Retirado do site do TVCanal 13.
As vagas destinadas a estudantes cotistas no vestibular 2010 da Universidade Federal do Piauí- Ufpi não foram totalmente preenchidas. De acordo com o último edital da instituição, publicado na sexta-feira (16), 66 vagas, nesta modalidade, ainda estão ociosas.
O empecilho para a não efetivação das matrículas é porque os estudantes não conseguem comprovar, através de documentação, que estão dentro dos requisitos exigidos pelo Ministério da Educação. Para galgar uma vaga de cotista, é necessário que o interessado tenha estudado todos os anos do ensino básico em escolas da rede pública de ensino seja ela federal, estadual ou municipal. Esta semana, uma aluna que ingressou com ação na justiça para entrar como cotista não conseguiu provar que era apta a vaga.
Diferente dos anos anteriores, a universidade disponibili-zou este ano 20% do total de vagas para os estudantes que se enquadram nesta exigência, tanto para os candidatos às vagas para o Programa Seriado de Ingresso a Universidade (Psiu) ou pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSu). Anteriormente, eram apenas 5%.
A professora Guiomar Passos, pró-reitora de Ensino de Graduação da Ufpi, explica que o problema persiste ano após ano, porque os candidatos apostam na falha do sistema. Ela menciona que a incidência destes casos acontece em todos os cursos, porém, com mais freqüência no curso de Medicina.
"A efetivação da matricula é rigorosa, e quando o estudante não consegue comprovar que estudou na escola pública muitos deles buscam a justiça. A universidade recorre e ganha na maioria dos processos. Há outros que conseguem a vaga, mas sabendo que não se enquadram no sistema de cotistas nem comparecem para fazer a matricula. Em Medicina, por exemplo, das oito vagas destinadas para cotista pelo Psiu, apenas três estudantes vieram se matricular", disse a pró-reitora de ensino da Ufpi.
A professora Guiomar afirma que assim que é verificada a irregularidade na classificação, as vagas são repassadas a outros candidatos que estão na lista de classificáveis e são chamados para compor a quantidade destinada para o curso em questão. "Por mais que tenhamos cautela nos critérios de matricula existem sim casos de fraude.
Ano passado, um aluno do curso de Medicina para ter condições de entrar na universidade como cotista, por mais que não tenha estudado em escola pública, conseguiu um diploma de conclusão de curso pelo EJA- Educação de Jovens e Adultos- do governo federal. Posteriormente, foi descoberta a fraude e o caso foi investigado pela Polícia Federal", disse.
"É lamentável que isso aconteça porque marca a vida do jovem estudante que muitas vezes é conduzido por outros", comentou a professora. Ela alerta aos estudantes que leiam atentamente o edital do certame para não se desgastarem em processos judiciais. "Estar ciente das normas do edital de seleção o mínimo que todo candidato deve fazer", recomendou a pró-reitora Guiomar Passos.
Diario do Povo/PI
21/04/2010
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.