O “griot” em tradições orais de vários povos africanos é um dos símbolos representativos dos narradores, dos que contam contos, cantam décimas, sábios, avós, mães e todos personagens cênicos ou não, que, em muitas sociedades, são depositários de histórias, de testemunhos ou de tradições que ele conta.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
JÔ SOARES E SUAS BIZARRICES
Existe um link no youtube com a mesma reportagem apontada no site da Rede Globo, segue abaixo.
Terça-feira, Outubro 23, 2007
Jô Soares e suas bizarrices
Faz tempo, muito tempo que não vejo o Jô, pois tenho tanto que fazer da vida que não posso perder meu sono e paciência vendo um show de bobagens, que com raríssimas exceções, passam por aquele programa sem eira nem beira.
Mas eis que minha amiga Érica manda-me um link do programa do dia 18/06.
Juro a vocês, assim que ouvi a primeira frase proferida pelo entrevistado (português instrutor de vôo e taxista que lançava um livro bizarro)achei que estava enlouquecendo.
Incrédula ouvia barbáries saindo da boca do entrevistado do tipo 'negros são pedófilos'; 'mulheres africanas são lascivas' e vai por aí afora e, igualmente, incrédula ouvia as piadas sexistas medonhas do entrevistador, incensando o entrevistado.
Para quem não viu, veja para denunciar no Ministério Público e também na Comissão de ética na TV e igualmente no Conad.
Os nossos preconceitos tão arraigados só tendem a piorar se a tv for reduzida à mídia para espalhar tantas mentiras, preconceitos étnico-raciais e de gênero.
o vídeo bizarro
Para fazer a denúncia no Ministério Público
Para fazer a denúncia na comissão de Ética na TV
Escreva também para a Conad - Comissão do Negro e de Assuntos Antidiscriminatórios: Conad@oabsp.org.br
E para não acreditar nas sandices ditas pelo português e endossadas pelo irresponsável do Jô ouçamos os angolanos:
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
DICIONÁRIO MICHAELIS DE GRAÇA

Dicionário Michaelis, com tradução para inglês e espanhol, além do dicionário de sinônimos e significados em Informática e Executivo.
Para baixar o programa clique na imagem ou neste link alternativo.
PARQUE MEMORIAL QUILOMBO DOS PALMARES
ONDA DE RACISMO ALARMA A COSMOPOLITA NOVA YORQUE
DNA É O CACETE
ZUENIR VENTURA CRITICA NOBEL RACISTA
Cultura Quilombola em debate: Inscrições abertas para o Fórum Quilombola - Cultura e Empreendimento, da PUC Minas em Contagem
domingo, 21 de outubro de 2007
4º FÓRUM DE TEOLOGIA DAS DIVINDADES AFRICANAS

O evento, coordenado pelo príncipe nigeriano e presidente do CCA, Adekunle Aderonmu, também contará com a presença de especialistas internacionais como o Prof. Dr. em Antropologia, Baba Tunde Lawal, dos Estados Unidos; o Prof. de História da África, Olasode Baba Jide, da Nigéria. Entre os convidados brasileiros está a Prof. de História Marina de Souza, da USP.
Por sermos uma instituição sem fins lucrativos, a inscrição para o Congresso de Teologia, terá um custo, para suprirmos algumas despesas.
As inscrições para o Fórum poderão ser feitas até o dia 26 de novembro, pelo telefone: (11) 3392-7228/6123 ou pelo site pelo
Formulário de Inscrições
Data: 30 de novembro e 01 de dezembro de 2007
Horário: 30/11 das 18h30 às 22 h e 1/12 das 9 às 17 horas
Local: PUC/SP – campus Monte Alegre
Endereço: Rua Ministro Godói, 969 - Perdizes
Coordenação: Príncipe Adekunle Aderonmu, da Nigéria
Realização: Centro Cultural Africano - Ilê Ifá
Apoio: CECAD/PUC-SP - Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora
Central de Comunicação – Comunicação Estratégica para a Diversidade
Apoio e Parceria:- Portal Orixás / Ifatola
CENTRO CULTURAL AFRICANO
sábado, 20 de outubro de 2007
Nobel da Medicina choca geneticistas ao afirmar que negros são menos inteligentes
O Globo EFE LONDRES - O prêmio Nobel de Medicina James Watson, pioneiro no trabalho de deciframento do genoma humano, causou espanto ao reacender com força total uma polêmica que parecia definitivamente superada pelos próprios geneticistas. O pesquisador americano, de 79 anos, declarou ao jornal "The Sunday Times" ser pessimista sobre a África porque as políticas ocidentais para os países africanos eram, erroneamente, baseadas na presunção de que os negros seriam tão inteligentes quanto os brancos quando, na verdade "testes" sugerem o contrário.
Watson não apresentou argumentos científicos para embasar suas idéias nem especificou que "testes" seriam esses. Afirmou apenas que os genes responsáveis pelas diferenças na inteligência humana devem ser descobertos dentro de dez a 15 anos. As suas constam em um livro que será publicado na semana que vem, e no qual Watson escreve que não há motivo algum para crer que "as capacidades intelectuais de povos separados em sua evolução tiveram que evoluir de modo idêntico". " Porque todas as políticas sociais são baseadas no fato de que a inteligência deles é como a nossa, embora todos os testes digam que não é bem assim? "
"Não há nenhuma razão sólida para sustentar que as capacidades intelectuais de pessoas geograficamente separadas durante sua evolução tenham se desenvolvido de forma idêntica. Nossa vontade de preservar os poderes igualitários da razão como uma espécie de herança universal da Humanidade não é o suficiente para fazer com que isso ocorra", escreve ele.
