Retirado do site Jornal da Cidade.
Segunda, 14 de Dezembro de 2009
Ministério Público descarta acusação de racismo no caso dos alunos de medicina suspeitos de agredir e xingar um trabalhador negro
Jucimara de Pauda
Ministério Público descarta acusação de racismo no caso dos alunos de medicina suspeitos de agredir e xingar um trabalhador negro
Jucimara de Pauda
Foto: F.L.Piton - 12.dez.2009 / A Cidade
Com cabeça coberta, suspeitos deixam o 1º DP de Ribeirão
Os três estudantes de medicina presos no sábado acusados de racismo foram soltos após a Justiça decidir que eles cometeram o crime de injúria qualificada. A decisão se baseou em uma súmula do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que unificou a decisão sobre os casos. Eles são suspeitos de agredirem o auxiliar de serviços Geraldo Garcia, 55 anos, e também de chamá-lo de "nego".
"A injúria e o racismo têm a mesma pena, que é de reclusão de um a três anos. A diferença é que no racismo o crime é inafiançável e na injúria é afiançável", afirmou o juiz Ricardo Braga Monte Serrat, justificando a decisão.
Ele afirmou ter seguido a orientação do Ministério Público, que, ao analisar a prisão feita no final de semana pelo delegado Mauro Corauci, indicou a liberdade dos estudantes.
"O Ministério Público é o dono da ação penal e o acusador. Ele entendeu que os presos deveriam ser soltos sem ter que pagar fiança. Eu concordei com a análise do promotor, mas determinei que houvesse o pagamento da fiança", afirmou o juiz.
Emilio Pechulo Ederson, 20, Felipe Giron Trevizani, 21, e Abrahão Afiune Júnior, 19, pagaram R$ 15.240 de fiança, R$ 5.080 cada. Eles ficaram 12 horas detidos. O juiz disse que a decisão dele é provisória e ainda pode ser mudada pelo magistrado que vai analisar o caso nos próximos dias.
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