Recebido por email. O caso é grave leiam com atenção.
Essa mensagem pode ser conferida na mensagem 53318 do yahoogrupos discriminacaoracial.
Após convite do Conselho Estadual das Comunidades Negras, para que as entidades do movimento negro ficassem cientes dos conflitos enfrentados pelos remanescentes de Quilombos de São Francisco do Paraguaçu e do Monte Belo, organizações negras criam um Comitê Pro Quilombolas. O objetivo deste comitê é desenvolver ações em defesa dos Quilombolas e fortalecer as denúncias recebidas por Estados e Municípios. Este convite surgiu devido ao alto grau de violência e agressões físicas e psicológicas sofridas por quilombolas daquela região a mando de fazendeiros, esses vêem incentivando a população a difamar, caluniar, agredir e queimar plantações destes Remanescentes quilombolas.
Pessoas que se aproximem da região para mediar ou tentar esclarecer as maledicências espalhadas por fazendeiros denunciam que também sofrem agressão por parte de uma população que acredita nos mesmos. Na visita feita pelas organizações negras era possível observar pessoas desesperadas pelas ruas gritando que não apoiavam e não eram quilombolas, quando questionadas por que da reação os mesmos informavam que os “Quilombolas iriam tomar suas terras e plantações” e que os senhores (Fazendeiros) já haviam “explicado” tudo.
Estes conflitos se acirraram após a veiculação de uma matéria produzida por uma equipe da TV Bahia, afiliada da Rede Globo no estado, ir a São Francisco do Paraguaçu, uma das onze comunidades do Recôncavo Baiano reconhecidas como remanescentes de quilombos, cujo processo de titulação das terras está em fase final. E reproduzirem no Jornal Nacional o resultado de sua visita em duas reportagens, intituladas “Suspeitas de fraude em área que vai ser reconhecida como quilombola” e “Incra promete apurar denúncias de fraude no Recôncavo Baiano”.
Nas matérias, a emissora apresenta supostos indícios de uma fraude que estaria levando ao reconhecimento das terras. Em conversa com moradores que nunca teriam ouvido falar da existência de um quilombo na região, estes afirmam na matéria, que não existem resquícios de engenhos de cana-de-açúcar no local, onde os escravos teriam trabalhado.
O encontro permitiu então que as organizações negras criassem uma agenda de visita aos Quilombos de Cachoeira, no ultimo dia 13 de agosto e pudessem ver de perto todos estes transtornos. O momento contou com a presença do Ministro da Seppir, Edson Santos que após visita feita pela prefeita Rilza Valentin à Brasília, veio à cidade para conhecer e receber as demandas dos Remanescentes Quilombolas da Região. Para a Prefeita, a presença do ministro reafirma a importância e empodera a agenda Quilombola na Bahia. Para a Coordenadora do CEN Lindinalva de Paula; “o evento foi um momento para o movimento negro da cidade perceber e se aproximar de forma real das necessidades da População negra da Zona Rural”.
“É preciso que haja uma proximidade e intervenção séria neste sentido para garantir sua segurança e sensibilidade” disse o Deputado Estadual Bira Coroa. O evento permitiu a reafirmação das comunidades e sua inclusão nos programas de políticas publica marcando o compromisso na promoção da Igualdade Racial para estes. Ficando então marcada a identidade do Recôncavo e em especial de Cachoeira na promoção da Igualdade racial para a população Quilombola.
Luciane Reis.
Membro do Instituto Mídia Étnica
Publicitária / Estudante de Jornalismo
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.