domingo, 18 de outubro de 2009

MULHERES E MINORIAS PARA TRÁS

Retirado do site O Globo.

Brasil é um dos países com maior disparidade salarial da América Latina, diz BID
Publicada em 12/10/2009

O Globo

WASHINGTON - A falta de projetos educacionais com foco em mulheres e minorias, especialmente entre os mais pobres, além da discriminação pura e simples, colocam o Brasil na incômoda posição de um dos mais desiguais da América Latina se levadas em consideração as defasagens salariais de gênero e entre brancos e outras raças/minorias, diz estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao qual o GLOBO teve acesso com exclusividade e que será divulgado nesta segunda-feira.
exibeSMS("economia")
Receba as principais notícias de economia por SMS
Envie OGLECO para 88435 (R$ 0,10 por notícia; Até 3 por dia)
De acordo com reportagem de Gilberto Scofield Jr., no Brasil, as mulheres ganham, em média, 29,7% menos do que os homens, a maior diferença encontrada entre os dez países avaliados pelo BID e quase o dobro da média da região (17,2%). A defasagem salarial por raça no Brasil é ainda maior, de 30%, e também a mais gritante entre as nações que estão no estudo do BID.


Leia também: BID sugere políticas de ação afirmativa

A reportagem informa ainda que o relatório, intitulado "Novo século, velhas disparidades: diferenças salariais entre gêneros e etnias na América Latina", preparado pelos economistas Hugo Ñopo, Juan Pablo Atal e Natalia Winder, mostra que, na média da região, negros e indígenas ganham 28% a menos que os trabalhadores brancos, enquanto homens ganham 17,2% a mais que mulheres. Isso considerando grupos com a mesma idade e nível de instrução.
- A desigualdade salarial por gênero não chega a ser um problema grave em países desenvolvidos da Europa ou nos Estados Unidos, mas é uma realidade grave no Oriente Médio e, num segundo patamar, na América Latina, que é uma das regiões mais desiguais, do ponto de vista econômico, do mundo. O Brasil não tem tantas etnias diferentes como as 21 da Guatemala, mas, nem por isso, é menos desigual quando comparamos a remuneração de brancos com negros e descendentes de índios - comenta o economista Hugo Ñopo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.