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Trinta anos após eleição de Thatcher, conservadores criam cota feminina
Publicada em 24/10/2009
LONDRES - Em 1979, a eleição de Margaret Thatcher como primeira-ministra do Reino Unido representou um momento histórico não apenas na política do país. Trinta anos depois, porém, a ascensão de Thatcher ganha contornos ainda mais míticos quando se examina a atual composição do Parlamento. Dos 656 deputados eleitos em 2005 para a Câmara dos Comuns, 128 eram mulheres, o maior número da História. Segundo reportagem de Fernando Duarte na edição deste domingo do jornal O GLOBO, a proporção de 19,5% é uma mancha para um país que prega ideais democráticos mundo afora. Por isso, o Partido Conservador, de Thatcher, resolveu criar listas femininas para as próximas eleições ao Parlamento. ( Leia também: O que você acha da participação das mulheres no Congresso Brasileiro? ).
De acordo com estatísticas da União Interparlamentar Internacional (IPU), o Reino Unido ocupa um modesto 47º lugar numa lista de 184 países em termos de representatividade feminina em suas assembleias nacionais. Mesmo Estados conturbados como Ruanda e Afeganistão, ou mesmo ditaduras como Cuba, têm mais mulheres deputadas. E em termos regionais, há 27 países europeus à frente dos britânicos. Os números sugerem maiores dificuldades de acesso para as súditas da rainha Elizabeth II buscando ingressar na política.
- Uma coisa é certa: os 20 países no mundo que hoje têm mais de 30% de mulheres em seus parlamentos têm algum tipo de dispositivo de cotas, já a partir dos diretórios regionais partidários, mesmo que em caráter temporário, para estimular um equilíbrio. É mais democrático - afirma a pesquisadora e ativista feminista Lesley Abdela.
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.