quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

REITOR MAURO BRAGA DA UFMG EXPLICA PROPOSTA DE BONIFICAÇÃO PARA ALUNO DE ESCOLA PÚBLICA

Retirado do Centro de Comunicações da UFMG.

Para acessar notícas antigas da UFMG clique em: COTAS, AÇÕES AFIRMATIVAS, INCLUSÃO SOCIAL.

O reitor evita estudar um proposta de ação afirmativa para candidatos negros. Mais uma vez a UFMG tem se mostrado uma das universidades públicas, junto com a UFRJ e USP, mais resistente a discussão de como incluir verdadeiramente o povo negro. Uma pena.

Para ouvir as entrevistas clique nos links a seguir, pois você poderá escutar on line ou gravar para o seu computador. PARTE 01 - PARTE 02 - PARTE 03.

Para baixar as três partes zipadas clique aqui.

Esta discussão na UFMG não é tão recente, pois em 2002 já havia sido feito uma proposta de cotas para estudantes de escolas pública, mas não foi pra frente. Segue a proposta, em texto e formato de slide, além de um artigo sobre Cultura negra e educação.

Proposta de cotas para candidatos escola pública da UFMG (2002).

Resumo (formato de slide) da Proposta de cotas na UFMG (2002).

Artigo: Cultura negra e educação - prof. educação UFMG Nilma Gomes

MAURO BRAGA EXPLICA BONIFICAÇÃO PARA ALUNO DE ESCOLA PÚBLICA

terça-feira, 15 de janeiro de 2008, às 18h30

A UFMG estuda a adoção de um sistema de bonificação para candidatos ao vestibular egressos de escolas públicas. O anúncio, feito durante a segunda etapa do Vestibular 2008, foi tema de entrevista concedida pelo pró-reitor Mauro Braga ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, que foi ao ar no dia 9 de janeiro. Confira abaixo alguns trechos da entrevista.
Correção da seletividadeO processo de ingresso no ensino superior é altamente seletivo. E essa seletividade não está associada só às escolas freqüentadas pelos jovens, mas também às oportunidades não-ortodoxas de educação: a vantagem de alguém que tem um computador em casa, hábitos de leitura e outros mecanismos de acesso à educação. Isso dá ao jovem um desempenho destacado no vestibular. A diferença de desempenho é pequena, mas suficiente para decidir a vaga. Para corrigir um pouco a defasagem e seletividade socioeconômica que envolvem o acesso ao ensino superior público, as universidades têm adotado os mais variados mecanismos. Na minha opinião, alguma atitude a universidade tem que tomar. Estudamos longamente essa matéria por meio de uma produção minuciosa de dados, e o resultado dessa reflexão, uma proposta de debate, está sendo submetida aos conselhos da Universidade.
A propostaEm linhas gerais, a idéia é contemplar, com uma pontuação de 10% acrescida ao desempenho do próprio estudante, os alunos da rede pública de ensino, desde a quinta série do ensino fundamental. É preciso que eles tenham freqüentado pelo menos sete anos em escolas públicas. A nossa alternativa é adicionar um percentual ao desempenho do estudante. Por isso, quanto melhor o desempenho, maior vantagem ele terá. Também controlaremos o desempenho mínimo para ingresso na universidade. A proposta conjuga duas coisas: benefício para estudante de escola pública, que vem de camada social menos favorecida, e uma exigência de desempenho mínima para prosseguir com os estudos na universidade.
Nas duas etapasA proposta sugere que o bônus seja dado em todas as provas. Se não for assim, não terá efeito importante. Até onde conseguimos simular, imaginamos um efeito expressivo. Se essa proposta tivesse sido adotada no Vestibular 2006 (o ano de referência), teríamos 50% de estudantes de escolas públicas, em vez dos 35% admitidos.

Clique aqui para ouvir a íntegra da entrevista.

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.