A polêmica em torno dessas declarações lembra a criada em 1990 pelo livro "The Bell Curve", do analista político americano Charles Murrey, que sugeria que diferenças de QI seriam genéticas e discutia as implicações de uma divisão racial da inteligência. O livro foi duramente criticado no mundo todo, particularmente por cientistas que o classificaram de racista.
Watson chegou à Grã-Bretanha nesta quarta-feira e participa de uma série de palestras sobre o seu novo livro. A primeira delas, marcada para quinta-feira, no Museu da Ciência, está completamente lotada. Um intenso debate é esperado uma vez que os críticos do geneticista afirmaram estar preparando uma resposta de peso a suas polêmicas opiniões.
- É triste que um cientista que alcançou tanto em seu campo se rebaixe a fazer esse tipo de comentário, sem nenhuma fundamentação científica - disse o deputado trabalhista Keith Vaz, presidente da comissão para assuntos internos da Câmara dos Comuns. - Tenho certeza de que a comunidade científica repudiará o que parece não ser mais que um preconceito pessoal.
Steven Rose, professor de ciências biológicas da Open University e membro da Sociedade para Responsabilidade Social em Ciência, disse que a declaração de Watson é "vergonhosa". " Watson está gagá ou quer aparecer "
Pena explica que há uma relação genealógica entre todas as populações do mundo, incluindo a européia, e a África. A Humanidade moderna emergiu na África há menos de 200 mil anos e só nos últimos 60 mil anos saiu deste continente para habitar os outros:
- Do ponto de vista evolucionário, somos todos africanos, vivendo na África ou em exílio recente de lá. Não faz sentido haver diferenças biológicas entre africanos e povos de outros continentes.
Na opinião do geneticista, nos últimos 500 anos a África tem sido vítima de um imperialismo europeu impiedoso e selvagem, que criou dissensões entre grupos étnicos e manteve o continente economicamente de joelhos.
- Até hoje a retirada de ouro, diamantes e petróleo na África é feita como pura exploração por multinacionais. Watson está fazendo uma confusão ridícula e elementar entre biologia por um lado e política e história do outro. A situação africana é preocupante, não por falta de capacidade genética intelectual, mas pela manutenção da pobreza e ignorância, que torna os países vítimas fáceis do imperialismo. Watson falou besteira, em uma área totalmente fora da sua - diz. " Tenho certeza de que a comunidade científica repudiará o que parece não ser mais que um preconceito pessoal "
O cientista americano alcançou fama internacional quando, trabalhando na Universidade de Cambridge (Inglaterra), fez parte da equipe que descobriu a estrutura do DNA. Por seu trabalho, Watson foi premiado em 1962 com o Nobel de Medicina junto a seu colega britânico Francis Crick e ao neozelandês Maurice Wilkins.
Esta não é a primeira polêmica em que Watson se vê envolvido. Em 1997, o pesquisador declarou a um jornal britânico que uma mulher deveria ter o direito de abortar caso um teste pré-natal determinasse que o feto que levava em seu ventre seria homossexual, embora depois tenha dito que se tratava de uma escolha "hipotética".
Watson também sugeriu a existência de uma relação entre a cor da pele e o instinto sexual, superior nos negros. Segundo o jornal "The Independent", o pesquisador seria favorável à engenharia genética por considerar que um dia será possível "curar a estupidez".
Comentários
joana leal 18/10/2007 - 12h 54m
ROLAND BITAR BENAMOR 18/10/2007 - 12h 27m
Virgilio Braga - e-mail 18/10/2007 - 12h 19m 1)
Tadeu William de Oliveira Nogueira 18/10/2007 - 12h 07m
Para se ter conhecimento de algo precisamos de memória e de poder ter acesso a ele.
Para se ter inteligência precisamos ter a capacidade de questionar, debater, discutir, analisar, duvidar, concordar, discordar, raciocinar.
Pois bem, o conhecimento auxilia na inteligência, mas, não é ela de fato!
Hj se faz mta confusão acerca deste assunto. Países de maior desenvolvimento tiveram acesso a conhecimento mas ñ são + inteligentes.
2007 - 11h 52m
E isso varia não só de raça, mas de indivíduo pra indivíduo. Este comentário é ofensivo ou inapropriado? Denuncie aqui
Ted21 18/10/2007 - 11h 35m As "raças" têm diferenças. Pode ser q a inteligência seja diferente entre estas "raças", porém, qual das duas é mais inteligente??? Pq a raça branca e não a negra??? Onde estão as provas??? Hj o q se vê é apenas diferenças históricas, geográficas (inclui-se aqui o clima: o quente desfavorece o trabalho intelectual), econômicas (vindas das diferenças históricas)...
Por último, msm q haja a diferença (mínima q seja), qual culpa ou talento a pessoa tem se isto é genético???
Igualdade já!!!
