EXPOSIÇÃO: GEOCIÊNCIAS NO BRASIL - A CONTRIBUIÇÃO AFRICANA

Exposição aberta de novembro de 2007 a Março de 2008.
Visitação de terça a domingo, das 10h as 16h.
Local: Museu de Ciências da Terra, situado à avenida Pasteur, 404, Urca.


DNPM inaugura exposição sobre a contribuição africana para as geociências no Brasil.
07/11/2007 - 07:59

No dia 5 de novembro de 2007, às nove horas da manhã do Dia da Cultura, ocorreu nas dependências do Museu de Ciências da Terra do Departamento Nacional de Produção Mineral, a inauguração da Exposição Geociências no Brasil: a contribuição africana. Esse evento, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, deu início às comemorações do Projeto Rio Zumbi 2007, que se estenderá por todo o mês de novembro, com o objetivo de incluir as populações brasileiras de origem africana à ciência e à cultura nacional.
A cerimônia de abertura da exposição foi precedida por um ritual simbólico propiciatório com cânticos, danças e distribuição de flores que deram cor local à exposição que contou com painéis e amostras de minerais e fósseis. Chamou a atenção, além do trabalho escravo na mineração do ouro e do diamante, a homenagem feita por José Bonifácio de Andrada e Silva a seu escravo Afrízio ao descrever uma variedade negra de turmalina e denominá-la afrizita. Estão expostos também os peixes fósseis da Chapada do Araripe, descritos com nomes de orixás iorubanos. Os fósseis e minerais expostos são, principalmente, do acervo do DNPM. A exposição registra, ainda, o importante papel de cientistas negros que deram importante contribuição às geociências: Teodoro Sampaio e Milton Santos.Após o corte da fita, feito por Diógenes de Almeida Campos e Benedita da Silva, Secretária de Assistência Social e Direitos Humanos do Rio de Janeiro, foi realizado um simpósio, no salão nobre do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), com a participação de personalidades ligadas ao tema, e com apresentações de Benedita da Silva, Neia Daniel (da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro), Prof.a Helena Theodoro, Diógenes Campos e Benedito Sérgio de Almeida Alves.
O evento revela-se de grande importância para o reconhecimento da cultura negra, sendo a iniciativa do DNPM bastante reconhecida por diversos segmentos da sociedade, por revelar o papel do negro na história da mineração no Brasil. A exposição permanecerá ativa até março de 2008, com visitação aberta ao público de terça a domingo, das 10 às 16 horas, nas dependências do imponente prédio, denominado o Palácio da Geologia, onde funcionam o Museu de Ciências da Terra e o escritório Rio de Janeiro do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), situado à avenida Pasteur, 404, Urca.