terça-feira, 29 de junho de 2010

A DINÂMICA DAS NOVAS MÍDIAS

Retirado do site Observatório da Imprensa.

REDES SOCIAIS
Por Luciano Martins Costa em 25/5/2010

Comentário para o programa radiofônico do OI, 25/5/2001
A Folha de S.Paulo reproduz resultado de estudo distribuído nesta semana pelo instituto Pew Research Center, dos Estados Unidos, no qual são analisados os conteúdos jornalísticos das chamadas redes sociais da internet. A constatação principal é de que ainda não há um padrão pelo qual se possa definir as escolhas de blogs e de mídias instantâneas como Twitter e Youtube.

Outra evidência revela que as notícias e sua hierarquia nas novas mídias mudam muito rapidamente, quase tão velozmente quanto a dinâmica de sua propagação, mas grande parte delas tem origem nas mídias tradicionais, como jornais e emissoras de televisão.


Essa dependência é maior nos blogs, que têm 99% de suas histórias copiadas de jornais ou da TV. No caso das mídias americanas, 80% vêm da BBC, CNN, The New York Times e The Washington Post. No Twitter, metade do conteúdo considerado jornalístico vem das mídias tradicionais.

Apesar dessa relação complementar, que revela a maior capacidade de coleta e processamento de informações do sistema estabelecido, também fica claro que as novas mídias dão uma sobrevida maior ao noticiário de jornais e emissoras de TV, na medida em que, ao reproduzir seu conteúdo, acrescentam dados e contribuições de milhões de protagonistas, diversificando as possibilidades de interpretação dos mesmos fatos.

Fonte primária A versão da Folha de S.Paulo para as conclusões do estudo tende a valorizar a dependência das novas mídias em relação às mídias tradicionais, considerando negativa a disparidade nas dinâmicas das mídias sociais quanto ao tempo que cada tema fica exposto em destaque ou quanto à permanência de determinados assuntos entre os de maior interesse.


No entanto, o estudo também revela o fato de que os temas que ganham destaque nas mídias sociais diferem das escolhas de manchetes por parte da mídia tradicional. Essa característica deveria ser levada em conta pelos editores de jornais e emissoras de televisão, uma vez que as redes sociais refletem potencialmente a dinâmica do leitor e telespectador e os assuntos que vão rechear seus relacionamentos sociais, diretos ou mediados pela internet.

O que as mídias sociais estão dizendo é que as pessoas recebem as manchetes dos jornais como fonte primária, mas buscam formas alternativas para interpretar a realidade, escapando da versão imposta pelas mídias tradicionais.

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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.