18/10/2007 - 11h 23m
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
VAGAS NA ADMINISTRAÇAO DA ONG CRIOLA
Interessados/ as na vaga de assistente de administração devem ternível médio completo (2º grau); experiência mínima comprovada dedoisanos em todas as rotinas de departamento pessoal; conhecimento sobre aConsolidação das Leis Trabalhistas (CLT); desejável conhecimento deprocessadores de texto, planilhas eletrônicas e Internet. Além disso,é preciso ser uma pessoa dinâmica, organizada e pró-ativa.
Panorama cultural da África

Rodrigo Nogueira 15/10/2007
A exposição “ÁFRICA - A arte do tempo” mostra um panorama da cultura mostrando a arte popular africana, com destaque para o povo Iorubá e sua participação na formação cultural da nação brasileira. Esculturas, tapeçarias, peças de cerâmica e madeira são alguns objetos que fazem parte da coleção. Também acontecerão seminários abordando a cultura, literatura e religiosidade do continente. A exposição é gratuita e fica até o mês de novembro no espaço Arte Sesc, que fica Rua Marquês de Abrantes, 99 – Flamengo.
Um panorama da cultura africana a partir de vivências do escritor, crítico literário e editor Antonio Olinto e de sua esposa Zora Seljan, também escritora e jornalista. Grátis.
. Exposição - 16/10 a 25/11 - Arte africana, com destaque para a criação do povo Iorubá e sua participação na formação cultural da nação brasileira. Esculturas, tapeçarias, peças de cerâmica e madeira, e outros objetos, coletados por Olinto e Zora em suas viagens por países africanos, revelam a criatividade daqueles povos, seu mundo mágico, seus ritos e rituais, seus costumes e expressões, verdadeiros testemunhos antropológicos de sua arte, linguagem e formas de comunicação. 3a a sábado, 12h às 20h e domingos, 11h às 17h.
Seminário: África - Arte do Tempo.
- 21/11, 18h - Conferência: Alma da África, com Antonio Olinto; 19h - Conferência Um rio chamado Atlântico, com Alberto da Costa e Silva.
- 22/11, 18h - Conferência: Do dito ao escrito: a arte e o saber das ialorixás, com Yeda Pessoa de Castro; 19h - Mesa-redonda com o tema Xangô: rei, mito e herói iorubá, com o mediador Raul Lody, participação de Antonio Olinto, Bira de Xangô e Roberto Conduru.
- 23/11, 18h - Leitura dramática: Exu, o Cavaleiro da Encruzilhada, peça de Zora Seljan; 19h - Lançamento da trilogia Rei de Kêtu, Trono de Vidro e Casa da Água, de Antonio Olinto. Grátis. Arte Sesc
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
BANNER DE CRIANÇAS DESAPARECIDAS
Para ir para o site clique na imagem abaixo.
Além do Banner vc pode clicar num dos Estados do mapa e ter acesso a uma lista de crianças. Abaixo o mapa ampliado e a proposta do projeto e a seguir o banner em funcionamento que vai ser incorporado no blog como uma das ferramentas permanentes.
Embora não se possua dados consolidados que traduzam a exata dimensão do fenômeno, estima-se que aproximadamente 40.000 ocorrências de desaparecimento de crianças e adolescentes sejam registradas anualmente nas delegacias de polícia de todo o País.Ainda que a grande maioria desses casos seja solucionada rapidamente, existe um percentual significativo, entre 10 e 15%, em que crianças e adolescentes permanecem desaparecidos por longos períodos de tempo e, às vezes, jamais são reencontrados.
Contando com o suporte tecnológico do Ministério da Justiça, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, por meio da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente – SPDCA, está implantando a Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, visando constituir um cadastro nacional de casos, criar e articular serviços especializados de atendimento ao público e coordenar um esforço coletivo e de âmbito nacional para busca e localização dos desaparecidos.
PERCEPÇÃO E REAÇÕES DA SOCIEDADE SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Seminário Nacional de Estudos de História e Cultura Afro-Brasileiras

INSCRIÇÃO
PRAZOS
ATENÇÃO:O prazo final para envio de resumos e trabalhos completos foi prorrogado para o dia 26 de outubro.
Inscrição: c/ apresentação de trabalho: 15 de setembro a 26 de outubro/2007
Divulgação da Lista dos trabalhos aprovados: até 20 de outubro 2007;
Os trabalhos completos selecionados serão publicados em CD-ROM com ISBN.
Inscrição: sem apresentação de trabalho: Até o dia 19 de novembro/2007.
Josemir Camilo de Melo (Coodernador dos Espaços de Diálogo)
jcdemelo@uol.com.br
Patricia C. A. Araújo (Coordernadora das Mesas Redondas)
diversidade.culturalmidia@yahoo.com.br
Margareth Maria de Melo (Coordenadora dos Mini-Cursos)
neabiminicurso@yahoo.com.br
Outras informações e esclarescimentos gerais:
(83) 3315 3419
neab-i@uepb.edu.br
Palestra vai abordar a “Discriminação da Mulher no Direito do Trabalho"
Redação 24HorasNews
03/10/2007 - 16h27
A Escola Superior de Advocacia (ESA-MT) realiza no próximo dia 19 de outubro, o curso “Discriminação da Mulher no Direito do Trabalho – Da Proteção à Promoção da Igualdade”. A advogada trabalhista, mestre e doutoranda em Direito do Trabalho da USP, Denise Pasello Valente Novais, será a palestrante da noite.
