terça-feira, 15 de dezembro de 2009

ESTUDANTES SÓ RESPONDERÃO POR INJÚRIA

Retirado do site Jornal da Cidade.

Segunda, 14 de Dezembro de 2009
Ministério Público descarta acusação de racismo no caso dos alunos de medicina suspeitos de agredir e xingar um trabalhador negro
Jucimara de Pauda

Foto: F.L.Piton - 12.dez.2009 / A Cidade


Com cabeça coberta, suspeitos deixam o 1º DP de Ribeirão

Os três estudantes de medicina presos no sábado acusados de racismo foram soltos após a Justiça decidir que eles cometeram o crime de injúria qualificada. A decisão se baseou em uma súmula do STJ (Superior Tribunal de Justiça), que unificou a decisão sobre os casos. Eles são suspeitos de agredirem o auxiliar de serviços Geraldo Garcia, 55 anos, e também de chamá-lo de "nego".
"A injúria e o racismo têm a mesma pena, que é de reclusão de um a três anos. A diferença é que no racismo o crime é inafiançável e na injúria é afiançável", afirmou o juiz Ricardo Braga Monte Serrat, justificando a decisão.
Ele afirmou ter seguido a orientação do Ministério Público, que, ao analisar a prisão feita no final de semana pelo delegado Mauro Corauci, indicou a liberdade dos estudantes.
"O Ministério Público é o dono da ação penal e o acusador. Ele entendeu que os presos deveriam ser soltos sem ter que pagar fiança. Eu concordei com a análise do promotor, mas determinei que houvesse o pagamento da fiança", afirmou o juiz.
Emilio Pechulo Ederson, 20, Felipe Giron Trevizani, 21, e Abrahão Afiune Júnior, 19, pagaram R$ 15.240 de fiança, R$ 5.080 cada. Eles ficaram 12 horas detidos. O juiz disse que a decisão dele é provisória e ainda pode ser mudada pelo magistrado que vai analisar o caso nos próximos dias.

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