Abaixo a indicação bibliográfica e o resumo.
UNICAMP - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social
Dissertação de mestrado, sob orientação do Prof. Dr. Omar Ribeiro Thomaz.
Ano: 2006
Resumo
O presente trabalho é uma tentativa de recuperar as trajetórias escolares de estudantes negros na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. O objetivo central é compreender como a cor da pele interferiu e interfere nas vivências dos entrevistados, sobretudo, nos ambientes escolares, pelos quais estes têm passado. O pressuposto deste trabalho é que essas trajetórias seriam excepcionais, na medida em que estes estudantes negros teriam superado os limites de práticas pedagógicas estigmatizadoras ao ingressarem no sistema superior de ensino, que é reconhecido socialmente como espaço de difícil acesso, pelo seu processo de seleção baseado no conteúdo escolar. Chegando a campo me surpreendi, pois encontrei uma realidade distinta. Havia um grupo de estudantes negros cujas trajetórias de vida não compunham o descrito pela bibliografia. Encontrei jovens estudantes negros cujas histórias de vida não se diferenciavam em quase nada dos outros alunos universitários. Digo quase nada, pois a cor da pele parecia ser sua única diferença. Assim, ao terminar minhas entrevistas tinha um quadro interessante: um grupo de estudantes negros cujas trajetórias sociais eram similares a de outros estudantes já relatado em outros estudos, ou seja, encontrei trajetórias sociais de estudantes negros com menores condições socioeconômicas – o que já era esperado – encontrei, também, no entanto, trajetórias sociais de estudantes negros, cujas condições sociais os aproximavam do estudante universitário padrão: jovens, com pais com alto nível de escolaridade e com renda familiar elevada. Concluo que o estigma da cor da pele nas trajetórias escolares e acadêmicas dos entrevistados se expressa através dos mecanismos de auto-refinamento e silenciamento, provocando invisibilização do preconceito e discriminação racial na escola e na universidade.
O presente trabalho é uma tentativa de recuperar as trajetórias escolares de estudantes negros na Universidade Estadual de Campinas – Unicamp. O objetivo central é compreender como a cor da pele interferiu e interfere nas vivências dos entrevistados, sobretudo, nos ambientes escolares, pelos quais estes têm passado. O pressuposto deste trabalho é que essas trajetórias seriam excepcionais, na medida em que estes estudantes negros teriam superado os limites de práticas pedagógicas estigmatizadoras ao ingressarem no sistema superior de ensino, que é reconhecido socialmente como espaço de difícil acesso, pelo seu processo de seleção baseado no conteúdo escolar. Chegando a campo me surpreendi, pois encontrei uma realidade distinta. Havia um grupo de estudantes negros cujas trajetórias de vida não compunham o descrito pela bibliografia. Encontrei jovens estudantes negros cujas histórias de vida não se diferenciavam em quase nada dos outros alunos universitários. Digo quase nada, pois a cor da pele parecia ser sua única diferença. Assim, ao terminar minhas entrevistas tinha um quadro interessante: um grupo de estudantes negros cujas trajetórias sociais eram similares a de outros estudantes já relatado em outros estudos, ou seja, encontrei trajetórias sociais de estudantes negros com menores condições socioeconômicas – o que já era esperado – encontrei, também, no entanto, trajetórias sociais de estudantes negros, cujas condições sociais os aproximavam do estudante universitário padrão: jovens, com pais com alto nível de escolaridade e com renda familiar elevada. Concluo que o estigma da cor da pele nas trajetórias escolares e acadêmicas dos entrevistados se expressa através dos mecanismos de auto-refinamento e silenciamento, provocando invisibilização do preconceito e discriminação racial na escola e na universidade.
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Muito axé e militância pessoal e obrigado pelos comentários.