O evento será realizado no Auditório da OAB/MT, a partir das 19h, com carga horária de 2h/aula. As inscrições podem ser efetuadas na sede da Ordem e na ESA-MT, mediante entrega de uma lata de leite em pó. O evento conta com apoio da Comissão de Direito da Mulher da OAB/MT. Mais informações: (65) 3613-0952.
Download da Wikipedia

A versão sem imagens, pode ser baixada aqui, e possuí apenas 433MB. Já a versão completa, com todas as imagens, pode ser baixada aqui. O arquivo está compactado em “.tar” e possuí 3,9GB.
Cuidado com os falsos torrents

O pessoal que costuma baixar arquivos torrents deve ficar atenta aos FAKES TORRENTS. Para quem não sabe são sites de falsos torrents para apanhar downloads de utilizadores, é tipo um sistema anti-pirataria a partir do momento em que se baixa o download ele vai até você através do IP.
Estas armadilhas vêm do MPAA e RIAA tambem pode realizar download desse torrents em sites famosos.
Desconfie de sites novos ou que você nunca ouviu falar, para não ficar paranóico existe um site com uma listagem desses fakes torrents confira em: http://fenopy.com/fakefinder/
Liberando 20% de sua banda de rede/internet
O Windows XP possui um recurso (Agendador de pacotes QoS) que “reserva” 20% da banda disponível de rede e Internet para uso próprio. Para desabilitá-lo, siga os seguintes passos:
(Observação: é preciso estar logado como Administrador para executar os procedimentos abaixo)
a) Iniciar>Executar, digite gpedit.msc e pressione OK
b) Configuração do computador>Modelos Administrativos>Rede
c) Selecione, na janela esquerda, “Agendador de pacotes QoS”. Na janela da direita, dê duplo-clique na em “Limite de reserva de banda”
d) Na aba Configuração, selecione Ativado. Na linha “Limitar % da banda”, digite 0 (zero). Clique em Aplicar, OK e saia
e) Vá nas configurações da rede (Painel de Controle > Conexões de Rede), clique na conexão existente com o botão direito e escolha Propriedades; na guia geral habilite o agendador de pacotes QoS; se já estiver assim, deixe. O próximo passo é reiniciar o computador. Se houver outros computadores na rede, siga os mesmos procedimentos neles;
Recuperando CD Riscado
Retirado do Blog ossembandalarga
Vale a pena ver esse vídeo nele você terá idéia de até onde vai a criatividade das pessoas.
domingo, 14 de outubro de 2007
AINDA SOBRE O FILME TROPA DE ELITE
Para quem quiser ver o filme e participar de um debate com os principais responsáveis por esta obra é só ir no dia 16.10 (terça) no Fórum de ciências e cultura da UFRJ, no Salão Pedro Calmon do Campus da Praia vermelha (Av. Pasteur 250, 2° andar) Urca.
Depois do filme vão estar debatendo: Jósé Padilha (diretor), Luiz Eduardo Soares e Rodrigo Pimentel (autores do livro Elite da tropa), além de André Batista (ator)
Confesso que ando meio de saco cheio de falar do Tropa de Elite. Não de falar do filme em si, porque é um filmaço, responsável inclusive por metade das frases atuais de mensagem do Microsoft Messenger (MSN) no Brasil. É um tal de “Essa pica agora é do Aspira”, “Zero Meia, me dá a 12 aí” e “Bota na conta do Papa”, que se torna impossível não pensar no filme pelo menos quatro vezes por dia. Mas, enfim, no domingo passado, depois do desagradabilíssimo Fla-Flu, fui ver com minha senhora o Tropa no cinema – do filme na telona, já falei neste post. Mas não falei da experiência antropológica interessante que é ir a um Cinemark da vida, com ar-condicionado e pipoca cara, assistir a favelados tomando porrada de policiais pessimamente pagos e que arriscam suas vidas todos os dias. Com a diferença que dificilmente vemos policiais mal-pagos recebendo apoio de ONGs em suas vidas pessoais.
É a platéia dos bem-resolvidos vendo de longe, com cadeirinha e ar-condicionado, a batalha dos excluídos – o único ponto em que policial e favelado se encontram hoje em dia é no fato de serem pobres (me refiro aos policiais honestos).
E vamos lá: uma fila gigantesca, muito perfume se misturando no ar, uma juventude dourada indo lá admirar os homens de preto. O grito “Caveira” passou a ser um grito quase tão sagrado quanto “Mengo” (nada é tão sagrado quanto o grito “Mengo”). Formam-se na verdade três filas, eu, minha senhora e dois amigos estamos na segunda delas. Conseguimos excelentes lugares. Pipoca de oito reais à mão, água mineral com gás (não bebo mais refrigerantes sob nenhuma hipótese, só se for no Saara e como única alternativa), bolotinhas de Chicabon de R$ 4,50, e lá vamos nós para o Coliseu. Entram os créditos iniciais, parece que vão soltar os leões.
