sexta-feira, 2 de maio de 2008

ZIMBÁUBE DIZ QUE DEBATE DE CRISE ELEITORA NA ONU É RACISTA

Retirado do site do jornal O Globo

Publicada em 30/04/2008
Por Cris Chinaka HARARE (Reuters) - O governo do Zimbábue acusou as Nações Unidas na quarta-feira de participar de uma tática "sinistra, racista e colonial" ao debater a crise eleitoral da nação africana, mas minimizou a questão ao dizer que isso não prejudicará o país.
Na terça-feira, numa sessão do Conselho de Segurança, potências ocidentais pressionaram a ONU a enviar uma missão ao Zimbábue, onde ainda não há resultados oficiais da eleição presidencial ocorrida há quatro semanas.
O Movimento pela Mudança Democrática (MDC, oposição) diz que seu candidato, Morgan Tsvangiari, venceu o pleito sem necessidade de segundo turno. O partido acusa o presidente Robert Mugabe de segurar os resultados para impedir a vitória da oposição, e alerta que o prolongamento da crise pode gerar um banho de sangue.
"Para nós, [a sessão da ONU] é um sinal de desespero dos britânicos e de seus fantoches do MDC. É sinistro, racista e colonial que a Grã-Bretanha tente amarrar todos no apoio à sua agente neocolonial aqui [...], mas isso vai fracassar", disse à Reuters o vice-ministro da Informação, Bright Matonga.
Diplomatas disseram que os participantes europeus e latino-americanos, além dos EUA, apoiaram o envio de uma missão da ONU ao Zimbábue, enquanto a África do Sul, que preside o Conselho neste mês e já tentou sem sucesso mediar a crise política, afirmou que isso não é assunto para o Conselho de Segurança.
Mugabe governa o Zimbábue desde 1980, quando o país ficou independente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.