domingo, 30 de março de 2008

COTAS NA UFES AUMENTOU NÚMEROS DE NEGROS

Retirado do site do jornal A Gazeta. Vamos ler com calma. Será verdade?
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30/03/2008
Cotas: mais negros na Ufes
Elaine Vieira evieira@redegazeta.com.br

O primeiro vestibular da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) que contou com reserva de vagas para alunos de escolas públicas conseguiu aumentar o número de negros aprovados, principalmente nos cursos mais concorridos. Da lista dos 15 mais disputados, nove receberam mais calouros pretos e pardos que no ano passado.

Em cursos como Direito, o aumento chama a atenção: foram 14 pretos aprovados neste ano, contra 6 no ano passado. Desses, oito eram cotistas, o que equivale exatamente à diferença entre os dois vestibulares. Do antigo percentual de 2,7% de alunos pretos, o curso passou a ter 12,7%. E o número também aumentou entre os negros (considerando pardos e pretos): em 2007, eles eram 34,5% dos calouros de Direito, agora são 44,5%.

Em Medicina, três dos quatro pretos aprovados são cotistas. O curso mais concorrido da Ufes hoje conta com 5% de pretos e 42,5% de negros, contra um índice de 3,7% e 28,7% no ano passado, respectivamente.

Dos cinco pretos aprovados em Engenharia Elétrica, quatro são cotistas. Em 2007, havia apenas um aluno preto no curso de ciências exatas. Dos 5% anteriores, hoje eles ocupam 6,2% das vagas disponíveis. No total, os afrodescendentes passaram de 35% em 2007 para 36,2% este ano.

Um cruzamento dos dados disponibilizados pelo programa de extensão Conexões de Saberes – que tem como foco os alunos carentes – e pela Comissão Coordenadora do Vestibular (CCV) mostra que, de forma geral, a participação de alunos pretos na universidade aumentou de 6,9% no ano passado para 8% este ano. Levando em consideração os pardos, também afrodescendentes, a evolução sai de 42% em 2007 para 43,8% este ano.


Previsão
Para o secretário de Inclusão Social da Ufes, Antônio Carlos Moraes, que presidiu a comissão que aprovou o sistema de cotas, o crescimento da inclusão de negros está dentro do esperado, apesar de o sistema não levar em conta questões raciais. "Já sabíamos que ao favorecer alunos de escolas públicas contemplaríamos os negros, mas esse número poderia ser ainda maior, pois a quantidade geral de candidatos tem caído".

Para ele, o burocracia e fatores como a cobrança da taxa de inscrição ainda impedem que alunos carentes se inscrevam no vestibular. Este ano, 6 mil se inscreveram como cotistas, mas a Ufes esperava que fossem 10 mil. "Estamos estudando formas de estimular inscrições", aponta.


Negros
A população negra, para a demografia, é o somatório de pretos e pardos. Não há "cor negra", como muito se ouve. Desde 1991, o IBGE adota a autodeclaração como critério.


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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.