Começa a seqüência de patrocinadores. Petrobrás, BNDES, Claro Celular, Banco do Brasil, etc, etc, etc. No quarto patrocinador, ouve-se um “pô”. No quinto, uma risada. No sexto, algumas risadas. No sétimo patrocinador a aparecer, o cinema todo diz “caraça” ou “quêisso”. No oitavo, risada por tudo quando é canto. Assim é o cinema brasileiro – precisa disso, não tem jeito. Um filme de 10 milhões de dólares precisa de apoio para bancar a produção, e esse apoio não quer mais aparecer lá no fim, quando todo mundo está levantando (menos eu, que aprendi a esperar para ver se alguém faz alguma babaquice depois dos créditos finais).
Ouço um grito de U-hu quando o aspira Neto atira e entra a voz do capitão Nascimento dizendo que o policial no Rio se corrompe, ou se omite, ou vai para a guerra. Um grupo de cinco menininhas de classe média alta dá risadinhas. Uma delas deixou o celular, com uma campainha musical (não sei que música era, algo tipo High School Musical), ligado. “Oi, mãe. Ah, deve acabar umas 11 e meia”. “Shhhh”, fazem todos. O funk pesadão domina a sala. Espectadores continuam entrando com seus kits de pipoca e refrigerante. Meu cachorro-quente de quatro reais está frio.
Na tela, um traficante está dentro de um saco plástico. Não ele todo, só a cabeça. Tiram a cabeça dele, e o capitão Nascimento pergunta: “Cadê o fogueteiro, cara?”. O trafica diz “não sei não senhor”, e o capitão manda:
- Então vai voltar para o saco!
Só que, terrivelmente, tem claque: vários garotões saudáveis e perfumados, de roupas de grife, dizem ao mesmo tempo, “vai voltar pro saco, ehehehehe”. Tropa de Elite virou mesmo o coliseu da platéia. Claro, os traficantes não são lá muito cristãos. Mas o público delira com a fúria de leão (o animal, não o técnico freguês do Flamengo) do Bope. Jabor estava certo: o Bope virou nossa vingança. A da classe média acovardada, oprimida pelo crime, auto-culpada por ter alguma coisa ganha honestamente no meio de um bando de miseráveis – armados até os dentes.
sábado, 13 de outubro de 2007
Artigo: A inserção da mulher na literatura pós-colonial.

Artigo:
A inserção da mulher na literatura pós-colonial.
Autor:
Márcio André Senem
Publicação:
Revista Estudos feministas e pós-coloniais
Para baixar clique na imagem ou neste link alternativo.
ARTIGO DE BELL HOOCK

Abaixo um pequeno histórico da autora retirado do site Wikipédia e traduzido as pressas com ajuda do yahoobabelfish.
Gloria Watkins nasceu em 1952 no Estado de Kentucky, nos EUA, e ao se tornar ativista e intelectual assinava como Gloria Watkins. Cresceu numa família de cinco irmãs, um irmão e o pai e a mãe sempre preocupadas com a educação de todos. Quando criança frequentou escolas segregada só para negros, mas depois de escreveu suas lembranças quando teve que fazer a frequentar escolas racialmente integradas com alunos negros e brancos. Durante todo sua infância foi uma leitora ávida.

"Hooks deriva uma parte considerável de seu enfoque do livro de Paulo Freire, Pedagogia do oprimido, sobre a importância do diálogo e sua relação com a luta dos oprimidos para tornar-se sujeitos. Porém a força de seu argumento deriva de sua experiência pessoal: ela nasceu e cresceu numa comunidade negra do sul e freqüentou uma escol a com alunos negros e professores negros; tornou-se uma aluna das universidades de Stanford, Wisconsin, e da Califórnia no Sul, e em Santa Cruz; e chegou a fazer uma carreira sólida como professora de literatura americana--primeiro na Universidade de Yale e depois no City College em Nova York. Hooks afirma por todo seu livro sua solidariedade com a causa da liberação feminista, mas desconfia daquelas professoras que presumem falar pelo "outro" ou que questionam a validez do que é pessoal: "É nossa responsabilidade coletivamente e individualmente distinguir entre o mero falar que é autopromoção e exploração do exótico "outro," e aquele chegar à voz que é um gesto de resistência, uma afirmação da luta" (18). Hooks entende a teoria e prática feminista como um instrumento pedagógico e transformador, capaz de alcançar um público vasto dentro e fora da universidade, e sua crítica das tendências atuais no mundo editorial feminista é severa:
A teoria feminista esta transformando-se rapidamente noutra esfera de elitismo acadêmico, em que o trabalho que é lingüisticamente enrolado, que se deriva de outras tais obras, é considerado mais sofisticado intelectualmente, de fato é considerado mais teórico (já que o estereótipo da teoria é que ela é sinônima daquilo que é difícil de entender, que é lingüisticamente enrolado) que o trabalho que é mais acessível. Cada vez que isso acontece, a potencialidade radical, subversiva da erudição feminista e da teoria feminista é solapada (36).
É interessante que hooks tenha sido criticada por alguém que se poderia esperar ser sua partidária - a bem conhecida crítica pós-colonialista, Sara Suleri, que vem duma próspera família paquistanesa e que também ensina em Yale. Segundo Suleri, hooks está demasiado preocupada consigo mesma para fazer uma significante contribuição às idéias sobre raça e gênero"
REVISTA USP 28 E ARTIGOS SOBRE GÊNERO E QUESTÃO RACIAL DE GRAÇA
A referência bibliográfica é:
Revista USP N°28, São Paulo, Dezembro/Fevereiro 95/96

Ginga a rainha quilombola de matamba e angola
Autor:
CARLOS M. H. SERRANO é professor do Departamento de Antropologia da USP e vice-diretor do Centro de Estudos Africanos da USP.

