Um artigo publicado na edição deste mês da revista especializada Scientific American afirma que os estereótipos exercem grande influência sobre o sucesso ou o fracasso dos indivíduos.
Segundo o artigo, assinado por pesquisadores britânicos, o fracasso no trabalho, na escola ou em esportes não se deve necessariamente à falta de talento ou incompetência, mas também à maneira como cada um percebe o grupo social ao qual pertence.
Assim, por exemplo, mulheres asiáticas que fizeram testes de matemática obtiveram melhor desempenho ao serem lembradas de suas origens asiáticas (reforçando o estereótipo de que os asiáticos são melhores em matemática) que ao ter sua identidade feminina destacada (já que, segundo o estereótipo, mulheres são piores em matemática que os homens).
Da mesma forma, atletas brancos tiveram pior desempenho em jogos de golfe quando foram informados de que teriam sua "capacidade atlética natural" comparada à de jogadores negros. Em compensação, o grupo melhorou ao acreditar que se tratava de um teste de "inteligência estratégica esportiva".
Em outros experimentos, pessoas mais velhas tiveram rendimento pior em testes de memória após ser lembradas do estereótipo que as relaciona à capacidade cognitiva deteriorada.
Efeito positivo
Estudos anteriores tentaram vincular esta mudança de desempenho ao uso de áreas da memória que deixariam de ser utilizadas pelos indivíduos submetidos à ansiedade da "ameaça dos estereótipos".
Entretanto, isto não explicaria por que os estereótipos também podem ajudar a elevar o rendimento de membros de grupos considerados ‘os melhores’ – neste caso, esta percepção não altera os recursos de memória disponíveis, disseram os pesquisadores.
Para eles, a explicação é que "a ameaça dos estereótipos não é tanto uma questão de cognição em si, também de imagem pessoal e identidade".
"Embora alguns pesquisadores tenham saltado para a conclusão altamente polêmica de que as diferenças de desempenho refletem diferenças naturais entre os grupos, na verdade a raiz de muitas diferenças repousa sobre os estereótipos, ou pré-conceitos, que outros têm em relação ao grupo a que pertencemos", diz o estudo.
Ao mesmo tempo, o artigo afirmou que os estereótipos são flexíveis, e podem ser modificados para influenciar o desempenho dos indivíduos.
"De muitas maneiras, temos um estereótipo do estereótipo, que é errada. Os estereótipos não são necessariamente ruins, podem inclusive ser ferramentas de progresso", disse o professor Stephen Reicher, da Universidade St Andrews, na Escócia.
"Foi precisamente por desafiar estereótipos que ativistas como Steve Biko e Emmeline Pankhurst puderam alcançar a emancipação de negros sul-africanos e de mulheres britânicas."
Para os pesquisadores, os estudos em relação ao tema trazem "duas lições fundamentais".
"A primeira é tomar cuidado para não confundir desempenho e capacidade, especialmente ao tratar de grupos diferentes entre si, e compreender a força que as expectativas dos outros exerce sobre o que fazemos", dizem os pesquisadores.
"A segunda é perceber que não estamos fadados a ser vítimas de estereótipos opressivos, mas que podemos aprender a usar os estereótipos como ferramentas de nossa liberação."
Segundo o artigo, assinado por pesquisadores britânicos, o fracasso no trabalho, na escola ou em esportes não se deve necessariamente à falta de talento ou incompetência, mas também à maneira como cada um percebe o grupo social ao qual pertence.
Assim, por exemplo, mulheres asiáticas que fizeram testes de matemática obtiveram melhor desempenho ao serem lembradas de suas origens asiáticas (reforçando o estereótipo de que os asiáticos são melhores em matemática) que ao ter sua identidade feminina destacada (já que, segundo o estereótipo, mulheres são piores em matemática que os homens).
Da mesma forma, atletas brancos tiveram pior desempenho em jogos de golfe quando foram informados de que teriam sua "capacidade atlética natural" comparada à de jogadores negros. Em compensação, o grupo melhorou ao acreditar que se tratava de um teste de "inteligência estratégica esportiva".
Em outros experimentos, pessoas mais velhas tiveram rendimento pior em testes de memória após ser lembradas do estereótipo que as relaciona à capacidade cognitiva deteriorada.
Efeito positivo
Estudos anteriores tentaram vincular esta mudança de desempenho ao uso de áreas da memória que deixariam de ser utilizadas pelos indivíduos submetidos à ansiedade da "ameaça dos estereótipos".
Entretanto, isto não explicaria por que os estereótipos também podem ajudar a elevar o rendimento de membros de grupos considerados ‘os melhores’ – neste caso, esta percepção não altera os recursos de memória disponíveis, disseram os pesquisadores.
Para eles, a explicação é que "a ameaça dos estereótipos não é tanto uma questão de cognição em si, também de imagem pessoal e identidade".
"Embora alguns pesquisadores tenham saltado para a conclusão altamente polêmica de que as diferenças de desempenho refletem diferenças naturais entre os grupos, na verdade a raiz de muitas diferenças repousa sobre os estereótipos, ou pré-conceitos, que outros têm em relação ao grupo a que pertencemos", diz o estudo.
Ao mesmo tempo, o artigo afirmou que os estereótipos são flexíveis, e podem ser modificados para influenciar o desempenho dos indivíduos.
"De muitas maneiras, temos um estereótipo do estereótipo, que é errada. Os estereótipos não são necessariamente ruins, podem inclusive ser ferramentas de progresso", disse o professor Stephen Reicher, da Universidade St Andrews, na Escócia.
"Foi precisamente por desafiar estereótipos que ativistas como Steve Biko e Emmeline Pankhurst puderam alcançar a emancipação de negros sul-africanos e de mulheres britânicas."
Para os pesquisadores, os estudos em relação ao tema trazem "duas lições fundamentais".
"A primeira é tomar cuidado para não confundir desempenho e capacidade, especialmente ao tratar de grupos diferentes entre si, e compreender a força que as expectativas dos outros exerce sobre o que fazemos", dizem os pesquisadores.
"A segunda é perceber que não estamos fadados a ser vítimas de estereótipos opressivos, mas que podemos aprender a usar os estereótipos como ferramentas de nossa liberação."
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.