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Educação
16/04/2008 - 11h07
Carlos Eduardo LemosRedação 24 Horas News
O Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, formada pelos movimentos sociais negros e os quilombolas, lançou carta aberta aos candidatos reitores da Universidade Federal de Mato Grosso para que incluam propostas do segmento negro nos programas de gestão e debates.Uma demonstração de que os postulantes a cadeira ocupada por Paulo Speller se esqueceram do segmento. Eles querem a implementação da Lei 10639/03 e o parecer 003/04 nos cursos de licenciatura como disciplina obrigatória. A proposta foi apresentada pelo ex-vereador e ativista Rinaldo Ribeiro de Almeida, do Instituto de Formação Estudo e Pesquisa (IFEP).
Das propostas apresentadas Rinaldo esta a implementação de políticas de ações afirmativas, as chamadas “cotas”, que garantam o ingresso, a permanência de afrodescendentes na UFMT. Ele toma como referência os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) que estima em 62,6% a população de pretos e pardos em Mato Grosso. "As cotas é a melhor solução educacional, é uma política transitória. Propomos um período de 10 anos, podendo ser prorrogado por mais 10 anos, com acompanhamento e avaliação”, afirmou.
Os movimentos sociais solicitam ainda a construção de políticas específicas para superação das desigualdades sócio-raciais dos quilombolas de MT com garantia de recursos suficientes no orçamento da UFMT; articular junto à bancada federal de MT a aprovação do projeto de Lei 73/99 onde o relator é um parlamentar de MT e do Estatuto de Promoção da Igualdade Racial já aprovado por unanimidade no Senadores.
“Ao avaliar a gestão da UFMT nestes oito anos, só restou ao movimento social negro, quilombolas decepções. A atual gestão aprovou em 2003 uma política afirmativa muito tímida, “sobre vagas” depois recuou. Entretanto quase 50 universidades públicas implementaram políticas de “cotas” bem mais afirmativas” - afirmou o representante do IFEP.
Os dados do IBGE e PNAD (2007) apontam que a população negra do estado, é de 62,6% o que situa Mato Grosso-MT como o estado com maior continente de população afro-descendente da região Centro-Oeste estando entre os cinco estado s brasileiro com maior concentração relativa da população de cor preta/parda. Rinaldo disse que o dialogo com a reitoria é frágil e difícil, do próximo reitor e equipes o movimento negro espera postura, comprometimento, decisão, brevidade com a causa.
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.