O que a cinderela negra tem a dizer sobre a politica racial no Basil
Autor:
PETER FRY é professor do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ. (polêmico professor da UFRJ, pois atualmente é um dos mais ardorosos intelectuais contrários as cotas raciais nas universidades públicas. Este artigo é importante dentro da discussão das bases do racismo nacional e durante muito tempo foi fundamental como referência bibliográfica )

Título:
Historia educação - analfabetismo genero e raça no Brasil
Autoras:
Fúlvia Rosemberg
Edith Pizza
Paulinho da Viola, após mais de uma década, lança CD com sambas inéditos e DVD acústico
Publicada em 11/10/2007 às 08h38m
João Pimentel - O Globo RIO -
Paulinho da Viola olha pela janela do 40 andar da torre de um shopping carioca, QG da gravadora Sony&BMG, e avista o prédio da UFRJ, na esquina das avenidas Pasteur e Venceslau Braz, onde funcionou o Hospício Pedro II. Lembra que sua mãe, ainda com 15 anos, olhou para a construção e cismou que trabalharia ali. Entrou na sala do diretor com seus documentos e começou uma carreira de 40 anos trabalhando com saúde mental, inclusive na Colônia Juliano Moreira, com a doutora Nise da Silveira. "Fui saber disso outro dia. Fiquei pensando como conhecemos pouco sobre nossos pais...". Uma conversa com Paulinho é sempre assim, leve e profunda, divertida e introspectiva, seja em uma entrevista ou em gravações como a do DVD (e CD) acústico que está lançando pela MTV/Sony & BMG ( assista a música inédita 'Ainda mais' ), e cujo ótimo making of começa com o sambista dizendo que não fala nada com uma câmera na frente dele.
- Depois que soube dessa história e que ela me contou que trabalhava durante sete dias, inclusive dormindo no emprego, e ia para casa passar apenas um dia de folga, é que passei a entender por que essa geração amava o Getúlio Vargas. Ela sentia-se em dívida com ele, que criou leis trabalhistas que acabaram com essa escravidão.
Talvez por isso, inconscientemente, Paulinho tenha adquirido o hábito de trabalhar e produzir no seu tempo, não aceitando pressão e nem o estresse do mercado.
- Podem achar que é acomodação, mas não é, sigo minha intuição. Faço as coisas quando acho que é a hora.
Paulinho rejeitou convites anteriores.
E foi a intuição que fez o músico recusar três convites para voltar a gravar um disco de inéditas após mais de dez anos. O último foi "Bebadosamba", de 1996. No ano seguinte gravou "Bebadachama", ao vivo; em 1999, "Sinal aberto", com Toquinho; e, em 2003 "Meu tempo é hoje", com a trilha do filme homônimo. Até que surgiu a idéia do projeto acústico.
- Eu quase fechei com uma gravadora há uns anos. Já tinha um repertório pronto. Mas fui adiando. Só ouvia companheiros reclamar da indústria, da pirataria. Resolvi esperar a poeira baixar. Então pintou o disco da trilha do filme. Não queria fazer, mas a turma me sensibilizou. Há alguns meses fiz um show no teatro Fecap, em São Paulo, e, no fim, o (produtor) Homero Ferreira me deu todo o material gravado. Pensei em usar as gravações, que são ótimas... Até que apareceu a MTV...
Para ler o restante da matéria clique na imagem para ampliar.
link para baixar o CD Meu tempo é hoje
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CONVERTENDO PARA PDF
Há três semanas atrás tinha acabado de diagramar um informativo e fiquei mais de duas horas tentando encontrar um programa que me ajudasse a coverter aquelas duas páginas em PDF. Instalei pelo menos dois programas e nada, ou melhor, um deles comeu meu arquivo e fez o favor de jogá-lo nas entranhas de algum precípicio magnético do meu computador... :( \ö/ a sorte é que tinha o original não diagramado no email. Mais meia hora perdida.
Realmente umas das maiores dificuladades hoje em dia e converter arquivos para PDF, sejam eles documentos de Word, Excel, Slide ou Imagem como JPEG, BMP ou GIF.
Ainda bem que a net tem vários sites de busca e blogs... achei a melhor dica no "Blog do julio".
Fácil, fácil, pois é só mandar o seu arquivo anexado para este email: pdf@coolwide.com. Ele retorna seu email depois de alguns minutos com um anexo do arquivo em formato PDF.
Artigo "Mulher negra: inserção nos movimentos sociais feminista e negro"
Abaixo trecho do artigo que aponta estas problemáticas.
Para ir ao site e ler o artigo clique aqui ou neste link alternativo.
"O feminismo, em suas formulações iniciais pelo menos, tem sido caracterizado pela ênfase na opressão comum da mulher, a experiência compartilhada da irmandade. No entanto, a tendência de focalizar a questão exclusivamente sobre as experiências comuns das mulheres leva a uma desconsideração das diferenças significantes entre elas, particularmente em termos de raça (King, 1993 apud Gehlen 2003).
