo todo encolhido, com as mãos juntas sobre o rosto, fala da sua juventude, e que quando tinha 21 anos, para ele a questão de raça era uma ficção, depois entrou na guerrilha e depois só veio ter contato com o tema na Europa.
    Foi contra a posição do Demetrio, que coloca no seu livro que o multiculturalismo divide, ele não acredita nisto, muito pelo contrario. Mas defende a mestiçagem e afirma que até a LUZIA era mestiça. E que sempre apoiou o MN, e que assinou o pedido de levar o Estatuto para discutir no plenário, foi tipo vazelina, ficou no muro.
    -o DEMOSTENES - afirmou que o livro dava prazer de ler.E vai no mesmo caminho do Demetrio, fala do caso juridico do Supremo sobre se judeu é raça, do texto do Demetrio no Estadão, chegando ao ABSURDO de afirma que as pesquisas sobre o bom resultado dos cotistas eram manipuladas.
    A toda fala a platéia ia ao delirio, batendo palmas.

    Até que chegou ao climax total:
    O Demetrio informa que as perguntas enviadas não poderiam ser totalmente respondidas, por falta de tempo - já que havia pressão da Livraria e começou a escolher as perguntas
    (como era esperado), neste ponto uma pessoa(negro) pediu para falar e ele ríspido como
    sempre disse que não, e começou a passar as perguntas(que ele não tinha gostava, conforme dizia de forma ironica), A pessoa de nome Joel, insistiu, e ele disse não, neste momento vários de nós começamos a gritar , DEBATE, DEBATE, DEBATE.

    E ele começou a ficar nervoso e fazer com que a platéia a seu favor, gritassem contra também.
    Neste momento se juntou ao Joel outro militante que tinha levado uma faixa com a frase

    DEBATE DA KUKLUKLAN BRASILEIRA

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  4. Eles foram ficando nervosos, e o Kramer gritou - vamos todos dar uma vaia, e a plateia dava. E pediu de novo, e plateia novamente vaiava.
    E foi juntando pessoas que davam apoio ao Joel, que insistia que desse voz para o outro lado.
    Neste momento o Demetrio SURTOU. Afirmando que iria explicar o que estava acontecendo - que eles tinha identificado na internet um grupo do Yahoo, que TINHA APENAS 59 membros, coordenado por uma alto funcionario do estado brasileiro Humberto Adami, que coordenava INVASORES para invadir os lançamento de livros.
    E que no Rio de Janeiro tinha sido FORMADA UMA MILICIA FACISTA. Pedia que fotografassem a todos nós.

    SURTOU tototalmente. Ficava gritando Mentiras como verdade, chamava os seguranças
    para nos retirar, foi uma confusão. Só que isto trouxe várias pessoas, muitos jovens
    brancos para o nosso lado, apoiando.
    E aí ele foi retirado para a mesa de autografos, com uma fila enorme, já que Livraria já ia fechar.

    Ficamos até o final, conversando com várias pessoas que nos procuraram.

    Então mais uma vez ele mostrou que está numa CRUZADA COVARDE de combate aos
    direitos do povo negro, falando mentiras, mentiras, mentiras, esperando até o momento que elas se tornem verdades. Ele realmente está fazendo o trabalhando direitinho, também
    est´´a sendo bem pagom,mas trabalha com prazer.

    Das pessoas que estavam lá só eu (Que a toda fala dele eu repetia VOCÊ MENTE, VOCÊ ESTÁ MENTINDO) participo do grupo discriminaçãoracial.
    Ele e seu pessoal esta realmente nos monitorando. Já sabiamos disto.
    Eu acho que o Adami deveria processa-lo por calúnias irresponsaveis.

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  5. Alguém sabe como posso entrar em contato com o homem que confrontou o Demétrio. Segundo a TV Senado, seu nome é Joel da Silveira. Alguém sabe como posso encontrá-lo?

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.