Por: - 22/11/2007
Salvador – Idéia lançada em São Paulo, com o Selo Diversidade no Trabalho Cidade de São Paulo, implantado pela Secretaria do Trabalho e institucionalizado por decreto da Prefeitura, agora também é realidade em Salvador.
A proposta de criação do Selo Diversidade no Trabalho – Cidade de São Paulo, lançada em São Paulo, em novembro de 2.006, pelo editor de Afropress, Jornalista Dojival Vieira, presidente da Comissão Intersecretarial de Monitoramento e Gestão da Diversidade, e institucionalizada pelo decreto 4.911/2006 da Prefeitura, virou realidade também em Salvador.
O prefeito João Henrique e a secretária Municipal de Reparação Ana Garcia assinaram na semana passada o decreto criando o Selo Diversidade de Salvador, que agora começa a ser construído numa parceria da Secretaria Municipal de Reparação, com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República.
A proposta da Prefeitura, com o Selo, é certificar as empresas, organizações não-governamentais (ONGs) e instituições públicas que assumirem o compromisso social de promoção da diversidade racial em suas estruturas de trabalho. A iniciativa integra a programação em homenagem ao Mês da Consciência Negra.
Para o Subsecretário da Semur, Antônio Cosme, a criação do Selo na Bahia é uma grande conquista para a população baiana, em sua maioria formada por negros.
"É fato que os negros têm dificuldades de encontrar empregos, e, quando conseguem, recebem salários inferiores aos dos brancos, ocupando os piores postos de trabalho. Assim como ilustra a pesquisa, poucos são os negros que chegam aos cargos estratégicos das organizações", assinalou Cosme. Ele aposta que, com a implantação do programa, a prática discriminatória mudará. A expectativa do subsecretário é que o selo crie um novo comportamento no mercado.
"Poderíamos simplesmente determinar que as empresas implantassem cotas de emprego para afro-descendentes. Mas vamos induzir as corporações a realizarem pesquisas para comprovar, de fato, que existe a exclusão e, a partir daí, vamos cobrar delas políticas que diminuam esses índices", explicou.
Em Salvador, o Selo visa estimular o combate à discriminação racial, não abrangendo a questão de gênero, como no caso de São Paulo, onde o governador José Serra, replicando o exemplo do Município, criou o Selo Diversidade no Estado, ainda em fase de implementação.
Com o programa o Poder público passará a reconhecer publicamente as empresas que adotarem políticas de promoção de igualdade racial, conferindo um Selo, que poderá ser utilizado em peças publicitárias das instituições que aderirem ao projeto.
Realidade
Nas 500 maiores empresas do Brasil, apenas 3% dos cargos executivos são ocupados por afro-descendentes. Fruto de uma pesquisa feita pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social, o dado revela a exclusão e a falta de oportunidade para essa etnia, que representa 84% da população de capital baiana e quase 50% do povo brasileiro, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Parcerias
Bastante otimista, o diretor geral da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, que também assinou o decreto como testemunha, demonstrou sua alegria e enfatizou a importância da implantação do Selo para o Estado e a sociedade. "A Bahia dá um passo à frente nas políticas afirmativas, para que todos os segmentos se engajem na luta do povo negro, que é uma batalha de todos nós", disse Castro. Ele considera que as iniciativas de reparação não podem se limitar às cotas nas universidades.
Salvador – Idéia lançada em São Paulo, com o Selo Diversidade no Trabalho Cidade de São Paulo, implantado pela Secretaria do Trabalho e institucionalizado por decreto da Prefeitura, agora também é realidade em Salvador.
A proposta de criação do Selo Diversidade no Trabalho – Cidade de São Paulo, lançada em São Paulo, em novembro de 2.006, pelo editor de Afropress, Jornalista Dojival Vieira, presidente da Comissão Intersecretarial de Monitoramento e Gestão da Diversidade, e institucionalizada pelo decreto 4.911/2006 da Prefeitura, virou realidade também em Salvador.
O prefeito João Henrique e a secretária Municipal de Reparação Ana Garcia assinaram na semana passada o decreto criando o Selo Diversidade de Salvador, que agora começa a ser construído numa parceria da Secretaria Municipal de Reparação, com a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Estado e a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) da Presidência da República.
A proposta da Prefeitura, com o Selo, é certificar as empresas, organizações não-governamentais (ONGs) e instituições públicas que assumirem o compromisso social de promoção da diversidade racial em suas estruturas de trabalho. A iniciativa integra a programação em homenagem ao Mês da Consciência Negra.
Para o Subsecretário da Semur, Antônio Cosme, a criação do Selo na Bahia é uma grande conquista para a população baiana, em sua maioria formada por negros.
"É fato que os negros têm dificuldades de encontrar empregos, e, quando conseguem, recebem salários inferiores aos dos brancos, ocupando os piores postos de trabalho. Assim como ilustra a pesquisa, poucos são os negros que chegam aos cargos estratégicos das organizações", assinalou Cosme. Ele aposta que, com a implantação do programa, a prática discriminatória mudará. A expectativa do subsecretário é que o selo crie um novo comportamento no mercado.
"Poderíamos simplesmente determinar que as empresas implantassem cotas de emprego para afro-descendentes. Mas vamos induzir as corporações a realizarem pesquisas para comprovar, de fato, que existe a exclusão e, a partir daí, vamos cobrar delas políticas que diminuam esses índices", explicou.
Em Salvador, o Selo visa estimular o combate à discriminação racial, não abrangendo a questão de gênero, como no caso de São Paulo, onde o governador José Serra, replicando o exemplo do Município, criou o Selo Diversidade no Estado, ainda em fase de implementação.
Com o programa o Poder público passará a reconhecer publicamente as empresas que adotarem políticas de promoção de igualdade racial, conferindo um Selo, que poderá ser utilizado em peças publicitárias das instituições que aderirem ao projeto.
Realidade
Nas 500 maiores empresas do Brasil, apenas 3% dos cargos executivos são ocupados por afro-descendentes. Fruto de uma pesquisa feita pelo Instituto Ethos de Responsabilidade Social, o dado revela a exclusão e a falta de oportunidade para essa etnia, que representa 84% da população de capital baiana e quase 50% do povo brasileiro, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Parcerias
Bastante otimista, o diretor geral da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, que também assinou o decreto como testemunha, demonstrou sua alegria e enfatizou a importância da implantação do Selo para o Estado e a sociedade. "A Bahia dá um passo à frente nas políticas afirmativas, para que todos os segmentos se engajem na luta do povo negro, que é uma batalha de todos nós", disse Castro. Ele considera que as iniciativas de reparação não podem se limitar às cotas nas universidades.
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.