Muitas ativistas feministas brancas, segundo a autora, vêm freqüentemente supondo que a postura anti-sexista delas aboliu todo preconceito racial ou comportamento discriminatório. Mas tal presunção é ingênua e reflete uma ignorância séria de como o racismo está impregnado na sociedade. Portanto, um feminismo que ignore as divisões raciais está gravemente aberto às críticas (ibid).
Esta postura ocasionou lutas internas no movimento feminista, pois, segundo comentários de Lélia Gonzalez em entrevista, as feministas brancas com orientação progressista e, aparentemente, de esquerda negaram o significado da raça e seu impacto nas vidas de mulheres negras, além de que as brancas eram hesitantes em relação à discussão sobre raça por causa da sua própria cumplicidade com a dominação racial. Enquanto na superfície parecia que as mulheres brancas e negras poderiam se unir e lutar contra sua opressão comum enquanto mulheres, diferenças entre elas, em termos de experiências e lugares, tornaram-se fontes de conflito e divisão dentro do movimento (Caldwell, 2000).
O movimento feminista não acolhe as questões postas pelas mulheres negras, motivando-as para uma ação política organizativa específica em decorrência da insuficiência com que são tratadas as suas especificidades dentro do movimento feminista.
As mulheres têm esta mesma postura com o movimento negro, posto que em um estão os desdobramentos de gênero e no outro não são enfatizadas as questões raciais.
Isto vai culminar no que Carneiro (2001) evidencia como dupla militância, que se impõe às mulheres negras como forma de assegurar que as conquistas no campo racial não sejam inviabilizadas pelas persistências das desigualdades de gênero, e para que as conquistas dos movimentos feministas não privilegiem apenas as mulheres brancas.
Desta forma, o combate ao racismo empreendido pelas mulheres negras abrange também a busca por uma real inserção social nos movimentos existentes, passa a questionar as desigualdades existentes entre brancas e negras, se posiciona contrário ao discurso machista, bem como, ao discurso de caráter universalista de cidadania6, que deveria contemplá-las, mas que não passava de um mito. "

Mesmo tendo passado a data de lançamento vale pela notícia. Para maiores informações vale uma busca no site do Maúricio Pestana ou ligue ntre em contato com os telefones e email do cartaz.
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
domingo, 7 de outubro de 2007
KIRIKOU NOS CINEMAS DO RIO DE JANEIRO E BAHIA
Bahia - Salvador
Sala de Arte no festival de Salvador - Exibe 7 e 14 de outubro
Rio de Janeiro
Cine Santa Tereza
Unibanco Arteplex
CI New York
São Paulo
Santos
Unibanco Miramar
Gemini - Exibe 6 e 7 de outubro
Unibanco Arteplex
Trailer de KIRIKOU - OS ANIMAIS SELVAGENS - estréia 08/2007
Kirikou & Karaba - La casting
Retirado do site Omelete
Kirikou 2 - Os animais selvagens
Pequeno africano de Michel Ocelot ganha nova aventura nos cinemas
13/09/2007Fábio Yabu
Você certamente não verá uma miniatura de Kirikou no McLanche Feliz. Um menino africano totalmente nu, rodeado pela sua tribo igualmente pelada não é algo que ajude a vender sanduíches. Mas isso não quer dizer que o personagem principal de Kirikou 2 - Os animais selvagens (Kirikou et les bêtes sauvages, 2005) não seja interessante.
A trajetória de Kirikou, de Michel Ocelot, começou em 1998, em Kirikou e a Feiticeira. Vencedor de múltiplos prêmios ao redor do mundo, o filme rendeu uma sequência em 2005, que as salas brasileiras só estão recebendo agora. A nova aventura, dividida em quatro curtas, se passa antes do final do primeiro filme, quando Kirikou já é adulto.
clique aqui para ler o restante da critica.
Retirado do YahooCinema
Kirikou - Os Animais SelvagensCelso Sabadin
Em 1998, o roteirista, cineasta e animador francês Michel Ocelot encantou o mundo (bom, pelo menos o mundo ligado no circuito alternativo de cinema) com seu longa de estréia, Kiriku e a Feiticeira. De traços simples, idéias ágeis e recheado de cultura africana, o desenho animado ganhou mais de uma dezena de indicações e prêmios em vários festivais mundiais, principalmente os de animação e os ligados à temática infantil.
Dois anos mais tarde, Ocelot lançou o também encantador Príncipes e Princesas, contando histórias mágicas por meio de desenhos silhuetados não menos mágicos, mas sem o reconhecimento popular do seu trabalho anterior. Em 2005, foi a vez de Kirikou - Os Animais Selvagens, antes de, em 2006, o cineasta se superar com o hipnotizante As Aventuras de Azur e Asmar, uma fábula mergulhada na cultura muçulmana.
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Retirado do site Estadao.com.br
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
'Kirikou-Os Animais Selvagens' é alternativa de animação
Paisagens africanas retratadas no filme são especialmente originais, bem como os traços dos personagens
Filme é inspirado em lendas do oeste africano SÃO PAULO - Sequência de Kirikou e a Feiticeira (1998), o desenho animado francês Kirikou - Os Animais Selvagens retoma a história do minúsculo menino africano Kirikou, mais uma vez enfrentando a terrível feiticeira Karabá, que ameaça a sobrevivência de sua aldeia. O filme estréia nesta sexta-feira em dez cópias, todas dubladas, em São Paulo, Santo André e São Bernardo do Campo.
