Retirado do site do jornal A Tarde.
23/02/2010
A TARDE On Line
Um exemplo é o internauta Marcos Antonio, que acredita nas cotas em universidades como meio de reduzir as discrepâncias entre os alunos “abastados” e “não-abastados”. Sobre os concursos, ele é enfático: "Colocar cotas também nos concursos será uma forma de concorrência desleal, pois 'privilegiará' o mesmo indivíduo duas vezes pelas mesmas razões. Sempre estudei em escola e faculdade pública, e já fui aprovado com nomeação em nove concursos públicos, então, acho fundamental essa isonomia de condições entre todos. Eu que tive pai agricultor e mãe doméstica, vindo do interior, só sou alguém hoje graças a essa igualdade que faz com que todos possam competir com sua determinação, perseverança e garra para poder galgar seus objetivos.
Um grande parcela dos leitores condena qualquer tipo de cota e acredita que essa medida só amplia a discriminação. A internauta Edna questiona esse modelo e espera que não seja aplicado. "O que deve ser observado é a capacidade do candidato e não a cor da sua pele. Isto é discriminatório com as pessoas de um modo geral. Será que queremos ser atendidos por uma pessoa desqualificada, que não realiza seu trabalho corretamente, apenas por ele fazer parte de uma suposta minoria? Suposta, pois no Brasil não existe ninguem 100% negro ou 100% branco, fomos colonizados por brancos, negros e índios. Somos a mistura das raças e o que determina nossa capacidade é o esforço que fazemos para obter êxito em nossos propósitos. A pouca condição financeira (pobreza) acomete todos, sem distinção de raça".
Há também quem se preocupe com as fraudes, como o internauta Eber. "Já basta esse excesso de preconceito racial criado junto com as cotas nas universidades. A criação dessas vagas só iria facilitar as fraudes nos concursos, os já famosos apadrinhamentos. Sou totalmente contra essa idéia e espero que isso nunca se torne sequer um projeto de lei".
Entre os favoráveis, o principal argumento é de que os alunos de baixa renda não disputam nas mesmas condições de quem estudou a vida toda em colégios particulares, como o internauta Luciano Filgueiras. "Sou favorável, desde que os cotistas tenham estudado somente em escolas públicas. Nas universidades públicas, essas cotas são raciais, quando deveriam ser cotas sociais. Outra questão é com relação ao quantitativo. Na realidade, essas cotas de 10% deveriam ser para os alunos procedentes de escolas privadas, enquanto os outros 90% para os alunos de escolas públicas; universidade pública deve ser frequentada por alunos da escola pública".
Já o internauta Tiago diz ser válido, uma vez que o mesmo modelo é adotado nas faculdades."Se há cotas nos vestibulares, nada mais justo que estender as cotas também para os concursos já que estes também envolvem seleção de pessoas".
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.