Michel Ocelot, diretor do filme original, está novamente à frente da produção, mas desta vez contando com uma diretora assistente, Bénédicte Galup. A produção consumiu um ano e meio, dos storyboards aos desenhos propriamente ditos, que foram realizados em três países: França, Vietnã e Letônia.
A participação de cerca de duzentos técnicos de diferentes nacionalidades contribui para que se mantenha o visual do desenho independente da escola norte-americana de animação, representada por estúdios como Disney/Pixar, DreamWorks e outros.
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Zumbi vai bem, obrigado, na Unipalmares
01.10.07
Falta pouco para a formatura da primeira turma de administração da Unipalmares,criada em 2003. São 160 alunos, dos quais 140 negros.
Em março realizarão seu baile de formatura, com traje a rigor, no Jockey Club deSão Paulo. É uma história de sucesso na qual não entrou dinheiro da Viúva, daIgreja ou dos sindicatos.
Desde sua fundação, pela ONG Afrobrás, ela se dispõe a ter 50% de alunos negros.(Contra 1,3% em São Paulo e 2,3% no Brasil.) Todos os seus vestibulares têmcerca de 80% de candidatos negros, com três inscritos para cada vaga. Hoje aUnipalmares tem dois mil alunos, mais uma faculdade de Direito. (São Paulo tem 368 desembargadores, nenhum negro.) A mensalidade custa R$ 260 e a instituiçãomantém um inédito programa de emprego. Oito em cada dez alunos estão no mercadode trabalho, a maioria deles nos grandes bancos, que adotam salas de aula, oferecem bolsas, estágios e posições.
Fora do mercado financeiro, só a Camisaria Colombo, onde funciona um sistema quedá 20% dos postos de trabalho a afrodescendentes. As aulas de inglês dauniversidade são dadas pelo curso Alumni.Para que não se pense que essa experiência é uma iniciativa destinada a passar pó-de-arroz em jovens negros, ocompleto da escola é Universidade da Cidadania Zumbi dos Palmares.
A lição da Imprensa Negra nos EUA
Terça-feira, 2 de Outubro de 2007
Imprensa Negra Americana: Um Combate sem Tréguas - “The Black Press: Soldiers Without Swords” de Stanley Nelson foi meu filme escolhido para assistir no Festival do Rio 2007 exibidos na mostra em sua homenagem. Após a sessão, ocorreu um debate com a jornalista Angélica Basthi (Cojira-rj), o professor Júlio Tavares

O filme apresenta uma trajetória da imprensa negra nos EUA desde seu aparecimento até sua quase extinção nos anos 60.
Mas, como foi possível em plena escravidão e num ambiente segregado, o surgimento da imprensa negra nos EUA, sua longa duração e sua quase extinção nos dias de hoje?
O filme aponta que foi a constatação da omissão sobre a vida do negro no noticiário da imprensa branca ou quando esta o retratava, apenas noticiando crimes ou ações repressivas o que impeliu a que alguns pioneiros afros americanos a criassem seus próprios jornais.
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JENA 6 + LITTLE ROCK
“Eu tinha 15 anos em setembro de 1957. Naquele tempo eu pensava que a guarda nacional estava lá para proteger todos os estudantes. Eu pensei que eles estivessem lá para fazer com que a lei fosse cumprida. Eu não imaginava que eles estavam lá para me manter fora da escola. Meus professores pensavam que seríamos ofendidos, mas eu acreditava que eventualmente acabaríamos sendo aceitos”.(Depoimento dado por Elizabeth Eckfort ao repórter Peter Lennon, do jornal The Guardian, em 30 de dezembro de 1998)
No site Planeta Educação foi publicado um artigo muito interessante analisando o período.
O caso Jena 6 também tem como palco escolas dos EUA, mas não tem como pauta o ensaio de um projeto de integração. Atualmente o que aparentemente se coloca é a igualdade de tratamento e, por que não, a possibilidade de negros e brancos, ou outros grupos, serem igualmente punidos. Mas afinal no final das contas não é sempre isso que está em pauta quando falamos de igualdade? Sermos tratados sem prilégios ou preconceito.
Jena também aponta questões para o Brasil pensar. O nível educacional mais impactado pela atuação dos movimentos negros brasileiro são as universidades, mas como será que os alunos tem sido tratados durante o dia-a-dia das salas e coredores universitários? Algumas pesquisas já tem tentado monitorar estas questões como a Dissertação "Anônimos e invisíveis: os alunos negros na UNICAMP", da Fabiana Mendes; o livro "Negros na Universidade", da Moema Poli; a entrevista sobre a UERJ publicada na Revista Advir e o artigo "As ações afirmativas como resposta ao racismo acadêmico e seu impacto nas ciências sociais brasileiras", de Jose Jorge. Entretanto faltam mais estudos de profundidade.
Bom é melhor ficar por aqui e quanto ao caso de Jena você pode ter mais informações clicando nos links ou nas imagens abaixo e ler os artigos, ou mesmo clicar no interessante Blog Cesto da Gávea que tem atualizado as informações sobre o caso. Outra fonte é o youtube com suas janelinhas , contudo em inglês.